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INTRODUÇÃO À ROBÓTICA

Fundamentação Tecnológica (3)

Eng.º Fernando Barreiro


FUNDAMENTAÇÃO TECNOLÓGICA
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL

 Histórico – Revoluções Industriais


 Introdução
 Tipos de Indústria / Produção
 Modelos Conceptuais – Sistema de Produção
 Definições e Conceitos
Fundamentação Tecnológica (3)

Automação Industrial

Histórico – Revoluções Industriais


FUNDAMENTAÇÃO TECNOLÓGICA
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL - HISTÓRICO
Revoluções Industriais
1ª Revolução Industrial (Final do século XVIII e início do século XIX)
 Introdução dos Equipamentos de Produção Mecânicos
 Máquina a Vapor por Combustão de Carvão
 Máquinas de Fiar e Tear Mecânicas – Indústria Textil
 Utilização massiva de Transportes Ferroviário e Marítimo

2ª Revolução Industrial (Final do século XIX e início do século XX)


 Produção em Massa – Divisão de Tarefas
 Utilização do Aço e Energia Eléctrica
 Motores Eléctricos e de Combustíveis Derivados do Petróleo
 Ramos Metalurgia e Petroquímica – Indústria Automóvel e Química

3ª Revolução Industrial (Segunda metade do século XX)


 Automação Industrial
 Avanços tecnológicos nas áreas da Mecânica e Electrónica
 Utilização de Sistemas Computarizados e TIC’s
 Robótica aplicada nos Processos de Produção Fabril e Logística

4ª Revolução Industrial (Indústria 4.0)


 Funcionamento em Rede (TI + TA)) – Comunicação Tempo Real
 Integração dos Conceitos Real e Virtual – Indústria Inteligente
 Sistemas Ciberfísicos (CPS) – IoT nos Processos de Produção
 Conhecimento Diferenciado – Integração de Áreas Funcionais
Fundamentação Tecnológica (3)

Automação Industrial

Introdução
FUNDAMENTAÇÃO TECNOLÓGICA
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL – INTRODUÇÃO

Objectivos da Automação Industrial:

 Aumento da eficiência e
Produtividade;
 Redução de Preço dos produtos;
 Melhoria dos Padrões de Qualidade;
 Rápida adaptação a novas Tendências
do Mercado;
FUNDAMENTAÇÃO TECNOLÓGICA
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL – INTRODUÇÃO

Objectivos da Automação Industrial:

 Diversificação de oferta;
 Automação e Flexibilização dos
Sistemas de Produção;
 A Robótica é parte integrante dos
Sistemas de Automação Industrial;
 Etc.
FUNDAMENTAÇÃO TECNOLÓGICA
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL – INTRODUÇÃO

Objectivos da Automação Industrial


(Continuação)

A Automação Industrial, conforme se


referiu atrás, possibilita economias de
energia, mão-de-obra e matérias-primas,
permitindo igualmente um melhor
controlo de qualidade dos produtos,
maior utilização dos recursos em
fábrica, bem como o aumento de
produtividade e a segurança das
operações.
FUNDAMENTAÇÃO TECNOLÓGICA
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL – INTRODUÇÃO

Objectivos da Automação Industrial


(Continuação)

No essencial, a automação nas


indústrias deve possibilitar a melhoria
dos níveis de continuidade e de
controlo global dos processos, com
maior eficiência e aproximar ao máximo
a produção real à capacidade nominal
instalada na fábrica, por redução ao
mínimo possível das horas paradas, dos
efeitos resultantes da manutenção
correctiva e a falta de matéria-prima.
Fundamentação Tecnológica (3)

Automação Industrial

Tipos de Indústria / Produção


FUNDAMENTAÇÃO TECNOLÓGICA
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL – TIPOS DE INDÚSTRIA
Sectores Económicos Sector Primário
Indústrias
Extractivas

Sector Secundário
Indústrias
Transformadoras
Sectorização
Industrial
Sector Terciário
Prestação de
Serviços

Sector Quartenário
Investigação e
Conhecimento
FUNDAMENTAÇÃO TECNOLÓGICA
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL – TIPOS DE INDÚSTRIA
Sectores Económicos (continuação)

