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GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA: UMA ABORDAGEM PEDAGÓGICA PARA UMA

INFORMAÇÃO EDUCATIVA

Eroní Martello Campaner1


Marilene Mieko Yamamoto Pires 2

RESUMO

Este artigo apresenta reflexões e resultados obtidos na implementação do Projeto de Intervenção


Pedagógica do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) da Secretaria de Estado da
Educação do Paraná (SEED). O principal objetivo deste trabalho foi sensibilizar a comunidade escolar
e discutir a questão da sexualidade como parte integrante da vida, garantindo a diminuição do atual
índice de gravidez precoce na escola, esclarecendo sobre a gravidez na adolescência, para que o
jovem tenha uma vida saudável, prazerosa, com responsabilidade e reduzir a gravidez indesejada. A
metodologia utilizada foi a aplicação de questionários, levantamento de dados, análise e produção de
materiais elaborados pelos alunos, para o desenvolvimento de um diálogo sobre sexualidade no
ambiente escolar, em especial sobre a gravidez na adolescência. Durante o desenvolvimento do
trabalho percebeu-se, por meio das atividades realizadas, que os objetivos específicos propostos
foram desenvolvidos e que o alcance total ocorrerá na vida sexual e constituição da família de cada
participante. O objetivo geral foi alcançado, pois os alunos relatam à comunidade escolar, que o
melhor método anticoncepcional é a educação, uma vez que, a gravidez na adolescência, é um
problema de ordem social e de saúde pública.

Palavras-chave: Sexualidade. Educação. Escola.

1 INTRODUÇÃO

Falar sobre sexo e sexualidade na escola, apesar dos avanços


experimentados nos últimos anos, não é ainda tão comum e fácil, pois é complexa a
abordagem da gravidez na adolescência, que pressupõe ações integradas, nunca
isoladas, exigindo articulações conjuntas de diferentes setores sociais. Falar da
sexualidade implica repensar preconceitos, quebrar paradigmas e superar
hipocrisias presentes há muito tempo em nossa sociedade. Pois, o silêncio, o
preconceito ou a indiferença social são as maiores dificuldades no diálogo entre
pais, responsáveis, professores e os adolescentes. Assim, embora seja um desafio
comum à sociedade brasileira, o assunto encontra na escola, espaço privilegiado
para a reflexão, pois o meio escolar é o lugar para os primeiros encontros, primeiros
namoros, primeiros amores. Se olharmos com intolerância para esse fato é perder a

1
Graduada em Ciências do 1º Grau com Habilitação em Matemática pela Faculdade Estadual de
Educação, Ciências e Letras de Paranavaí e Especialista em Didática e Metodologia de Ensino pela
UNOPAR. Professora de Ciências e Matemática do Colégio Estadual Paraíso do Norte- E.F.M.P., em
Paraíso do Norte - Pr.
2
Doutora em Ciências pela Universidade Estadual de Maringá. Professora Adjunta D do Colegiado de
Ciências Biológicas da Universidade Estadual do Paraná–UNESPAR, Campus de Paranavaí/FAFIPA.
grande oportunidade de participar da formação dos jovens a partir de uma nova
perspectiva (HEILBORN et. al., 2008).
O Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA estabelece para o adolescente
em seu Art.7, referente o Direito à Vida e à Saúde:

a criança e o adolescente têm direito a proteção à vida e à saúde, mediante


a efetivação de políticas sociais públicas que permitam o nascimento e o
desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de existência
(ECA, 1988).

