Você está na página 1de 39

Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região

Poder Judiciário - Justiça do Trabalho

O documento a seguir foi juntado aos autos do processo de número 1000144-78.2022.5.02.0462


em 18/03/2022 08:50:23 - eb8744c e assinado eletronicamente por:
- ANTONIO AUGUSTO COSTA SILVA

Consulte este documento em:


https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam
Documento assinado pelo Shodo
usando o código:22031808415104000000248350587
CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO 2019/2020

NÚMERO DE REGISTRO NO MTE: SP009638/2019


DATA DE REGISTRO NO MTE: 24/09/2019
NÚMERO DA SOLICITAÇÃO: MR051871/2019
NÚMERO DO PROCESSO: 46262.004109/2019-54
DATA DO PROTOCOLO: 23/09/2019

Confira a autenticidade no endereço http://www3.mte.gov.br/sistemas/mediador/.

TERMOS ADITIVO(S) VINCULADO(S)


Processo n°: e Registro n°:
Processo n°: e Registro n°:
SINDICATO DAS EMPRESAS DE TRANSPORTES DE CARGA DO ABC, CNPJ n. 67.180.224/0001-01,
neste ato representado(a) por seu Vice-Presidente, Sr(a). NOBUMITSU MATSUDA;

SIND.TRAB.EMP.TRANSP.RODOANEXO ABCDMRP E RG DA SERRA, CNPJ n. 57.602.609/0001-58,


neste ato representado(a) por seu Vice-Presidente, Sr(a). LEANDRO MENDES DA SILVA;

celebram a presente CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO, estipulando as condições de trabalho


previstas nas cláusulas seguintes:

CLÁUSULA PRIMEIRA - VIGÊNCIA E DATA-BASE

As partes fixam a vigência da presente Convenção Coletiva de Trabalho no período de 01º de maio de 2019
a 30 de abril de 2020 e a data-base da categoria em 01º de maio.

CLÁUSULA SEGUNDA - ABRANGÊNCIA

A presente Convenção Coletiva de Trabalho abrangerá a(s) categoria(s) De segmentos econômicos e


profissional do Transporte Rodoviário de Cargas Secas, Líquidas e Gasosas, Transporte e
Distribuição de Bebidas, Armazenagem e Movimentação de Mercadorias, Transporte de Veículos
Zero Quilômetros, Operações Logísticas, Similares e Conexas, bem como os Setores Diferenciados
do Comércio, Indústria e Prestação de Serviços nas respectivas bases territoriais das entidades
acordantes, com abrangência territorial em Diadema/SP, Mauá/SP, Ribeirão Pires/SP, Rio Grande da
Serra/SP, Santo André/SP, São Bernardo do Campo/SP e São Caetano do Sul/SP.

Salários, Reajustes e Pagamento

Piso Salarial

CLÁUSULA TERCEIRA - DOS PISOS SALARIAIS

Os Pisos Salariais preexistentes, além de serem acrescidos de outros, serão corrigidos, a partir de
01/05/2019, nos termos do percentual definido na cláusula segunda, ou seja, com o percentual de
reajuste de 5,07% (cinco vírgula zero sete por cento), passando a viger com os seguintes valores:
Segmento Cargas Valor em 01/05/2019

Motorista de Bi ou Rodo-trem 2.005,00 + R$ 257,00


Motorista de Carreta 1.844,00
Motorista de Caminhão 1.665,00
Motorista de Utilitário de Uso Misto 1.665,00
Motorista Manobrista 1.665,00
Operador de Empilhadeira 1.665,00
Arrumador 1.422,00
Ajudante 1.240,00

Segmento Zero Quilômetro Valor em 01/05/2019

Motorista de Carreta 2.332,00


Motorista Subidor 2.147,00
Motorista Manobrista 1.920,00
Amarrador 1.609,00

§ 1º - Os valores dos Pisos Salariais representam o mínimo que os empregados ocupantes desses
cargos devem receber.

§ 2º - A parcela adicional de R$ 257,000 (duzentos e cinquenta e sete reais) é destinada


exclusivamente a motoristas que dirigem bi ou rodo-trem.

§ 3º - A parcela adicional destinada a motoristas de bi e rodo-trem poderá ser paga em apartado ou


somada ao valor do piso, bem como ser considerada proporcional ao tempo que estiver na direção
de tais equipamentos, sem perder sua natureza de remuneração e incorporar a base de cálculo de
todas as incidências fiscais e previdenciárias.

CLÁUSULA QUARTA - CONVÊNIO RECEBIMENTO DO PIS NAS EMPRESAS

As empresas adotarão medidas que viabilizem o recebimento pelo trabalhador dos rendimentos
anuais decorrentes do PIS, através de crédito em sua conta ou outras formas, de tal sorte que não
ocorra a necessidade de seu deslocamento até o banco ou entidade financeira que administre o
programa.

Reajustes/Correções Salariais

CLÁUSULA QUINTA - DO REAJUSTE SALARIAL

As empresas concederão, a partir de 01/05/2019, um reajuste de 5,07% (cinco vírgula zero sete por
cento), incidente diretamente sobre os valores salariais praticados, e demais valores que se
integram aos salários vigentes em 30/04/2019.

§ 1º - Para os salários acima do valor de R$ 4.000,00 será praticada a livre negociação entre
empregado e empregador, respeitando o reajuste de 5,07% (cinco vírgula zero sete por cento) até
este teto.

§ 2º - As empresas que, espontaneamente, concederam antecipações, durante a vigência do anterior


instrumento normativo, poderão proceder a compensação dos valores antecipados, exceto os
decorrentes de promoção, equiparação salarial, transferências, aumentos reais convencionados
formalmente e término de experiência.

§ 3º - Para os admitidos após 01/05/2018, fica assegurada uma correção proporcional aos meses
decorridos, de sua admissão até a data de 15/04/2019, tomando por base de cálculo o mesmo
percentual contido no “caput” desta cláusula, a exceção da cesta básica que será sempre integral,
ressalvados os casos em que existirem paradigmas, quando o empregado fará jus a correção
idêntica à percebida pelo mesmo.

Pagamento de Salário – Formas e Prazos

CLÁUSULA SEXTA - DO SALÁRIO DE ADMISSÃO

Aos empregados admitidos para exercer função idêntica a de outro, cujo contrato de trabalho tenha
perdurado por menos de quatro anos na mesma empresa e, por menos de dois anos na mesma
função, será garantido, ressalvadas as promoções por mérito, antiguidade e vantagens pessoais, o
mesmo salário da função ou o salário normativo para ela existente.

CLÁUSULA SÉTIMA - DO PAGAMENTO DOS SALÁRIOS


O pagamento do salário deverá ser feito até o quinto dia útil de cada mês subsequente ao vencido,
incorrendo a empresa infratora em multa de 2% (dois por cento) do Piso Salarial do Ajudante, em
favor do empregado, independente das penalidades previstas em lei.

CLÁUSULA OITAVA - DO ADIANTAMENTO DE SALÁRIO

As empresas fornecerão, a menos que ocorra pedido expresso do funcionário em sentido contrário,
vale de adiantamento no percentual de 40% do Salário Nominal contratual, até quinze dias, contados
da data do pagamento do salário mensal, conforme prática, costume ou hábito existente.

Descontos Salariais

CLÁUSULA NONA - DO REEMBOLSO DE DESPESAS/AUXÍLIO ALIMENTAÇÃO E PERNOITE

As empresas se comprometem a reembolsar, adiantar valor, fornecer diretamente ou através de


fornecedores especializados, refeições a todos os seus empregados. Essa obrigação poderá ser
cumprida através de refeitórios ou restaurantes próprios ou de terceiros, reembolso de despesas ou
fornecimento de vales aceitos em estabelecimentos apropriados a essa finalidade, sendo vedado,
para o pessoal com atividades externas, o fornecimento antecipado de refeições prontas para
consumo a posteriori.

Para as empresas que optarem pelo fornecimento de vales, adiantamento ou reembolso de


despesas, ficam estabelecidos os seguintes valores:

ALMOÇO OU JANTAR R$20,00

PERNOITE R$35,50
§ 1º - O reembolso de Despesas/Alimentação ou Pernoite tem natureza jurídica indenizatória, não se
integrando ou incorporando, portanto, para nenhum efeito ou possibilidade, o salário ou a
remuneração do empregado, podendo a empresa exigir ou não, a comprovação dos gastos
correspondentes, bem como estabelecer regras próprias para a quitação desta obrigação.

§ 2º - O fornecimento de tickets, vales refeições ou formas assemelhadas de auxílio-alimentação,


além do reembolso de despesas a esse título, sempre nos valores estabelecidos nesta cláusula,
pressupõem o cumprimento pela empresa do intervalo de refeição previsto no Art. 71, da CLT,
ressalvado o direito do trabalhador ao espaço de tempo destinado a sua refeição ou seu repouso,
nos termos da Lei 13.103, de 02 de março de 2015.

§ 3º - As empresas que já adotam o sistema de fornecimento de alimentação previsto no Programa


de Alimentação do Trabalhador - PAT, poderão preservar a prática atual, inclusive quanto a
participação do funcionário no custo da refeição, observados os limites do referido programa.

§ 4º - Entende-se como Pernoite, a permanência do empregado fora de sua base de trabalho, em


decorrência exclusiva de viagem para atender tarefas, obrigações e responsabilidades das funções
desempenhadas pelo mesmo, de tal sorte que essas circunstâncias impeçam e inviabilizem o seu
retorno a sua residência.

§ 5º - Havendo o pagamento do Pernoite, nos termos do disposto nesta cláusula, deixa de ter
aplicabilidade o disposto no Art. 66, da Consolidação das Leis do Trabalho, uma vez que fica
presumida a concessão do intervalo de 11 horas entre as jornadas de trabalho, não se podendo falar
em jornada extra ou qualquer tipo de compensação adicional ao empregado, garantindo os registros
exigidos pela Lei 13.103 de 02 de março de 2015.

§ 6º - Nos casos em que o funcionário fizer uso do veículo que estiver conduzindo para descansar
ou pernoitar, fica convencionado que o tempo destinado ao seu descanso ou repouso, não
caracteriza período à disposição ao empregador, não se aplicando, portanto, o disposto no Art. 4º
“caput”, da Consolidação das Leis do Trabalho, ressalvadas as disposições inseridas, a partir desta
convenção coletiva, e que cuidam da regulamentação da Lei 13.103 de 02 de março de 2015.

