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INFORMAÇÃO EDUCATIVA
RESUMO
1 INTRODUÇÃO
1
Graduada em Ciências do 1º Grau com Habilitação em Matemática pela Faculdade Estadual de
Educação, Ciências e Letras de Paranavaí e Especialista em Didática e Metodologia de Ensino pela
UNOPAR. Professora de Ciências e Matemática do Colégio Estadual Paraíso do Norte- E.F.M.P., em
Paraíso do Norte - Pr.
2
Doutora em Ciências pela Universidade Estadual de Maringá. Professora Adjunta D do Colegiado de
Ciências Biológicas da Universidade Estadual do Paraná–UNESPAR, Campus de Paranavaí/FAFIPA.
grande oportunidade de participar da formação dos jovens a partir de uma nova
perspectiva (HEILBORN et. al., 2008).
O Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA estabelece para o adolescente
em seu Art.7, referente o Direito à Vida e à Saúde:
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Segundo Vygotsky (1991), o aprendizado que o aluno traz com ele não é
sistematizado como o aprendizado escolar, onde o objetivo é a aprendizagem do
conhecimento científico e a produção de algo fundamentalmente novo no
desenvolvimento do aluno.
A mente humana cria estruturas cognitivas necessárias à compreensão de um
determinado conceito trabalhado no processo ensino-aprendizagem e as estruturas
cognitivas dependem desse processo para evoluírem e somente serão construídas à
medida que novos conceitos forem trabalhados (VYGOTSKY, 1991, p. 71).
Esse processo propicia a internalização dos conceitos e sua reconstrução na
mente do estudante onde:
O diálogo sobre sexualidade entre pais e filhos está se tornando restrito. Essa
dificuldade ocorre na maioria das vezes pelas diferenças geracionais, pois muitos
pais de adolescentes foram educados num ambiente de repressão às manifestações
sexuais e também pela desculpa do “corre-corre” do cotidiano, esquecendo-se que o
que realmente importa não é o tempo que ficam com seus filhos, mas a qualidade
desse tempo. Como reflexo, segundo Lopes (2008), a mídia ocupa esse espaço que
a família e a escola deixam vago e, na maioria das vezes, as informações que
transmitem são enganosas, pois veiculam o sexo com pouquíssimas referências
sobre a contracepção e doenças sexualmente transmissíveis.
O professor de Ciências, responsável pela mediação entre o conhecimento
científico escolar representado por conceitos e modelos e as concepções
alternativas dos estudantes, deve lançar mão de encaminhamentos metodológicos
que utilizem recursos diversos, planejados com antecedência, para assegurar a
interatividade no processo ensino-aprendizagem e a construção de conceitos de
forma significativa pelos estudantes (PARANÁ, 2008).
Na visão de Figueiró (2004) os professores têm que conceber a educação
sexual como um caminho para preparar o educando para viver a sexualidade de
forma positiva, saudável e feliz e, sobretudo, para formá-lo como cidadão
consciente, crítico e engajado nas transformações de todas as questões sociais,
ligadas direta ou indiretamente à sexualidade.
Segundo Santos & Carvalho (2005) a gravidez na adolescência é um tema
bastante debatido por vários autores. Tomando como referência o olhar de Ubirrarri
(2003) a adolescência, seria um período de conquistas e projetos, movido pela
emergência do novo, no qual o jovem busca concretizar os ideais que aspira.
Mediante isso, é fundamental se iniciar um diálogo sobre sexualidade no ambiente
escolar, em especial sobre gravidez na adolescência, que destaque a importância da
formação cultural, aliada aos interesses e expectativas dos adolescentes.
De acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde de Paraíso do Norte
(MUNICÍPIO, 2010), 19,1% dos bebês paranaenses nasceram de mães com até 19
anos de idade, e em 2011 dos 158 partos feitos em Paraíso do Norte, 39 foram de
adolescentes, totalizando um índice de 24,68%.
Diante desse fato, não se pode deixar de apontar a importância da sociedade,
da família, dos profissionais da saúde e das políticas sociais propiciarem meios para
que os adolescentes possam sentir-se mais seguros e valorizados, encontrando
possibilidades de vislumbrar seus sonhos e desejos. Adotando a compreensão da
adolescência como o faz Carvajal (2001), ou seja, entendendo que, na adolescência,
o ser humano necessita de um ambiente que o proteja e lhe mostre o caminho, é
possível, quem sabe, que as pessoas (sociedade, família, profissionais) sejam mais
“continentes” com os adolescentes, e dessa forma, possam contribuir no
fortalecimento da capacidade dos jovens para construir a vida.
Mediante um trabalho de orientação sexual sistemático, o ambiente escolar é
o local ideal para se discutir questões sobre a sexualidade a fim de despertar nos
adolescentes a responsabilidade por suas escolhas sexuais bem como a prevenção
de gravidez precoce e DSTs. Portanto esta proposta de trabalho pôde nos auxiliar
em nossa prática pedagógica, a fim de que possamos pensá-la a partir de uma
perspectiva da discussão e estudo da sexualidade e gravidez na adolescência por
meio de um trabalho cooperativo, lúdico e prazeroso.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
4 REFERÊNCIAS
COSTA, Jurandir Freire. A sexualidade ontem e hoje. São Paulo: Cortez, 1994.
DIMENSTEIN, Gilberto. Gravidez de adolescentes tem cura. Folha de São Paulo,
13 mar. Caderno Cotidiano, p. C – 12, 2005.
HEILBORN M. L., Aquino E. M., Knauth D., Bozon M., Almeida M. da C., Araújo J.,
Menezes G. Adolescência e reprodução no Brasil: a heterogeneidade dos perfis
sociais.Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-
311X2003000800019&script=sci_arttext >. Acesso em: 18 nov. 2013.