Você está na página 1de 24

Apostila de Aulas Práticas

Química Analítica Ambiental

Professora: Alessandra Furtado da Silva

1
Cronograma das Aulas Práticas

Conteúdo Página

Apresentação da professora. Apresentação da disciplina. Medidas de


-
segurança em laboratório. Método de avaliação do aluno.
Padronização de padrão secundário 3
Determinação de ácido acético em produto comercial 5
Determinação do grau de pureza da soda. 6
Determinação de AAS em medicamento. 7
Determinação de alcalinidade da água. 9
Determinação de cloreto: Método de Mohr. 12
Determinação de cloreto: Método de Volhard. 14
Determinação de cloreto: Método de Fajans. 15
Determinação de acidez em refrigerantes. 16
Determinação de pH em solo. 17
Determinação de permanganato por UV-vis 18
Determinação de Clorofila por UV-Vis 19
Determinação de zinco por AAS. 21
Preparação de amostras para determinação de cafeína. 22
Determinação de Cafeína por Cromatografia - UPLC 24

2
Aula 1 - Padronização de padrão secundário

1. PADRONIZAÇÃO DAS SOLUÇÕES ALCALINAS

Vários padrões primários de boa qualidade estão disponíveis para a padronização de


bases. Geralmente, são ácidos orgânicos fracos que requerem o uso de um indicador com
zona de transição na região alcalina. O padrão primário mais comumente usado é o Biftalato
de potássio KHC8H4O4, ideal para bases fortes. No comércio é encontrado com uma pureza de
99,95% enquanto na National Bureau of Standards essa pureza pode ainda ser maior. É
estável a temperaturas de até 135°C, não é higroscópico, é solúvel em água e tem alto peso
equivalente (204,23 g/eq). É um ácido fraco monoprótico (Ka = 3,91 x 10-6), portanto, o pH do
ponto de equivalência, quando titulado com uma base forte, se localiza na região alcalina,
consequentemente, a solução da base deve estar livre de carbonato.

2. PARTE PRÁTICA

2.1 Preparo de uma solução de hidróxido de sódio aproximadamente 0,1 mol/L

Cálculo da massa de NaOH:

Para preparar 250 mL de solução de concentração c.a. 0,1 mol/L, que é a concentração
normalmente usada na volumetria ácido base, então, a massa de NaOH necessária será:

m = 0,1 mol/L x 40 g/mol x 0,25 L = 1 g

Procedimento:

1) Pesar a massa de NaOH calculada em um béquer de 150 mL e dissolver com água


destilada recém-fervida e fria.

2) Transferir a solução para um balão volumétrico de 250 mL e completar o volume com água
destilada recém-fervida e fria até a marca.

3) Agitar o balão volumétrico para homogeneizar a solução;

2.2 Padronização de uma solução de NaOH aproximadamente 0,1 mol/L

a) Reagente
Será usado o biftalato de potássio (MM = 204,23 gmol-1) como padrão primário. O
reagente deve ter sido previamente seco a aproximadamente, 100°C, durante 2 horas e
resfriado em dessecador. O aquecimento é necessário para retirar alguma umidade presente
no reagente sólido.
Reação envolvida:

b) Indicador:
O produto da reação é uma base conjugada, portanto, o pH do ponto final é maior do
que 7. Assim, o indicador usado deve ter uma zona de transição na região alcalina. A escolha
do indicador é feita tendo como base o cálculo teórico do valor de pH no ponto de
equivalência. Para este caso específico, o pH do ponto de equivalência é de 9,05, portanto, a

3
fenolftaleína, com zona de viragem entre 8,0 e 10,0, passando de incolor para rosa, é
considerado um bom indicador.

2.3 Procedimento:

1) Lavar a bureta com um mínimo de solução de NaOH a ser padronizado e em seguida


preencher a bureta corretamente e livre de bolhas.

2) Pesar, em triplicata, 0,1000 g de biftalato de potássio (padrão primário) em três erlenmeyers


de 125 mL.

3) Adicionar 25 mL de água destilada ao erlenmeyer e dissolver com agitação.

4) Adicionar 2 gotas de solução alcoólica de fenolftaleína 0,1% m/v.

5) Titular a solução de biftalato com NaOH a ser padronizada até coloração rosa pálido, que
persista por 30 segundos após agitação.

6) Anotar o volume gasto na titulação e calcular a concentração padronizada da solução de


NaOH, em mol/L.

7) Transferir a solução para um frasco de polietileno limpo. Registrar a concentração


padronizada da solução de NaOH no rótulo do frasco, com data e nome do grupo.

2.4 Preparo de uma solução de HCl aproximadamente 0,1 mol/L

Verificar a concentração do ácido clorídrico no rótulo do frasco. Se não tiver, calcular usando a
densidade e a porcentagem descrita nesse rótulo. A partir dessa concentração obtida, calcular
o volume necessário para preparar 250 mL de solução de HCl 0,1 mol/L e preparar a solução
como descrito a seguir:

1) Em um balão volumétrico de 250 mL adicionar aproximadamente 100 mL de água destilada.


2) Com o uso de uma pipeta graduada, adicionar o volume de HCl calculado ao balão
volumétrico contendo água.
3) Adicionar água no frasco até próximo da marca (um pouco abaixo). Acertar o menisco
gotejando a água com auxílio da pipeta Pasteur.
4) Fechar o frasco e agitar bem para homogeneizar a solução.

