A motivação e a tomada de decisões no ambiente produtivo
Karen Beatriz Oliveira Alves
Na tentativa de humanização do trabalho, contrapondo às teorias clássicas
pautadas apenas no âmbito científico do trabalho, surgiu o modelo humanista. Embora tal modelo retirasse o homem da condição de alienação, ainda o deixava em uma situação de escravidão, porém esta se atrelava às decisões do grupo informal ao invés do grupo formal, como ocorria na Teoria Taylorista. Dessa forma, o homem permanecia no não estabelecimento de seus limites e de seus objetivos em frente ao grupo, o que leva ao questionamento se o acréscimo na produção se deve realmente às interações interpessoais dos indivíduos que se encontram em um mesmo ramo. Assim, uma nova teoria foi desenvolvida, a qual afirmava que o funcionamento da empresa se deve à motivação do indivíduo em relação ao seu trabalho.
Para desenvolver essa linha de pensamento, diversas pesquisas foram
elaboradas, pois não necessariamente a pessoa se direciona a um caminho apenas quando há motivação para atingir esse objetivo, visto que os fatores que contribuem para isso podem ser extrínsecos, quando há risco de punição caso não cumpra com o combinado ou quando há possibilidade de recompensa; ou intrínsecos, quando partem da própria pessoa. Dessa forma, nota-se que há um processo de tomada de decisão do indivíduo para que algo seja ou não concluído como o esperado e, relacionando com os estudos de Simon, isto pode ser algo crucial no entendimento da gestão empresarial, pois os trabalhos, em vários campos do conhecimento, são resultados de solução de problemas e tomada de decisão, como a escolha entre várias alternativas e até mesmo projetar cursos que tenham uma ação que leve a satisfação de quem a executa.
Desse modo, é notória a busca humana pela sua satisfação em ambiente
organizacional, levando a uma espécie de comportamento oportunista em que as atitudes tomadas são aquelas que geram benefícios pessoais e isso ocorre em cada área e classe, fazendo mover todo o sistema produtivo.