A juventude é compreendida como processo de transição da infância à vida


adulta, com progressiva emancipação da família de origem e da escola (HEILBORN
et al., 2003). A experiência de uma gravidez inscreve-se em uma etapa de
aprendizado da sexualidade, que assume contornos singulares no contexto da
cultura sexual brasileira, envolvendo complexas interações entre homens e
mulheres, o que torna necessário situá-la no quadro das relações e papéis de
gênero (HEILBORN et. al., 2003).
Como o direito à vida deve estar em primeiro plano e a gravidez envolve uma
nova vida que necessita de desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições
dignas de existência, em que momento o jovem faz essas reflexões?
Tem-se como pressuposto que a gravidez na adolescência é vivida de
múltiplas formas e que os contextos sociais definem universos de possibilidades e
de significações diferentes entre os jovens de distintas classes sociais.
Nesse contexto, projeto foi desenvolvido com a finalidade de elaborar um
trabalho com o objetivo de informar, esclarecer, formar e orientar os alunos,
considerando o alto índice de gravidez em meninas de 13 a 18 anos de idade,
realidade que envolve muitas causas, revelando muitas vezes, deficiências nas
implementações de políticas públicas. Índice que não é diferente no Colégio
Estadual Paraíso do Norte – E. F. M. P., onde foi aplicado.
Como os jovens possuem projetos para o futuro, a gravidez precoce torna-se
um fato preocupante, pois interrompe etapas importantes de suas vidas, criando
muitas vezes, situações de conflitos que marcam para o resto da vida, tanto dos pais
como também filho. Para tanto, justifica-se o trabalho de Educação Sexual porque
implica a discussão de questões sociais, éticas e morais.
Esse trabalho foi desenvolvido com objetivos de prevenção, reflexões e
sensibilização da comunidade escolar, por meio de levantamento de dados para
estimular a busca do conhecimento científico. Além das pesquisas, outras
metodologias diferenciadas foram utilizadas, tais como, jogos e dinâmicas de grupo
para promover a integração e o alcance dos objetivos. As tarefas desenvolvidas com
os alunos estão contidas no material construído pelo professor PDE no 2º semestre
do primeiro ano dessa formação continuada, denominado Unidade Didática
Pedagógica.
Durante o segundo ano do PDE teve-se a oportunidade de apresentar o
Projeto e a Produção Didática Pedagógica a um grupo de professores de ciências da
Rede Estadual de Ensino, no Grupo de Trabalho em Rede - GTR que constitui-se
uma atividade do PDE, que tem como objetivo a interação virtual entre os
professores da Rede Pública Estadual, possibilitando novas alternativas de
formação continuada e reflexões sobre o tema em estudo.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

A sexualidade humana está inserida como um dos temas mais inquietantes e


quase sempre, abordado de forma restrita no universo da prática pedagógica. No
entanto, é necessário esclarecer para a comunidade escolar a importância das
instruções verbais e a necessidade de dar espaço aos questionamentos por parte
dos adolescentes. Sabemos que estudos demonstram que o tempo e o espaço
extras despendidos para o atendimento às dúvidas dos adolescentes resultam em
encontrarem os melhores métodos anticoncepcionais e, consequentemente menores
porcentagens de gravidez na adolescência.
A sexualidade não se restringe somente ao ato sexual e falar desse tema é
falar da própria vida. “Ela é o aspecto central de nossa personalidade, por meio da
qual nos relacionamos com os outros, conseguimos amar, ter prazer e procriar”
(COSTA, 1994). Diferente da atividade sexual animal, a sexualidade é compreendida
como resposta a um instinto como uma característica humana, que envolve além do
corpo, a história, os costumes, as relações afetivas e a cultura, sendo construída
desde o nascimento até a morte (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2008).
Vivemos em uma sociedade em que as descobertas científicas e tecnológicas
favorecem uma riqueza de experiências, além de inúmeras possibilidades de
mobilidade social e relacionamentos e nós sabemos que a mídia tem uma influência
determinante nessas questões. O respeito à liberdade, autonomia e discussão sobre
a intimidade sexual devem estar presentes em todo trabalho educativo.
Constata-se que os índices de gravidez na adolescência são bastante
significativos no Brasil, sendo uma fase de transição entre a infância e a idade
adulta. O desenvolvimento da sexualidade é de fundamental importância para o
crescimento do indivíduo em direção à sua identidade adulta, determinando sua
autoestima, relações afetivas e inserção na estrutura social. O início da atividade
sexual está relacionado ao contexto familiar, adolescentes que iniciam a vida sexual
precocemente e engravidam, na maioria das vezes, tem o mesmo histórico dos pais.
A queda dos comportamentos conservadores, a liberdade idealizada, o hábito de
“ficar” em encontros eventuais, a não utilização de métodos contraceptivos, embora
haja distribuição gratuita pelos órgãos de saúde públicos, seja por desconhecimento
ou por tentativa de esconder dos pais a vida sexual ativa, fazem com que a cada dia
a atividade sexual infantil e juvenil cresça e consequentemente haja um aumento do
número de gravidez na adolescência (BRASIL ESCOLA, 2008).

Segundo Dimenstein (2005, p. 12), 26% das jovens no Brasil engravidam


antes de completar 20 anos de idade. Ainda de acordo com esse autor,
traduzindo esse percentual, “todos os anos, um milhão de brasileiras muito
jovens, a imensa maioria delas pobres, tornam-se mães ainda mais
vulneráveis para continuar os estudos e educar os filhos”.