2.5 Procedimento:

1) Com uma pipeta volumétrica de 10 mL, transferir este volume de solução de HCl
aproximadamente 0,1 mol/L para um erlenmeyer de 125 mL.
2) Adicionar 25 mL de água destilada e 2 gotas do indicador fenolftaleína 0,1% m/v no
erlenmeyer contendo o ácido a ser titulado.
3) Titular com a solução de NaOH padronizada contida na bureta (não esquecer de completar o
nível da bureta até zero) até aparecer uma coloração rósea.
4) Anotar o volume final e calcular a concentração padronizada de HCl.
5) Realizar o procedimento mais duas vezes e obter a média da concentração de HCl.
6) Transferir a solução para um frasco de vidro limpo. Registrar a concentração padronizada da
solução de HCl no rótulo do frasco, com data e nome do grupo.

4
Aula 2 - Determinação de ácido acético em produto comercial

Metodologia de análise: Volumetria de Neutralização

O ácido acético é um ácido fraco tendo um Ka de 1,75 × 10-5. Ele é amplamente usado
em química industrial na forma de ácido acético industrial (d = 1, 053 g/mL e 99,85% m/m). Na
indústria alimentícia é usado sob a forma de vinagre. Segundo a Organização Mundial da Saúde,
o vinagre deve conter 3,5 - 8,0 % em m/v de ácido acético. A acidez total do vinagre é
determinada mediante titulação com uma solução padrão alcalina na presença de fenolftaleína
como indicador, segundo a reação:

CH3COOH + NaOH  CH3COONa + H2O

1. MATERIAIS E REAGENTES POR GRUPO

MATERIAIS REAGENTES

• Bureta de 50 mL • Amostra de vinagre

• Béqueres de 100 e 250 mL • NaOH sólido

• 3 Erlenmeyers de 150 mL • Fenolftaleína 0,1% em etanol

• Proveta de 50 mL • Biftalato de potássio (KHC8H4O4)

• 2 Balões volumétricos de 100 mL

• Pipeta volumétrica de 5 mL

• Agitador e barra magnética

Procedimento: Análise da amostra de vinagre

A amostra necessita de diluição?


Fazer o teste com 1 mL da amostra + 25 mL de água destilada + 2 gotas de fenolftaleína.

Pipetar (usar pipeta volumétrica) um volume de 10 mL da amostra e transferir para um


erlenmeyer de 150 mL. Adicionar à solução 25 mL (usar proveta) de água destilada e 2 gotas
de fenolftaleína. Titular com solução padrão de NaOH 0,1 M até a coloração rósea permanente.
Repetir este procedimento mais 2 vezes para obter uma média dos resultados.

Determinar a porcentagem m/v de ácido acético no vinagre, considerando a


diluição da amostra, e conferir com a porcentagem que consta no rótulo do produto.

5
Aula 3 - Determinação do grau de pureza da soda

Objetivo: Determinar o grau de pureza da soda através de titulação ácido-base.

Materiais:
• Béquer de 150 mL, Bureta de 25 mL, Suporte universal, Garra de bureta, 3 erlenmeyer
de 150 mL, Pissete, 1 pipeta volumétrica de 10 mL, 1 agitador magnético.

Reagentes:
• Solução padronizada de HCl 0,1 M (CP);
• Solução de soda cáustica comercial (C = 4 g/L);
• Indicador Metilorange (Alranjado de metila);
• Água destilada.

Procedimento
• Com auxílio de um copo de béquer transferir a solução padronizada de HCl 0,1 M para a
bureta e enxaguá-la. Repetir a operação três vezes e descartar a solução utilizada.
Encher a bureta com a solução-padrão, tendo cuidado de encher também a parte que
fica abaixo da torneira. Eliminar toda e qualquer bolha de ar que por acaso tenha no
interior da solução. Fixar a bureta no suporte metálico. Verificar se a bureta goteja sem
abrir a torneira.
• Transferir 10 mL (VA) da solução de soda cáustica (CA) a ser titulada para o copo de
erlenmeyer.
• Adicionar uma gota de indicador metilorange à solução do erlenmeyer.
• Titular a amostra desconhecida com HCl padronizado 0,1 M até alcançar o ponto de
viragem do indicador de amarelo para rosa. Faz-se a primeira titulação de forma rápida
para saber que volume de solução-padrão alcança o ponto final da titulação. Repetir a
operação mais três vezes,
• Ler, na bureta, com exatidão (algarismos significativos) o volume da solução de ácido
gasto na titulação e calcular o valor médio das repetições.
• Efetuar os cálculos da concentração em mol/L e em g/L de soda na amostra com o valor
médio de pelo menos três titulações.

6
Aula 4 - Determinação de ácido acetilsalicílico em medicamento

Planejamento:

a) Amostra
O ácido acetilsalicílico (AAS), de massa molar igual a 180,13 g.mol-1, é um analgésico
usado no tratamento de cefaléias, nevralgias e outras dores. Analgésicos são depressores do
sistema nervoso central empregados para aliviar a dor sem causar a perda da consciência. A
concentração média de AAS em comprimidos é de aproximadamente 500 mg. Deseja-se,
nesta prática, determinar analiticamente a quantidade de ácido acetilsalicílico presente na
Aspirina® mediante titulação direta da amostra contra uma solução padrão de hidróxido de
sódio (Figura 3) utilizando-se o indicador fenolftaleína para identificar o ponto final da titulação.

