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AULA 8: INTRODUÇÃO À ECONOMIA

Profa. Msc Salma Said Rezek Mendoza

Salma.rezek@ufrr.br
salmarezek@hotmail.com
Contato: (95) 98113-3203
UNIDADE III: INTRODUÇÃO À ANÁLISE MICROECONÔMICA
Demanda, oferta e equilíbrio de mercado
Objetivo: compreender o comportamento da demanda e da oferta e de como esses agentes
realizam suas trocas no mercado, sob o enfoque da teoria econômica.

Circuito Econômico

É o movimento de duplo sentido existente no processo produtivo, formando um


circuito que fecha o mercado e revela a interdependência dos fatos econômicos. Neste
processo existem produtores e consumidores, oferta e procura, compra e venda.
• Demanda: é a quantidade de bens ou serviços que um consumidor deseja e está
disposto a adquirir por um determinado preço e em determinado momento, por
diferentes fatores determinantes.

• Oferta: é a quantidade de bens ou serviços que se produz e se oferece no mercado


por determinado preço e em determinado período de tempo, por diferentes fatores
determinantes.
Demanda e Oferta

DEMANDA OFERTA

Reflete o comportamento do consumidor Reflete o comportamento do produtor

Preço (P) e quantidade (Qd) são inversamente Preço (P) e quantidade ofertada (Qs) são
proporcionais diretamente proporcionais.
A curva de demanda é decrescente A curva de oferta é crescente

-Fatores que influenciam a Qd de um Bem: -Fatores que influenciam a Qs de um Bem:


