Abstract: When evaluating unnecessary expenses with medication, length of stay due to the use of
more than one medication at a time, low adherence to therapeutic treatment and prescription errors, the
importance of the clinical pharmacist is evident, given that the clinical pharmacy has been bringing
excellent results. in hospitals where it is present. Therefore, the general objective proposed in this
research was to analyze the role of the pharmacist in patient care with health professionals in the ICU.
The methodology used was through a bibliographic survey on the subject for the theoretical foundation
in the databases: Latin American Literature in Health Sciences (LILACS), Scientific Electronic Library
On-line (SciELO) and the Virtual Health Library ( VHL). So, the results obtained showed that a
pharmacist who works in an ICU, and his participation in multidisciplinary teams in times of health
emergency is very important, so this professional must perform his practice as a task of integration,
continuous, efficient, safe care. and effective, with the ability to assess, report and decide on the
appropriate use of drugs and medical devices. Always, the hospital pharmacist must be well-informed,
generating continuous information, interacting with other health professionals and with patients or users,
promoting their verbal and non-verbal skills, listening, writing and building.
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Graduando em Farmácia pela União das Faculdades de Mato Grosso (UNIFAMA) de Guarantã do Norte-MT,
Rua Jequitibá, nº 40, Jardim Aeroporto. CEP: 78520-000. E-mail: gui_migliat@hotmail.com. Janeiro de 2022.
2
Graduado em Farmácia pela Faculdade UniFil. Especialização em Farmacologia (UniFil). Mestrado em Patologia
Experimental (UEL). E-mail: rc.freitas85@gmail.com.
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1 INTRODUÇÃO
A integração do farmacêutico na equipe multidisciplinar que atua nas áreas de
atendimento agrega um grande valor às demandas diárias em um hospital,
beneficiando os pacientes e demais profissionais que atuam nas equipes de saúde,
aprendendo os conhecimentos uns dos outros, inclusive dos quadros clínicos dos
pacientes.
O atendimento e a segurança do paciente é a questão mais importante que
encontramos como desafio aos profissionais de saúde. As áreas críticas são os locais
onde os procedimentos são multiplicados e onde eles aumentam os riscos de eventos
adversos. A cadeia de prescrição e validação para dispensar e administrar o
medicamento é essencial para alcançar recuperação dos pacientes. O farmacêutico
clínico é um profissional especialmente treinado para prestar atendimento direto ao
paciente e realizar o gerenciamento completo de medicamentos (GOMES, 2021).
Então, o farmacêutico clínico da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é um
profissional da saúde fundamental para obter informações rápidas e eficientes, sobre
as medicações administradas aos pacientes. Em uma unidade hospitalar são
implementados trabalhos de integração e com isso, melhorar os indicadores de
qualidade. Esses resultados permitem reafirmar a ideia e recomendar às instituições
de saúde a formação e incorporação de farmacêuticos clínicos nas equipas unidades
críticas interdisciplinares (OLIVEIRA; CARVALHO; SIQUEIRA, 2021).
O cuidado com o paciente constitui a ação integrada do farmacêutico com a
equipe de saúde, cujo foco de intervenção está centrado na promoção da saúde e do
uso racional de medicamentos pelos usuários. O cuidado farmacêutico pode ser
efetuado por meio dos serviços farmacêuticos clínicos, divididos em: dispensação,
seguimento/acompanhamento farmacoterapêutico, educação em saúde, orientação
farmacêutica, conciliação medicamentosa, revisão da farmacoterapia, entre outros
(BARROS; SILVA, LEITE, 2019).
No que concerne à atuação dos farmacêuticos, estes devem assumir a
responsabilidade dentro da sua prática profissional, em tudo o que se refere a
farmacoterapia e através da atenção farmacêutica para dar resposta à necessidade
social atual de melhor controle, sendo o farmacêutico o profissional ideal para fazê-lo,
bem como consolidar a sua posição como especialista em medicamentos,
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considerando o cuidado com paciente como principal atividade a ser desenvolvida
(PERUCHI, 2021).