Figura 3 – Reação da titulação direta do ácido acetilsalicílico contra solução de hidróxido de


sódio padrão.

b) Titulante
O ácido acetilsalicílico, bem como a maioria dos ácidos orgânicos, é um ácido fraco e
deve ser determinado por reação com uma base forte com a qual reage rápida e
completamente sendo, portanto, compatível com o método volumétrico. O titulante usado será
a solução padronizada de hidróxido de sódio com concentração em torno de 0,10 mol/L,
colocado em uma bureta de 10,00 mL.

c) Preparo da amostra
A amostra já está na forma de comprimidos, porém não será necessária a etapa de
abertura da mesma uma vez que o AAS se encontra nos mesmos de forma acessível.

d) Indicador

O produto da reação é uma base conjugada, portanto, o pH do ponto final é maior do


que 7. Assim, o indicador usado deve ter uma zona de transição na região alcalina. Portanto, a
fenolftaleína, com zona de viragem entre 8,0 e 10,0, passando de incolor para rosa, é
considerado um bom indicador.

Procedimento:

1) Pesar 3 comprimidos de Aspirina ® e anotar os valores das massas pesadas.

2) Triturar (macerar) os comprimidos em um almofariz com pistilo.

3) Pesar com a maior precisão possível 0,1000g, em triplicata, dos comprimidos macerados.

4) Transferir, quantitativamente, cada amostra para um erlenmeyer de 125 mL.

5) Adicionar, usando proveta, 20 mL de álcool comercial e 20 mL de água destilada.

6) Agitar a suspensão e adicionar 2 gotas de fenolftaleína 0,1% m/v

7) Titular a amostra contra solução padrão de NaOH aproximadamente 0,1000 molL-1 (anotar
a concentração molar exata da base com 4 algarismos significativos) até a solução tornar-
se rósea (Observar se a coloração rósea persiste por 30s).

7
8) Anote o volume gasto de solução de NaOH.

9) Repetir o procedimento acima mais duas vezes.

10) Calcular a quantidade de ácido acetilsalicílico em miligramas presente nas amostras


analisadas.

11) Calcular o erro relativo. O valor teórico da quantidade de ácido acetilsalicílico presente em
um comprimido de Aspirina® e de 500 mg.

TRATAMENTO DOS RESÍDUOS GERADOS DURANTE A AULA PRÁTICA

Uma vez que a aula prática de hoje trata-se de uma reação de neutralização ácido-base, deve-
se proceder da seguinte maneira o tratamento dos efluentes gerados nessa aula prática:

Ação: Misturar ácido ou base ao resíduo resultante de cada titulação até pH próximo ao
neutro.

8
Aula 5 - Determinação de Alcalinidade da Água

Alcalinidade total
A alcalinidade total de uma água é dada pelo somatório das diferentes formas de
alcalinidade existentes, ou seja, é a concentração de hidróxidos, carbonatos e
bicarbonatos, expressa em termos de carbonato de cálcio. Pode-se dizer que a
alcalinidade mede a capacidade da água em neutralizar os ácidos. A medida da
alcalinidade é de fundamental importância durante o processo de tratamento de água,
pois é em função do seu teor que se estabelece a dosagem dos produtos químicos
utilizados.
Normalmente as águas superficiais possuem alcalinidade natural em
concentração suficiente para reagir com o sulfato de alumínio nos processos de
tratamento. Quando a alcalinidade é muito baixa ou inexistente há a necessidade de
se provocar uma alcalinidade artificial com aplicação de substâncias alcalinas, tal
como cal hidratada ou barrilha (carbonato de sódio) para que o objetivo seja
alcançado. Quando a alcalinidade é muito elevada, procede-se ao contrário,
acidificando-se a água até que se obtenha um teor de alcalinidade suficiente para
reagir com o sulfato de alumínio ou outro produto utilizado no tratamento da água.

Método de determinação: Titulação com Ácido Sulfúrico

1. Material:

Soluções: fenolftaleína, metilorange, mistura Indicadora de verde de


bromocresol/vermelho de metila, solução de ácido sulfúrico 0,02 N, solução de
tiossulfato de sódio 0,1 N.
Materiais: 1 pipeta volumétrica de 50 mL, 3 erlenmeyers de 250 mL, 1 bureta de 50
mL, 1 suporte universal, balança analítica, 1 agitador magnético.

2. Preparo das soluções e indicadores:

2.1 Solução de tiossulfato de sódio 0,1 N

Pesar exatamente 0,25 gramas de Na 2S2O3.5H2O e dissolver em um pouco de água


destilada e completar o volume para 10 mL em balão volumétrico.

2.2 Indicador alaranjado de metila

Pesar 0,100 gramas de alaranjado de metila e dissolver em 200 mL de água destilada.

2.3 Fenolftaleína

Dissolver 1 grama de fenolftaleína em um pouco de água destilada e diluir a 200 mL.

