Você está na página 1de 7

Topologias redundantes de switches

Dispositivos redundantes

A alta disponibilidade de uma rede informática requer, em muitas situações, que existam
equipamentos redundantes assim como ligações. No entanto, o facto de existirem
ligações/toplogia redundantes leva a que existam "loops" na rede, degradando o desempenho
da mesma. A criação de redundância é a forma mais comum de aumentar a disponibilidade.
Primeiro devemos garantir que há redundância no núcleo do router; CPUs redundantes, fontes
de alimentação e ventoinhas podem ser adicionados aos routers e switches montados em rack.
Com CPUs redundantes pode-se forçar um failover numa placa enquanto se actualizar a
segunda, ao invés de ter que desligar completamente o router para efectuar a actualização.
O objectivo das topologias redundantes é eliminar as interrupções da rede causadas por um
único ponto de falha. Todas as redes necessitam de redundância para maior fiabilidade e isto é
conseguido através de um equipamento fiável e projectos de rede que são tolerantes a falhas
e defeitos e as redes devem ser projectadas de modo a convergirem rapidamente contornando a
falha.

A redundância de rede é um conceito simples de entender; se existir um ponto único de falha e


ele falhar, então não há nada a fazer. Se forem colocados métodos de acesso secundários (ou
mesmo terciários), então, quando a principal ligação falhar, existirá uma forma alternativa de
interligar os recursos e manter a empresa operacional.

O ponto crítico é que os equipamentos de rede altamente fiáveis são caros porque são
projectados para não falharem e isso geralmente inclui coisas como duas fontes de energia, os
CPUs de reserva e sistemas de disco redundantes.

Redundância de comutação

Uma das técnicas básicas de alta disponibilidade é o uso de switches redundantes. Dois switches
podem ser configurados como um router virtual e ser usados como gateway. Um dos switches
é automaticamente seleccionado como o router activo. Se esse switch falhar, o segundo
automaticamente responde às solicitações dos clientes para o endereço do gateway virtual.

Devem sempre ser tidas em consideração as ligações LAN dos routers e a atribuição do gateway
Compilado por : Serafim Abudala
padrão da LAN. Para melhores resultados deve ser criada uma rede redundante através da
instalação de dois switches tornando-os o gateway padrão. Dessa forma, se o router falhar
completamente (como numa quebra de energia ), o endereço do gateway padrão ainda está
intacto, e o switch pode tomar a decisão de encaminhamento no lugar do router. Na figura
seguinte está uma ligação LAN redundante onde os routers estão ligados e os switches tomam
as decisões de encaminhamento no caso em que o router com a atribuição de gateway padrão
está em falha.

Múltiplas portas Ethernet

Na figura seguinte, cada servidor tem duas interfaces Ethernet. Neste exemplo, uma interface é
ligada a um dos switches e outra interface é ligada ao outro. Se uma interface falhar, o
computador ainda está ligado à rede.

Topologias redundantes

Numa topologia de rede redundante os dispositivos de rede estão ligados com muitas
interligações redundantes entre os nós da rede. Numa verdadeira topologia em malha cada nó
tem uma ligação com todos os outros nós na rede e o nível de redundância pode ser medido
pela disponibilidade da rede. As topologias de rede redundantes são concebidos para assegurar
que as redes continuam a funcionar na presença de pontos únicos de falha. A fiabilidade é
aumentada pela redundância.
Compilado por : Serafim Abudala
Numa rede redundante se um router falhar a ligação seria mantida pelo encaminhamento do
tráfego através de uma ligação redundante. Além disso, cada router deve ter dois ou mais
pontos, ou "pernas", com o qual manter a redundância.

A figura a seguir mostra o esquema de um projecto extremamente comum; filiais precisam


ligar-se a uma sede onde estão localizados recursos centralizados, tais como aplicações
financeiras, planeamento de recursos empresariais (ERP), bases de dados, servidor de ficheiros
arquivos e assim por diante.

Geralmente, o router é o gateway padrão das redes, para onde são enviados todos os pacotes
que não têm destino local. O router precisa tomar uma decisão de encaminhamento e desde que
a ligação principal esteja a funcionar, decide enviar através dessa ligação. Se a ligação principal
cair, e se tudo estiver correctamente configurado, é utilizada a ligação alternativa. Isto
proporciona aos sites remotos um novo caminho para alcançar os recursos necessários para
continuar as operações.

O núcleo ou espinha dorsal (backbone) de uma rede geralmente lida com a maior parte do
tráfego e assim, se ele vai abaixo, isto provavelmente vai afectar a maioria dos utilizadores. Se
existir redundância no router principal e o equipamento estiver ligado e pronto para entrar em
funcionamento automaticamente quando ocorrer um problema, pode reduzir-se uma
interrupção de horas de trabalho manual a um processo automatizado que leva apenas alguns

Compilado por : Serafim Abudala


segundos. Isso é Alta Disponibilidade, onde um router idêntico ao principal deve estar pronto
para assumir em caso deste falhar.