• Preço do Bem • Preço do Bem
• Renda nominal • Preço dos insumos
• Gosto • Condições climáticas
• Preferência • Tecnologia
• Propaganda • Impostos
• Preço dos Bens relacionados (substitutos e • Preço dos Bens relacionados (substitutos e
complementares na demanda) complementares na oferta)
A curva de demanda: a relação entre preço e quantidade demandada
A quantidade demandada de um bem qualquer é a quantidade desse bem que os
compradores desejam e podem comprar. São muitas as coisas que determinam a quantidade
demandada de qualquer bem, mas, ao se analisar como funcionam os mercados, há um
determinante que representa um papel central: o preço do bem. Se o preço do sorvete subir
para $20 a bola, você comprará menos sorvete. Poderá, por exemplo, comprar frozen
yogurt em vez de sorvete. Se o preço do sorvete cair para $0,20 a bola, você comprará
muito mais sorvete. Como a quantidade demandada diminui quando o preço aumenta e
aumenta quando o preço diminui, dizemos que a quantidade demandada é negativamente
relacionada com o preço. Essa relação entre preço e quantidade demandada se aplica à
maioria dos bens existentes na economia e, na verdade, é tão universal que os economistas
a chamam de lei da demanda: com tudo o mais mantido constante, quando o preço de um
bem aumenta, sua quantidade demandada diminui; quando o preço diminui, a quantidade
demandada aumenta.
A tabela da figura 1 mostra quantos sorvetes de casquinha Catarina compra por mês, a
diferentes preços. Se o sorvete for de graça, ela consumirá 12 casquinhas. A $0,50 por
casquinha, ela comprará 10 casquinhas. À medida que o preço aumentar, ela comprará
cada vez menos sorvetes de casquinha. Quando o preço atinge $3,00, Catarina não compra
nenhum sorvete. Essa escala é chamada de escala de demanda, a qual mostra a relação
entre o preço de um bem e sua quantidade demandada, mantidas constantes todas as
demais coisas que influenciam a quantidade do bem que consumidores desejam comprar.
O gráfico da figura 1 usa os números da tabela para ilustrar a lei da demanda.
Por convenção, o preço do sorvete é representado no eixo vertical e a quantidade
demandada, no eixo horizontal. A linha inclinada para baixo que relaciona preço e
quantidade demandada é chamada de curva de demanda.
A figura 2 ilustra deslocamentos da demanda. Qualquer mudança que aumente a
quantidade demandada a cada preço, desloca a curva de demanda para a direita e é
chamada de aumento da demanda. Qualquer mudança que reduza a quantidade
demandada a cada preço desloca desloca a curva para a esquerda e é chamada de
redução da demanda.
São muitas as variáveis que podem deslocar a curva de demanda. As mais importantes
são:
• Renda: o que aconteceria com a sua demanda por sorvete se você perdesse o seu
emprego no verão? Ela provavelmente cairia. Uma renda menor significa que você tem
menos renda para seus gastos totais, de modo que precisará gastar menos com alguns
bens, e provavelmente com todos. Se a demanda por um bem diminui quando a renda cai,
o bem é chamado de bem normal.
Nem todos os bens são normais. Se a demanda por um bem aumenta quando a renda
cai, o bem é chamado de bem inferior. Um exemplo de bem inferior pode ser a passagem
de ônibus. Se sua renda diminuir, será menos provável que você compre um carro ou
tome um UBER. É mais provável que ande de ônibus.
• Preços dos bens relacionados: suponhamos que o preço do frozen yogurt caia. A lei da
demanda diz que você comprará mais frozen yogurt. Ao mesmo tempo, você provavelmente
comprará menos sorvete. Uma vez que o sorvete e o frozen yogurt são ambos sobremesas
geladas, doces e cremosas, eles satisfazem desejos semelhantes. Quando uma queda do preço
de um bem reduz a demanda por outro bem, os dois bens são chamados de substitutos. Os
substitutos são, frequentemente, pares de bens que podem ser usados um no lugar do outro,
como cachorros-quentes e hambúrgueres, malhas de lã e moletons, ingressos para o cinema e
Netflix.
Suponhamos agora que o preço da cobertura de chocolate quente caia. De acordo com a
lei da demanda, você comprará mais cobertura. Mas, neste caso, também comprará mais
sorvete, porque sorvete e cobertura são frequentemente usados juntos.
Quando uma queda do preço de um bem causa um aumento da demanda de outro, os dois
bens são chamados de complementares. Os bens complementares são, frequentemente,
pares de bens usados em conjunto, como gasolina e carros, computadores e software.
• Gostos: o mais óbvio determinante de sua demanda são seus gostos. Se você gosta de
sorvete, comprará mais sorvete. Os economistas normalmente não tentam explicar os gostos
porque eles se baseiam em forças históricas e psicológicas que estão além do campo de
estudo da economia. Os economistas, entretanto, examinam o que acontece quando os
gostos mudam.
• Expectativas: suas expectativas quanto ao futuro podem afetar a sua demanda por um
bem ou serviço hoje. Por exemplo, se você tem a expectativa de obter uma renda maior no
mês que vem, pode estar mais disposto a gastar parte de suas economias na compra de
sorvete. Ou, se você espera que o preço do sorvete diminua amanhã, pode estar menos
disposto a comprar sorvete ao preço de hoje.
• Número de compradores: como a demanda do mercado é derivada das demandas
individuais, depende de todos os fatores que determinam a demanda de cada comprador
individual, incluindo a renda, os gostos e expectativas dele e os preços dos bens
relacionados. Além disso, ela depende do número de compradores. Se Pedro, outro
consumidor de sorvete, se juntasse a Catarina e Nicolau, a quantidade demandada de
mercado seria maior a cada preço e a curva de demanda se deslocaria para a direita.
RESUMO: a curva de demanda mostra o que acontece com a quantidade demandada
de um bem quando seu preço muda, mantidas constantes todas as outras variáveis que
influenciam os compradores. Quando uma dessas variáveis listadas muda, a curva de
demanda se desloca.
Exercício
1. Supondo que um artigo é ofertado no mercado com a seguinte demanda e preço:

q (quantidade) 0 05 10 20

P (preço R$) 80 60 40 0

a) Fazer o gráfico da função demanda


b) Determinar o intervalo de preço que existirá demanda
c) Qual é a demanda quando o produto é oferecido gratuitamente
d) Quando o preço reduz para R$40, qual será a demanda do produto
2 Em uma loja vende-se relógios e o preço e demanda se comporta da seguinte forma:

q (quantidade) 0 10 20 30 40 50

P (preço) 750 600 450 300 150 0

a) Fazer o gráfico da função demanda


b) Qual a relação entre o preço máximo e a quantidade demandada? Explique sua resposta
c) Qual é a relação entre a demanda máxima e o preço? Explique sua resposta.
d) Quando o preço é oferecido a R$450, qual será a quantidade demandada?
AULA 9: INTRODUÇÃO À ECONOMIA