2.4 Mistura indicadora de verde de bromocresol/ vermelho de metila


Pesar 20 mg de vermelho de metila e 100 mg e verde de bromocresol e dissolver em
100 mL de água destilada ou álcool etílico a 95%.

2.5 Solução de carbonato de sódio 0,02 N (0,01 M)

Para preparar a solução de carbonato de sódio 0,02 N secar 1,5 a 2,0 gramas de
Na2CO3 grau padrão primário, a 250 ºC por quatro horas. Esfriar em dessecador. Em

9
seguida, pesar 1,060 gramas e dissolver em 250 mL de água destilada e completar o
volume para 1000 mL com água destilada em balão volumétrico.

2.6 Solução de ácido sulfúrico 0,02 N (0,01 M)


Para preparar esta solução, faz-se primeiro uma solução 0,1 N do seguinte modo:
a) transferir, com pipeta, lentamente, 2,8 mL de ácido sulfúrico concentrado (96%
d=1,84) para um balão volumétrico de 1000 ml contendo cerca de 500 mL de água
destilada;
b) completar o volume, até a marca, com água destilada e agitar;
c) desta solução, medir, com pipeta volumétrica, 200 mL e transferir para um balão
volumétrico de 1000 mL e completar o volume com água destilada. Esta solução é
aproximadamente 0,02 N.

3. Padronização do H2SO4 0,02 N (0,01 M)


Pipetar 50 mL de uma solução de carbonato de sódio 0,02 N em um frasco Erlenmeyer
de 250 mL e adicionar 4 gotas do indicador alaranjado de metila. Titular com H 2SO4
0,02 N até a viragem do indicador para leve coloração avermelhada. Calcular a
normalidade (ou molaridade) padronizada do H2SO4.

N = (N x ’V’) / V

onde:
N = normalidade do H2SO4 padronizada;
V = volume do ácido gasto na titulação; N’ = normalidade do carbonato de sódio; V’ =
volume do carbonato de sódio usado. 1 mL de H 2SO4 0,02 N = 1,0 mg de CaCO3

4, Determinação da Alcalinidade

a) tomar 50 mL da amostra e colocar no Erlenmeyer;


b) adicionar 3 gotas da solução indicadora de verde de bromocresol/vermelho de
metila;
c) titular com a solução de ácido sulfúrico 0,02 N até a mudança da cor azul-
esverdeada para róseo;
d) anotar o volume total de H2SO4 gasto (V) em mL.
e) realizar as medidas em triplicata

Cálculo:

Alcalinidade total em mg/L de CaCO3 = V x 20

Notas:
1. Usar 0,05 mL (1 gota) da solução de tiossulfato de sódio 0,1 N, caso a amostra
apresente cloro residual livre;
2. Utilizar esta técnica na ausência de alcalinidade à fenolftaleina;
3. Caso haja alcalinidade à fenolftaleina, adicionar, antes da mistura indicadora de
verde de bromocresol/vermelho de metila 3 gotas de fenolftaleina e titule com H 2SO4
0,02 N até desaparecer a cor rósea formada. Em seguida continuar no passo b da
técnica;
4. A alcalinidade à fenolftaleína só poderá ocorrer se o pH da amostra for maior que
8,2;

10
5. Na impossibilidade de conseguir a mistura indicadora de verde de
bromocresol/vermelho de metila, usar o indicador de alarnajado de metila. Nesse caso
o ponto de viragem no passo 3 da técnica será de amarelo para alaranjado;
6. O ponto de viragem quando se usa o indicador verde de bromocresol/vermelho de
metila é mais nítido do que quando se usa metilorange;
7. A fórmula acima é para ser utilizada quando se usa uma amostra de 50 mL. Quando
for usado 100 mL de amostra, o volume (V) passará a ser multiplicado por 10;

11
Aula 6 - Determinação de cloreto: Método de Mohr

INTRODUÇÃO
Entre os métodos volumétricos de precipitação, os mais importantes são os que
empregam solução padrão de nitrato de prata. São chamados de métodos
argentimétricos e são amplamente utilizados na determinação de haletos (cloreto,
brometo e iodeto), tiocianato (SCN-) e cianeto (CN-) com formação de sais de prata
pouco solúveis.
Baseado nos diferentes tipos de indicadores disponíveis existem três métodos
distintos para determinação volumétrica com íons prata:
• método de Mohr - formação de um precipitado colorido;
• método de Volhard - formação de um complexo solúvel vermelho;
• método de Fajans - mudança de cor associada a adsorção de um indicador
sobre a superfície do precipitado.
Método de Mohr: neste método, o haleto é titulado com uma solução padrão
de nitrato de prata usando-se cromato de potássio como indicador. O ponto final da
titulação é alcançado com o primeiro excesso de íons prata que reage com o indicador
precipitando cromato de prata vermelho, segundo a reação:

Ag+(aq) + X-(aq)→ AgX(s)

2Ag+(aq) + CrO42- (aq) → Ag2CrO4 (s)

Como esta titulação se baseia nas diferenças de solubilidade do AgX e


Ag2CrO4 é muito importante a concentração adequada do indicador.
Na prática, o ponto final ocorre um pouco além do ponto de equivalência,
devido à necessidade de se adicionar excesso de Ag + para precipitar Ag2CrO4 em
quantidade suficiente para ser notado visualmente. Este método requer que uma
titulação em branco seja feita, para que o erro cometido na detecção do ponto final
possa ser corrigido. O valor gasto na prova do branco obtido deve ser subtraído do
valor gasto na titulação.
A solução a ser titulada deve apresentar um pH entre 6 a 8, pois o íon cromato
reage com os íons hidrogênio em soluções ácidas, conforme a reação:

2CrO42- (aq) + 2H+(aq)→ 2HCrO4-(aq) → Cr2O72- (aq)+ H2O(l)

Por outro lado, em pH > 10,5 a alta concentração de íons OH - ocasiona a formação de
hidróxido de prata, que se oxida a óxido de prata.