§ 7º - Para as empresas que em 01/05/2019 já vinham pagando valores superiores aos valores
contidos na Convenção Coletiva anterior, fica assegurada a correção do reajuste mínimo de 5,07%
(cinco vírgula zero sete) estabelecida na cláusula segunda, incluindo as funções com pisos salariais
definidos.

CLÁUSULA DÉCIMA - DOS DESCONTOS NO SALÁRIO

Os descontos salariais, em caso de multas de trânsito, colisões, acidentes com o veículo, bem como
danos a terceiros, furtos, roubos, quebras de veículo e avarias da carga, só serão admitidos se
resultar configurada a culpa ou dolo do empregado, sendo que a despesa com a obtenção dos
Boletins de Ocorrência será suportada pela empresa.

CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA - DO DESCONTO DE CHEQUES RECEBIDOS


Ficam proibidos os descontos no salário do empregado de cheques desprovidos de fundos,
recebidos da clientela, desde que o empregado tenha observado as normas e instruções
estabelecidas pelas empresas.

Outras normas referentes a salários, reajustes, pagamentos e critérios para cálculo

CLÁUSULA DÉCIMA SEGUNDA - DO COMPROVANTE DE PAGAMENTO

As empresas se obrigam a fornecer a seus empregados comprovantes de pagamento, que deverão


conter a identificação da fonte pagadora, a discriminação de todas as verbas pagas e os descontos
efetuados, dispensando a assinatura dos recibos de pagamento.

Gratificações, Adicionais, Auxílios e Outros

Adicional de Hora-Extra

CLÁUSULA DÉCIMA TERCEIRA - DO ACRÉSCIMO NAS HORAS EXTRAS

As empresas remunerarão todas as horas extras realizadas pelo empregado com um acréscimo de
50% (cinquenta por cento) sobre a hora normal, ressalvadas as que coincidirem com domingos
(exceto se existir escala de trabalho) e feriados, nos termos da legislação que rege a matéria.

§ 1º - As horas extras integrarão, quando habituais a remuneração dos empregados para efeito de
DSR, Férias, 13º salário, Aviso Prévio, INSS, FGTS, Verbas Rescisórias, etc.

§ 2º - As empresas que adotarem os dispositivos do Banco de Horas, contido na cláusula 54 -


Cláusulas Sujeitas a Assinatura do Termo de Adesão, no que tange a integração das horas extras de
que trata o parágrafo anterior supra, deverão respeitar os critérios ali ajustados.

§ 3º - As partes se ajustam, para fins do quanto previsto no Art. 7º, inciso XIII, da Constituição
Federal, no sentido de que têm plena validade os acordos individuais de prorrogação e
compensação de horas de trabalho formais ou informais firmados pelas partes, quando da admissão
ou durante a vigência do contrato de trabalho.

CLÁUSULA DÉCIMA QUARTA - DO CALENDÁRIO DE HORAS EXTRAS

As empresas poderão adotar calendário diferenciado para apuração das horas extras, desde que
fique assegurado o pagamento atualizado ou a compensação futura conforme disposição contratual
fixada entre as partes.

§ Único - Entende-se por calendário diferenciado o período, por exemplo, de 16 de um mês até 15 do
seguinte; 23 de um até 22 do seguinte, ou seja, a finalidade do dispositivo contido nesta cláusula, é
permitir que as empresas adotem um período flexível, sempre de 30 dias, para apurar as jornadas
extraordinárias realizadas por seus empregados, incluí-las em suas folhas de pagamento, e desta
forma, evitar a elaboração de duas ou mais folhas para cumprir esta exigência.

CLÁUSULA DÉCIMA QUINTA - DA NÃO INCORPORAÇÃO SALARIAL DE BENEFÍCIOS EXTRAS

Todo e qualquer benefício adicional que as empresas, espontaneamente, já concedem ou vierem a


conceder aos seus empregados, sejam quais forem suas origens, espécies, fundamentos ou
destinação, durante a vigência deste instrumento, não serão considerados, em qualquer hipótese e
para nenhum efeito, como parte do salário ou remuneração do empregado, não podendo ser objeto
de qualquer tipo de postulação seja a que título for.

Prêmios

CLÁUSULA DÉCIMA SEXTA - DO PRÊMIO POR TEMPO DE SERVIÇO (P.T.S.)

Ao completar 2 (dois) e 5 (cinco) anos de permanência na empresa, o empregado fará jus ao


recebimento de um Prêmio Por Tempo de Serviço - PTS, correspondente, respectivamente, a 5,0%
(cinco por cento), quando completar 2 (dois) anos e 8,0% (oito por cento), quando atingir 5 (cinco)
anos contínuos na empresa, tomando-se como limite máximo, o valor do Piso Salarial do Motorista
Carreteiro R$ 1.844,00 ( mil oitocentos e quarenta e quatro reais).

§ 1º - Tomando-se como base os valores dos pisos salariais contidos neste instrumento normativo,
os valores máximos devidos ao PTS, a partir de 01/05/2019, serão os seguintes:

APÓS 2 ANOS – 5,0% APÓS 5 ANOS – 8,0%

R$ 92,20 R$ 147,52

§ 2º - O PTS é uma criação normativa e não tem natureza salarial ou produz qualquer outro efeito de
natureza remuneratória, mesmo para fins de equiparação, não se incorporando à remuneração do
empregado e tampouco servindo de base para cálculo de encargos sociais, sendo devido a partir do
mês seguinte àquele que o empregado completar 2 ou 5 anos de serviço da empresa, não podendo
ser exigido de forma cumulativa.

Participação nos Lucros e/ou Resultados


CLÁUSULA DÉCIMA SÉTIMA - DA PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS OU RESULTADOS DAS EMPRESAS
– PLR – CARGA E ZERO

As empresas do segmento de cargas pagarão a todos os seus empregados, a título de Participação


nos Lucros ou Resultados - PLR, o valor correspondente a 40,0% (quarenta por cento) do seu salário
base, já corrigido, aplicável até o limite de R$3.218,00 (três mil, duzentos e dezoito reais), o que
equivale a um PLR máximo de R$1.287,20 (um mil duzentos e oitenta e sete reais e vinte centavos)
por empregado, ressalvadas as empresas com atividade preponderante no transporte de veículos
zero quilômetros que serão regidas pelas disposições contidas no parágrafo 4º desta cláusula.

§ 1º - O valor base mínimo para aplicação do percentual de 40,0% (quarenta por cento) será o Piso
Salarial do Ajudante.

§ 2º - Entende-se por salário-base, o valor utilizado para cálculo das demais componentes de
remuneração do empregado, ficando, pois, excluídas, as importâncias pagas a título de horas extras,
prêmios, comissões, adicionais e demais parcelas variáveis.

§ 3º - O valor da Participação nos Lucros ou Resultados - PLR, segundo critérios ajustados nesta
cláusula, será pago em duas parcelas, correspondente a 50% (cinquenta por cento), do valor devido,
nos meses de setembro/2019 e março/2020.

§ 4º - Para as empresas do segmento de transporte de Veículos Zero Quilômetro, o valor do PLR será
de R$ 1.573,00 (um mil quinhentos e setenta e três reais), independente da função ou do salário do
empregado e será pago, em duas parcelas iguais, nas mesmas datas e regras contidas nesta
cláusula.

§ 5º - As empresas que mantiverem programas de Participação em Lucros e Resultados - PLR,


elaborados na forma da lei, poderão utilizarem-se deles para suprir as obrigações contidas nesta
cláusula, não se cuidando, portanto, de benefício cumulativo, ressalvado o direito de recebimento de
valor nunca inferior aos contidos nesta cláusula.

§ 6º - As entidades profissionais se comprometem a apoiar todas as iniciativas das empresas que


optarem pela implantação de programas de participação em lucros ou resultados e demais
instrumentos e mecanismos voltados ao aumento da produtividade e qualidade dentro das
empresas integrantes da categoria econômica. O apoio será na forma de recepção, legitimação,
treinamento dos participantes, defesa desse modelo e arquivamento dos programas entregues ao
sindicato obreiro, observadas as regras da legislação que rege a matéria.

§ 7º - Para apuração do direito do empregado ao recebimento do PLR estabelecido nesta cláusula,


serão observadas as regras de proporcionalidade, tomando-se como ponto de partida a data de
01/05/2019.

§ 8º - O pagamento dos valores aqui estabelecidos, a título de participação nos lucros e resultados
não constituirão base de incidência de quaisquer encargos trabalhistas, previdenciários e fundiários
não se aplicando ao mesmo o princípio de habitualidade, bem como não incorpora o contrato de
trabalho para nenhum efeito.

§ 9º - As empresas poderão estabelecer critérios para que seu empregado faça jus aos valores aqui
discriminados, desde que com a participação efetiva do sindicato profissional e celebração de
respectivo Acordo Coletivo de Trabalho individual por empresa, tais como: índices de produtividade,
qualidade ou lucratividade ou, ainda, programas de metas, resultados e prazos.

Auxílio Alimentação

CLÁUSULA DÉCIMA OITAVA - DA CESTA BÁSICA

O valor da Cesta Básica será alterado para R$ 200,00 (duzentos reais), a partir de 01/05/2019,
contemplando-se a exceção do parágrafo seguinte.

§ 1º - Para as empresas que tem no transporte de veículos zero quilômetros sua atividade econômica
preponderante, o valor da cesta básica será de R$ 210,00 (duzentos e dez reais), nas mesmas
condições estabelecidas nesta cláusula.

§ 2º - A Cesta Básica poderá ser fornecida através de vale alimentação, ticket alimentação ou formas
assemelhadas, vedada a entrega de cestas de alimento “in natura”, vale dizer, a prática de se
entregar uma cesta contendo alimentos fica extinta.

§ 3º - A Cesta Básica será devida a todos os trabalhadores que não registrarem nenhuma falta
injustificada durante o período de aquisição de seu direito.

§ 4º - Será entendida como falta injustificada aquela que o trabalhador não apresentar justificativa ou
que a empresa não aceitar as que forem oferecidas.

§ 5º - A Cesta Básica será fornecida aos trabalhadores que se afastarem por doença ou acidente de
trabalho por um período de até 6 (seis) meses de afastamento.

§ 6º - A Cesta Básica será devida no período em que o empregado estiver em gozo de férias, mas
deixará de ser fornecida no caso de licença não remunerada por período superior a 15 dias.

§ 7º - O valor da Cesta Básica tem natureza indenizatória e não incorporará o salário ou remuneração
do trabalhador, sejam quais forem as justificativas, argumentos ou pretextos e, como critério básico
não deve ser incluída no Recibo de Pagamento.

