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26/02/2021 Texto-base - Convergência | Cláudio Possani: CÁLCULO IV - MCA004

CÁLCULO IV

2 Convergência

TEXTO-BASE

Convergência

Nesta segunda semana, retomamos e aprofundamos a ideia de convergência de sequências numéricas.


Uma sequência numérica é convergente se existe e é finito o .

Exemplos:

a. an = (-2)n é divergente pois .


Para n par, a sequência tende a + e para n ímpar, tende a - .

b. é convergente pois:

EXERCÍCIO 1

Decida se as sequências são convergentes ou divergentes:

a.
b.
c.
d.

e.

f.

g.

Um resultado fundamental desta parte da Matemática é o fato que toda sequência monótona (crescente
ou decrescente) e limitada (respectivamente, superiormente ou inferiormente) é convergente. Utilizando
este resultado, os matemáticos provam que certas sequências importantes são convergentes, como por

exemplo que tende a e.

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EXERCÍCIO 2

Usando a “calculadora” disponibilizada no AVA, calcule a10, a100 e a1000 para cada uma das sequências:

a.
b.
c.

Um outro teorema muito útil para o cálculo de limites de sequências é o seguinte:

Teorema: Se uma função verifica = L e a sequência an satisfaz an = f(n), então


.

Exemplo:

Calcule .

Solução: Tomamos a função .

Usando o Teorema de L’Hopital concluímos que:

Como an = f(n) segue .

EXERCÍCIO 3

Calcule os limites abaixo:

a.

b.

Em seguida, iniciamos o estudo de séries numéricas. Trata-se de um conceito fundamental na


Matemática. Intuitivamente, vamos lidar com somas de infinitas parcelas cujo valor resultante é real e
finito.

Na aula 05, fizemos uma ilustração com dois palitinhos. Veja o vídeo disponibilizado no AVA sobre o
paradoxo de Aquiles e a Tartaruga, bem como o material preparado pela equipe de TI da UNIVESP.

Mais rigorosamente, temos: seja an uma sequência numérica; construímos uma nova sequência, Sn,

dada por Sn = a1 + a2 + ∙∙∙ + an = ai que é a sequência das somas parciais. Se Sn for

convergente para L R , isto é, se diremos que a série ai é convergente e


escrevemos .

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Caso contrário, dizemos que a série é divergente.

Exemplo:

As Progressões Geométricas de razão q com módulo menor do que 1 determinam séries convergentes:

Assim:

Já a série (-1)n+1 = 1 - 1 + 1 - 1 + ⋯ é divergente. Para n par Sn = 0 e para n ímpar Sn = 1, logo


.

EXERCÍCIO 4

Calcule .

A propriedade mais básica das séries convergentes é:

an = L (convergente) ⇒ an → 0

Muitas vezes, usamos a forma reversa:

Se an 0 então an diverge

Este resultado é conhecido como Critério do Termo Geral.

Exemplo:

Decida se as séries a seguir convergem ou divergem:

a.

b.

c.

Solução:

a. É Convergente, pois é uma P.G. de a1 = 17 e razão q = ½ < 1


b. É Divergente, pois não satisfaz o Critério do Termo Geral:

c. É convergente. Usaremos a definição:

EXERCÍCIO 5

Decida se as séries a seguir convergem ou divergem:

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a.

b.

c.
d.

A recíproca não é verdadeira: uma sequência an pode satisfazer an → 0 e a série pode divergir.
O exemplo clássico é a série harmônica, .

EXERCÍCIO 6

Decida se a série converge.

Existem várias maneiras de se obter a fração geratriz de uma dízima periódica. Por exemplo, para obter
a fração geratriz de 0,777... podemos proceder como segue:

Uma maneira alternativa para isso é usar séries:

que é uma série geométrica (PG) de primeiro termo 7/10 e razão 1/10. Logo,

Este exemplo nos ensina que as expressões decimais dos números reais podem ser entendidas como
somas de séries convergentes.

EXERCÍCIO 7

Escreva 0,323232… como soma dos termos de uma progressão geométrica, identificando a1 e razão e
use a fórmula da soma dos termos da PG infinita para obter a fração geratriz.

Gabarito

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EXERCÍCIO 1

a. A sequência é -2, 2, -2, 2, … DIVERGENTE.


b. Como → 0 então an → 3. CONVERGENTE.
c. A sequência é -1, 2, -3, 4, … DIVERGENTE.
d.

Para n par e n → temos an → 1.

Para n ímpar e n → temos an → -1. A sequência DIVERGE.

e.

CONVERGENTE.

f.

A sequência é CONVERGENTE. Observe que os fatores estão tendendo a 1, mas o produto


deles (quantidade variável e crescente) tende a 0.

g.

Como 1 + (-1)n está limitada entre 0 e 2 e 1/4n → 0 segue que an → 0 e é CONVERGENTE

EXERCÍCIO 3

a.

Fazemos . Usando a Regra de L’Hopital, temos:

Logo,

b.

Fazemos . Fazendo uma mudança de variável: 1/x = y e usando a

Regra de L’Hopital, temos:

Logo

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EXERCÍCIO 4

Calcule

EXERCÍCIO 5

a.

é Divergente pois não satisfaz o Critério do Termo Geral:

b.

é Convergente pois é uma P.G. de razão q = 1/7 < 1

c. a é convergente. Usaremos a definição:

d. a é divergente pois o termo geral não tende a 0.

EXERCÍCIO 6

A série diverge pois converge, mas diverge para Infinito, já que é a


série harmônica multiplicada por 2.

EXERCÍCIO 7

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