2Ag+(aq) + 2OH-(aq)→ 2AgOH(s) Ag2O(s) + H2O (l)

O cloreto de sódio encontrado no soro fisiológico, utilizado em processos de


hidratação ou como veículo medicamentoso, na sua forma isotônica (mesma força
iônica do soro sanguíneo) encontra-se na concentração de 0,9 % (m/v). Neste
experimento, a determinação analítica do cloreto de sódio no soro fisiológico será
realizada segundo o método de Mohr.

MATERIAL

Soluções: AgNO3 0,05 M padronizada, K2CrO4 5% (m/v), CaCO3 sólido e previamente


seco em estufa, amostra de cloreto (soro fisiológico 0,9% NaCl). Vidrarias: 3
erlenmeyers de 125 mL, 1 bureta de 25 mL, 1 pipeta volumétrica de 5 mL, 1 pipeta
Pasteur, 1 proveta de 50 mL, 1 suporte universal, balança analítica, agitador magnético.

12
PROCEDIMENTO

1. Padronização da Solução de AgNO3 ≈ 0,0500 mol/L com NaCl padrão. Pesar


exatamente uma amostra de NaCl p.a. previamente seco que consuma um volume
aproximado de 15,00 mL do AgNO 3. Dissolver a amostra em 50 mL de água destilada,
adicionar 1 mL de solução de K 2CrO4 5% (m/v) e titular até o aparecimento do
precipitado avermelhado. Anotar o volume gasto e efetuar a prova do branco para
corrigir.

2. Prova do Branco.
Adicionar em um erlenmeyer 50 mL de água destilada, 1 mL de cromato de potássio
K2CrO4 5% (m/v) e aproximadamente 0,25 g de CaCO 3 e titular até o aparecimento da
coloração idêntica à da titulação anterior (comparar as cores). Anotar o volume de
titulante e subtrair daquele volume gasto na titulação anterior.

Utilizar o volume corrigido para calcular a real concentração molar da solução de nitrato
de prata.

3. Análise da Amostra.
Pipetar 5 mL da amostra contendo cloreto e transferir para um erlenmeyer de 150 mL,
adicionar 25 mL água destilada e 1 mL de K 2CrO4. Titular com solução padrão de
AgNO3 até a precipitação do cromato de prata vermelho. Fazer a prova do branco
conforme item 1 para descontar o volume utilizar o volume corrigido para calcular a
concentração molar e a % m/v de cloreto de sódio na amostra.

13
Aula 7 - Determinação de cloreto: Método de Volhard

MATERIAL
Soluções: AgNO3 0,05 M (guardar em frasco escuro), amostra de cloreto (soro
fisiológico 0,9% NaCl), KSCN 0,05 M, HNO3 4 M, solução saturada de sulfato de ferro
III, diclorometano ou clorofórmio ou nitrobenzeno. Vidraria: 3 erlenmeyers 125 mL, 1
pipeta volumétrica de 5 mL, 1 pipeta volumétrica de 20 mL, 1 pipeta graduada de 5 mL,
1 proveta de 50 mL, 1 bureta de 25 mL, 1 funil de haste curta, 1 papel de filtro, 1 suporte
com argola para filtração, 1 pipeta Pasteur, agitador magnético, barra magnética.

PREPARAÇÃO DA AMOSTRA:
• Enumerar dois erlenmeyers 1 e 2.
• Nos dois erlemeyers, colocar exatamente 20 mL de solução padrão de AgNO 3
0,05 M, 5 mL da amostra a determinar cloreto, 5 mL de HNO3 4 M e 30 mL de
água deionizada.
• Será observada a formação de um precipitado branco de AgCl.
• Carregar a bureta com solução padronizada de KSCN 0,05 M.
Kps AgCl = 1,2 x 10-10 ; Kps AgSCN= 7,1 x 10-13

PROCEDIMENTO 1 (filtrado):
• utilizando o erlenmeyer 1, filtrar o precipitado utilizando funil, papel de filtro e
coletar o filtrado em outro erlenmeyer.
• Descartar o precipitado no resíduo.
• Adicionar 1 mL do indicador Ferro III ao filtrado e proceder a titulação com KSCN
0,05 M, sob agitação, até o aparecimento de coloração vermelha na solução.

PROCEDIMENTO 2 (sem filtrar):


• Ao erlenmeyer 2 (com precipitado de AgCl), adicionar 1 mL do indicador Ferro III
e 1 mL de nitrobenzeno ou diclorometano (CH2Cl2) ou clorofórmio (CCl4).
• Titular com KSCN 0,05 M sob agitação até o aparecimento de coloração
avermelhada da solução.