Dados do Ministério da Saúde revelam que apesar da maior liberdade de


propaganda e informações sobre o assunto, uma boa porcentagem dos
adolescentes brasileiros inicia a vida sexual sem nenhum método contraceptivo
(FERNANDES, 2003).
Com base em levantamentos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE, 2003), quando uma adolescente engravida, ela se vê em uma situação não
planejada e até mesmo indesejada. O jovem casal deve ter em mente que um filho
inesperado pode significar ter que rever seus projetos de vida, interromper os
estudos ou cancelar planos futuros para a vida profissional.
A antropóloga Heilborn (2008) constatou através dos seus estudos que a
maternidade e a gravidez na adolescência são vivenciadas de forma diferente, tendo
relação com a classe social do indivíduo. Nas classes mais baixas a gravidez pode
tornar-se algo pessoal ante as poucas perspectivas em relação ao projeto de vida.
Nas classes mais abastadas a gravidez pode relacionar-se aos aspectos psíquicos
próprios da adolescência no sentido de afirmar “comigo não acontece”.
Nos dias atuais, a nossa sociedade atribui à faixa dos 12 aos 19 anos as
funções de desenvolvimento psicossocial, formação escolar e preparação
profissional. Considera-se que é preciso atingir a maioridade, terminar os estudos,
ter trabalho e rendimentos próprios, para só então estabelecer uma relação amorosa
duradoura e ter filhos. A gravidez e a maternidade ou paternidade na adolescência
rompem com essa trajetória considerada “natural” e são vistas como problema e
risco a ser evitado.
Quando analisamos a questão mais amplamente, percebemos que a gravidez
na adolescência torna-se um grande problema quando a sociedade e o poder
público não garantem efetivamente, o direito de viver a adolescência, o apoio para
as adolescentes grávidas (e os adolescentes grávidos) e, ao mesmo tempo, não
responsabiliza pelo acesso à contracepção entre adolescentes (MINISTÉRIO DA
SAÚDE, 2008).
Pensar em sexualidade na escola implica repensar conceitos e pré-conceitos,
para o estabelecimento de uma educação sexual que visa ao mesmo tempo o
respeito à livre orientação sexual com relações igualitárias para que os
conhecimentos científicos acerca deste assunto possam ser difundidos com domínio
e propriedade. Não é uma escolha neutra, e sim fundamentada numa postura
pedagógica que compreende uma visão de mundo, de sociedade, de sujeito
histórico, de prática social, de cultura, de linguagem de educação.
A escola, que tem por função social contribuir para uma visão positiva da
sexualidade, assim como aumentar a consciência das responsabilidades, mas, ainda
apresenta inúmeras dificuldades em trabalhar a temática da sexualidade, em todos
os aspectos. Louro (2010) afirma que:
[...] as escolas – que, supostamente, deve ser um local para o
conhecimento – são, no tocante à sexualidade, um local de ocultamento. [...]
O lugar do conhecimento mantém-se, com relação à sexualidade, como o
lugar do conhecimento e da ignorância (LOURO, 2010, p. 30).

Segundo Vygotsky (1991), o aprendizado que o aluno traz com ele não é
sistematizado como o aprendizado escolar, onde o objetivo é a aprendizagem do
conhecimento científico e a produção de algo fundamentalmente novo no
desenvolvimento do aluno.
A mente humana cria estruturas cognitivas necessárias à compreensão de um
determinado conceito trabalhado no processo ensino-aprendizagem e as estruturas
cognitivas dependem desse processo para evoluírem e somente serão construídas à
medida que novos conceitos forem trabalhados (VYGOTSKY, 1991, p. 71).
Esse processo propicia a internalização dos conceitos e sua reconstrução na
mente do estudante onde:

[...] mais do que a soma de certas conexões associativas formadas pela


memória, é mais do que um simples hábito mental; é um ato real e
complexo de pensamento que não pode ser ensinado por meio de
treinamento, só podendo ser realizado quando o próprio desenvolvimento
mental da criança já tiver atingindo o nível necessário (VYGOTSKY, 1991,
p. 71).