Isto significa que a próxima camada, o agregador de switches, tem que ter uma ligação para
cada router, o que também fornece alguma redundância para as próprias ligações e isso permite
que se coloque cada router principal em diferentes localizações geográficas.

A figura seguinte mostra uma solução mais comum para uma grande empresa.

Aqui há várias filiais que se ligam a uma localização central. Ligações redundantes fornecem
uma solução alternativa ao fracasso do principal elo de ligação WAN e proporcionam aos sites
remotos o acesso aos recursos centrais.

Protocolos Redundantes
Actualmente, há diversos protocolos de redundância disponíveis no mercado, sendo diferenciados
por: protocolo normalizado/proprietário, topologias de rede, tempo de recuperação (ou convergência),
entre outros critérios.
Caminhos redundantes são abordados por protocolos como o Spanning Tree Protocol (STP) na
camada 2 e protocolos de endereçamento como o Open Shortest Path First ( OSPF) na Camada
3.

O STP é um protocolo de gestão de ligações (comutação) que fornece redundância de


caminhos, evitando loops indesejáveis na rede. Para uma rede Ethernet funcionar

Compilado por : Serafim Abudala


correctamente, apenas pode existir um caminho activo entre duas estações. Este protocolo deve
ser utilizado em situações onde se querem ligações redundantes, mas não loops. Ligações
redundantes são tão importantes como backups em caso de falha numa rede. Uma falha do
router principal activa as ligações de backup para que os utilizadores possam continuar a usar
a rede. Sem STP nas bridges e switches, tal falha pode resultar num loop.

Para fornecer redundância de caminhos, o STP define uma árvore de ligações que abarca todos
os switches numa rede e força determinados caminhos redundantes a ficarem em estado de
espera (bloqueados). Se um segmento de rede no protocolo STP se tornar inacessível, ou se o
STP alterar os custos dessa ligação, o algoritmo spanning-tree reconfigura a topologia da árvore
de ligações e restabelece a ligação activando um dos caminhos em espera.

Uma versão actualizada do STP é o chamado RSTP (Rapid Spanning Tree Protocol) que reduz
o tempo de convergência do STP para cerca de um segundo. Uma das desvantagens deste RSTP
(e do STP) é que apenas uma das ligações redundantes pode ser colocada em "espera activa",
outra é que quando o STP muda o caminho activo para outro router, então os endereços de
gateway dos clientes também têm que mudar.
. Como o objetivo de controlar os loops ao nível da camada 2 do modelo OSI, foi criado o
protocolo STP.

Spanning Tree Protocol (STP)

O STP, definido pelo padrão IEEE 802.1d, é um protocolo que funciona ao nível da camada 2
do modelo OSI e tem como como principal objetivo controlar ligações redundantes, garantindo
o desempenho de uma rede.
Como já referimos, os switches não filtram broadcasts e tal situação faz com que todos os
broadcast recebidos numa interface de um switch sejam enviados pelas outras interfaces,
excepto pela interface que foi recebida (flooding), podendo assim ser criados broadcast storms.

Compilado por : Serafim Abudala


Como funciona o STP?

Em traços gerais, aquilo que o STP faz é eliminar logicamente caminhos de comunicação. Para
tal o protocolo cria uma árvore de switches presentes na rede e elege o switch de referência, a
partir do qual será criada a árvore.

No âmbito do protocolo STP, esse switch é denominado de root bridge. A eleição da root
bridge é feita com base numa prioridade e também com base no Mac-Address. Numa rede
apenas pode existir uma root bridge.
Tendo em consideração o exemplo, o SwitchA é eleito root bridge porque é o que tem menor
prioridade (por omissão, a prioridade é 32768) e também o menor endereço físico (MAC
address).

Em seguida, cada switch, que não é root bridge, define qual é a sua root port. Esta interface é
escolhida tendo em conta o menor custo (tendo como base a largura de banda) para a root
bridge. Esta interface é colocada em modo de encaminhamento.

Por cada segmento, é definido uma designated bridge. Este será o switch com menor custo até
à root bridge (no exemplo a seguir é o SwitchD). A interface de ligação com a root bridge é
colocada no modo "encaminhamento". A porta do SwitchE é colocada em modo de bloqueio,
fazendo assim o bloqueio das frames e evitando os loops na rede.

Compilado por : Serafim Abudala


Fonte:
https://redes-e-servidores.blogspot.com/2011/03/alta-disponibilidade-redes-ii.html
https://pplware.sapo.pt/tutoriais/redes-sabe-o-que-faz-e-como-funciona-o-spanning-tree-
protocol/

Compilado por : Serafim Abudala

Você também pode gostar