- Compare os resultados obtidos com os dois procedimentos.


- Expresse o resultado em mol/L, mg/L de cloreto de sódio e em % m/v.

14
Aula 8 - Determinação de cloreto: Método de Fajans

Indicador de Adsorção

O pH do meio deve ser controlado para garantir uma concentração eficiente do


ácido ou da base. A fluoresceína, por exemplo, tem um K a ~10-7 e em solução mais
ácidas a concentração dos íons FI - é tão pequena que nenhuma coloração é
observada. Portanto, esse indicador só pode ser usado em uma faixa de pH de 7 a
10. A diclorofluoresceína tem um K a ~10-4 e pode ser usada em soluções com pH
variando entre 4 e 10.
Alguns indicadores de adsorção.

Indicador Íon titulado Titulante Condições


- +
Diclorofluoresceína Cl Ag pH 4 - 10

Fluoresceína Cl- Ag+ pH 7 – 10

Eosina Br-, I-, SCN- Ag+ pH 2

Torin SO42- Ba2+ pH 1,5 – 3,5


Verde de bromocresol
SCN- Ag+ pH 4 – 5
Violeta de metila Ag+ Cl- solução ácida

Rodamina 6 G Ag+ Br- HNO3 até 0,3 mol/L

Pb2+ solução neutral


Ortocromo T CrO4 2-
0,02 mol/L
Azul de bromofenol
Hg22+ Cl- solução 0,1 mol/L

MATERIAL
Soluções: AgNO3 0,05 M (guardar em frasco escuro), fluoresceína 0,1% m/v em
etanol, NaOH 0,05 M, amostra de cloreto (soro fisiológico 0,9% NaCl). Vidraria: 3
erlenmeyers 125 mL, 1 pipeta volumétrica de 5 mL, 1 proveta de 50 mL, 1 bureta de
25 mL, 1 pipeta Pasteur, 1 suporte universal, agitador magnético, barra magnética.

PROCEDIMENTO

1. Com uma pipeta volumétrica, transferir 5,00 mL da solução de soro fisiológico para
um erlenmeyer de 125 mL.
2. Adicionar cerca de 30,00 mL de água destilada ao erlenmeyer, 3 gotas do
indicador fluoresceína e 1 gota de NaOH 0,05 M.
3. Titular com uma solução padrão de nitrato de prata 0,05 mol/L (usar bureta de 25
mL), sob agitação constante, até a mudança da coloração da solução de amarela
para laranja (observar a formação de um precipitado cor-de-rosa no fundo do
erlenmeyer).
4. Anotar o volume de nitrato de prata gasto na titulação.
5. Repita esse procedimento mais duas vezes. Calcular a média da concentração
molar a porcentagem em m/v de cloreto de sódio na amostra.

15
Aula 9 – Determinação de acidez em refrigerantes

Material
pHmetro, agitador magnético, barra magnética, béquer de 250 mL, pipeta volumétrica
de 10 mL, bureta de 10 ou 25 mL, proveta de 100 mL.

Reagentes
Soluções-tampão pH = 4,0 e 7,0. Solução de hidróxido de sódio 0,1 M. Amostra de
refrigerante.

Procedimento

• Calibre o pHmetro usando as duas soluções-tampão, conforme as instruções


do fabricante.
• Para refrigerantes e refrescos, pipete 10 mL da amostra em um béquer e
adicione 100 mL de água.
• Mergulhe o eletrodo na solução e titule com hidróxido de sódio 0,1 M até pH
8,2-8,4.

Cálculo da Acidez Total:

V = volume gasto de hidróxido de sódio 0,1 M


f = fator de correção do hidróxido de sódio 0,1 M
M = molaridade da solução de hidróxido de sódio 0,1 M
A = volume da amostra em mL

Cálculo % m/v de H3PO4

Calcular o percentual de ácido fosfórico na coca-cola.


Obs.: O cálculo da acidez na coca-cola será baseado no ácido fosfórico que tem
massa molar = 98 g/mol

Referências Bibliográficas

BRASIL, Leis, Decretos, etc. Portaria no 76 de 27-11-86, do Ministério da Agricultura.


Diário Oficial, Brasília, 3-12-86. Seção I, p. 18152-18173. Métodos analíticos.
INSTITUTO ADOLFO LUTZ. Normas Analíticas do Instituto Adolfo Lutz. v.1: Métodos
químicos e físicos para análise de alimentos. 3. ed. São Paulo: IMESP, p. 332. 1985.

16
Aula 10 – Determinação de pH em solos

Determinação de pH em H20, KCl e CaCl2

1. Princípio

Medição do potencial eletronicamente por meio de eletrodo combinado imerso


em suspensão solo:líquido (água, KCl ou CaCl2 ), 1:2,5

2. Materiais e Reagentes

Amostra de solo destorroado e peneirado e peneira de 2 mm. 3 béqueres de plástico


de 100 mL ou copo plástico, 1 bastão de vidro, 1 pHmetro com eletrodo combinado,
água destilada, KCl 1 M, CaCl2 0,01 M, tampão pH 4 e 7.

3. Equipamento

Potenciômetro com eletrodo combinado. Ligar o potenciômetro 30 minutos antes de


começar a ser usado. Aferir o potenciômetro com as soluções padrão pH 4,00 e pH
7,00. Trabalhando em série, não é necessário lavar os eletrodos entre uma e outra
amostra, mas é indispensável antes e depois aferir o aparelho com as soluções
padrão.

