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José Lucas Fragoso

Professor Gilson
Clínica Cognitivo Comportamental

Experiências no desenvolvimento
Ao longo de sua infância Artur (o coringa) passou por violências físicas e psicológicas junto
à mãe dele; ela é uma pessoa com problemas psicológicos e se envolve com homens que também
violentam Artur. Algo que é perceptível é que ela cria uma realidade paralela aonde ele é filho de
pessoas famosas, como o Thomas Wayne, e isso reflete na forma como ele posteriormente passa a
falsear a realidade.
Crenças Centrais
Há uma crença de desvalor dele perante o contexto social em que vive, isso fica evidente na
forma como ele se comporta quando está sozinho – como na cena em que ele dança consigo mesmo.
Além disso, uma crença de não estar devidamente ajustado a sociedade, como na cena em que ele
relata para assistente social a cobrança que sente da sociedade para ser normal.
Crenças intermediárias
Artur altera para si mesmo as lembranças da infância, acessando o fato de ter sofrido
violências por parte de sua mãe no momento em que ele vai até o hospital psiquiátrico. Assim como
aceitando um apelido que ela insistentemente o chama – Happy/Feliz – porém é perceptível que ele
não leva uma vida feliz. Além disso ele busca agir como é esperado dele – sendo um filho cuidadoso
ou apenas se resignando diante das problemáticas vividas no trabalho.
Estratégias
Artur cria uma realidade paralela na qual ele consegue ter uma vida social ativa e obter êxito
nos seus anseios profissionais. Como no momento em que ele se imagina num encontro com sua
vizinha, realiza um show de stand up comedy e é aplaudido ou quando já vestido como o Coringa ele
dança até o estúdio de televisão e age de acordo com o que deseja agir; não como esperam que ele
aja.
Principais Queixas
Solidão, Artur quase não convive com outras pessoas, ele até passa por elas, mas não
demonstra ter vínculos.
Autoimagem depreciativa, ele aparenta não estar satisfeito consigo mesmo, como fica
evidente quando ele muda de forma de agir ao adquirir uma nova aparência.
Senso de realidade distorcido, ele cria realidades paralelas para suavizar uma realidade que
lhe é hostil.
Tríade cognitiva
Estão rindo de “mim” por me acharem bizarro (cena em que os 3 homens riem dele no metrô)
→ Ele se sente irritado, pela injustiça de não ser visto como pessoa → Ele se torna violento e retribui
a agressão que os 3 homens estavam direcionando a ele.

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