Auxílio Transporte

CLÁUSULA DÉCIMA NONA - DO VALE TRANSPORTE COMO INDENIZAÇÃO

É facultado às empresas efetuarem, se assim se tornar necessário, recomendado, adequado as


operações da empresa, segurança e facilidade dos empregados, o pagamento do Vale Transporte
em dinheiro, respeitados os direitos e limites estabelecidos na Lei 7.418, de 16.12.85, regulamentada
pelo Dec. 95.247, de 17.11.87, como autoriza a Portaria 865, de 14/09/95 do Ministério do Trabalho,
ficando expresso que, tal pagamento visa tão somente tornar o cumprimento de tal obrigação mais
harmônica com os desejos dos empregados, prevenção de assaltos, furtos e ocorrências
criminosas, bem como poupar tempo e custos para as partes.
§ Único - O pagamento do Vale Transporte em dinheiro, conforme consolidada jurisprudência, nos
termos do disposto no “caput” desta cláusula não poderá se constituir, em nenhuma hipótese,
fundamento ou justificativa, em motivo de integração dos valores correspondentes ao salário ou
remuneração do empregado e, tampouco, servir de base para cálculo de qualquer encargo
trabalhista ou previdenciário.

Auxílio Saúde

CLÁUSULA VIGÉSIMA - DO CONVÊNIO MÉDICO

As empresas integrantes da categoria econômica se comprometem a contratar, a seu exclusivo


critério, Convênio Médico para seus empregados, observando as seguintes condições:

a- O convênio deverá cobrir todos os empregados e seus familiares, assim entendidos o cônjuge,
filhos até 18 anos e aqueles que forem admitidos como dependentes do empregado perante a
previdência social brasileira.

b- A cobertura oferecida será a médica, hospitalar e laboratorial para todos os eventos, inclusive os
decorrentes de Acidentes do Trabalho e suas consequências, além de prótese, tomografia
computadorizada, ressonância magnética e demais recursos da moderna medicina.

c- O contratos serão feitos, firmados, administrados e negociados diretamente com cada empresa,
inclusive quanto à escolha do Convênio Médico que melhor atenda aos seus interesses.

d- O valor mínimo acertado entre as partes é de R$130,00 (cento e trinta reais), por pessoa coberta
pelo convênio, salvo o disposto na alínea “g”, independente de idade, sendo obrigatória a
observância das coberturas fixadas na legislação que rege a matéria.

e- As empresas não associadas a entidade patronal se obrigam a arcar com 90,0% (noventa por
cento) do custo do convênio médico de seus empregados e respectivos dependentes, que aderirem
ao plano, conforme alínea “a”, supra, tomando como base o valor mínimo contido na alínea “d”,
desta cláusula.

f- As empresas associadas a entidade patronal, assumirão apenas 50,0% (cinquenta por cento) do
custo do convênio médico de seus empregados e respectivos dependentes, que aderirem ao plano,
nos moldes estabelecidos nesta cláusula.

g- As empresas que mantenham convênio médico com valor superior ao estabelecido, deverão
consultar seus empregados sobre a conveniência dos mesmos em assumir o excedente a quota
participativa que cabe a empresa ou, em caso negativo, fica esta autorizada a oferecer convênio
médico nos moldes estabelecido na presente convenção.

h- As inclusões e exclusões de segurados no Convênio Médico serão feitas através de critérios


contidos nos respectivos contratos, cabendo à cada empresa responder pelas informações
prestadas.

i- O empregado, a seu critério, poderá abrir mão deste benefício desde que o faça por escrito e, de
igual forma, requerer o seu retorno nas condições oferecidas aos demais trabalhadores, respeitando
as carências oferecidas por cada plano de saúde.
j- Fica assegurado ao empregado desligado o direito de manter a cobertura do convênio, nas
condições vigentes durante seu contrato de trabalho, desde que manifeste, formalmente, sua
intenção nesse sentido e assuma o pagamento integral de seu valor.

l- Fica assegurado ao empregado afastado do trabalho ou aposentado por invalidez o direito de


manter a cobertura do convênio, desde que manifeste formalmente sua intenção nesse sentido, e
assuma o pagamento de sua cota parte (50% ou 10% do valor do seu Convênio médico e de seus
dependentes). Ficará a critério da empresa escolher e informar ao empregado a forma que será feita
referida cobrança.

m- Caso o empregado não manifeste formalmente a intenção de manter o convênio médico durante
seu afastamento do trabalho, o empregado será notificado pela empresa para que o faça
formalmente em 10 (dez) dias corridos a contar do recebimento da notificação.

n- Caso o empregado não apresente nenhum tipo de manifestação, ficará a critério da empresa
proceder o cancelamento do convênio médico do empregado e de seus dependentes, após a
notificação formal do seu empregador.

o - O inadimplemento por parte do empregado de três meses consecutivos da cobrança disposta na


alínea “j” desta cláusula, acarretará o cancelamento do Convênio médico do empregado e de seus
dependentes.

p- As empresas do setor de veículos zero quilometro que praticam o fornecimento de convênio


médico com coparticipação, deverão descontar, no máximo, 4% (quatro por cento) do salário mensal
do trabalhador e que a coparticipação somente poderá ser descontada do trabalhador por cada
enfermidade , FICANDO VEDADO o desconto por cada procedimento médico realizado, ficando
estipulado, ainda, que eventual valor que ultrapassar o limite aqui estabelecido será custeado
integralmente pelo empregador.

CLÁUSULA VIGÉSIMA PRIMEIRA - DO CONVÊNIO ODONTOLÓGICO

As empresas fornecerão o benefício de convênio odontológico a todos os trabalhadores, que deverá


ser centralizado pelo SETRANS e SINTETRA, objetivando a unificação do padrão de qualidade,
devendo as empresas subsidiar o plano para cada empregado, incluindo o titular, cônjuge, filhos até
18 anos, podendo permanecer até 24 anos, caso estejam cursando faculdade, no valor máximo de
R$ 50,00 (cinquenta), com aumento anual com base no piso da categoria, custeado integralmente
pela empresa, devendo o funcionário arcar com o valor excedente, se houver.

§ 1º - Caso o empregado não tenha interesse no citado benefício, fica assegurado o direito de
oposição a ser feito de forma expressa à empresa.

§ 2º - Caso o empregado queira ou necessite incluir dependentes agregados, o valor referente a


estes será pago exclusivamente às suas expensas, pelo valor mínimo de R$ 16,40 (dezesseis reais e
quarenta centavos) por pessoa.

§ 3º - O benefício concedido na presente cláusula não possuirá caráter de pagamento “in natura”,
não refletindo no pagamento de qualquer verba.
§ 4º - Os empregados afastados anteriormente à vigência da presente convenção coletiva, terão
direito ao benefício odontológico, caso queiram, quando retornarem ao trabalho.

Auxílio Morte/Funeral

CLÁUSULA VIGÉSIMA SEGUNDA - DO AUXÍLIO FUNERAL

Ocorrendo o falecimento do empregado, excluída a ocorrência de suicídio, as empresas ficam


obrigadas a pagar a seus dependentes, habilitados perante a Previdência Social, o valor de R$
3.500,00, podendo, a critério destas, o valor ser coberto por seguro especifico.

Seguro de Vida

CLÁUSULA VIGÉSIMA TERCEIRA - DO SEGURO DE VIDA E DECESSOS

Por esta cláusula fica convencionado que as empresas contratarão, sem ônus para o trabalhador,
Seguro de Vida para os seus empregados efetivos com custo máximo de R$ 8,45 por vida, mediante
a contratação de seguradora de sua livre escolha, com as seguintes coberturas mínimas:

I - Em CASO DE MORTE NATURAL, MORTE ACIDENTAL, INVALIDEZ PERMANENTE PARCIAL OU


TOTAL POR ACIDENTE do empregado segurado, será disponibilizada ao responsável a importância
mínima de 10 vezes o valor do maior piso salarial da categoria, após a entrega dos documentos
exigidos pela seguradora.

II - REEMBOLSO DE VERBAS RECISORIAS DECORRENTE DE MORTE NATURAL OU ACIDENTAL,


deve garantir à empresa (estipulante) o reembolso das despesas com o pagamento de verbas
Rescisórias, em caso de falecimento do Segurado Titular a importância segurada de 10% do capital
de morte natural após a entrega dos documentos exigidos pela seguradora.

III - DECESSOS - FUNERAL INDIVIDUAL, R$ 3.500,00 (três mil e quinhentos reais) visando garantir a
prestação do serviço ou reembolso dos gastos com sepultamento ou cremação em caso de
falecimento do Segurado Titular, caso o capital contratado não seja utilizado na sua totalidade, a
diferença deve ser paga aos beneficiários.

Outros Auxílios

CLÁUSULA VIGÉSIMA QUARTA - DO CONVÊNIO COM FARMÁCIAS

As empresas se comprometem a estabelecerem convênios com farmácias com a finalidade de


aquisição de medicamentos a seus empregados.
§ 1º - A escolha das farmácias poderá ser feita pelas empresas ou por indicação dos empregados ou
do Sindicato Profissional, mediante entendimento entre as partes.

§ 2º - O convênio destina-se à aquisição somente de medicamentos, não se admitindo a compra de


outros produtos, tais como, perfumaria e objeto de higiene pessoal, exceto quando se tratar de
recomendação médica, devidamente acobertada por receita.

§ 3º - Não haverá subsídio por parte da empresa que, no entanto, responderá pela quitação junto as
farmácias credenciadas e o desconto dos medicamentos adquiridos na folha do empregado, de
acordo com normas estabelecidas pelas mesmas.

§ 4º - Todo e qualquer desconto conseguido na compra dos medicamentos serão repassados aos
empregados.

Empréstimos

CLÁUSULA VIGÉSIMA QUINTA - CONVÊNIO EMPRÉSTIMO CONSIGNADO

Fica instituído o “CARTÃO DE CRÉDITO CONSIGNADO” para a categoria dos trabalhadores das
empresas de transporte de cargas filiadas ao SETRANS na região do ABC, nos termos das regras e
condições a seguir detalhadas:

§ 1º – O “CARTÃO DE CRÉDITO CONSIGNADO” objeto da presente cláusula é de exclusivo direito


dos trabalhadores das empresas filiadas, sendo pessoal e intransferível o seu direito e
responsabilidade de pagamento ou resgate à instituição financeira e/ou banco.