4. Procedimento

▪ Colocar 10 g de solo em copo plástico de 100 mL numerado.

▪ Adicionar 25 mL de líquido (água, KCl 1 M ou CaCl2 0,01 M).

▪ Agitar a amostra com bastão de vidro individual e deixar em repouso


uma hora.

▪ Agitar cada amostra com bastão de vidro, mergulhar os eletrodos na


suspensão homogeneizada e proceder a leitura do pH.

Referências: EMBRAPA (1979); Fassbender (1975); Jackson (1958); Peech


(1965); Schofield & Taylor (1955); Vettori

17
Aula 11 – Determinação de permanganato por espectrofotometria UV-Vis

Materiais e reagentes:

Solução estoque KMnO4 0,008 mol/L, água deionizada, 3 micropipetas de 100 a 1000
µL, 4 balões volumétricos de 10 mL, ponteiras para micropipeta, papel toalha macio,
cubetas de acrílico para UV-Vis, equipamento UV-Vis.

Procedimento:

A partir da diluição da solução estoque KMnO4 0,008 mol/L e usando a equação C1 V1 =


C2 V2 preparar, em balões volumétricos de 10 mL, quatro (4) padrões com as seguintes
concentrações de KMnO4 em mol/L:

Padrão 1: 8 x 10-5 mol/L

Padrão 2: 1,6 x 10-4 mol/L

Padrão 3: 4 x 10-4 mol/L

Padrão 4: 8 x 10-4 mol/L

Determinação do λmax máximo

• Estabeleça varredura para a faixa de comprimento de onda de 400 até 600 nm.
• Leitura do branco: Lave a cubeta com água deionizada três vezes e depois a
preencha com a mesma água deionizada (branco). Coloque a cubeta no
compartimento do equipamento e faça a medida.
• Lavar a cubeta e medir a solução padrão 1 (lavar com a própria solução).
• Determine o λmax.

Curva de calibração

• Estabeleça o comprimento de onda máximo (λmax ) encontrado (aprox. 525


nm). Coloque a cubeta com água deioizada para obter A = 0.

• Medir a absorvância de cada solução padrão, começando pela mais diluída.


Lavar a cubeta com a própria solução a ser medida.

• Faça a medida de absorvância da amostra de desconhecida.

• Faça a curva de calibração através do gráfico de Absorvância no eixo Y versus


Concentração (mol/L) no eixo X.

• Estabeleça o ajuste linear e obtenha a equação da reta e o coeficiente de


correlação linear.

• Calcule a concentração de KMnO 4 na amostra.

18
Aula 12 – Determinação de clorofila por espectrofotometria UV-Vis

Materiais e Reagentes:
Gral de porcelana com pistilo, Acetona 80% v/v, balança analítica, papel de filtro
quantitativo, pipeta Pasteur, funil de haste curta, suporte universal com argola, 3
balões volumétricos de 25 mL, cubetas de vidro, espectrofotômetro UV-Vis.

PROCEDIMENTO

1. Preparação de 200 mL de Acetona 80% v/v:


Para preparar 200 mL de acetona 80% v/v, adicionar, num frasco com tampa, 160 mL
de acetona PA e 40 mL de água deionizada com auxílio de uma proveta.
2. Preparação da amostra:
• Pesar 1 g de folhas frescas (anotar a massa pesada) e triturá-las usando gral
de porcelana com pistilo adicionando 2 mL de acetona 80% v/v.
• Filtrar as folhas maceradas usando um papel de filtro quantitativo, funil de
vidro, transferindo para um balão volumétrico de 25 mL. Completar o volume
com acetona 80% v/v até o menisco do balão.
• Homogeneizar muito bem o balão contendo a amostra filtrada
• Realizar as leituras no espectrofotômetro de UV-Vis nos comprimentos de onda
próximos a 645 e 663 nm (antes fazer varredura para verificar os comprimentos
de onda).
• Lembre-se primeiro de ajustar o branco (solvente acetona 80% v/v) como zero
de absorvância no equipamento.

Na determinação de clorofila, existem dois comprimentos de onda para duas


estruturas diferentes, clorofila a e clorofila b:

Clorofila a - próximo a 663 nm (valor 1)


Clorofila b - próximo a 645 nm (valor 2)

As seguintes equações são usadas para calcular a concentração de clorofila a e


b:

Clorofilaa(mg/g peso fresco) = {[(12.7 x valor 1)-(2.69 x valor 2)] × (V/1000) × W}

Clorofilab(mg/g peso fresco) = {[(22.9 x valor 2) - (4.68 x valor 1)] × (V/1000) × W}

Onde
V = volume do extrato da folha (mL)
W = massa da folha fresca (g)
Valor 1 – valor de absorvância encontrada próximo a 663 nm
Valor 2 - valor de absorvância encontrada próximo a 645 nm

Referência: Arnon, D.I. 1949. Copper enzymes in isolated chloroplasts.