Sector Primário – O Sector Primário está


focalizado na produção através da exploração
dos recursos naturais (Ex.: Agricultura, Pesca,
Exploração mineira, ...). O sector primário
fornece assim a matéria-prima necessária para
as indústrias de transformação;
Sector Secundário – É fundamentalmente o sector
da economia que transforma as matérias primas
(produzidas pelo sector primário) em produtos
industrializados (Ex.: Máquinas, Automóveis,
Conservas Alimentares, ...). Normalmente os
países desenvolvidos possuem uma significativa
base económica concentrada no sector
secundário;
FUNDAMENTAÇÃO TECNOLÓGICA
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL – TIPOS DE INDÚSTRIA
Sectores Económicos (continuação)
Sector Terciário – Trata-se do sector económico
relacionado com a Prestação de Serviços (Ex.:
Saúde, Ensino, Transportes, Turismo, Banca,
Hotelaria, ...). Os serviços são tipicamente
produtos não materiais em que pessoas ou
empresas prestam a terceiros para satisfazer
determinadas necessidades específicas. Este
sector é estratégico nos países de elevado grau
de desenvolvimento económico;
Sector Quartenário – É o sector da Robótica,
Cibernética e TIC’s (Tecnologias de Informação
e Comunicação). Este sector está
fundamentalmente relacionado com a área da
Investigação Científica, bem como com o
Conhecimento Intelectual e Técnico-Científico.
FUNDAMENTAÇÃO TECNOLÓGICA
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL – TIPOS DE INDÚSTRIA
Tipos de Indústria
Extractivas
Bens de
Produção (Base)
Bens de Capital

Indústrias Bens
(Foco de Actuação) Intermediários

Bens Duráveis
Bens de
Consumo
Bens não
Duráveis
FUNDAMENTAÇÃO TECNOLÓGICA
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL – TIPOS DE INDÚSTRIA
Tipo de Indústria (Continuação)
Bens de Produção – As Indústrias de Bens de
Produção, também chamadas de indústrias de base
ou pesadas, são responsáveis pela extracção
e/ou transformação de matérias-primas brutas em
matérias-primas processadas, fornecendo por
isso os produtos base para outros ramos de
actividade industrial;
Bens Intermediários – As Indústrias de Bens
Intermediários caracterizam-se pelo
fornecimento de produtos beneficiados. Elas
produzem componentes e equipamentos que serão
utilizados nos diversos segmentos das
indústrias de bens de consumo (Ex.: Maquinaria,
Peças Auto, Tecelagem, ...);
FUNDAMENTAÇÃO TECNOLÓGICA
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL – TIPOS DE INDÚSTRIA
Tipo de Indústria (Continuação) –
Bens de Produção
Bens de Consumo – As Indústrias de Bens de
Consumo têm a sua produção directamente
focalizada no mercado consumidor, ou seja, na
população em geral.
Extractivas – São as que extraem matéria-prima
da natureza (vegetal, animal ou mineral) sem
que ocorra uma transformação significativa nas
suas propriedades elementares. São exemplos
deste Tipo de Indústria: Extracção de Petróleo,
Indústria Madeireira, Produção Mineral e
Extracção de Carvão Mineral;
FUNDAMENTAÇÃO TECNOLÓGICA
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL – TIPOS DE INDÚSTRIA
Tipo de Indústria (Continuação) –
Bens de Produção
Bens de Capital – São fundamentalmente
responsáveis pela transformação da matéria-
prima natural ou já semitransformada para a
alimentação das indústrias de bens
intermediários e de bens de consumo. Neste Tipo
de Indústria são exemplos: Indústrias
Siderurgica e Petroquímica.
FUNDAMENTAÇÃO TECNOLÓGICA
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL – TIPOS DE INDÚSTRIA
Tipo de Indústria (Continuação) –
Bens de Consumo
Bens Duráveis – São tipicamente as indústrias
que fabricam produtos de longa duração (não
perecíveis). São exemplos típicos desse tipo de
indústria as seguintes: Automobilística,
Construção Civil, Mobiliário e Material
Eléctrico / Electrónico;
Bens não Duráveis – Produzem os bens de
primeira necessidade, onde o consumo é corrente
e generalizado, são por isso produtos de curta
duração (perecíveis). São exemplos típicos
desse tipo de indústria as seguintes:
Alimentar, Têxtil, Vestuário e Calçado.
FUNDAMENTAÇÃO TECNOLÓGICA
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL – TIPOS DE PRODUÇÃO
Tipos de Sistemas de Produção
GRAU DE NORMALIZAÇÃO:
 Normalizados
 Sob Especificações (à Medida)