Atualmente, o jovem está em contato direto com uma enorme quantidade de


informações inclusive sobre o sexo, é só acessar a televisão ou a internet e,
rapidamente, recebem os variados estímulos e explicações direcionadas ao
conhecimento da área sexual, estas informações, porém, por si só não bastam, os
jovens querem entender, discutir, trocar ideias e compreender o que se passa com
eles, desejam encontrar na escola e na família um espaço aberto, onde estes
assuntos sejam tratados sob a iluminação do afetivo e envolvidos no acolhimento de
seus sentimentos, emoções e valores (FRISON, 2002).
A sexualidade envolve, além do nosso corpo, nossa história, nossos
costumes, nossas relações afetivas e nossa cultura, sendo construída desde o
nascimento até a morte (BRASIL, 2006).
Gandra et. al. (2002, p. 21) ainda argumentam:

os pais são os primeiros no ato de educar sexualmente seus filhos,


apesar de não se darem conta desse papel. [...] É no ambiente
familiar, que a criança recebe com maior intensidade informações e
estímulos, permitindo a construção e a expressão de sua
sexualidade.

O diálogo sobre sexualidade entre pais e filhos está se tornando restrito. Essa
dificuldade ocorre na maioria das vezes pelas diferenças geracionais, pois muitos
pais de adolescentes foram educados num ambiente de repressão às manifestações
sexuais e também pela desculpa do “corre-corre” do cotidiano, esquecendo-se que o
que realmente importa não é o tempo que ficam com seus filhos, mas a qualidade
desse tempo. Como reflexo, segundo Lopes (2008), a mídia ocupa esse espaço que
a família e a escola deixam vago e, na maioria das vezes, as informações que
transmitem são enganosas, pois veiculam o sexo com pouquíssimas referências
sobre a contracepção e doenças sexualmente transmissíveis.
O professor de Ciências, responsável pela mediação entre o conhecimento
científico escolar representado por conceitos e modelos e as concepções
alternativas dos estudantes, deve lançar mão de encaminhamentos metodológicos
que utilizem recursos diversos, planejados com antecedência, para assegurar a
interatividade no processo ensino-aprendizagem e a construção de conceitos de
forma significativa pelos estudantes (PARANÁ, 2008).
Na visão de Figueiró (2004) os professores têm que conceber a educação
sexual como um caminho para preparar o educando para viver a sexualidade de
forma positiva, saudável e feliz e, sobretudo, para formá-lo como cidadão
consciente, crítico e engajado nas transformações de todas as questões sociais,
ligadas direta ou indiretamente à sexualidade.
Segundo Santos & Carvalho (2005) a gravidez na adolescência é um tema
bastante debatido por vários autores. Tomando como referência o olhar de Ubirrarri
(2003) a adolescência, seria um período de conquistas e projetos, movido pela
emergência do novo, no qual o jovem busca concretizar os ideais que aspira.
Mediante isso, é fundamental se iniciar um diálogo sobre sexualidade no ambiente
escolar, em especial sobre gravidez na adolescência, que destaque a importância da
formação cultural, aliada aos interesses e expectativas dos adolescentes.
De acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde de Paraíso do Norte
(MUNICÍPIO, 2010), 19,1% dos bebês paranaenses nasceram de mães com até 19
anos de idade, e em 2011 dos 158 partos feitos em Paraíso do Norte, 39 foram de
adolescentes, totalizando um índice de 24,68%.
Diante desse fato, não se pode deixar de apontar a importância da sociedade,
da família, dos profissionais da saúde e das políticas sociais propiciarem meios para
que os adolescentes possam sentir-se mais seguros e valorizados, encontrando
possibilidades de vislumbrar seus sonhos e desejos. Adotando a compreensão da
adolescência como o faz Carvajal (2001), ou seja, entendendo que, na adolescência,
o ser humano necessita de um ambiente que o proteja e lhe mostre o caminho, é
possível, quem sabe, que as pessoas (sociedade, família, profissionais) sejam mais
“continentes” com os adolescentes, e dessa forma, possam contribuir no
fortalecimento da capacidade dos jovens para construir a vida.
Mediante um trabalho de orientação sexual sistemático, o ambiente escolar é
o local ideal para se discutir questões sobre a sexualidade a fim de despertar nos
adolescentes a responsabilidade por suas escolhas sexuais bem como a prevenção
de gravidez precoce e DSTs. Portanto esta proposta de trabalho pôde nos auxiliar
em nossa prática pedagógica, a fim de que possamos pensá-la a partir de uma
perspectiva da discussão e estudo da sexualidade e gravidez na adolescência por
meio de um trabalho cooperativo, lúdico e prazeroso.