A partir disto, faz-se necessário uma maior especialização no trabalho deste
profissional, visto que a maioria das falhas na farmacoterapia é atribuída ao uso
indevido de medicamentos pelos pacientes. Portanto, é proposto como solução
alternativa para este problema, a implementação de programas de cuidados
farmacêuticos ao nível hospitalar, ambulatorial e residencial, para garantir um melhor
controle da terapia medicamentosa (PINHEIRO; RAPINI; PARANHOS, 2021).
Posto isto, é notório que a atuação farmacêutica é imprescindível para a
sociedade, sendo evidente que seu trabalho proporciona melhora na qualidade de
vida dos pacientes, pois o mesmo atua na área da saúde podendo pesquisar,
desenvolver, produzir, manipular, distribuir, orientar, acompanhar com vistas a
melhorar os efeitos terapêuticos e reduzir a probabilidade de efeitos adversos e da
toxidade. Diante do exposto, à problemática desta pesquisa foi: como as práticas
farmacêuticas podem contribuir com a equipe multidisciplinar hospitalar no cuidado do
paciente?
Então, para responder esse questionamento o objetivo geral proposto foi
analisar a atuação do farmacêutico no cuidado ao paciente junto aos profissionais de
saúde em UTI. E de forma específica: descrever sobre a prescrição farmacêutica
como intervenção segura e eficaz ao cuidado à saúde do paciente; identificar as
dificuldades encontradas pelos farmacêuticos em ambientes hospitalares e analisar o
papel do farmacêutico na atuação direta com o paciente.
2 METODOLOGIA
Para que se possa discutir a respeito da farmácia clínica como uma nova
perspectiva para o profissional farmacêutico, efetuou-se um levantamento
bibliográfico sobre o tema para a fundamentação teórica nas bases de dados:
Literatura Latino-Americana em Ciências da Saúde (LILACS), Sientific Eletronic
Library On-line (SciELO) e na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS).
A pesquisa bibliográfica busca a partir de referências explicar um problema,
acontecimento ou situação com base em contribuições cientificas publicadas a
respeito de determinado tema. Prodanov e Freitas (2013), definem a pesquisa
3
bibliográfica como sendo um apanhado dos trabalhos de maior destaque, por
fornecerem dados relevantes e atuais com relação ao tema.
3 REFERENCIAL TEÓRICO
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Neste sentido, o papel principal desse profissional ao cuidar de um paciente é
a identificação, prevenção e resolução de problemas relacionados ao uso de
medicamentos (PRM). Para isso, o profissional avalia se todos os medicamentos
utilizados pelo paciente são indicados, efetivos e seguros, para então fomentar sua
adesão aos respectivos produtos. Ao seguir essas etapas, o farmacêutico determina
se o paciente apresenta algum PRM, elabora planos de cuidado para solucioná-lo em
colaboração com o paciente e equipe de saúde e, posteriormente, avalia os resultados
da sua intervenção (SILVA; MENDONÇA; OLIVEIRA, 2018).
A intervenção do farmacêutico clínico é uma ferramenta eficaz na detecção e
prevenção de eventos adversos, assim como na promoção da integração do serviço
de farmácia à equipe multiprofissional, pacientes e seus familiares. As intervenções
realizadas pelo farmacêutico clínico conseguem promover adequados resultados
terapêuticos, garantindo eficácia, segurança e melhor custo-efetividade da
farmacoterapia. Através da atenção farmacêutica, o profissional proporciona o uso
racional de medicamentos apoia as tomadas de decisões clínicas, e interage com
outros profissionais de saúde (FERRACINI et al. 2011).
De acordo com o artigo 3.º e 4.° da resolução n.º 586 do Conselho Federal de
Farmácia, a prescrição farmacêutica é ato pelo qual o farmacêutico seleciona e
documenta terapias farmacológicas e não farmacológicas, e outras intervenções
relativas ao cuidado à saúde do paciente, objetivando a promoção, proteção e
recuperação da saúde, e à prevenção de doenças e de outros problemas de saúde,
podendo ocorrer tal prescrição em diferentes estabelecimentos farmacêuticos,
consultórios, serviços e níveis de atenção à saúde, desde que respeitado o princípio
da confidencialidade e a privacidade do paciente no atendimento.