TIPO DE PRODUÇÃO (Bens):


Sistemas  Projecto
De  Jobbing
Produção  Lote (Repetitivos)
(Caracterizados por)  Série (Repetitivos em Massa)
 Contínua

NATUREZA DO PRODUTO:
 Bens
 Serviços
FUNDAMENTAÇÃO TECNOLÓGICA
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL – TIPOS DE PRODUÇÃO
Sistemas de Produção – Funções
As Funções dos Sistemas de Produção consistem
fundamentalmente no conjunto de todas as
tarefas que estão directamente relacionadas com
a produção de Bens ou Serviços, evitando-se ao
máximo qualquer tipo de perda / desperdício
(perda por superprodução, desperdício de
material em espera no processo, desperdício de
transporte, desperdício de processamento,
desperdício em movimentação nas operações,
perdas pela produção de produtos defeituosos e
perdas de Stocks) de forma a maximizar a
performance, flexibilidade e competitividade,
rentabilizando assim os respectivos recursos
produtivos.
FUNDAMENTAÇÃO TECNOLÓGICA
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL – TIPOS DE PRODUÇÃO
Sistemas de Produção – Funções (Continuação)

Recursos a
serem
Transformados

Processo Produtivo
Bens ou
Entradas (Layout de Saídas Serviços
Transformação)

Recursos de
Transformação

Tipos de Recursos a serem Transformados Função da Natureza dos Produtos


Acção do Processo de Transformação Função do Volume de Produção
Fluxo dentro do Processo de Transformação Função da Normalização ou não dos Produtos
Grau de Contacto com o Cliente Função da variação dos pedidos
FUNDAMENTAÇÃO TECNOLÓGICA
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL – TIPOS DE PRODUÇÃO
Sistemas de Produção – Grau de
Normalização
Produtos Normalizados – São os Bens e/ou Serviços
que apresentam um elevado grau de uniformidade. Por
este facto, os produtos são tipicamente produzidos
em larga escala, através de sistemas onde a
automação dos recursos produtivos (máquinas,
equipamentos e mão-de-obra) é largamente aplicável;
Sob Especificações (à Medida) – São os Bens e/ou
Serviços produzidos de acordo com os requisitos
específicos elaborados por um determinado cliente.
Neste tipo de sistema de produção a automação dos
processos produtivos tem menor aplicabilidade
prática, face à dificuldade em normalizar métodos de
trabalho, bem como os respectivos recursos
produtivos.
FUNDAMENTAÇÃO TECNOLÓGICA
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL – TIPOS DE PRODUÇÃO
Sistemas de Produção – Tipo de
Produção (Bens)
Projecto – Este tipo de sistema tem como finalidade
o cumprimento de requisitos específicos de um
determinado cliente. As especificações do produto
implicam normalmente a estruturação do sistema
produtivo de forma dedicada para a produção do
referido produto. Deve existir assim uma elevada
flexibilidade em termos dos recursos produtivos;
Jobbing – São muitas vezes considerados como
sistemas produtivos em lote, onde o volume de
produção é normalmente baixo e de elevada variação.
Para optimização de recursos, cada tipo de produto
deve partilhar os recursos produtivos com outros.
Dada a especificidade de cada produto e reduzido
grau de repetição deve haver flexibilização dos
respectivos recursos produtivos;
FUNDAMENTAÇÃO TECNOLÓGICA
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL – TIPOS DE PRODUÇÃO
Sistemas de Produção – Tipo de
Produção (Bens)
Lote – Caracterizam-se fundamentalmente pela
produção de Bens ou Serviços com um volume médio e
normalizados por lote. O correspondente sistema de
produção deve ter alguma flexibilidade, os
equipamentos são normalmentes pouco especializados e
a mão-de-obra deve ser diversificada;
Série – São os Bens ou Serviços produzidos em larga
escala (em massa) e que apresentam um elevado grau
de normalização. A concepção dos sistemas de
produção será assim baseada em estruturas altamente
especializadas, pouco flexíveis e mão-de-obra pouco
qualificada. Este tipo de produção é propício à
automação de processos e integração de Robôs em
larga escala;
FUNDAMENTAÇÃO TECNOLÓGICA
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL – TIPOS DE PRODUÇÃO
Sistemas de Produção – Tipo de
Produção (Bens)
Contínua – Este tipo de processo é utilizado quando
existe uma elevada uniformidade na produção de um
determinado tipo de produto (bens ou serviços).
Tendo em consideração que não é exigida grande
flexibilização dos recursos produtivos, trata-se
assim de um sistema de produção onde a automação tem
um papel relevante.
FUNDAMENTAÇÃO TECNOLÓGICA
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL – TIPOS DE PRODUÇÃO
Tipos de Sistemas de Produção –
Volume de Produção