2.2 MATERIAIS E MÉTODOS

O estudo foi desenvolvido com alunos do 9º ano A, do Ensino Fundamental,


do Colégio Estadual Paraíso do Norte, na cidade de Paraíso do Norte - PR, no ano
de 2013. O projeto foi aplicado na sala de aula, no período matutino, com duração
de 32 horas/aula.
O estudo que trouxe à discussão o tema, sexualidade e gravidez na
adolescência, teve como ponto inicial um questionário, com o intuito de verificar o
conhecimento dos alunos envolvidos no projeto a respeito do assunto estudado.
A Educação Sexual implica a discussão de questões sociais, éticas e morais.
Sendo assim, é comum indagarmos qual o melhor caminho para que os alunos
tenham uma aprendizagem significativa, pois, há muita falta de informação, sobre
questões envolvendo a sexualidade humana. Assim, pretendeu-se abordar
claramente esse tema para que os alunos pudessem perceber que a liberdade de
expressão exercida na sociedade, quase na sua totalidade, é mostrada a
sexualidade de forma fragmentada e frequentemente deturpada principalmente pela
televisão e em folhetins, podendo interferir muito nos pensamentos e atitudes dos
jovens. Ainda hoje encontramos rapazes e moças totalmente desinformados em
relação aos conhecimentos elementares sobre o funcionamento do corpo humano e
aos métodos para evitar a gravidez.
2.2.1 Atividade 1 - Aplicação de questionário: Sexualidade

A primeira etapa deste trabalho foi desenvolvida com aplicação de um


questionário para verificar o comportamento, conceitos e preconceitos dos alunos
sobre a sexualidade.
Um questionário é extremamente útil quando um investigador pretende
recolher informação sobre um determinado tema. Deste modo, através da aplicação
de um questionário a um público-alvo constituído, é possível recolher informações
que permitam conhecer melhor as suas lacunas, bem como melhorar as
metodologias de ensino podendo, deste modo, individualizar o ensino quando
necessário.
A importância dos questionários passa também pela facilidade com que se
interroga um elevado número de pessoas, num espaço de tempo relativamente
curto. Também, é importante enfatizar que o questionamento é um ponto de partida
para estudar sobre a sexualidade, sendo um tema que às vezes causa
constrangimento, vergonha, medo, pois envolve uma questão social e cultural.
Essa pesquisa continha os seguintes questionamentos: Com quem você é
acostumado a conversar assuntos relacionados sobre sexo? Para você o que é
virgindade? Para você o que significa relação sexual? Quem deve prevenir a
gravidez e as DSTs? Você acredita em amor à primeira vista? Quem você acha que
deve ter a iniciativa na relação sexual? Para você o que é sexualidade? Você
valoriza o seu corpo? Os adolescentes estão preparados para o exercício da
sexualidade? Há diferença entre sexo e sexualidade? A masturbação pode acarretar
problemas de saúde para quem a pratica? Você acredita que dar um sentido à vida
é elaborar um projeto para ela? Você sabe qual é o único método contraceptivo que
previne a gravidez e as DSTs? Você está preparado para ser pai ou mãe? Quais são
os métodos contraceptivos que você conhece? Depois que os alunos responderam o
questionário, foi feito um debate a partir de suas respostas.

2.2.2 Atividade 2 - Dinâmica: “Você valoriza suas opções?”

Diante da proposta do tema estudado, foi utilizada uma dinâmica com o


objetivo de avaliar os efeitos da pressão de um grupo em relação à sexualidade e
proporcionar uma reflexão sobre as implicações da atividade sexual na
adolescência.
A escolha dessa metodologia para estudo do tema sexualidade motivou os
alunos para que falassem sobre o assunto, pois na maioria das vezes, eles são
muito inibidos para falar sobre a sexualidade na adolescência e necessitam
desenvolver a oralidade e seu ponto de vista. Assim faz-se necessário usar
dinâmicas para que os educandos possam expressar-se com naturalidade.
A aplicação de uma dinâmica deve responder a objetivos específicos de uma
determinada estratégia educativa, no sentido de estimular a produção do
conhecimento e a recriação deste conhecimento tanto no grupo/coletivo quanto no
indivíduo/singular, uma vez que a técnica da dinâmica não é um fim, mas um meio
uma ferramenta a ser usada.
A sala foi dividida em quatro grupos, sendo que dois grupos montaram um
painel intitulado: Razões para ter relações sexuais e dois grupos montaram outro
painel intitulado: Razões para não se ter relações sexuais.