Profa. Msc Salma Said Rezek Mendoza

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EXERCÍCIOS
1. Uma fábrica de um determinado produto tem a seguinte demanda e preço:

q1 q2
Q(quantidade) 10 20 30 40
0 50
p1 p2
P (preço R$) 80 60 40 20
100 0

a) Fazer o gráfico da função demanda


b) Qual intervalo de preço existirá demanda?
c) Qual é a demanda quando o produto é oferecido gratuitamente?
d) Quando o preço é R$60, qual é a demanda do produto?
e) Construir a função demanda
f) Quando o preço é R$ 50, qual é a demanda do produto?
2 . Uma fábrica de cadeiras tem a seguinte demanda e preço:

q1 q2
Q (quantidade) 5 10 15 20 25
0 30
p1 p2
P (preço R$) 25 20 15 10 5
30 0

a) Fazer o gráfico da função demanda


b) Qual intervalo de preço existirá demanda?
c) Qual é a demanda quando o produto é oferecido gratuitamente?
d) Construir a função demanda
e) Quando a quantidade é 12 unidades, qual é o preço do produto?
f) Quando o preço é R$ 27, qual é a demanda do produto?
3. Uma fábrica tem a seguinte função demanda P(d)= - 2q+200 que relaciona quantidade
de unidades de um produto (q) e preços(p):

a) Fazer o gráfico da função demanda

b) Quando a demanda do produto é de 70 unidades, qual é o preço?

c) Como se comporta a quantidade demandada em relação ao preço?


4. Uma fábrica produz com a seguinte relação entre quantidade e preço:

q1 q2
Q (quantidade) 10 20 30
0 40

p1 p2
P (preço R$) 120 140 160
100 180

a) Fazer o gráfico da função oferta

b) Quando a quantidade aumenta em 10 unidades como se comporta o preço?

c) Qual é o preço do produto quando é produzido 60 unidades? Resolva através da função


oferta.
5. Uma fábrica produz sapatos, quando o preço for de R$ 50 nenhum sapato estará
disponível no mercado. Cada R$ 5 de aumento no preço 10 sapatos a mais estarão
disponíveis no mercado.

a) Fazer o gráfico da função oferta

b) Quando são vendidos 30 sapatos qual deve ser o preço?

c) Construir a função oferta


AULA 10: INTRODUÇÃO À ECONOMIA

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EXERCÍCIOS

1. Uma fábrica tem a seguinte função P(q)= 10q + 200 que relaciona quantidade de
unidades de um produto (q) e preços(p):

a) Fazer o gráfico da função oferta

b) A partir de que preço o produto estará disponível no mercado?

c) Quando são vendidos 35 unidades do produto, qual será seu preço?


2. A função P(q)= 2q + 70 representa a oferta de uma montadora de celulares, onde
(q) representa unidades de celulares e (p) preços em reais:

a) Fazer o gráfico da função oferta

b) Quando são vendidos 20 celulares, qual será seu preço?

c) Quando o preço é R$ 130 quantos celulares são vendidos?


3. O seguinte gráfico mostra a posição do produtor e relação de produto e preço por unidade:
a) Construir a função linear P(q)= aq+b, onde q representa unidade do produto e P(q) preços
b) A partir de que preço estaria disponível o produto no mercado?
c) Quando são vendidos 60 unidades do produto, qual será seu preço?
d) Quando o preço é R$180, quantas unidades são vendidas de acordo com a função?
4. Em uma fábrica de acessórios quando o preço é de R$60 é demandado 20 unidades,
quando o preço reduz para R$20 é demandado 40 unidades

a) Construir a função demanda

b) Fazer o gráfico da função demanda

c) Quando são demandadas 30 unidades, qual seria o preço?

d) Quando o produto é oferecido gratuitamente, quantas unidades são vendidas?


5. Quando o preço é de R$ 10 é demandado 5 unidades, quando o preço reduz para R$ 5 é
demandado 10 unidades

a) Construir a função demanda

b) Fazer o gráfico da função demanda

c) A partir de que preço existirá demanda?

d) Quando são demandadas 12 unidades, qual seria o preço?

e) Quando o produto é oferecido gratuitamente, quantas unidades são vendidas?