CONTÍNUOS
MASSA

LOTES

PROJECTO
FUNDAMENTAÇÃO TECNOLÓGICA
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL – TIPOS DE PRODUÇÃO
Tipos de Sistemas de Produção –
Flexibilidade

PROJECTO
LOTES

MASSA

CONTÍNUOS
FUNDAMENTAÇÃO TECNOLÓGICA
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL – TIPOS DE PRODUÇÃO
Sistemas de Produção – Natureza do
Produto
Bens ou Serviços – Tanto os Bens como os Serviços
são produzidos / prestados para satisfazer
necessidades específicas, quer individuais, quer da
própria comunidade em si. Os Serviços necessitam da
presença do cliente para serem produzidos, enquanto
que os bens não.
Bens referem-se tipicamente a objectos que são
palpáveis. Os serviços representam fundamentalmente
acções que alguém presta, a terceiros, de acordo
com um determinado valor. Assim a separação dos dois
conceitos assenta na diferença entre o que é
material e imaterial. No entanto, há que ter em
consideração que certos tipos de serviços podem
incluir igualmente o fornecimento de bens.
FUNDAMENTAÇÃO TECNOLÓGICA
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL – TIPOS DE PRODUÇÃO
Tipos de Sistemas de Produção - Serviços

Sistemas TIPO DE PRODUÇÃO (Serviços):


De  Serviços Profissionais
Produção  Lojas de Serviços
(Caracterizados por)  Serviços em Massa
FUNDAMENTAÇÃO TECNOLÓGICA
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL – TIPOS DE PRODUÇÃO
Sistemas de Produção – Serviços
(Continuação)
Serviços Profissionais – Neste tipo de serviços
existe um elevado contacto entre o cliente e
produtor do respectivo serviço. Estes serviços
possuem um elevado grau de diferenciação /
especialização e necessitam responder aos requisitos
específicos de cada cliente. A Consultoria,
Advocacia e Arquitectura são áreas típicas onde são
prestados este tipo de serviços;
Serviços em Massa – Representados por muitos
negócios de clientes com tempo de contato /
intervenção limitado e pouca customização do
serviço. São tipicamente serviços normalizados e por
isso são pouco flexíveis. Como exemplo citam-se os
Operadores de Telecomunicações, Recauchutagem, ...;
FUNDAMENTAÇÃO TECNOLÓGICA
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL – TIPOS DE PRODUÇÃO
Sistemas de Produção – Serviços
(Continuação)
Lojas de Serviços – Trata-se do tipo de produção
intermédia entre os Serviços Profissionais e os
Serviços em Massa, por possuir algum nível de
contato com o cliente, customização e volume médio
de clientes. São exemplos típicos deste tipo de
serviços, os relacionados com a Banca e Hotelaria /
Turismo.
FUNDAMENTAÇÃO TECNOLÓGICA
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL – TIPOS DE PRODUÇÃO
Sistemas de Produção – Tipos de
Automação