§ 2º – O “CARTÃO DE CRÉDITO CONSIGNADO” não tem características trabalhistas, por


consequência está excluída qualquer hipótese ou possibilidade de se vincular a qualquer verba
prevista no direito do trabalho brasileiro eventualmente pleiteado pelo trabalhador beneficiário.

§ 3º – As regras e condições de concessão do “CARTÃO DE CRÉDITO CONSIGNADO” ao


trabalhador serão aquelas específicas e determinadas pela instituição financeira e/ou banco,
segundo determinações do Banco Central e/ou quem de direito e responsável pela política
econômico-financeira nacional.

§ 4º - A instituição financeira ou banco será aquele indicado e/ou contratado de comum acordo entre
o sindicato da categoria profissional e o sindicato da categoria econômica, cujos critérios de
concessão aos trabalhadores serão definidos de forma paritária.

§ 5º - O “CARTÃO DE CRÉDITO CONSIGNADO” destinado ao trabalhador será concedido na forma


de crédito em CARTÃO DE CRÉDITO, cuja emissão e gerenciamento do crédito será de
responsabilidade da instituição financeira e/ou banco contratado.

§ 6º – Para que o trabalhador da empresa filiada ao SETRANS tenha direito ao crédito consignado na
forma estabelecida nos “parágrafo primeiro e segundo”, a empresa empregadora deverá ter firmado
contrato específico com a instituição financeira e/ou banco.
§ 7º - A operacionalidade e responsabilidade da empresa filiada ao SETRANS e empregadora estão
restritas ao desconto em folha de pagamento mensal do trabalhador da parcela devida, com repasse
mensal à instituição financeira e/ou banco até o 10 (décimo) dia útil de cada mês após o mês
vencido ou de competência.

§ 8º – Nos casos de desligamento do trabalhador da empresa empregadora por pedido de demissão


ou demissão, motivado ou imotivado, é de responsabilidade da instituição financeira e/ou banco a
cobrança dos valores vencidos e vincendos devidos pelo trabalhador, cabendo-lhes a
responsabilidade de adotarem os meios legais para recuperação dos valores, sem que isso
represente qualquer responsabilidade da empresa empregadora.

Contrato de Trabalho – Admissão, Demissão, Modalidades

Desligamento/Demissão

CLÁUSULA VIGÉSIMA SEXTA - DA OBRIGATORIEDADE DE HOMOLOGAÇÃO DAS RESCISÕES DE


CONTRATO DE TRABALHO

A quitação das verbas rescisórias fica condicionada à homologação da rescisão do contrato de


trabalho junto ao sindicato profissional, incumbindo exclusivamente à empresa o pagamento de
todas as despesas decorrentes da demissão, inclusive exame médico, despesas do empregado com
deslocamento e despesas diversas.

Parágrafo único: A ausência de homologação de rescisões ocorridas após 01/09/2019 gerará multa
no valor de 1 salário mínimo nacional em favor do empregado.

CLÁUSULA VIGÉSIMA SÉTIMA - DAS HOMOLOGAÇÕES

As rescisões de Contratos de Trabalho, na forma do previsto no Art. 477, da CLT, deverão ser
homologadas no sindicato profissional, com todos os documentos estabelecidos na Portaria 3.283,
de 11.10.88, do Ministério do Trabalho, sendo que, por ocasião da primeira homologação, o sindicato
profissional deverá reter cópias das guias, para facilitar as demais.

§ 1º - O sindicato da categoria profissional assume o compromisso a não recusar a homologação


desde que não conste manifesta incorreção no recibo de quitação, reafirmando as previsões da
Súmula 330, do Tribunal Superior do Trabalho, ficando preservado o direito da entidade profissional
de proceder às ressalvas legais cabíveis, devendo, em caso de recusa, fornecer, de imediato, carta
contendo os motivos da não homologação.

§ 2º - Desde que a entidade profissional não localize nenhuma irregularidade no termo de quitação
do empregado, fica vedada a inserção de ressalva genérica, em que, as eventuais incorreções
estejam claramente identificadas.
CLÁUSULA VIGÉSIMA OITAVA - DA DISPENSA POR JUSTA CAUSA

Ao empregado demitido, por justa causa, as empresas fornecerão, por escrito, ciência dos motivos
determinantes da rescisão contratual, indicando o Artigo da CLT que fundamentar a decisão.

Outros grupos específicos

CLÁUSULA VIGÉSIMA NONA - DA ALTERAÇÃO DE DENOMINAÇÃO DE FUNÇÃO

Não serão admitidas alterações de denominação de cargos e funções que tenham como objetivo
isentar as empresas do cumprimento dos salários normativos ajustados pelas entidades que firmam
este instrumento normativo.

CLÁUSULA TRIGÉSIMA - DA CARTA DE REFERÊNCIA

Ocorrendo rescisão do Contrato de Trabalho sem justa causa, as empresas ficam obrigadas a
fornecerem Carta de Referência, quando solicitada, por escrito, pelo empregado, no prazo máximo
de 03 (três), dias contados a partir da data do pedido.

CLÁUSULA TRIGÉSIMA PRIMEIRA - DO ATESTADO DE AFASTAMENTO E SALÁRIOS

As empresas, desde que solicitadas por escrito e com antecedência mínima de 02 (dois) dias úteis,
fornecerão a seus empregados, o atestado de afastamento e salários, para obtenção de benefícios
previdenciários.

Relações de Trabalho – Condições de Trabalho, Normas de Pessoal e Estabilidades

Qualificação/Formação Profissional

CLÁUSULA TRIGÉSIMA SEGUNDA - DA PARTICIPAÇÃO EM CONGRESSOS

As empresas ou estabelecimentos com mais de 50 empregados, liberarão seus empregados para


participação em congressos, seminários, cursos ou encontros sindicais, sem prejuízo da
remuneração, até o limite de 3 dias por ano e limitado a um empregado por vez, desde que recebam
comunicação escrita da entidade profissional, com antecedência mínima de 5 dias antes da
realização do evento.

CLÁUSULA TRIGÉSIMA TERCEIRA - DOS CURSOS DE APERFEIÇOAMENTOS

As empresas empenharão o melhor de seus esforços, no sentido de propiciar cursos de


aprendizado, aperfeiçoamento e especialização a seus empregados, a fim de melhorar a capacitação
profissional, a qualidade dos serviços prestados, o ambiente interno e a produtividade dos seus
empregados.

Ferramentas e Equipamentos de Trabalho

CLÁUSULA TRIGÉSIMA QUARTA - DOS ARQUIVOS E SISTEMAS ELETRÔNICOS

Os equipamentos, softwares, arquivos de dados, as informações armazenadas eletronicamente, os


sistemas de informações utilizados pelo Empregado para o exercício de sua função, são de
exclusiva propriedade material e intelectual da empresa, obrigando-se o empregado a utilizá-los
somente para desincumbir-se das atribuições e responsabilidades de seu cargo, ficando
estabelecido que a empresa tem todo o direito de verificar e rastrear as mensagens que receber e/ou
transmitir, respondendo o empregado pelo uso incorreto que vier a fazer do sistema, bem como
pelos danos que causar.

Estabilidade Aposentadoria

CLÁUSULA TRIGÉSIMA QUINTA - DA GARANTIA AO TRABALHADOR EM VIAS DE


APOSENTADORIA

As empresas assegurarão aos empregados que estiverem, comprovadamente, a 12 (doze) meses da


aquisição do direito a aposentadoria, seja ela parcial ou integral e que contem com, pelo menos, 05
(cinco) anos de serviços na mesma, o emprego ou salário durante o período em que faltar para que
seja possível o requerimento do benefício da aposentadoria, mesmo que não integral.

§ 1º - O empregado que preencher as condições da garantia supra, durante a vigência deste


instrumento normativo, disporá do prazo de 60 (sessenta) dias para comunicar, formalmente, tal
condição à empresa. O prazo para comunicação e apresentação dos documentos comprobatórios à
empresa terá início no 1º dia do 1º mês dos 12 (doze) meses que antecedem a aquisição ao direito da
aposentadoria.

§ 2º - A não observação do disposto no parágrafo 1º supra, seja pela falta de comunicação formal ou
pelo descumprimento do prazo ali estabelecido, implicará na perda da garantia em tela.
§ 3º - A estabilidade, nos termos do disposto nesta cláusula, cessará assim que o empregado
completar os requisitos para o requerimento da aposentadoria, mesmo que tal direito não venha a
ser exercido.

§ 4º - A empresa poderá requerer ao empregado que apresente comprovante de contagem de tempo


de contribuição emitido pela Previdência Social a qualquer tempo, devendo o empregado comunicar
a empresa e apresentar comprovante de agendamento para abono do período necessário para
obtenção de referido documento.

Outras normas referentes a condições para o exercício do trabalho

CLÁUSULA TRIGÉSIMA SEXTA - DA ÁGUA POTÁVEL, SANITÁRIOS E VESTIÁRIOS

As empresas se obrigam a manter no local de trabalho água potável para consumo de seus
empregados, sanitários masculinos e femininos em perfeitas condições de higiene, armários
individuais para guarda de roupas e pertences pessoais dos empregados, desde que a troca de
vestimenta decorra de exigência da atividade desenvolvida.

Outras normas de pessoal

CLÁUSULA TRIGÉSIMA SÉTIMA - DOS QUADROS DE AVISOS

As empresas colocarão a disposição do Sindicato dos Empregados quadros de avisos nos locais de
trabalho, para a afixação de comunicados oficiais da categoria profissional, desde que não
contenham matéria político partidária ou ofensiva a quem quer que seja, devendo os avisos serem
enviados ao setor competente da empresa, que se encarregará de afixá-lo prontamente.

Jornada de Trabalho – Duração, Distribuição, Controle, Faltas

Duração e Horário

CLÁUSULA TRIGÉSIMA OITAVA - DA TOLERÂNCIA PARA REGISTRO DE PONTO

A tolerância para registro de ponto antes do início e após o encerramento da jornada de trabalho do
trabalhador será de até 15 (quinze) minutos, não se considerando como extras ou como à
disposição do empregador o tempo de registro dentro desses intervalos.

§ Único – Em ocorrendo registro dos intervalos de refeição valerá a mesma regra, ou seja, a
anotação da saída e retorno da alimentação ou repouso será, de igual forma, de 15 minutos
contados a partir do horário fixado para a saída e outros 15 antes da retomada da jornada de
trabalho.

