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Como funcionava?
ECONOMIA DE MERCADO - EXPANSÃO DA
RIQUEZA - IMPOSTOS - SENHORES - FORMAÇÃO
DO ESTADO NACIONAL MODERNO
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS:
- O protecionismo tinha como objetivo evitar a saída de moeda do país, ao mesmo tempo
defendendo a produção nacional da concorrência estrangeira
- Para isso, foram criadas barreiras alfandegárias que controlavam e tributavam a entrada de
produtos estrangeiros nos estados.
- Uma das intenções protecionistas era contribuir para a geração de uma balança comercial
favorável, ou seja, a criação de um valor de exportações maior que o valor de importações.
O protecionismo era vantajoso para diminuir o custo das
importações, mas era pouco efetivo na tarefa de exportar...
O italiano Nicolau Maquiavel (1469-1527), foi o autor da obra O príncipe, na qual buscava
compreender a política como atividade humana, independente de quaisquer princípios
religiosos.
Maquiavel acreditava que as principais atividades do príncipe (ou governante) eram assumir o
poder e preservá-lo
A PRESENÇA DO METALISMO:
Devido à descoberta de grandes jazidas de ouro e prata por
parte dos espanhóis, o volume de metal precioso no
mercado europeu cresceu muito
- Aumento da capacidade do sistema monetário nos países
metropolitanos e inflação.
A extração do pau-brasil, uma árvore cujo lenho era vermelho “cor de brasa” e utilizado na
Europa como pigmento para tingir tecidos.
Esse escambo era realizado com grupos de portugueses que construíam galpões ou feitorias na
costa para acondicionar a madeira.
Os holandeses também participavam da distribuição do produto, uma vez que suas redes de contatos
comerciais eram bastante amplas e garantiam acesso a diversos mercados.
Ao contrário das outras especiarias orientais, que não exigiam muito processamento (ou seja, eram
compradas e revendidas sem quase nenhuma alteração), a cana precisava ser transformada em açúcar.
Em 1537, o papa Paulo III publicou uma bula condenando a escravidão indígena. Nos
planos da Igreja católica, os indígenas poderiam ser convertidos ao cristianismo, ampliando
a fé cristã.
Além disso, o comércio de africanos como escravos já era praticado pelos europeus desde os
primórdios da expansão marítima no século XV.
Os traficantes viam com bons olhos a proibição da escravidão indígena no Brasil, pois abriria
um novo mercado para os escravizados trazidos da África.
Os grandes consumidores de escravos eram senhores de engenho, que produziam o açúcar para exportação.
Havia grande escassez de moeda, uma vez que não era interesse da metrópole que qualquer metal precioso
permanecesse na colônia.
Dessa forma, os exportadores de açúcar eram pagos em crédito para a compra de mercadorias e escravos, concedidos
justamente pelos comerciantes portugueses que os traziam.
Os primeiros contingentes portugueses que aqui chegaram eram formados mais por homens
que mulheres.
Os homens brancos e senhores das elites muitas vezes valeram-se de seu posicionamento social
para se impor sobre as mulheres escravas africanas e indígenas.
A origem desse grupo social é europeia, mas com o tempo ele se miscigenou e poucas
famílias mantiveram casamentos entre brancos, já que o número de mulheres
europeias
que vinham para o Brasil durante o período colonial era reduzido.
A posse de terras e de escravos assegurava a esses senhores seu papel de elite, exercendo
controle social e econômico, além de lhes dar grande influência política e jurídica.
A população que não fazia parte da elite dependia dos favores dos senhores e
constantemente tinha de buscar laços de apoio e aliança com os grandes proprietários.
As relações interpessoais
Os laços pessoais eram mais fortes que os institucionais, resultando na criação de uma rede de
relacionamentos de Clientelismo.
Além disso, a sociedade colonial era Patriarcal: o poder era masculino, do chefe de família,
altamente concentrado e transmitido hereditariamente.
Em algumas regiões, o poder metropolitano das instituições portuguesas não conseguia se fazer
presente devido à distância, à falta de uma estrutura administrativa eficiente e à vastidão do
território, fatores que fortaleceram a influência das elites locais.
Os senhores assumiam na prática funções que, teoricamente, deveriam ser exercidas por uma
estrutura administrativa.
A Coroa portuguesa delegou aos senhores de terras e outros membros da elite colonial parte da
responsabilidade sobre a coleta de tributos e impostos, assim como responsabilidades jurídicas e
civis
isso se deu, em grande parte, devido à ausência de uma estrutura administrativa presente em todo
o território
Parte desses tributos coletados ficava sob posse das elites que não viam diferenciação entre bens
públicos e privados, investindo recursos em situações de interesse pessoal. Tal prática ficou
conhecida como Patrimonialismo.
Assim, podemos resumir como características da sociedade colonial açucareira:
-Estratificação social: era muito difícil a mobilidade de um grupo social para outro.
- Aristocratização: a concentração da riqueza e do poder político em mãos da elite agrária transformou-a numa
aristocracia rural conservadora.
- Patrimonialismo: as elites sentiam-se no direito de usufruir do poder público e de bens comuns(estatais). Segundo
diversos especialistas, tal prática colaborou para dificultar a formação e a diferenciação dos conceitos de bens públicos e
privados na história do Brasil.
- Escravocrata: a principal força de trabalho era a mão de obra escrava africana e as relações sociais estavam pautadas
principalmente no vínculo entre pessoas livres e escravizados.