2.2.3 Atividade 3 - Jogo da Verdade: Sexualidade

A aplicação desse jogo teve como finalidade, envolver os alunos no estudo da


gravidez na adolescência e dos métodos contraceptivos, associando esse estudo às
medidas de prevenção.
A teoria das múltiplas inteligências de (GARDNER, 1994) indica que cada
estudante aprende de uma forma distinta e cabe a cada professor descobrir
alternativas de ensino e aprendizagem que contribuam para o desenvolvimento das
competências dos alunos. Esse fator, associado à dificuldade de se ministrar alguns
conteúdos de Ciências, indica a necessidade de se propor atividades alternativas
que possam contribuir para o processo de ensino e aprendizagem (MORATORI,
2003).
Materiais como modelos e jogos didáticos facilitam a construção do
conhecimento do aluno, pois preenchem algumas lacunas deixadas pelo processo
de transmissão e recepção acerca do conteúdo ministrado. A aprendizagem pode
ser facilitada ao se transformar em atividade lúdica, pelo simples fato dos alunos se
entusiasmarem quando são convidados a aprender de uma forma mais
descontraída, interativa e divertida (CAMPOS et. al., 2003).
2.2.4 Atividade 4 - Recurso Audiovisual: Vídeos e Filme

Os vídeos foram utilizados para que os assuntos ganhassem maior conotação


facilitando a compreensão bem como a apresentação de um filme. A TV e o vídeo
ajudam a dar uma maior compreensão ao conteúdo que é estudado, ilustrando e
levando o aluno a experiências de ensino e aprendizagem.
Os filmes oferecem aos professores múltiplas linguagens para trabalharem a
formação humana, (as imagens, as músicas, as palavras, as ações, as narrativas
etc.), são fontes de conhecimento que propõem a reflexão do aluno a partir de uma
“reconstrução da realidade”.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) também reforçam a
necessidade da utilização de diferentes linguagens como fontes de informações, e o
uso dos recursos tecnológicos para auxiliar na aquisição e construção do
conhecimento (BRASIL, 1998).
Para essas atividades foram utilizados a TV-multimídia, slides, vídeos
educativos para melhor compreensão do assunto. Logo após, foi realizada a terceira
atividade que era a aplicação de um Jogo da Sexualidade, idealizado para que os
alunos entendessem que existem muitos mitos sobre a sexualidade. Eles foram
levados a responder diversos questionamentos que, até então, eram vistos como
tabus, tais como: a masturbação faz crescer pelos nas mãos ou quando a mulher
está menstruada não pode lavar a cabeça.
A atividade seguinte teve início com a exibição do Filme “Juno”, os alunos
comentaram a ideia central do filme, de que os adolescentes estão começando a
vida sexual muito precocemente.
Foi proposta a dinâmica: Gravidez não Planejada, em que os alunos tiveram
oportunidade de vivenciarem a situação de uma gravidez não planejada na
adolescência, suas implicações, responsabilidades, alegrias e angústias. A turma foi
subdividida em quatro grupos e cada grupo recebeu uma frase a ser dramatizada:
Uma adolescente grávida que vai dar a notícia a seu namorado. Um casal de
adolescentes em que a jovem está grávida e quer ter o filho, mas o jovem quer que
ela faça o aborto. Um casal de adolescentes em que a jovem está grávida e
pretende fazer o aborto, mas o jovem quer que ela tenha o filho. Um casal de
adolescentes que busca os pais para contar-lhes sobre a gravidez da jovem.
Na sequência foram trabalhados os métodos contraceptivos. Os alunos foram
conduzidos ao laboratório de informática para realizarem uma pesquisa online. A
turma foi dividida em grupos, para que pesquisassem os vários tipos de métodos
contraceptivos existentes sendo que deveriam escolher o método contraceptivo
levando em conta as características, custo, vantagens, indicação, eficácia, como
usar desvantagens e contraindicações.
Foram confeccionados cartazes e com base nos conhecimentos adquiridos
eles responderam as questões: O que é, o que é: É o mais seguro método
anticoncepcional reversível para a prevenção da gravidez. É o único método que
previne a gravidez, as DSTs e a AIDS. É confeccionado com material de plástico
flexível e fio de cobre e só pode ser colocado pelo médico. Apresenta hormônios
femininos na sua constituição. Disco confeccionado de borracha flexível e
geralmente usado associado a espermicidas. Métodos que dispensam a utilização
de produtos químicos e objetos no interior do corpo, por isso são denominados
métodos naturais. Esse método consiste na observação do muco vaginal, retira-se o
pênis da vagina antes da ejaculação. Apresentam-se em forma de gel, geleias,
espumas ou cremes e seu uso geralmente está associado ao diafragma. Ao
escolher um destes métodos de esterilização, o casal deve estar ciente de que é
praticamente irreversível, tanto para o homem quanto para a mulher, voltar a
conceber.
Para finalizar foram trabalhadas as doenças sexualmente transmissíveis com
a apresentação aos alunos de DVD educativo, contendo explicação sobre as
doenças, sintomas, contágios e prevenção e depois um debate para que os alunos
pudessem expor quais as dificuldades os adolescentes enfrentam com uma gravidez
indesejada? Como encarar os riscos e as complicações de contaminação com as
DSTs? Discutir a responsabilidade diante de um relacionamento sexual. Quais
mudanças ocorrem na vida de um adolescente quando decide ter um
relacionamento sexual? Quando uma adolescente engravida quais os principais
efeitos (pontos positivos) ou transtornos (pontos negativos) para a vida do (a)
adolescente, seus familiares e para a sociedade em geral.
2.3 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Após análise das respostas do questionário verificamos que os alunos tiveram