Faltas

CLÁUSULA TRIGÉSIMA NONA - DO ABONO DE FALTA DO ESTUDANTE

O empregado estudante em estabelecimento de ensino oficial, autorizado ou reconhecido pelo poder


competente, desde que o horário do exame escolar coincida com o horário de trabalho, terá abonada
as horas de ausência para prestação de exames escolares, desde que avise seu empregador, no
prazo mínimo de 72 (setenta e duas) horas antes da data da realização das provas, sujeitando-se a
comprovação posterior.

Outras disposições sobre jornada

CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA - DA TOLERÂNCIA DE ATRASOS

As empresas, durante a vigência da presente Convenção, concederão uma tolerância de atraso, de


até 30 (trinta) minutos, por semana, desde que não ocorram mais de 02 (duas) vezes durante a
mesma, sendo que esses atrasos deverão ser compensados no mesmo dia, ou durante a semana de
sua ocorrência, salvo a existência de outro critério mais benéfico, como por exemplo, o horário
flexível ou banco de horas.

CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA PRIMEIRA - DO TEMPO À DISPOSIÇÃO DO EMPREGADOR

Eventuais interrupções do trabalho, ocasionados por culpa da empresa ou decorrentes de caso


fortuito ou força maior, não poderão ser descontadas e nem trabalhadas posteriormente, sob a
rubrica de compensação, salvo no caso do pernoite, como definido na cláusula 04 § 6º deste
instrumento normativo.

CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA SEGUNDA - DOS DOCUMENTOS FISCAIS

Todos os documentos fiscais ou de controle impostos ou cuja utilização decorra da legislação ou da


natureza da operação da empresa, seja com a finalidade de controle da carga, movimentação do
veículo, verificação de arrecadação de impostos, ou quaisquer outras de características
semelhantes, tais como: ACT - Autorização Carregamento de Transporte, Manifesto de Carga,
Conhecimento de Transporte Rodoviário de Carga, entre outros, não poderão ser considerados para
efeito de Controle de Jornada de Trabalho e tampouco utilizados com finalidades de imputar a
empresa o pagamento de jornada ao empregado.
CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA TERCEIRA - DA CARONA

A prática do Carona é, em princípio, proibida, exceto se ocorrer autorização da empresa ou, em


casos de emergências, devidamente comprovados.

Saúde e Segurança do Trabalhador

Equipamentos de Proteção Individual

CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA QUARTA - DOS UNIFORMES E EPI

Quando exigido o uso de uniformes pelo empregador, este será obrigado a fornecê-lo gratuitamente
aos empregados, dispensando igual tratamento quando se tratar de equipamentos de segurança
prescritos por lei ou decorrente do trabalho exercido pelo empregado, ficando o mesmo obrigado a
usá-los, sob pena de punição conforme estabelecido na legislação que rege a relação de emprego.

Aceitação de Atestados Médicos

CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA QUINTA - DOS ATESTADOS MÉDICOS E ODONTOLÓGICOS

Para efeito de justificativa e abono de faltas e atrasos, as empresas aceitarão os atestados médicos
e odontológicos, emitidos por profissionais a serviço do Sindicato acordante.

Relações Sindicais

Representante Sindical

CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA SEXTA - DA LIBERAÇÃO DE DIRIGENTE SINDICAL

As empresas se comprometem a liberar os dirigentes sindicais regularmente eleitos para cargos de


direção da entidade sindical da entidade profissional, representados pelo Sindicato dos Rodoviários
do ABC - SINTETRA.

§ 1º - A liberação nos termos do definido no “caput” desta cláusula estará limitada a um dirigente
por empresa e, a um máximo, de 5 (cinco) dirigentes em toda a categoria profissional representada
pelo SINTETRA.
§ 2º - Ao dirigente sindical liberado, nos termos do definido nesta cláusula, será assegurado o
afastamento de suas funções da empresa, a partir de quando o dirigente afastado receberá de sua
empregadora mês a mês, enquanto perdurar o mandato, o valor equivalente ao salário nominal de
sua função inclusive com os aumentos que forem concedidos no período, sem prejuízo a percepção
de férias mais 1/3 terço, 13º salário cesta básica, prêmio mínimo, DSR, PTS, e demais benefícios.

§ 3º - O afastamento do dirigente sindical dependerá de prévia comunicação à empresa empregadora


do dirigente sindical efetivo, juntamente com prova de sua eleição, bem como, pronunciamento
escrito do SETRANS a respeito.

Contribuições Sindicais

CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA SÉTIMA - CONTRIBUIÇÃO ASSISTENCIAL

A Contribuição Assistencial/Negocial aprovada em assembleia geral da categoria, na forma da


transação feita com o Ministério Público do Trabalho no Proc. n. 0000714-56.2015.5.020000 e
homologada pelo C. Tribunal Superior do Trabalho em 17/04/2018, será de 6% (seis por cento) ao
ano, descontada de todos os trabalhadores, associados ou não associados da entidade profissional,
em três parcelas anuais de 2% (dois por cento) cada, calculada sobre o valor do salário nominal
reajustado do empregado.

§ 1º - A primeira parcela de 2% (dois por cento), referente ao ano de 2019 será descontada no mês de
julho/2019, a segunda em novembro/2019 e a terceira em fevereiro/2020.

§ 2º - A empresa se compromete a encaminhar, juntamente com a guia de recolhimento da


contribuição de que trata esta cláusula, relação nominal dos trabalhadores, contendo o valor do
salário nominal e a importância que foi descontada.

§ 3º - O recolhimento dos valores referentes à contribuição prevista nesta cláusula deverá ser
efetuado até o 5º (quinto) dia útil do mês subsequente ao do desconto, mediante recibo.

§ 4º - O atraso nas transferências dos valores desta contribuição, nos termos contidos nesta
cláusula, implicará em multa de 0,33% (trinta e três centésimos de cem) até o limite de 10% (dez pro
cento) e juros de mora de 1% (um por cento) por mês vencido, aplicados sobre o valor total do
débito.

§ 5º - Esta cláusula se manterá até que lei superveniente, decisão judicial ou transação perante o
MPT venha a existir em sentido contrário, quando então será revista para todos os fins de direito.

§ 6º - Será garantido o direito de oposição ao trabalhador(a) não associado(a) do sindicato, a ser


manifestado durante os dez primeiros dias, contados da assinatura do presente instrumento coletivo
de trabalho, a qual valerá para toda a vigência do presente instrumento normativo.

§ 7º - A manifestação de oposição deverá ser exercida pessoalmente e de próprio punho pelo (a)
trabalhador (a), na sede da entidade sindical ou perante um (a) dirigente sindical designado (a) para
recolhê-la no local de trabalho e/ou indicado, com emissão de recibo da manifestação ao
interessado.

§ 8º - O SINTETRA encaminhará às empresas da categoria econômica envolvida, nos dez dias


subsequentes à manifestação de oposição, a relação dos (as) trabalhadores (as) que se opuserem à
referida contribuição, sob pena de responder pelos descontos efetuados sem a devida autorização.
§ 9º - Conforme constou do acordo judicial no processo supra, as empresas não poderão interferir
nem incentivar os trabalhadores a se oporem ao desconto da Contribuição Assistencial/Negocial,
pois tal prática configura ato antissindical, conforme ORIENTAÇÃO n. 4 da CONALIS do MPT
(Orientação n. 04: "Incentivo à desfiliação. Configura ato antissindical o incentivo patronal ao
exercício do direito de oposição à contribuição assistencial/negocial”). Assim, cabe às empresas da
base territorial do SINTETRA apenas fazer o desconto da Contribuição Assistencial ou Negocial de
todos os trabalhadores, associados ou não do sindicato, salvo as oposições encaminhadas por
este, e repassar os valores na forma e prazos estabelecidos nos §§ anteriores.

FUNDAMENTAÇÃO:

Como constou no acordo judicial com o MPT, a Contribuição Assistencial/Negocial é uma taxa de
solidariedade de todos os trabalhadores beneficiados com as conquistas sindicais, destinada a
custear os gastos com a luta em defesa dos trabalhadores, manutenção da sede e sub-sedes do
sindicato, folha de pagamento dos funcionários e estrutura geral do sindicato e subsidiar as
campanhas salariais da data-base e no dia a dia em favor de todos os trabalhadores e não somente
dos associados. É uma questão de justiça e de igualdade entre sócios e não sócios, e de
fortalecimento do sindicato, o que é necessário porque as negociações coletivas sindicais
favorecem todos os trabalhadores integrantes da base sindical, independentemente de serem sócios
ou não do sindicato profissional. Assim, é justo e manifestamente legal a aprovação em assembleia
de uma taxa de solidariedade de todos os trabalhadores para manter a dinâmica da negociação
coletiva também em favor de todos os trabalhadores (arts. 513, “e” e 611 da CLT e Processos
TRT15ªR n. 0005860-18.2015.5.15.0000 - DC/SDC; TRT/2ªR n. 0000241-66.2013.5.02.0024; TRT/1ªR n.
0000977-27.2012.5.01.0225; TRT9ªR n. 12894-2012-011-09-00-7).

CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA OITAVA - DA CONTRIBUIÇÃO SINDICAL

O recolhimento da Contribuição Sindical observará os prazos e as formalidades previstas nos


artigos 578 e 582 da Consolidação das Leis do Trabalho, até que norma superveniente seja
oficializada.

§ 1º - As empresas fornecerão ao Sindicato profissional relação nominal de seus empregados, com


cargos e funções, acompanhadas de cópias das guias de recolhimento.

§ 2º - Somente serão descontadas as respectivas contribuições se for realizada assembléia geral e


aprovado por parte do sindicato laboral autorizando.

CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA NONA - DA CONTRIBUIÇÃO ASSOCIATIVA

As empresas descontarão em folha de pagamento, mensalmente, as contribuições espontâneas de


seus empregados, em favor do Sindicato profissional, desde que por eles autorizados.

§ 1º - Para o desconto previsto nesta cláusula, o Sindicato se obriga a fornecer às empresas, a


relação dos empregados que se associaram e se mantêm associados à entidade profissional.
§ 2º - O valor da contribuição prevista nesta cláusula será repassado ao Sindicato profissional,
obrigatoriamente, até o dia 05 do mês subsequente ao desconto.

CLÁUSULA QUINQUAGÉSIMA - CONTRIBUIÇÃO NEGOCIAL À ENTIDADE PATRONAL

Nos termos do Art. 513 “e”, da CLT e de decisão a Assembleia Geral Extraordinária, regular e
legalmente convocada, as empresas integrantes da categoria Econômica estarão obrigadas a
contribuir para o custeio e manutenção da estrutura representativa mantida pelo SETRANS de
acordo com os valores e disposições contidas nesta cláusula.