AULA 11: INTRODUÇÃO À ECONOMIA

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PONTO DE EQUILÍBRIO
Ponto de equilíbrio: condição hipotética do mercado, na qual a oferta
é igual a demanda. Expressa a estabilidade do sistema de força que
atuam na circulação e troca de mercadoria e títulos. Um sistema
econômico é considerado em equilíbrio quando todas as variáveis
permanecem imutáveis em determinado período.
Problema: um determinado produto tem a seguinte oferta e demanda:

Preço unitário em Quantidades (unidade anual) Relações


R$ (P) Demanda (Qd) Oferta (Qo) estabelecida
2,00 18.000 6.000 Qd > Qo
2,50 16.000 7.000 Qd > Qo
3,00 14.000 8.000 Qd > Qo
3,50 12.000 9.000 Qd > Qo
4,00 10.000 10.000 Qd = Qo
4,50 8.000 11.000 Qd < Qo
5,00 6.000 12.000 Qd < Qo
5,50 4.000 13.000 Qd < Qo
6,00 2.000 14.000 Qd < Qo
EXERCÍCIO
1. A oferta e demanda de um produto tem o seguinte comportamento:

Preço da
Quantidade Preço da Relações
demanda
(Q) oferta (R$) estabelecidas
(R$)
0 65 50 Pd > Po
5 62,5 52,5 Pd > Po
10 60 55 Pd > Po
15 57,5 57,5 Pd = Po
20 55 60 Pd < Po
25 52,5 62,5 Pd < Po
30 50 65 Pd < Po
a) Represente graficamente a oferta e demanda

b) Determine o ponto de equilíbrio

c) Indique no gráfico quando há um excedente de quantidade ofertada e


demandada.
2. A oferta e demanda de um produto está representada pela tabela seguinte:
Demanda

Qd 0 5 10 15 20

P 20 15 10 5 0
Oferta

Qo 0 5 10 15 20

P 10 15 20 25 30
a) Represente graficamente a oferta e demanda

b) Determine o ponto de equilíbrio

c) Indique no gráfico quando há um excedente de quantidade ofertada e demandada.


AULA 12: INTRODUÇÃO À ECONOMIA

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FORMAS DE MERCADO
O mercado é formado pelo conjunto de instituições em que são realizadas transações
comerciais, como feiras, lojas, bolsas de valores, etc.
Entre as situações de mercado podem ser classificados em:
Concorrência Perfeita: modelo criado pela economia clássica, na qual foi fundada
por Adam Smith e David Ricardo. A referida economia clássica é caracterizada por
enfatizar a produção, colocando em segundo plano o consumo e a procura.
As hipóteses que caracterizam a concorrência perfeita são:
• Existência de grande número de vendedores, cada um dos quais incapaz de forçar a
baixa nos preços
• Todos os compradores e vendedores com o mais completo conhecimento dos preços e
disponibilidades do mercado local e de outras praças.
• Inexistência de significativas economias de escala, de modo a nenhum vendedor poder
crescer a ponto de dominar o mercado.
• Pelo lado da demanda impõe a existência de muitos compradores, nenhum deles capaz
de variar o volume de suas compras.
• Indiferença de comprar de um ou de outro vendedor.