FIXA

Tipos
De PROGRAMÁVEL
Automação

FLEXÍVEL
FUNDAMENTAÇÃO TECNOLÓGICA
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL – TIPOS DE PRODUÇÃO
Sistemas de Produção – Tipos de Automação (Continuação)

Automação Fixa:
 Elevado investimento inicial;
 Adequada para grandes volumes de produção (Massa);
 Pouco flexível em acomodar alterações na produção.
Automação Programável:
 Maior investimento em equipamento de uso geral;
 Menores volumes de produção comparativamente com a
automação fixa;
 Flexibilidade para acomodar alterações na
concepção de produtos, por programação;
 Adequada à produção de pequenos lotes e existência
de uma grande gama de produtos.
FUNDAMENTAÇÃO TECNOLÓGICA
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL – TIPOS DE PRODUÇÃO
Sistemas de Produção – Tipos de Automação (Continuação)
Automação flexível:
 Grande investimento em equipamentos com
tecnologia de última geração;
 Possibilidade de produção simultânea de vários
tipos de produtos;
 Utilizada em ambientes de produção de lotes
médios, entre os dois tipos caracterizados;
 Elevada flexibilidade para lidar com variações na
concepção de produtos;
 Uma das principais diferenças entre a Automação
Programável (AP) e flexível (AF) é que na AP os
produtos são feitos em lotes. Quando um lote está
concluído o sistema é reprogramado para processar
o lote seguinte. Nos AF diferentes produtos podem
ser produzidos, em simultâneo, num mesmo sistema.
Fundamentação Tecnológica (3)

Automação Industrial

Modelos Conceptuais
FUNDAMENTAÇÃO TECNOLÓGICA
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL – MODELOS CONCEPTUAIS
Sistema Insdustrial Tradicional
ERP
Enterprise Resource Planning

MES TI – Tecnologias
Manufacturing Execution Systems de Infomação

SCADA
Supervisory Control And Data Acquisition
TA – Tecnologias
de Automação

PLC / HMI
Programmable Logic Controller /
Human–Machine Interface

ÁREA FABRIL
Linhas de Produção
FUNDAMENTAÇÃO TECNOLÓGICA
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL – MODELOS CONCEPTUAIS
Arquitectura Insdustrial Tradicional (Continuação)
 ERP – É um sistema de informação empresarial que
integra todos os dados e processos de uma
organização numa única plataforma. Trata-se assim
de um Software Aplicacional desenvolvido para
possibilitar, de forma integrada, a automação e
armazenamento de todas as informações de negócio.
 MES – São Sistemas Computorizados para Projecto,
Planeamento, Recolha de Dados e Processamento de
Informação para Suporte das Actividades
relacionadas com a Cadeia de Produção;
 SCADA – É um Software de Supervisão, Controlo e
Recolha de Dados que permite controlar e
supervisar remotamente os procesos industriais.
Tem retroalimentacão, em tempo real, via Sistemas
PLC, e com os dispositivos da Área Fabril
(Sensores, Actuadores, Robôs, …), controlando
assim os respectivos procesos automaticamente;
FUNDAMENTAÇÃO TECNOLÓGICA
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL – MODELOS CONCEPTUAIS
Arquitectura Insdustrial Tradicional (Continuação)
 HMI – Interfece Homem-Máquina para controlo e
monitorização de dispositivos de produção (Ex.:
Rôbos);
 PLC – Um PLC, Controlador Lógico Programável, é
um sistema de computação digital utilizado
fundamentalmente para automação de processos
eletromecânicos industriais, no controlo de
máquinas / equipamentos nas linhas de produção.
Em alguns casos este controlo também é executado
por computadores equipados com software adequado;
 ÁREA FABRIL – É um local físico (ou eventualmente
virtual), constituído por postos de trabalho
equipados com máquinas, ferramentas, robôs, etc.,
com uma disposição física em conformidade com o
Layout seleccionado, necessário para a concepção
de um determinado produto específico.
FUNDAMENTAÇÃO TECNOLÓGICA
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL – MODELOS CONCEPTUAIS
Arquitectura Insdustrial Tradicional (Continuação)
A Arquitectura Industrial Tradicional consiste assim
em sistemas implementados de forma independente e
hierárquica, incluindo Sistemas de Hardware (PLC,
HMI, Robôs, Sensores / Actuadores, ...) e Sistemas
de Software (ERP, MES, SCADA ...), que suportam a
concepção do produto, planeamento de produção,
engenharia de produção, produção / execução e
serviços, dos quais cada um tem os seus próprios
formatos de dados e modelos, tornando a integração
deles difícil.
A interoperabilidade crescente (TI + TA), verificada
actualmente na evolução dos sistemas de produção,
vai esbater necessariamente as fronteiras entre
esses sistemas e respectivas funções.
FUNDAMENTAÇÃO TECNOLÓGICA
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL – MODELOS CONCEPTUAIS
Arquitectura Insdustrial Tradicional (Continuação)
Tecnologias de Automação LAN Tecnologias de Informação
(LAN SCADA) (ERP – MES - ...)