§ 1º - As micros empresas e aquelas enquadradas no Simples Federal, com faturamento até R$


360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) contribuirão com a importância única de R$ 307,50
(trezentos e sete reais e cinquenta centavos).

§ 2º - Se o faturamento anual da Empresa de Pequeno Porte enquadrada no Simples Federal, ou não,


estiver contida na faixa compreendida entre R$ 360.000,00. e R$ 3.600.000,00, a contribuição será de
R$ 410,00 (quatrocentos e dez reais).

§ 3º - A contribuição será de R$ 615,00 (seiscentos e quinze reais) se o faturamento anual da


Empresa de Pequeno Porte for superior a R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais)

§ 4º - As contribuições poderão ser quitadas através dos boletos bancários recebidos pelo correio
ou diretamente na tesouraria do SETRANS.

§ 5º - No caso de atraso haverá a aplicação da multa de 10,0% (dez por cento), além do juro legal de
1,0% (um por cento), calculado por mês ou fração de mês até que ocorra a quitação da obrigação.

§ 6º - No caso de inadimplemento da obrigação contida nesta cláusula, o SETRANS está autorizado


por sua Assembleia Geral Extraordinária a propor cobrança judicial, evento em que haverá o
acréscimo da importância decorrente das custas judiciais e dos honorários advocatícios de 15,0%
do valor da ação.

§ 7º - As empresas sócias do SETRANS e que estejam em dia com suas mensalidades estarão
desobrigadas do pagamento da contribuição contida nesta cláusula.

Procedimentos em Relação a Greves e Grevistas

CLÁUSULA QUINQUAGÉSIMA PRIMEIRA - DO COMPROMISSO

A entidade representativa da categoria profissional assume compromisso expresso de não


estimular, sem justificativa, nem fomentar movimentos de paralisação nas empresas, exceto em
casos de descumprimento da presente Convenção ou das leis vigentes, o que deverá ser objeto de
prévia comunicação, por escrito, ao SETRANS, a fim de que se esgotem as possibilidades de busca
de solução através negociação direta entre as partes.
Outras disposições sobre relação entre sindicato e empresa

CLÁUSULA QUINQUAGÉSIMA SEGUNDA - DO NÚCLEO INTERSINDICAL DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA

Os conflitos, disputas e questões de origem trabalhista, decorrentes do contrato de trabalho, no


âmbito das entidades que firmam este documento, serão submetidos obrigatória e exclusivamente a
apreciação prévia da Comissão de Conciliação Prévia Intersindical, a funcionar na sede do Sindicato
profissional, conforme regras e condições ajustadas de acordo com o estatuto próprio, nos termos
do Art. 625-D da Lei 9.958, de 12 de janeiro de 2.000.

Disposições Gerais

Descumprimento do Instrumento Coletivo

CLÁUSULA QUINQUAGÉSIMA TERCEIRA - DA MULTA

Fica estabelecida a multa de 2% (dois por cento) do Piso Salarial do Ajudante, por cláusula,
independente das cominações legais, no caso de descumprimento do presente instrumento de
regulação das relações do trabalho com a limitação do que trata o Art. 412, do Código Civil
Brasileiro, que reverterá em favor da parte a quem a infringência prejudicar.

Outras Disposições

CLÁUSULA QUINQUAGÉSIMA QUARTA - DA DIVULGAÇÃO DA CONVENÇÃO

As cópias da presente Convenção Coletiva de Trabalho deverão ser afixadas em local visível, nas
sedes das entidades dentro de 05 (cinco) dias da data do ajuste, dando-se assim, cumprimento ao
disposto no Art. 614 da C.L.T., e Decreto nº 229/67.

CLÁUSULA QUINQUAGÉSIMA QUINTA - DO JUÍZO COMPETENTE

As partes elegem a Justiça do Trabalho como preceitua o Art. 114, da Constituição Federal, para
dirimir as dúvidas e questões oriundas deste instrumento normativo.

CLÁUSULA QUINQUAGÉSIMA SEXTA - CLÁUSULAS SUJEITAS À ASSINATURA DO TERMO DE


ADESÃO
Fica estabelecido o Termo de Adesão, aplicáveis as empresas associadas ao Sindicato Patronal,
conforme decisão de sua Assembleia Geral Extraordinária e contendo as seguintes cláusulas que
terão aplicabilidade exclusiva ou seja, não contempla toda a categoria pois dependerá de assinatura
em conjunto entre sindicato patronal, empresa e sindicato laboral pertencentes a esta categoria:

§ 1º – As cláusulas sujeitas ao Termo de Adesão são as seguintes:

56 - Banco de Horas ou Compensação de Jornada.

57 - Da Prorrogação e Compensação da Jornada de Trabalho

58 - Do Trabalho aos Domingos e Feriados

59 - Do Fracionamento dos Períodos de Férias Anuais

60 - Da Adoção de Meios Alternativos de Controle de Jornada de Trabalho

61 - Adicional de Insalubridade e Periculosidade Proporcional

62 - Aguardar abastecimento de caminhão não gera periculosidade

63 - Remuneração Variável – Comissões e Sistemas de Premiação.

64 - Quitação Anual das Verbas Trabalhistas

65 - Do Exame Toxicológico

66 - Das Multas de Trânsito e da Suspensão da CNH

67 – Proprietários de Veículos de Carga – Não enquadramento sindical

68 - Da Contratação de Aprendizes

69 - Da Contratação de Pessoas com Deficiência

70 – Lei 13.103, de 02/03/2015.

71 – Cancelamento do Termo de Adesão.

§ 2º – O Termo de Adesão é um documento firmado em separado, tem a natureza jurídica de Aditivo


contratual individual e, portanto, é considerado como parte integrante da Convenção Coletiva de
Trabalho.

§ 3º – O Termo de Adesão será depositado e registrado no Ministério do Trabalho na forma


preconizada pelo Art. 614 da CLT.
§ 4º - O Termo de Adesão poderá ser assinado durante a vigência deste instrumento normativo e a
comprovação da adesão poderá ser feita através de declaração firmada pelo Presidente da entidade
patronal ou, pela apresentação do termo assinado pela empresa aderente.

§ 5º - Por se tratar de um documento que poderá sofrer alterações frequentes através da inclusão e
exclusão de empresas, a lista de empresas aderentes ao Termo de Adesão não será depositada no
Ministério do Trabalho, mas, permanecerá à disposição de interessados na sede da entidade
patronal.

NOBUMITSU MATSUDA
Vice-Presidente
SINDICATO DAS EMPRESAS DE TRANSPORTES DE CARGA DO ABC

LEANDRO MENDES DA SILVA


Vice-Presidente
SIND.TRAB.EMP.TRANSP.RODOANEXO ABCDMRP E RG DA SERRA

ANEXOS
ANEXO I - TERMO DE ADESÃO 2019/2020

TERMO DE ADESÃO

Este termo de Adesão é um Aditivo Contratual à Convenção Coletiva de Trabalho firmada pelas
seguintes entidades sindicais com vigência estabelecida para o período compreendido entre
01/05/2019 a 30/04/2020.

SETRANS - Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviário de Carga do ABC

Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários e Anexos de Santo André,


São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra /
SP
O Termo de Adesão conforme disposição contida na Cláusula 54 – Cláusulas Sujeitas à Assinatura
do Termo de Adesão é dirigido as empresas associadas da entidade patronal e firmado empresa por
empresa, conforme entendimento havido entre as partes integrantes das categorias profissional e
econômica, podendo a comprovação da adesão ser suprida por declaração formal do Sindicato da
categoria econômica.

O Termo de Adesão envolve as seguintes cláusulas:

CLÁUSULA 56 – DO BANCO DE HORAS

As empresas poderão adotar jornadas específicas ou um Banco de Horas, destinado a atender as


especificidades de suas operações, podendo proceder a compensação de horas normais ou
extraordinárias realizadas em determinados dias ou períodos, mediante a compensação em outros,
como permite a Lei 9.601, Art. 6º que alterou o Art. 59 da Consolidação das Leis do Trabalho.

§ 1º - As primeiras 50 (cinquenta) horas extras realizadas durante o mês serão objeto de pagamento
no mês de competência, recomeçando a contagem no mês seguinte, salvo se existir acordo coletivo
de trabalho específico entre a empresa e o Sindicato, eventualidade em que prevalecerão as
disposições contidas no referido instrumento normativo.

§ 2º - As horas extras excedentes às tratadas no parágrafo anterior, serão depositadas no Banco de


Horas, para compensação no bimestre, a exceção daquelas realizadas aos Domingos e Feriados que
não poderão fazer parte das 50 (cinquenta), primeiras horas realizadas no mês e nem ser objeto de
lançamentos no Banco de Horas, a menos que exista acordo coletivo de trabalho específico entre a
empresa e Sindicato. Para efeito do Banco de Horas, os bimestres serão fixados de acordo com as
características e necessidades operacionais das empresas, ressalvadas a presença de disposições
especificamente negociadas entre a empresa e a entidade sindical.

§ 3º - Durante o bimestre de vigência do Banco de Horas, poderá haver compensação de horas ou


jornada pela correspondente diminuição no saldo existente no Banco de Horas.

§ 4º - O Banco de Horas poderá registrar saldo positivo (crédito) ou negativo (débito), em nome do
empregado.
§ 5º - A utilização de saldos depositados no Banco de Horas, demandará prévio aviso de 48
(quarenta e oito) horas da empresa para o empregado e deste para com a empresa, salvo em casos
de urgência ou necessidade imperiosa, quando as partes poderão acordar prazo menor.

§ 6º - O saldo existente no Banco de Horas, ao final do bimestre, será liquidado, através do


pagamento de seu saldo credor ou desconto de seu saldo devedor, observados os procedimentos
internos de cada empresa para cumprimento desta obrigação.

§ 7º - No caso de desligamento do empregado, o saldo existente no Banco de Horas, seja ele credor
ou devedor, será liquidado, através de inclusão do valor correspondente (débito ou crédito) na
quitação final do empregado.

§ 8º - A ampliação da jornada, respeitará sempre o critério de razoabilidade, ficando assegurados


intervalos destinados ao repouso e alimentação do trabalhador.