19
Estrutura das Clorofilas a e b:

20
Aula 13 – Determinação de zinco por Absorção Atômica – AAS

Materiais e reagentes:

Água deionizada, solução estoque Zn2+ de 1000 mg/L, micropipeta de 100-1000 µL,
ponteira para micropipeta, 5 balões volumétricos de 25 mL, pipeta Pasteur,
equipamento de AAS. Amostra desconhecida de Zn2+.

Procedimento:

1. Usando balão volumétrico, preparar Solução Estoque de Zn2+ na


concentração de 1000 mg/L a partir do sal ZnCl2 contendo 2,5 % de HNO3 v/v. (MM
ZnCl2 = 136,286 g/mol ; MM Zn = 65,38 g/mol).
2. A partir da solução estoque, preparar 10 mL (balão volumétrico) de Solução
Intermediária de Zn2+ na concentração de 50 mg/L.
3. A partir da solução intermediária acima (50 mg/L), preparar as soluções padrão
da curva de calibração com volume final de 25 mL (balão volumétrico), nas
concentrações indicadas na tabela abaixo, usando a equação C 1V1=C2V2.

Padrão de Zn2+ V (µL)


(mg/L) calculado
0,00

0,25

0,50

1,00

1,50

2,00

Medidas no Espectrômetro de Absorção Atômica

Zn2+ (mg/L) Valor de Equação da reta obtida:


Absorvância
0,00 Y = A + Bx

0,25

0,50

1,00

1,50

2,00
Concentração de Zn2+ na amostra
Amostra

21
Aula 14 – Preparação de amostras para determinação de cafeína

Materiais e reagentes:
6 Balões volumétricos de 10 e 100 mL, 6 pipetas volumétricas de 20 mL, 6 pipetas
Pasteur, 6 béqueres de 50 e 250 mL, proveta de 100 mL, 3 vidro de relógio, 1 chapa
de aquecimento, 1 suporte universal com argola, funil de haste curta, papel de filtro
quantitativo, micropipeta de 100 a 1000 µL, ponteiras para micropipeta, banho de
ultrassom, balança analítica, centrífuga, tubos de 15 mL graduados para centrífuga.
Reagentes: óxido de magnésio MgO sólido, água deionizada, amostras de cafeína
(café solúvel, chá verde, chá mate, chá de hortelã ou cidreira, refrigerante à base de
cola, bebida energética com cafeína e outra com taurina.

Preparo de amostras – Cromatografia Líquida

1. Bebida energética e refrigerante à base de cola:

As amostras devem ser submetidas à desgaseificação por meio de banho de


ultrassom. Transferir 50 mL da amostra para um béquer de 250 mL e coloque no
banho de ultrassom por 20 min, agitador magnético,

2. Café solúvel

Pesar 0,200 g do café solúvel e transferir para um balão volumétrico de 100 mL.

3. Chá

Colocar um sachê do chá num béquer de 250 mL e adicionar 150 mL (medir com
proveta) de água ultrapura e aquecer em chapa de aquecimento. Deixar em infusão
durante 5 minutos a 100 ºC.

4. Procedimento

• Na amostra de café do item 2 adicionar 2,00 g de óxido de Magnésio (MgO) e


completar o volume do balão com água ultrapura.

22
• Transferir um volume de 20 mL (pipeta volumétrica) das amostras líquidas para
balões volumétricos de 100 mL, acrescentar 2,00 g de óxido de Magnésio
(MgO) em cada amostra e completar o volume do balão com água ultrapura.
• Transferir todas as amostras para béqueres de 250 mL e aquecer sob agitação
magnética por 10 minutos. O MgO faz com que alguns taninos (substâncias
naturais) formem sais insolúveis em água, promovendo a precipitação e a
diminuição da carga de interferentes das amostras.
• Para a decantação dos sais insolúveis, retirar as amostras do aquecimento e
deixar em repouso por 20 minutos.
• Em seguida, transferir 10 mL do sobrenadante de cada amostra para tubo de
centrífuga graduado e centrifugar por 10 minutos.
• Cada amostra centrifugada deverá ser filtrada usando anel de filtração com
suporte universal, funil com papel de filtro quantitativo. O filtrado deverá ser
coletado em béquer de 50 mL.
• Pipetar 1 mL (micropipeta) de cada amostra filtrada, transferir para balão
volumétrico de 10 mL e completar o volume com água ultrapura. Transferir
cada solução para recipientes pequenos com tampas (vial), identificando cada
amostra, com nome do grupo e data. Conservar em geladeira até a próxima
aula para injeção no cromatógrafo.
• O fator de diluição final é de 50 vezes (5 x 10).

23
Aula 15 – Determinação de cafeína por Cromatografia - HPLC

Equipamento: UPLC

Fase móvel: 35 metanol/65 água ultrapura

Vazão: 1 mL/min

Solução estoque de cafeína: 100 mg/L

Padrões de cafeína: 5, 10, 20, 30, 40 e 50 mg/L

• A curva de calibração deverá estar pronta para a aula pois o tempo de

aquisição da curva é em torno de duas horas.

• As amostras conversadas na geladeira na aula anterior deverão estar à

temperatura ambiente no momento da injeção o equipamento. Retirar da

geladeira pelo menos 1 hora antes da análise.

• Durante a aula prática os alunos observarão o técnico injetar as amostras no

cromatógrafo até a obtenção dos cromatogramas e as respectivas

concentrações de cafeína nas amostras.

24

Você também pode gostar