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CURSO DE ENFERMAGEM
SISTEMATIZAÇÃO DO CUIDAR EM ENFERMAGEM
Profª. Ma. Tatyane Andrade dos Santos
TÉCNICA: EXAME FÍSICO - SISTEMA GASTROINTESTINAL
ANAMNESE
1. Dor abdominal
• Onde é a dor? A localização da dor mudou após seu início? Você sente a dor em outra
parte do corpo? Há quanto tempo você sente a dor? Teve início súbito? Pode descrever o tipo
de dor (pontada, queimação, cólica)? A dor é contínua ou fica oscilando? Houve alteração na
gravidade ou na natureza da dor desde o seu início? O que piora a dor? O que melhora a dor?
Está associada a náuseas e/ou vômitos? Sudorese? Constipação? Diarreia? Sangue nas fezes?
Distensão abdominal? Febre? Calafrios? Alimentação? Ciclo menstrual? Já teve cálculo biliar?
Cálculo renal? Existe a possibilidade de estar grávida?
2. Náuseas e vômitos
• Há quanto tempo você está apresentando náuseas e vômitos? Qual é a cor do vômito?
Tem algum odor desagradável diferente? Quantas vezes por dia você apresenta vômitos? Estão
relacionados com as refeições? Quanto tempo depois de se alimentar você vomita? Você vomita
somente após ingerir certo tipo de alimento? Tem náuseas sem vômitos? As náuseas e vômitos
estão relacionados com dor abdominal? Constipação? Diarreia? Perda de apetite? Alteração na
coloração das fezes? Alteração na coloração da urina? Febre? Dor torácica? Observou alguma
alteração auditiva? Está escutando zumbidos nos ouvidos? Existe a possibilidade de estar
grávida?
• Há quanto tempo você está com diarreia? Quantas evacuações você apresenta
diariamente? A diarreia teve início súbito? Começa após uma refeição? É tipo aquosa?
Sanguinolenta? Tem odor fétido? Está associada a dor abdominal? Perda de apetite? Náuseas?
Vômitos?
• Há quanto tempo você está com diarreia? Tem períodos de diarreia alternados com
constipação? As fezes são aquosas? Amolecidas? Flutuantes? Têm odor fétido? Você notou
sangue nas fezes? Muco? Alimentos digeridos? Qual a coloração? Quantas evacuações você
apresenta diariamente? Começa após uma refeição? O que ocorre quando você está de jejum?
Continua apresentando diarreia? Está associada a dor abdominal? Distensão abdominal?
Náuseas? Vômitos? Observou piora em certos momentos do dia? Como está seu apetite?
Observou alguma mudança no peso?
3.3 Constipação
• Há quanto tempo você tem constipação? Com que frequência seu intestino funciona?
Qual a cor e o tamanho das suas fezes? Já se apresentaram misturadas com sangue ou muco?
Já observou períodos de constipação alternados com diarreia? Já notou alteração no calibre das
fezes? Costuma ter muitos gases? Como é seu apetite? Observou alguma mudança no seu
peso?
4 Sangramento Retal
• Há quanto tempo você observou a presença de sangue vivo nas fezes? O sangue é
misturado com as fezes? Você observa raias de sangue na superfície das fezes? Você observou
mudança dos hábitos intestinais? Observou uma sensação persistente no reto de vontade de
evacuar sem conseguir fazê-lo? Já apresentou fezes muito escuras com odor forte? Há quanto
tempo? Já sentiu tonteira? Está associada a dor abdominal? Sudorese? Diarreia? Náuseas e
vômitos?
5 Distensão abdominal?
• Há quanto tempo notou essa distensão? Está relacionada com a alimentação? Diminui ao
arrotar ou soltar gases? Está associada a vômitos? Perda de apetite? Perda de peso?
Alterações dos hábitos intestinais? Respirações curtas?
6. Outras situações
• Icterícia
• Massas
• Prurido
• Inapetência
DIVISÃO DO ABDOMINAL
– Divisão em quadrantes: traça uma linha imaginária na linha Alba (linha média) do paciente que
corresponde do processo xifóide até a sínfise púbica, dividindo o abdômen em direito e
esquerdo. E imagina uma linha passando na cicatriz umbilical (linha transumbilical), dividindo o
abdômen em superior e inferior.