Servidores
Aplicacionais

Firewall
Ethernet Ethernet

Router
Servidores
MES - ERP
Router

Servidores SCADA
Gateway

PLC’s, HMI’s
e PC’s Control.
Rede WAN

Dispositivos
de Produção

I/O I/O

Área Fabril / Produção


FUNDAMENTAÇÃO TECNOLÓGICA
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL – MODELOS CONCEPTUAIS
Tipos de LAYOUT (Arranjo Físico)

 Layout por Linha (Produto)


Tipos  Layout Funcional (Processo)
de  Layout Celular (Grupo)
LAYOUT  Layout de Posição Fixa (Posicional)
(Arranjo Físico)
 Layout Misto
FUNDAMENTAÇÃO TECNOLÓGICA
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL – MODELOS CONCEPTUAIS
Tipos de LAYOUT (Arranjo Físico) (continuação)

O Layout preocupa-se fundamentalmente com a


localização física dos recursos de transformação, ou
seja, com os elementos que vão transformar os
recursos a serem transformados em bens ou serviços.
Definir o Layout é decidir onde colocar todos os
postos de trabalho, máquinas, equipamentos e pessoal
de produção. Podem-se implementar assim os tipos de
arranjo físico seguidamente caracterizados:
 Layout por Linha – Neste tipo de Layout as
máquinas, os equipamentos e as estações de
trabalho são colocadas de acordo com a respectiva
sequência de produção. O material percorre o
caminho determinado pelo processo produtivo. Este
arranjo permite uma maior rapidez no fabrico de
produtos normalizados, onde as correspondentes
operações de produção são repetitivas;
FUNDAMENTAÇÃO TECNOLÓGICA
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL – MODELOS CONCEPTUAIS
Tipos de LAYOUT (Arranjo Físico) (continuação)

 Layout Funcional – Este tipo de Layout agrupa,


numa mesma área de produção, todos os processos,
equipamentos e recursos com o mesmo tipo e função.
Este arranjo também pode agrupar numa mesma área
operações ou tipos de montagem semelhantes. Os
materiais e produtos deslocam-se assim procurando
os diferentes processos de que necessitam em cada
uma das áreas funcionais;
 Layout Celular – Este Layout procura tirar partido
das vantagens dos arranjos por Linha e Funcional.
A célula de produção consiste em colocar num único
local, designado por célula, máquinas e diferentes
recursos, de modo a que se possa fabricar o
produto na sua totalidade. O material é deslocado
dentro da célula de acordo com os processos
necessários, porém o deslocamento ocorre em linha;
FUNDAMENTAÇÃO TECNOLÓGICA
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL – MODELOS CONCEPTUAIS
Tipos de LAYOUT (Arranjo Físico) (continuação)

 Layout de Posição Fixa – Também conhecido por


Layout posicional, é aquele em que o produto, ou o
material a ser transformado, permanece fixo numa
determinada posição e os recursos de transformação
deslocam-se em seu redor, para a execução das
tarefas necessárias. Este tipo de Layout é
tipicamente utilizado quando, devido à dimensão do
produto ou à natureza do próprio trabalho, não é
possível a implementação de outra forma de Layout;
 Layout Misto – O Layout misto é utilizado quando
se pretende tirar partido das vantagens conjuntas
de determinados tipos de arranjos físicos.
Geralmente neste tipo de Layout utiliza-se uma
combinação dos Layouts por Linha, Funcional e
Celular.
FUNDAMENTAÇÃO TECNOLÓGICA
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL – MODELOS CONCEPTUAIS
Tipos de LAYOUT (Arranjo Físico) (continuação)