§ 9º - Dada à natureza da atividade do trabalhador rodoviário, respeitadas as condições operacionais


e o princípio da razoabilidade, poderá haver a extrapolação da jornada para além dos limites
estabelecidos nos Art. 58 e 59 da CLT, assegurados, no entanto, o direito de recebimento ou
compensação das horas realizadas pelo empregado.

§ 10 - Os abusos verificados na utilização dos dispositivos desta cláusula, na forma de denúncia


expressa de seus empregados ao seu Sindicato, uma vez constatada a veracidade da irregularidade,
facultará ao mesmo denunciar este instrumento normativo, quanto a esta cláusula, ficando a mesma
impedida de utilizá-la durante a vigência deste instrumento normativo, ou seja, até 30/04/2020.

§ 11 - As empresas que não utilizarem os dispositivos do Banco de Horas ou que dispuserem de


acordos coletivos específicos, poderão apurar a jornada de trabalho extra, considerando o mês e
não o dia ou a semana como delimitadora das horas realizadas pelos empregados durante sua
jornada mensal. Em termos práticos, o disposto neste parágrafo significa que as horas realizadas
pelos empregados serão acumuladas durante o mês e, ao seu final, comparadas com a quantidade
de horas normais legais previstas para o referido período, sendo consideradas como extras e pagas,
no mês de competência, àquelas que ultrapassarem o limite legal previsto para o mês.

§ 12 - As empresas poderão, desde que existam motivos justificados e negociem diretamente com o
Sindicato Profissional, criar disposições específicas para seu Banco de Horas, sempre por escrito,
de modos que os contratos de seus trabalhadores passarão a ser regidos pelas regras estabelecidas
entre as partes, afastando ou mantendo as previsões contidas nos §§ 1º a 11 desta cláusula.

CLÁUSULA 57 - DA PRORROGAÇÃO E COMPENSAÇÃO DA JORNADA DE TRABALHO

A prorrogação e compensação da jornada de trabalho, obedecidos os preceitos convencionais, fica


autorizada, atendidas as seguintes regras:

a) Manifestação da parte por escrito, por vontade do empregado, em instrumento individual;

b) Não estarão sujeitas a acréscimos salariais as horas excedentes em um ou mais dias quando o
total mensal das horas trabalhadas não ultrapassem o horário contratual do mês, sendo
considerado suplementar somente o que exceder as 220 horas mensais.

c) fica garantido que haverá pelo menos 01 (um) domingo no mês para descanso.
CLÁUSULA 58 – DO TRABALHO AOS DOMINGOS E FERIADOS

Será devido aos empregados que trabalharem em domingos ou feriados.

I - Compensação das horas laboradas em um dia útil da semana para os empregados que cumprem
jornada fixa de trabalho e trabalhem aos domingos e feriados.

II - Compensação das horas laboradas em um dia útil da semana para os empregados que cumprem
jornada de trabalho flexível e trabalhem em feriados.

III - Pagamento em dobro das horas laboradas caso não seja concedido pela empresa folga
compensatória.

IV - Considera-se o domingo um dia normal de trabalho para os empregados que cumprem jornada
de trabalho flexível.

CLÁUSULA 59 – DO FRACIONAMENTO DOS PERÍODOS DE FÉRIAS ANUAIS

As férias somente poderão ser concedidas em 03 períodos anuais desde que haja a
anuência/autorização expressa do trabalhador e desde que 01 período não seja inferior a 15 dias e
os demais não sejam inferiores a 05 dias corridos, salvo a pedido do empregado por escrito, e
mediante anuência da empresa, faculta-se o fracionamento do gozo das férias anuais em dois
períodos, nunca inferiores a 10 dias.

§ 1º - Será, também, possível a concessão de férias, calculadas de forma proporcional, antes do


vencimento de seu período aquisitivo.

§ 2º - Fica assegurado o recebimento do adicional constitucional de 1/3 em todos os períodos de


férias gozados pelo trabalhador.

CLAUSÚLA 60 – DA ADOÇÃO DE MEIOS ALTERNATIVOS DE CONTROLE DE JORNADA DE


TRABALHO

As empresas poderão adotar meios alternativos de controle da jornada de trabalho a seu critério tais
como: anotação em diário de bordo, papeleta, ficha de trabalho externo, sistema e meios eletrônicos
instalados nos veículos (rastreador, computador de bordo, tacógrafo) e/ou sistemas e meios
eletrônicos não instalados no veículo (aplicativos de celular, tablets) conforme autoriza a Portaria
Ministério do Trabalho nº 373/11 e o artigo 2º, inciso V, b da Lei 13.103/2015.

§ 1º - Para os controles de jornada por meio eletrônico, a empresa deverá possibilitar, através da
central de dados, a extração impressa do registro fiel das marcações realizadas pelo empregado.

§ 2º - Os sistemas alternativos eletrônicos não devem admitir: restrições à marcação do ponto;


marcação automática do ponto; exigência de autorização prévia para marcação de sobrejornada; e a
alteração ou eliminação dos dados registrados pelo empregado.

CLÁUSULA 61 – DOS ADICIONAIS DE PERICULOSIDADE E DE INSALUBRIDADE

Diante da comprovada existência do risco ou da condição insalubre, o Adicional de Insalubridade,


conforme Art. 192, da CLT e NR 15, bem como o Adicional de Periculosidade, nos termos da NR 16,
serão computados e devidos de forma proporcional ao efetivo tempo de exposição ao risco ou
condição insalubre, em observância aos princípios constitucionais da igualdade, da razoabilidade e
da proporcionalidade.

§ Único – A empresa, sempre em conjunto com o Sindicato Profissional, poderá, através de Aditivos
Contratuais, estabelecer, com detalhes técnicos e científicos, disposições que atendam condições
específicas.

CLÁUSULA 62 - AGUARDAR ABASTECIMENTO DE CAMINHÃO NÃO GERA PERICULOSIDADE

Não tem direito ao recebimento de adicional de periculosidade, o empregado motorista que


permanece no veículo ou próximo a ele durante seu abastecimento.

CLÁUSULA 63 – DA REMUNERAÇÃO VARIÁVEL

A utilização de sistemas de remuneração variável, incluindo comissões, prêmios, incentivos de


produção, ao aumento da produtividade, ao trabalho com qualidade ou, formas assemelhadas,
especialmente se for objeto de instrumento normativo.
§ Único – Ficam reiteradas as previsões contidas na Lei 13.103, de 02/03/2015, mais especificamente
o Art. 235-G que foi acrescido ao texto da CLT, assegurando-se a aplicação das regras contidas
nesta cláusula desde que observadas as previsões do referido texto legal.

CLAUSULA 64 - QUITAÇÃO ANUAL DAS VERBAS TRABALHISTAS

É facultado a empregados e empregadores, na vigência ou não do contrato de emprego, firmar o


termo de quitação anual de obrigações trabalhistas, perante o SINTETRA, desde que respeitadas as
regras e condições estabelecidas pelo sindicato profissional.

§ 1º - O termo discriminará as obrigações de dar e fazer cumpridas mensalmente e dele constará a


quitação anual dada pelo empregado, com eficácia liberatória das parcelas nele especificadas.

CLÁUSULA 65 - DO EXAME TOXICOLÓGICO

As empresas comprometem-se a implantar política e programa de prevenção de álcool e drogas para


empregados motoristas, nos termos da Legislação pertinente.

§ 1º - Todos os empregados motoristas devem submeter-se à realização de exame toxicológico


admissional, demissional e periódico, ficando a critério das empresas a realização de exame de teor
alcoólico. Os referidos exames serão custeados integralmente pelas empresas, sendo observados
os cuidados e condições técnicas necessárias.

§ 2º - Na ocorrência de resultado positivo no exame toxicológico, o empregado motorista terá seu


contrato de trabalho suspenso, sem direito ao salário ou remuneração, por no mínimo 90 (noventa)
dias, a fim de permitir que este efetue o tratamento médico adequado indicado e ao término, seja
submetido a novo exame toxicológico.

§ 3º - O tempo de suspensão do contrato de trabalho contido no §2º, poderá ser ampliado, de acordo
com o tratamento indicado, ou mediante entendimento entre as partes.

§ 4º - Ao período de suspensão do contrato de trabalho será aplicado o conceito de suspensão


contratual, de forma que não haverá contagem de tempo para efeito de direito de férias, 13º salário,
rescisão contratual, estabilidade e assemelhados.

§ 5º - A suspensão do contrato de trabalho do empregado motorista somente cessará após a


realização de exame com resultado negativo e alta médica.

§ 6º - O empregado motorista em tratamento, deverá apresentar comprovante de cumprimento do


tratamento apontado pelo médico responsável em periodicidade a ser determinada pela empresa.

§ 7º - A não apresentação de cumprimento do tratamento pelo empregado motorista ou o não


cumprimento do tratamento, autorizará sua dispensa.
CLÁUSULA 66 – DAS MULTAS DE TRÂNSITO E DA SUSPENSÃO DA CNH

As empresas informarão seus empregados no prazo de 72 (setenta e duas) horas, contados da data
do recebimento da notificação as multas de trânsito aplicadas aos veículos por eles dirigidos.

§ 1º - Cabe ao empregado decidir sobre a apresentação ou não de recurso, devendo a empresa


fornecer a documentação necessária, em prazo de 72 (setenta e duas) horas, para a elaboração da
respectiva defesa.

§ 2º - Decidida pela apresentação de recurso em casos de multas decorrentes do ato de dirigir, o


empregado deverá entregar a sua empregadora, dentro dos prazos legais, protocolo comprovando o
recurso feito ficando esta obrigada a devolver, em prazo não superior a 5 (cinco) dias, o valor
descontado desde que o recurso venha a ser julgado procedente.

§ 3º - O empregado não poderá ser responsabilizado por multas provenientes de má conservação do


veículo ou decorrentes de eventos com a carga, tais como, excesso de peso, pneus carecas,
lanternas com defeito e eventos assemelhados, devendo as empresas providenciar os reparos
necessários e adotar medidas para evitar que o Motorista venha a ser apenado com os pontos em
sua Carteira Nacional de Habilitação.

§ 4º - Na ocorrência de suspensão do direito de dirigir do Motorista, as empresas poderão, mediante


comunicação ao trabalhador, suspender seu contrato de trabalho, sem direito ao salário ou
remuneração, por até 60 dias, a fim de permitir que este diligencie no sentido de reaver sua Carteira
Nacional de Habilitação – CNH – e reassuma seu cargo.

§ 5º - O tempo de suspensão do contrato de trabalho contido no § 4º supra, poderá ser ampliado, a


critério da empresa e mediante entendimento entre as partes.