dificuldades em responder as perguntas, pois falta o diálogo com os pais sobre a
sexualidade e muitos não tinham conhecimento sobre o assunto abordado. Cano
(2000) destaca que os adultos que cercam o adolescente, pais e professores, têm
dificuldade para abordar essa temática no dia-a-dia, não permitindo com isso que os
jovens tenham uma fonte segura, principalmente nos dias atuais, para esclarecer
suas dúvidas.
Antunes (2007), também constatou a importância de conhecer um pouco mais
o adolescente, saber como vivem e se relacionam com os pais, permite uma
aproximação com os alunos para melhor conhecê-los e assim poder ajudá-los,
constatando assim que a participação e respostas dadas pelos alunos mostraram as
dificuldades dos alunos em relação aos problemas com limites, não gostando que
seja dito o que pode e o que não pode ser feito como qualquer adolescente normal.
Verificou-se que 95,5% dos alunos procuram os amigos para conversar sobre
a sexualidade; 90% acham que a virgindade é uma realidade; 85% responderam
que relação sexual é um ato de amor; 100% dos alunos concordaram que tanto a
mulher quanto o homem devem prevenir a gravidez e as DSTs.
Com relação à sexualidade, 40% disseram que é sentir prazer; 30% afirmam
que é o entrosamento, carícias e afeto enquanto que 30% não opinaram.
Dos entrevistados, 60% conhecem somente a AIDS como doença
sexualmente transmissível e só conhecem a camisinha e a pílula anticoncepcional
para evitar a gravidez. 95% dos alunos querem saber tudo, ou seja, de posse do
resultado conclui-se que eles não sabem quase nada sobre a sexualidade, mas
demonstram muito interesse em adquirir conhecimento.
Na dinâmica “Você valoriza suas opções?” os alunos analisaram, discutiram
conceitos e chegaram à conclusão de que o sexo faz parte da vida das pessoas,
mas exige cuidados e compromissos individuais e com os outros, responsabilidade e
uso de preservativos.
No estudo do sistema reprodutor masculino e feminino, enfocando a gravidez
e os métodos contraceptivos os alunos assimilaram o conteúdo e no
desenvolvimento do Jogo da Verdade no qual eles respondiam sim ou não para as
questões propostas no jogo, 95% dos alunos tiveram um bom aproveitamento
respondendo as questões corretamente, um resultado satisfatório comparado aos
anos anteriores onde foi proposta a mesma atividade e os alunos não tiveram a
mesma compreensão do estudo.
Em relação ao filme apresentado “Juno”, os alunos chegaram à conclusão
que não existe uma idade certa para iniciar a vida sexual. Mas é preciso, primeiro,
crescer e se desenvolver para dar início à vida sexual, que é um direito de todos,
nunca deixando de esquecer, que os direitos sempre vêm acompanhados de
obrigações, como a prevenção de doenças, a gravidez indesejada, a discussão
sobre o aborto, adoção e crescimento pessoal.
Com relação à atividade: Gravidez não Planejada, os alunos demonstraram
sentimentos variados em cada situação destacando maior dificuldade na
dramatização em que os adolescentes buscam os pais para contar sobre a gravidez
e as diferenças sociais no comportamento de homens e mulheres, pois eles
perceberam que muitas vezes cabe ao gênero feminino a responsabilidade pela
gravidez e suas consequências, sendo elas positivas ou não.
Segundo Panicali (2006) analisando a prevenção da gravidez, percebe-se
nas falas dos adolescentes, que eles conhecem alguns métodos contraceptivos tais
como a camisinha e a pílula, mas não compreendem a importância da prevenção,
identificado nas falas pesquisadas, que os mesmos não realizavam a prevenção.
Essa situação pode acarretar sérias consequências para todos os familiares, mas
principalmente para os adolescentes envolvidos, pois envolvem crises e conflitos.
A escola tem um papel muito importante na apropriação do saber e na
aplicação desse saber na vida dos adolescentes, deve discutir o tema sexualidade
numa perspectiva crítica, trazendo as informações juntamente com as reflexões.
Com base na pesquisa que os alunos realizaram no laboratório de informática
sobre os métodos contraceptivos, eles concluíram e destacaram a importância dos
jovens e adolescentes, em fase de desenvolvimento da sexualidade, obterem
informações a respeito dos métodos contraceptivos, evitando assim, uma série de
problemas, como uma gravidez precoce ou uma doença sexualmente transmissível,
o que poderia ser evitado com uso de um método de fácil aquisição e baixo custo
como a camisinha.
Guimarães et. al. (2003) analisando resultados sobre os métodos
contraceptivos constatam que devido à falta de oportunidades em casa, o
adolescente busca em revistas, livros, jornais, grupos de amigos e televisão, entre
outras fontes de informação, procurando conhecer melhor sobre sexualidade e
contracepção, e tentando esclarecer dúvidas existentes sobre o tema.
Após a projeção do vídeo sobre as Doenças Sexualmente Transmissíveis,
95,8% concordaram que o não uso de preservativo nas relações sexuais, a
promiscuidade e a variedade de parceiros sexuais, o uso de drogas injetáveis e a
falta de informação aumentam a incidência das DST e pode trazer consequências
imediatas. Taquette et. al. (2004) afirmam que o principal problema identificado, ou
seja, o uso infrequente do preservativo pode ser combatido pelas equipes de saúde
e assim tornar possível uma diminuição dos índices de DST na adolescência, e,
consequentemente da infecção pelo HIV.
As frases e textos produzidos pelos alunos foram expostos em cartazes e
afixados no mural da escola com o objetivo de socializar essa temática aos demais
alunos da escola.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A implementação do Projeto de Intervenção Pedagógica apresentado neste