Projecto
Volume Jobbing
Diversidade Tipo de Produção
Lote
(Produto) (Bens)
Série
Contínuo

Linha
Funcional
Desempenho Tipo de Layout Celular
Produtividade Posição Fixa
Misto

Localização Postos de
Trabalho e Recursos de
Projecto de Layout Transformação.
(Detalhe)
Fluxo dos Recursos a
Serem Transformados.
FUNDAMENTAÇÃO TECNOLÓGICA
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL – MODELOS CONCEPTUAIS
Sistemas de Planeamento e Controlo de
Produção (PCP) Projecto de
Decisões de Engenharia
Produção

MPS – Plano Director


de Produção Base de Dados
Produção

MRP – Planeamento de Planificação da


Requisitos Material Capacidade

Aquisição de
Materiais

Controlo da Áres de
Gestão de Inventário
Produção

Material a ser Operações de Produto


Transformado Produção em Fábrica Final
FUNDAMENTAÇÃO TECNOLÓGICA
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL – MODELOS CONCEPTUAIS
Sistemas de Planeamento e Controlo de Produção (Continuação)

O diagrama anterior representa fundamentalmente as


actividades que têm como objectivo o planeamento e
controlo do fluxo de produtos numa instalação fabril.
Conduz assim à afectação, no tempo, das tarefas de
produção aos recursos fabris disponíveis.
MPS (Master Production Schedule) – Trata-se do Plano
Director de Produção que traduz tipicamente a política
de produção da empresa e reflecte a decisão sobre o
que se vai produzir, quando e em que quantidades. Este
plano é desenvolvido a partir das encomendas dos
clientes e/ou das próprias previsões de vendas.
FUNDAMENTAÇÃO TECNOLÓGICA
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL – MODELOS CONCEPTUAIS
Sistemas de Planeamento e Controlo de Produção (Continuação)

MRP (Material Requirements Planning) – Trata-se do


Planeamento de Requisitos de Materiais. É constituído
fundamentalmente por uma aplicação de software que
converte os dados recebidos do MPS e base de dados de
produção, num escalonamento pormenorizado de
necessidades de matérias primas e componentes para a
produção dos respectivos produtos, determinando quando
devem ser encomendadas e entregues as referidas
matérias primas e componentes.
FUNDAMENTAÇÃO TECNOLÓGICA
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL – MODELOS CONCEPTUAIS
Operações Básicas de Produção

Processamento – Transferência de um produto de um


estado de acabamento para outro mais evoluído, sem
adicionar ou montar componentes.
Montagem – Inserção de componentes para formar um
produto intermédio ou acabado.
Transporte e Armazenamento – Manipulação e
armazenamento de materiais entre as operações de
processamento e montagem.
Inspecção e Testes – Verificação se o produto satisfaz
os requisitos especificados para a sua concepção.
Controlo – Controlo das operações individuais de
processamento, montagem e gestão operacional das
actividades realizadas ao nível da produção fabril.
Fundamentação Tecnológica (3)