Em um mercado assim estruturado, cada produtor operaria com a mais alta taxa de
eficiência, seu produto teria o mais baixo custo e seu lucro seria o mínimo necessário para
manter o número mínimo de produtores.
Embora a concorrência perfeita seja uma construção teórica, encontramos várias
semelhanças com o mundo real, como por exemplo de produtos agrícolas.
Há mercados em que o conceito de competição perfeita se aplica perfeitamente. No
mercado de trigo, por exemplo, há milhares de agricultores que vendem trigo e milhões
de consumidores que utilizam o grão e seus derivados. Como não há um comprador ou
vendedor específico que seja capaz de influenciar o preço do trigo, cada um deles aceita o
preço como dado.
Exemplo 2: os cocos que são vendidos nos quiosques da praia. São tantos quiosques,
que se algum deles tentar vender coco por um preço mais alto, os compradores
simplesmente irão adquiri-lo no quiosque concorrente.
Da mesma forma nenhum comprador conseguirá comprar o coco por um preço mais
baixo, porque existindo um grande número de consumidores, os vendedores dos quiosques
sabem que, se não venderem para um, venderão para outro.
Exemplo 3: O açúcar se encaixa no modelo de Concorrência Perfeita. Trata-se de um
produto de origem natural e a atividade econômica pode ser explorada por qualquer um que
esteja disposto a investir. Além disso, há uma vasta quantidade de produtores e de
interessados em consumir o açúcar. Isso permite que o preço se estabilize e que haja certo
equilíbrio entre aqueles que participam desse mercado. Mesmo que existam muitas marcas
de açúcar, não há grande diferenciação entre elas. O produto oferecido possui
homogeneidade.
Se uma empresa de açúcar, por exemplo, tentar elevar individualmente o seu preço, ela
perderá grande parte da procura. Isso porque o consumidor vai preferir comprar do
concorrente, que oferece um produto semelhante por um preço menor. Porém, tentar
abaixar muito o preço do produto em uma situação de Concorrência Perfeita também pode
ser prejudicial. Nessa estrutura de mercado, a margem de lucro não é muito elevada.
Portanto, preços muito baixos podem não ser sustentáveis a longo prazo.
Monopólio: forma de organização de mercado, nas economias capitalistas, em que uma
empresa domina a oferta de determinado produto ou serviço, que não tem substituto.
A legislação da maioria dos países proíbe o monopólio, com exceção daqueles exercidos
pelo Estado e os monopólios temporários garantidos pela posse de patentes e direitos
autorais.
Por que surgem os monopólios
Uma empresa é um monopólio se é a única vendedora de seu produto e se seu produto não
tem substitutos próximos. A causa fundamental dos monopólios está nas barreiras à entrada:
um monopólio se mantém como o único vendedor de seu mercado porque as outras empresas
não podem entrar no mercado e competir com ela. As barreiras à entrada, por sua vez, têm três
origens principais:
•Um recurso-chave é exclusivo de uma única empresa
•O governo concede a uma única empresa o direito exclusivo de produzir um determinado
bem ou serviço.
•Os custos de produção tornam um único produtor mais eficiente do que um grande número
de produtores.
Monopólios Criados pelo Governo
Em muitos casos, os monopólios surgem porque o governo concede a uma só pessoa ou
empresa o direito exclusivo de vender algum bem ou serviço. Às vezes, o monopólio
decorre da influência política de quem quer ser monopolista. Antes, por exemplo, os reis
concediam licenças exclusivas de comércio a seus amigos e aliados. Em outros casos, o
governo concede um monopólio porque isso é visto como de interesse público. Por
exemplo, o governo norte-americano concedeu monopólio a uma empresa chamada
Network Solutions, quem mantém a base de dados de todos os endereços de internet
terminados em com, net e gov, com base na crença de que esses dados precisam ser
centralizados e abrangentes.
As leis de patentes e direitos autorais são dois exemplos importantes de como o governo
cria um monopólio para atender ao interesse público.
Quando uma companhia farmacêutica descobre um novo medicamento, pode requerer do
governo uma patente. Se o governo considera que o medicamento é realmente original, a
patente é aprovada, o que confere à empresa direito exclusivo de fabricação e venda do
produto por 20 anos. De maneira similar, quando um autor termina de escrever um livro,
pode requerer o direito autoral sobre ele. O direito autoral é uma garantia do governo de
que ninguém poderá imprimir e vender o livro sem a permissão do autor. O direito autoral
faz do escritor um monopolista sobre a venda de seu livro.
Como essas leis concedem monopólio a um produtor, levam a preços mais elevados dos
que os que ocorreriam se houvesse competição. Mas, ao permitir que esses produtores
monopolistas cobrem preços mais altos e obtenham lucros maiores, as leis também
encorajam alguns comportamentos desejáveis.
Permite-se que as companhias farmacêuticas monopolizem os medicamentos que
descobrem com o objetivo de incentivar a pesquisa. Permite-se que os autores monopolizem
as vendas de seus livros para incentivá-los a escrever mais e melhores livros.
Monopólios Naturais
Uma indústria é um monopólio natural quando uma só empresa consegue ofertar um
bem ou serviço a um mercado inteiro a um custo menor do que duas ou mais empresas. Um
monopólio natural surge quando há economias de escala para toda a faixa relevante de
produção. Neste caso, uma só empresa pode produzir qualquer quantidade de produto a um
custo menor. Ou seja, para qualquer quantidade dada de produto, um maior número de
empresas leva a uma menor produção por empresa e a um custo total médio mais elevado.
Um exemplo de monopólio natural está na distribuição de água. Para levar água aos
moradores de uma cidade, uma empresa precisa construir uma rede de tubulações. Se duas
ou mais empresas competissem na prestação desse serviço, cada empresa teria que pagar o
custo fixo da construção da rede. Assim, o custo total médio da água é menor se uma só
empresa supre o mercado.
Em alguns casos, o tamanho do mercado é determinante para saber se uma indústria é um
monopólio natural ou não. Considere uma ponte sobre um rio. Quando a população é
pequena, a ponte pode ser um monopólio natural. Uma só ponte pode satisfazer totalmente a
demanda por viagens de um lado a outro do rio pelo menor custo, mas, à medida que a
população cresce e a ponte fica congestionada, satisfazer totalmente a demanda pode
requerer duas ou mais pontes sobre o mesmo rio. Portanto, com a expansão do mercado, um
monopólio natural pode evoluir e se tornar um mercado competitivo.
Oligopólio: estrutura de mercado, nas economias capitalistas, em que poucas empresas
detém o controle da maior parcela do mercado. Um membro de um oligopólio, dificilmente
baixa seus preços, pois sabe que será imediatamente seguido pelos demais, ficando desta
forma com lucros menores. A competição tende a se estabelecer mais ao nível do marketing.
Exemplos: indústria de cigarros, de bebidas, lâmpadas elétricas, computadores,
montadoras de veículos, empresas de telefonia móvel, etc.
Os oligopolistas maximizam seu lucro total formando um cartel e agindo como se fossem
um monopolista. Mas, se os oligopolistas tomam individualmente suas decisões sobre os
níveis de produção, o resultado é uma quantidade maior e um preço menor do que os do
resultado monopolista. Quanto maior o número de empresas de um oligopólio, mais
próximos dos níveis competitivos ficam a quantidade e o preço.
Concorrência Monopolística: caracteriza-se pela existência de duas ou mais empresas,
cujos produtos são muito semelhantes sem serem substitutos perfeitos um do outro, de
forma que cada empresa pode manter certo grau de controle sobre os preços. É um meio
termo entre concorrência perfeita e monopólio.
Cartel: é a reunião de empresas grandes com o objetivo de obter maiores lucros,
evitando a concorrência entre si.
A união dessas empresas as torna praticamente um monopólio. Desta forma podem
abusar da força em prejuízo dos consumidores.
Um acordo sobre produção e preços como entre empresas é chamado de conluio e o
grupo de empresas que age conforme um acordo é chamado de cartel.
AULA 13: INTRODUÇÃO À ECONOMIA