artigo foi proposta com o objetivo de proporcionar reflexões para mudanças nas
ações de nossos adolescentes, principalmente, sobre a gravidez precoce, pois
quando ocorre na adolescência pode repercutir no abandono da escola e
consequentemente diminuírem as oportunidades na obtenção de rendas das
famílias.
Além disso, proporcionar aos alunos uma ampla reflexão sobre a questão da
sexualidade como parte integrante da vida, garantindo a diminuição do atual índice
de gravidez precoce na escola, esclarecendo sobre a gravidez na adolescência,
para que o jovem tenha uma vida saudável, prazerosa e com responsabilidade,
longe das consequências de uma gravidez indesejada.
A escolha do tema Sexualidade: um estudo sobre gravidez na adolescência
no contexto escolar levou em consideração principalmente a necessidade da
discussão da sexualidade como parte integrante da vida do ser humano e do grande
interesse que este tema desperta nos alunos. Acredita-se que foi estabelecido um
diálogo de forma mais natural possível adotando uma postura de respeito às
questões que surgiram tornando seu enfoque uma responsabilidade social da
escola, uma vez que envolve emoções.
Houve uma grande participação e interesse por parte dos alunos, verificou- se
que os objetivos foram atingidos e indicam a necessidade de uma educação sexual
mais ampla com diálogos e discussões das dúvidas dos adolescentes, tanto na
escola como no âmbito familiar, durante toda a vida reprodutiva do ser humano, uma
ação permanente.
Portanto, é de grande importância que os segmentos escola, família e equipe
de saúde se una no processo de educação dos adolescentes promovendo acesso
às informações referentes aos métodos contraceptivos, conhecimento sobre as
DSTs e orientá-los que uma gravidez precoce traz consequências para uma vida
toda e repercute sobre os projetos e sonhos dos nossos adolescentes.

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