O farmacêutico clínico apresenta um considerável benefício econômico nos
hospitais. A variação do custo-benefício deste profissional oscila dependendo do tipo
de instituição de saúde, das atividades farmacêuticas e do número de intervenções.
De acordo com Ferracini (2011), um estudo prospectivo e aleatório avaliou as
intervenções realizadas pelo farmacêutico em 1.200 hospitais universitários onde
pacientes no grupo intervenção tiveram redução de 41% nos custos comparado com
o grupo controle.
Cerca de 44 a 98 mil americanos morrem anualmente devido aos erros médicos
e, dentre estes erros, entre 2 e 14% ocorrem em pacientes hospitalizados. Este risco
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aumenta quando a prescrição de medicamentos está incompleta. Assim, para prevenir
erros médicos e aumentar a segurança do paciente, o primeiro passo envolve,
necessariamente, a prescrição (AGUIAR et al. 2018).
Aguiar et al. (2018) ainda explica que em sua pesquisa foram avaliadas 6.104
prescrições e 12.128 medicamentos a serem preparados. Identificaram-se problemas
relacionados a medicamentos em 274 prescrições, sendo a maioria causada por falta
de informações. Juntos, os problemas envolvendo dose representaram 32,1% do total.
Em 13 casos (13,3%), a variação da dose prescrita em relação à correta foi maior do
que 50%.
Os PRM’s interceptados representaram economia de R$ 54.081,01 e gastos
de R$20.863,36, assim resultando um saldo positivo de R$ 33.217,65. Cada
intervenção farmacêutica gerou uma economia de R$ 126,78 com aceitabilidade de
98%, sendo as intervenções mais realizadas apresentadas na tabela 2. As principais
intervenções foram inclusão de informações e alteração de dose. Não houve nenhum
dano em relação aos erros apresentados na pesquisa (AGUIAR et al. 2018).
Decerto, o farmacêutico mostra que a terapia que paciente recebe é a mais
indicada, a mais eficaz disponível, segura e confortável possível para o paciente nas
alternativas disponíveis. Portanto, ao assumir responsabilidade direta pelas
necessidades farmacológicas de cada paciente, o farmacêutico oferece uma
contribuição única para obtenção de resultados de farmacoterapia, e em qualidade
de vida de seus pacientes (SOUZA, 2018).
Em outras palavras, o cuidado farmacêutico precisa ser realizado, para
estabelecer uma relação entre o farmacêutico e o paciente, permitindo um trabalho
em conjunto no sentido de buscar, identificar, prevenir e solucionar os problemas que
possam surgir durante o tratamento medicamentoso desses pacientes. Destaca o
caráter ativo da assistência farmacêutica, ou seja, não se trata de esperar que surjam
os problemas relacionados a medicamentos, mas que busca e soluciona esses
problemas (ABREU, 2020).
Tendo em vista que o atendimento farmacêutico consiste em tentar melhorar
a qualidade de vida dos pacientes, ajudando-os a obter o máximo benefício de seus
medicamentos por meio do processo de busca, identificação, prevenção e resolução
de problemas com medicamentos. Logo, deve-se destacar que a assistência ao
paciente é algo radicalmente diferente da prática farmacêutica atual e deve ser a
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missão profissional do farmacêutico de saúde do futuro (MIRANDA; NETO, 2017).
A atenção farmacêutica garante que este profissional esteja inserido em
contato direito com o cuidado ao paciente, visando melhoria na qualidade de vida,
através do acompanhamento no uso correto de seus medicamentos, da orientação,
análise, monitoramento, intervenções, análise, visando assim, promoção e proteção
à saúde.
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em resposta às sugestões da equipe clínica (DETONI, 2016).
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especialmente durante o processo de medicação do paciente, que por sua vez
abrange desde a prescrição até o monitoramento da adequada atuação da
medicação no organismo do indivíduo, garantindo inclusive, ausência de interações
medicamentosas para assim assegurar que o mesmo tenha um tratamento seguro e
eficaz.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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