Profa. Msc Salma Said Rezek Mendoza

Salma.rezek@ufrr.br
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Contato: (95) 98113-3203
EXERCÍCIOS
1. A oferta e demanda de um produto está representada pela tabela seguinte:
Demanda
Q 0 100 200 300 400 500
Pd 1000 800 600 400 200 0

Oferta
Q 0 100 200 300 400 500
Po 100 200 300 400 500 600
a) Determinar graficamente a oferta e demanda
b) Determinar o ponto de equilíbrio
c) Indicar no gráfico quando há um excedente de quantidade ofertada e demandada.
2. A oferta e demanda de um produto está representada pela tabela seguinte:
Demanda
Q 0 5 10 15 20 25

Pd 100 85 70 65 40 25

Oferta
Q 0 5 10 15 20 25

Po 60 65 70 75 80 85
a) Determinar graficamente a oferta e demanda

b) Determinar o ponto de equilíbrio

c) Indicar no gráfico quando há um excedente de quantidade ofertada e demandada.


3. Uma doçaria produz um tipo de bolo de tal forma que sua função de oferta
diária é p=10+0,2q, pergunta-se:

a) Qual o preço para que a oferta seja de 20 bolos diários?

b) Se o preço unitário for de R$15,00, qual será a oferta diária?

c) Se a função de demanda diária por esses bolos é P=30-1,8q, qual o preço


de equilíbrio?
4. Em uma loja vende-se um determinado produto e o preço e demanda se comporta da
seguinte forma:

Q 0 10 20 30 40 50
Pd 180 150 120 90 60 0

a) Fazer o gráfico da função demanda

b) Qual é a relação entre o preço máximo e a quantidade demandada? Explicar a resposta

c) Qual é a relação entre a demanda máxima e o preço? Explicar a resposta

d) Quando o preço é oferecido a R$120,00, qual será a quantidade demandada?