§ 6º - Ao período de suspensão do contrato de trabalho será aplicado do conceito de suspensão


contratual de forma que não haverá contagem de tempo para efeito de direito a férias, 13º, rescisão
contratual, estabilidade e assemelhados.

§ 7º - Na realização do exame de teor alcoólico através de bafômetro, conforme determina a


legislação, serão observados os cuidados as condições técnicas de modos a não causar
constrangimento ou ofender a dignidade do empregado.

CLÁUSULA 67 – DOS PROPRIETÁRIOS DE VEICULOS DE CARGA

Entre o proprietário ou sócio do veículo de carga, já agregado ou que vier a agregar-se a uma
empresa de transporte para realizar, com seu veículo, operação de serviços de transporte de carga,
assumindo os riscos ou gastos da operação, tais como, combustível, manutenção, peças,
desgastes, mão de obra, etc., e as empresas ora representadas pelo sindicato patronal, não haverá,
em nenhuma hipótese, fundamento ou justificativa, relação de emprego, na acepção legal do termo,
não podendo, o referido proprietário de veículo, se beneficiar de quaisquer direitos previsto na lei
celetista, ou quaisquer convenções coletivas já firmadas pelo sindicato convenente, independentes
da forma de pagamento, ficando o mesmo, de maneira taxativa e definitiva, excluído, da categoria
profissional representada pelo sindicato obreiro correspondente, não podendo, pelos motivos
elencados, falar-se em formação de vínculo empregatício entre o prestador de serviço e a empresa
contratante do mesmo como estabelece a 11.442/2007, de 05 de Janeiro de 2.007.

CLÁUSULA 68 - CONTRATAÇÃO DE APRENDIZES

Há muito tempo se discute a grande dificuldade que as empresas do setor de transporte rodoviário
de cargas têm de contratar aprendiz. Primeiro, porque para exercer a profissão de motorista neste
setor faz-se necessário portar habilitação para conduzir veículos nas categorias C, D e E, sendo
exigido pelo CTB para habilitar-se em referidas categorias uma série de requisitos tais como: idade
mínima de 21 anos, experiência de habilitação de um ou dois anos em categorias anteriores, além de
aprovação em curso especializado ministrado por auto escolas, sendo raros os jovens aprendizes
habilitados para tanto.

Além disso, algumas funções abrangidas pelo seguimento são estritamente operacionais, podendo
ser aprendidas em algumas horas, não se justificando uma formação metódica, com teoria e prática,
ou seja, as funções elencadas abaixo não demandam formação técnico profissional. Ademais,
muitas funções podem colocar em risco a segurança e saúde do jovem aprendiz.

Assim, excluem-se da base de cálculo da cota de contratação de aprendizes as seguintes atividades:


Motorista de caminhão, motorista de carreta, motorista de bi ou rodo trem, ajudante de caminhão,
motorista subidor e motorista manobrista.

CLÁUSULA 69 - CONTRATAÇÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

A maioria das empresas encontram grandes dificuldades para contratar pessoas com deficiência,
seja pela falta dessas pessoas no mercado, seja pela dificuldade de locomoção, seja pela falta de
formação e qualificação profissional.

No caso das empresas do setor de transporte rodoviário de cargas, a dificuldade é ainda maior,
primeiro porque a maioria das funções requer higidez física e mental, ampla movimentação de
membros (Amarração de cargas, condução de veículos de grande porte), além da necessidade de,
em muitos casos, ter que operar equipamentos, como nos casos de guindastes, por exemplo.

Por esse motivo, as partes pactuam que exclui-se da base de cálculo da cota para contratação de
PCD - Pessoa com Deficiência, das seguintes funções: Motorista de caminhão, motorista de carreta,
motorista de bi ou rodo trem, ajudante de caminhão, ajudante geral, amarrador, motorista subidor,
motorista manobrista e assemelhados.

CLÁUSULA 70 – LEI 13.103, DE 02/03/2015


As previsões contidas na lei 13.103 que regulamentou o exercício da profissão de motorista, nos
termos do que estabelece o referido diploma legal e as Magnas previsões contidas em seu Art. 7º,
inciso XXVI, são aperfeiçoadas como segue:

Art. 235-C - "caput"

- Jornada Extraordinária

A jornada diária de trabalho do motorista profissional será de 8 (oito) horas, admitindo-


se a sua prorrogação por até 4 (quatro) horas, assegurados os intervalos de refeição,
descanso e respeitado o tempo máximo de direção de 5h30.

Art. 235-C § 8º

Tempo de Espera

§ 8º - São consideradas como tempo de espera as horas que se acumularem no transcurso


da jornada de trabalho do motorista de transporte rodoviário de cargas que ficar
aguardando para carga ou descarga do veículo no embarcador ou destinatário ou para
fiscalização da mercadoria transportada em barreiras fiscais ou alfandegárias, não sendo
computadas como jornada de trabalho nem como horas extraordinárias.

§ 9º - As horas relativas ao tempo de espera serão indenizadas na proporção de 30,0%


(trinta por cento) do salário-hora normal.
§ 12 - Durante o tempo de espera, o motorista poderá realizar movimentações necessárias
do veículo, as quais não serão consideradas como parte da jornada de trabalho, ficando
garantido, porém, o gozo do descanso de 8 (oito) horas ininterruptas aludido no § 3º.

§ 13 - A jornada de trabalho do motorista empregado não tem horário fixo de início, de


final ou de intervalos, salvo previsões contratuais.

Art. 235-F

Jornada de 12 horas

235-F. As empresas poderão estabelecer jornada especial de 12 (doze) horas de trabalho


por 36 (trinta e seis) horas de descanso para o motorista, em função da especificidade do
transporte, da sazonalidade ou de característica que o justifique, ou também adotar o
sistema 4 x 2 (quatro dias de trabalho seguidos por dois de descanso), em turno de 12
horas, resguardados os intervalos de refeição e de tempo de direção.

Art. 235-G da CLT e 67-A, § 3º da Lei 9.503/97

Intervalo Interjornada

O intervalo interjornada poder ser fracionado em 8 horas mais 3 horas, permitida a


acumulação desta última parcela nos três dias que se seguirem, oportunidade que serão,
necessariamente, objeto de descanso.
Intervalos de Refeição e Descanso

O intervalo de refeição e descanso disciplinado no Art. 71 da CLT poderá acumular os


intervalos sob mesmo título contidos na Lei 13.103 e decorrentes do tempo de direção,
podendo chegar, ao máximo, de 2 horas por jornada de trabalho.

Art. 67-E

Registros Feitos pelo Motorista

O motorista profissional na condição de condutor é responsável por controlar e


registrar o tempo de direção e os intervalos de refeição e descanso estipulados no Art. 67-
C, com vistas a sua estrita observância.

Art. 2º

Regulamentos Internos

V – Jornada de trabalho e tempo de direção controlados de maneira fidedigna pelo


empregador, que poderá valer-se de anotação em diário de bordo, papeleta de trabalho
externo, nos termos do § 3º da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo
Decreto-Lei 5.452, de 1º de maio de 1.943, ou de meios eletrônicos idôneos instalados nos
veículos, com senha exclusiva do Condutor, garantindo-se o acesso aos relatórios de
viagens, a critério do empregador ou aqueles contidos em seus respectivos regulamentos
internos ou, na forma da lei com sistemas e meios eletrônicos.
Art. 235-G

Remuneração Variável x Horas Extras

235-G. É permitida a remuneração do motorista em função da distância percorrida, do


tempo de viagem e/ou da natureza e quantidade de produtos transportados, inclusive
mediante oferta de comissão ou qualquer outro tipo de prêmio ou vantagem, desde que
não comprometa a segurança rodoviária ou da coletividade ou possibilite violação das
normas da presente legislação, assegurada a validade dos sistemas de compensação de
horas extras com a remuneração variável em vigor ou que vierem a ser implantados,
respeitadas as previsões da Lei 13.103 e que produzam valor igual ou superior ao que
seria devido como jornada extraordinária, assegurando-se o direito ao recebimento do
valor maior que resultar dos dois sistemas, sem prejuízo dos reflexos legais.

CLÁUSULA 71 – CANCELAMENTO DO TERMO DE ADESÃO

O não cumprimento pela empresa das disposições contidas neste termo de adesão, poderá levar à
denúncia e cancelamento deste termo de adesão para a empresa praticante da irregularidade, desde
que fique comprovada a prática denunciada e que a empresa não venha a corrigir as irregularidades
levantadas nos prazos negociados com representantes das entidades que compõem este
instrumento normativo.

§ 1º – A Presidência da entidade profissional indicará dois representantes para que em conjunto com
os dois representantes da entidade econômica examinem e deliberem sobre as denúncias de
irregularidades conforme disposição desta cláusula.

§ 2º – A decisão final sobre o cancelamento do termo da adesão para a empresa denunciada caberá
aos Presidentes das entidades envolvidas.

E, por estarem justas e acordadas as partes firmam este aditivo contratual para que produza todos
os efeitos estabelecidos em lei.

São Caetano do Sul, 10 de Setembro de 2019


SETRANS - Sindicato das Empresas de Transportes de Carga do ABC.

Nobumitsu Matsuda

-Vice Presidente-

Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários e Anexos de Santo André,


São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra /
SP

Leandro Mendes da Silva

-Vice Presidente-

RELAÇÃO DE EMPRESAS ADERENTES

1 – Denominação Social: ___________________________________________________

Endereço: ____________________________________________________________

CNPJ: __________________________________

Identificação da Assinatura: Nome Completo: ______________________________

Assinatura: ______________________________

2 – Denominação Social: ___________________________________________________

Endereço: ____________________________________________________________

CNPJ: __________________________________

Identificação da Assinatura: Nome Completo: ______________________________


Assinatura: ______________________________

3 – Denominação Social: ___________________________________________________

Endereço: ____________________________________________________________

CNPJ: __________________________________

Identificação da Assinatura: Nome Completo: ______________________________

Assinatura: ______________________________

ANEXO II - ATA DE ASSEMBLÉIA DAS NEGOCIAÇÕES SALARIAIS - SETRANS

Anexo (PDF)

ANEXO III - ATA DE ASSEMBLÉIA DAS NEGOCIAÇÕES SALARIAIS - SINTETRA

Anexo (PDF)

A autenticidade deste documento poderá ser confirmada na página do Ministério da Economia na


Internet, no endereço http://www.mte.gov.br.

Você também pode gostar