– Divisão em regiões: Imagina-se uma linha hemiclavicular até a região inguinal nos dois lados,
uma pelo rebordo costal (linha subcostal) e outra passando pelas cristas ilíacas
ânterosuperiores (linha intertubercular).
- São 9 regiões: Flanco esquerdo e direito, hipocôndrio direito e esquerdo, fossa ilíaca direita e
esquerda, epigástrio, mesogástrio e hipogástrio.
EXAME FÍSICO
MÉTODOS PROPEDÊUTICOS:
➢ Inspeção
➢ Ausculta
➢ Percussão
➢ Palpação
Materiais: estetoscópio, fita métrica ou régua, caneta marcadora e dois travesseiros.
Preparo:
- A sala deve estar aquecida e em silêncio.
- Mantenha a privacidade do paciente.
- Higienizar as mãos.
- Solicita que o paciente esvazie a bexiga antes dos procedimentos
- Posição: decúbito dorsal com travesseiro sob a cabeça e outro sob os joelhos ou joelhos
dobrados, braços ao longo do corpo.
- Exposição total do abdome (genitália coberta)
- Deixar o exame de áreas dolorosas para o final
INSPEÇÃO
1. INSPEÇÃO
- Circulação colateral: pode ser visível em caso de obstrução do sistema venoso porta
(cabeça de medusa) ou veia cava.
- Ondas peristálticas: em geral não são observadas em indivíduos normais, mas pode
estar presente quadros obstrutivos.
OBS: diferente do sistema cardiovascular e respiratório, a ausculta deve ser o primeiro elemento
a ser avaliado após a inspeção. A explicação é que a palpação ou percussão do abdome pode
alterar os movimentos peristálticos.
AUSCULTA
Pontos específicos: epigástrio (aorta), umbigo, hilo renal D e E (artérias renais), artérias
femorais e ausculta do fígado e do baço (pesquisa de atritos).
1)Parâmetro normal
2)Anormal
3)Ruídos vasculares
- Observar presença de ruídos vasculares sobre as artérias aorta, renais, ilíacas e femorais.
Usualmente nenhum som é detectado, mas pode ser detectado normalmente som sistólico
e anormalmente um sopro.
PERCUSSÃO
1) Percussão do Abdome:
- Sons produzidos:
2. Som normal: maciço (baço e fígado), timpânico (vísceras ocas); Percussão normal:
macicez hepática no hipocôndrio direito; timpanismo no espaço de Traube, timpanismo nas
demais regiões.
3. Som anormal: Massas abdominais sólidas ou líquidas (ascite) são maciços. Timpanismo
generalizado pode indicar obstrução
2) Percussão do Fígado:
3) Palpação do Baço
- Posicione o paciente em decúbito lateral direito, mantenha-se à direita com o dorso voltado
para a cabeceira da cama.
- Com as mãos paralelas fletidas em garra, deslize-as desde a linha axilar média E, hipocôndrio
E até o epigastro. Esse órgão somente é palpável nas esplenomegalias resultantes de
alterações patológicas.
4) Palpação do Fígado
- Técnica bimanual: Mantenha-se à direita; mão esquerda sob o tórax posterior direito do
paciente, na altura da 11 ª e 12ª costelas. A mão direita é colocada sobre o abdome e exerce
compressão para dentro e para frente, enquanto a mão esquerda pressiona o tórax posterior
para cima e o paciente inspira profundamente, de modo a deslocar o fígado para baixo,
tentando-se sentir sua borda.
O fígado normal é indolor, com borda firme, macia e lisa. Frequentemente é impalpável.
- Técnica com as mãos em garra: à direita do paciente, voltado na direção de seus pés,
palpando o abdome na linha do rebordo costal direito. Solicita-lhe que inspire profundamente, ao
mesmo tempo em que pressiona a parede do abdome para dentro e para cima.
O fígado normal é palpável, durante a inspiração, cerca de 3 cm abaixo do rebordo costal à
direita na linha hemiclavicular.
Sinal de Rovsing
REFERÊNCIAS
JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. Rio de Janeiro, Elsevier 2012.
880p.