5. Uma fábrica produz calçados, com a seguinte relação entre quantidade e preço:

Q 0 15 30 45 60 75 90
Po 100 150 200 250 300 350 400

a) Fazer o gráfico da função oferta

b) Quando a quantidade aumenta em 15 unidades como se comporta o preço?

c) Se São produzidos 120 calçados, qual será o preço? Resolva através da função.
6. A oferta e demanda de um produto está representada pela tabela seguinte:
Demanda
Q 0 50 100 150 200 250

Pd 1500 1200 900 600 300 0

Oferta
Q 0 50 100 150 200 250
Po 150 300 450 600 750 900

a) Determinar graficamente a oferta e demanda.

b) Determinar o ponto de equilíbrio.

c) Indicar no gráfico quando há um excedente de quantidade ofertada e demandada.


AULA 14: INTRODUÇÃO À ECONOMIA

Profa. Msc Salma Said Rezek Mendoza

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CONCEITOS DE CUSTO, RECEITA E LUCROS

• Custos: avaliação em unidades de dinheiro de todos os bens materiais e imateriais,


trabalho e serviços consumidos pela empresa na produção de bens industriais, bem como
aqueles consumidos também na manutenção de suas instalações. Expresso
monetariamente, o custo resulta da multiplicação da quantidade dos fatores de produção
utilizados pelos seus respectivos preços.

• Custos Fixos: custos que permanecem inalterados independente do grau de ocupação de


capacidade da empresa. São custos originados pela existência da empresa, sem levar em
conta se está produzindo ou não (aluguéis, juros, instalações, etc).
• Custos Variáveis: parte do custo total que varia conforme o grau de ocupação da
capacidade produtiva da empresa. Por exemplo: custo com matéria-prima, salários por
produção.
• Custo total = Custos fixos + Custos variáveis CT=A+Bq, onde q é a variável
• Receita: em termos contábeis, é a soma de todos os valores recebidos em dado espaço de
tempo (um dia, um mês, um ano). Numa empresa comercial, a receita é formada pelas
vendas à vista, pela parte recebida referente às vendas a créditos e pelos eventuais
rendimentos de aplicações financeiras. No orçamento público, receita é a soma de
arrecadações de impostos, taxas, contribuições, multas, etc. Os rendimentos de fonte certa
compõem as receitas ordinárias, enquanto os incertos ou eventuais formam a receita
extraordinária. R=Dq, onde q é variável
• Lucro: rendimento atribuído especificamente ao capital investido diretamente por uma
empresa. Em geral, o lucro consiste na diferença entre a receita e a despesa de uma
empresa em determinado período, ou seja, Lucro=Receita-Custo total. L=R-CT

• Ponto de equilíbrio: ponto que define o volume exato de vendas (produção) em que
uma empresa nem ganha nem perde dinheiro; acima desse ponto a empresa começa a
apresentar lucros; abaixo sofre perdas.

CF=A (número real) Ex: aluguéis, juros, instalações, salários, etc.

CV=Bq (B número real e q é uma variável) Ex:matéria-prima, salários por


produção, etc.
EXERCÍCIOS
1.Uma fábrica manufaturada produz um artigo com um custo fixo de produção de R$1.000, o
custo variável é de R$10 por unidade e o artigo é vendido a R$15.
a)Determine a função custo total, a função da receita, a função lucro e complete a seguinte
tabela:
Q 0 50 100 150 200 250 300
CT
R
L

b) Determine o ponto de equilíbrio


c) Fazer o gráfico da função custo total e receita no mesmo sistema coordenado
d) Fazer o gráfico da função lucro
2. Uma fábrica deseja saber a quantidade de produtos para obter um lucro de R$1.500, se o
custo fixo para fabricar um produto é R$2.500 e o custo variável é de R$12. O preço de
venda de cada produto é de R$17.
a) Determine a função custo total, a função da receita, a função lucro e complete a seguinte
tabela:
Q 0 100 200 300 400 500 600
CT
R
L

b) Determine o ponto de equilíbrio


c) Fazer o gráfico da função custo total e receita no mesmo sistema coordenado
d) Fazer o gráfico da função lucro
AULA 15: INTRODUÇÃO À ECONOMIA

Profa. Msc Salma Said Rezek Mendoza

Salma.rezek@ufrr.br
salmarezek@hotmail.com
Contato: (95) 98113-3203
EXERCÍCIO
1.Uma empresa que fabrica unidades de um produto, possui as funções custo total e receita,
na qual são representadas no gráfico abaixo:

a) Determine a função custo total


b) Determine a função receita
c) Determine a função lucro
d) Se o lucro é R$60, que quantidade terá que produzir?
e) Complete as tabelas abaixo:

