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Tenho pena daqueles que sentem

Seus ouvidos relatam a dança

Seus punhos golpeiam a lança

Seus motivos advêm da lembrança

Tenho pernas dos que não as têm

Se é inapelável fiança

Aos que pensam demais predizer

(Às ruínas: ferido ser;

Aos bonecos-vento: dossiê)

Se evite pura observância

Aos que excluem dos céus seu ver

Pintemos bancos de isopor?

Pintemos medalhas, senhor?

Pintemos abnegado labor

Aos que dão mas negam merecer

Pulcra pérola autosselou-se

Muito filha do anoitecer

Mui fechadas conchas se vê

Muito "sombras" - reservam seu ser

Pulcra classe, introspectivou-se

Destes céus, tão mais que mero ver,

Pois, ousam mapear as entranhas

Pois, "argilas", marcam nuanças

Pois se frustram mas dispensam âncoras

Destes mares querem conhecer

Nos subúrbios da fé, tolerância


Dos soldados que vivem à frente

Das premissas deste presente

Dos açoitados que lutam sempre

Nos cuja dor se cura na ânsia

Com tais eis meu estar-ainda.

Sim.

31/12/2017

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