Automação Industrial

Definições e Conceitos
FUNDAMENTAÇÃO TECNOLÓGICA
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL – DEFINIÇÕES E CONCEITOS
Balanceamento de Linhas de Produção
Uma Linha de Produção (Montagem) representa o fluxo
de operações / tarefas num sistema contínuo, onde o
produto (componente) total (ou parcial) é dividido
num determinado número de tarefas (operações) que
são distribuídas por diversos Postos de Trabalho.
O Balanceamento de Linhas de Produção corresponde à
distribuição das diversas actividades sequenciais,
por postos de trabalho, respeitando as precedências
das operações, ao mesmo tempo que visa assegurar
sempre a máxima utilização de mão-de-obra e de
equipamentos, minimizando os respectivos tempos de
inactividade.
A produção do produto é assim composta pela execução
de uma sequência bem definida de operações em
diferentes equipamentos.
FUNDAMENTAÇÃO TECNOLÓGICA
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL – DEFINIÇÕES E CONCEITOS
Balanceamento de Linhas de Produção (Continuação)
Tempo Total para produzir um produto (componente) na linha de
∑ 𝑇𝑖 produção.
Corresponde ao somatório dos tempos de cada operação / tarefa
(𝑻𝒊).
O Tempo de Ciclo ( 𝑻𝒄 )
𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢çã𝑜 (𝑇𝑝) corresponde ao tempo entre a
𝑇𝑐 = produção de componentes
𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢𝑧𝑖𝑑𝑎 𝑛𝑜 𝑇𝑝 sucessivos à saída da linha de
produção.

𝑵 é o número teórico de Postos de Trabalho (Operadores).


∑𝑇𝑖 Deve-se verificar se 𝑵 é suficiente para os requisitos
𝑁= funcionais da Linha de Produção. O número real de Postos
𝑇𝑐 de Trabalho é designado por 𝑵r e é calculado através do fluxograma
de tarefas.

∑𝑇𝑖 𝑁 𝑬 é a eficiência da solução. O valor 𝑵𝒓 ∗ 𝑻𝒄 é o


𝐸= = tempo dispendido com cada componente, incluindo os
𝑁𝑟∗𝑇𝑐 𝑁𝑟
tempos de paragem.
FUNDAMENTAÇÃO TECNOLÓGICA
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL – DEFINIÇÕES E CONCEITOS
Balanceamento de Linhas de Produção – Exercício 1

TEMPO DA OPERAÇÃO OPERAÇÕES


OPERAÇÕES
(min) PRECEDENTES
A 0.2 -
B 0.4 -
C 0.7 A
D 0.1 A, B
E 0.3 B
F 0.11 C
G 0.32 C
H 0.6 C, D
I 0.27 F, G, H
J 0.38 E, H
K 0.5 I, J
L 0.12 K
FUNDAMENTAÇÃO TECNOLÓGICA
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL – DEFINIÇÕES E CONCEITOS
Balanceamento de Linhas de Produção – Exercício 1
De acordo com a tabela de Tarefas / Precedências,
apresentada na página anterior, de uma linha de
produção, calcular / elaborar:
 Elaborar o Diagrama funcional de Tarefas /
Precedências;
 Calcular o Tempo de Ciclo;
 Calcular o Número mínimo (teórico) de Postos de
Trabalho;
 Elaborar o Balanceamento da linha de produção
(Cálculo de Nr);
 Calcular a Eficiência Alcançada.
Para satisfazer os requisitos de Cliente é
necessário assegurar uma produção de 60 componentes
por hora.
FUNDAMENTAÇÃO TECNOLÓGICA
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL – DEFINIÇÕES E CONCEITOS
Balanceamento de Linhas de Produção – Exercício 1
0,7 0,11

C F

0,2 0,27

A I
0,1 0,32 0,5 0,12

D G K L
0,4 0,38

B J

0,3 0,6

E H
FUNDAMENTAÇÃO TECNOLÓGICA
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL – DEFINIÇÕES E CONCEITOS
Balanceamento de Linhas de Produção – Exercício 1 (Resolução)
0,7 0,11
∑ 𝑻𝒊 = 𝟒 𝒎𝒊𝒏
C F 𝑵𝒓 = 𝟓 𝑷𝒕
0,2 PT 2 = 0,81 min 0,27 𝟔𝟎 𝒎𝒊𝒏
𝑻𝒄 = = 1 min
𝟔𝟎
A PT 3 = 0,59 min
I
0,1 0,32 0,5 0,12

D G K L
0,4 0,38
PT 5 = 0,62 min

B J
𝟒 𝒎𝒊𝒏
𝑵= = 4 Pt
𝟏 𝒎𝒊𝒏
0,3 0,6
PT 4 = 0,98 min 𝟒
𝑬= = 0,8 = 80%
PT 1 = 1 min 𝟓
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