Q 0 10

CT 25 35

Q 0 10

R 21 33

Q 8 10

L -10 4
2. Uma fábrica manufaturada produz um artigo com um custo fixo de R$25 e o custo variável
de R$2, o ponto de equilíbrio entre o custo total e a receita é quando a quantidade do artigo é
5 unidades e o preço é R$35. O preço de venda de cada produto é de R$7
a) Represente graficamente o ponto de equilíbrio
b) Determinar a função custo total
c) Determinar a função receita
d) Determinar a função lucro
e) Complete a tabela abaixo:
Q 0 10
L -15 0
f) Represente graficamente a função lucro
g) Se o custo fixo da fábrica aumenta em 20% calcule:
• Função custo total
• Ponto de equilíbrio
• Função lucro
AULA 16: INTRODUÇÃO À ECONOMIA

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EXERCÍCIO
1.Uma empresa fabrica unidade de um produto com a seguinte função como custo total
CT=100+2q e de receita R=4q. Determine:
a) Qual é o custo fixo
b) Qual é o custo variável por unidade
c) Complete a tabela onde Q representa unidade do produto e CT custo total em R$
d) Complete a tabela onde Q representa unidade do produto e R a receita em R$
e) Determine a função lucro e complete a seguinte tabela:

Q 0 10 20 30 40 50 60

CT

R
L
f) Determine o ponto de equilíbrio
g) Fazer o gráfico da função custo total e receita no mesmo sistema coordenado.
h) Fazer o gráfico da função lucro
2. Uma empresa fabrica unidade de um produto com a seguinte função custo total
CT=50+q e uma receita de R=3q. Determine:
a)Qual é o custo fixo?
b)Qual é o custo variável por unidade?
c)Determine o ponto de equilíbrio do mercado entre o custo total e a receita
d)Represente graficamente a função custo total e receita no mesmo sistema de coordenada
cartesiano e indique o ponto de equilíbrio.
e)Determine a função lucro
f)Represente graficamente a função lucro
g)Quantas unidades a empresa tem que produzir para obter um lucro de R$76,00?
3. Uma fábrica de um certo produto tem a seguinte demanda e preço dada pela função
P(q)=-2q+60, onde q representa unidade e P(q) representa preço em R$:

a) Qual é a demanda quando o produto é oferecido gratuitamente?

b) Quando o preço é R$ 50, qual será a quantidade demanda do produto?

c) Construir a tabela

d) Fazer o gráfico da função demanda


4. Uma fábrica de um certo produto tem a seguinte função oferta P(q)=30+3q, onde q é a
quantidade de produto e P(q) o preço em R$

a) Quando o preço é R$120, quantas unidades são ofertadas?

b) Se é ofertado 10 unidades, qual é seu preço?

c) Construir a tabela

d) Fazer o gráfico da função oferta


AULA 17: INTRODUÇÃO À ECONOMIA

Profa. Msc Salma Said Rezek Mendoza

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EXERCÍCIOS
1. O mercado de pizza tem a seguinte escala de demanda:

Pd 30 35 40 45 50 55

Q 135 130 125 120 115 110

a) Represente graficamente a curva de demanda

b) Construa a função

c) Quando são vendidas 25 unidades de pizzas, qual será seu preço de acordo com a função?

d) Quando o preço é R$43,00, quantas unidades são vendidas de acordo com a função?
2. Suponha que a escala de determinado produto ofertado sejam as seguintes:

Po 400 800 1.200 1.600 2.000

Q 2.000 4.000 6.000 8.000 10.000

a) Represente graficamente a curva de oferta

b) Quando são vendidas 16.000 unidades, qual será seu preço?

c) Quando o preço é R$3.600, quantas unidades são vendidas?


3. Determinado produto tem a seguinte escala:

Pd 4 8 12 16 20

Q 400 300 200 100 0

a) Represente graficamente a curva de demanda

b) Qual a relação entre o preço máximo e a quantidade demandada?

c) Quando são vendidas 350 unidades, qual será seu preço?

d) Quando o preço é R$18,00, quantas unidades são vendidas?


4. Pesquisas de mercado revelaram as seguintes informações sobre o mercado de barras
de chocolate: a escala de demanda pode ser representada pela equação qd=2.600-100p e a
escala de oferta pode ser representada pela equação qo=600+300p. Calcule o preço de
equilíbrio e a quantidade de equilíbrio no mercado de barras de chocolate.

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