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ANTROPOLOGIA

HABITAÇÔES E RESIDÊNCIAS
ARQUITETURA E URBANISMO

1.0- RESUMO

O presente artigo descreve detalhadamente sobre Habitações e residências.

O mesmo tem como objetivo Geral desenvolver soluções adequadas a realidade local,
para tornar a construção habitacional mais sustentável, com foco em
empreendimentos para baixa e média renda e para a construção autogerida. E alguns
específicos no decorrer do artigo.

Habitação é um espaço que proporciona o homem: segurança, privacidade, expressão


de um território físico e psicológico bem definido e delimitado. Numa concepção mais
ampla nós denominamos como lar.

Nas suas características podemos definir três tipos:

A casa particular: lugar de individualidade do morador;

A casa social: lugar de entretenimento e confraternização a ser partilhado com outras


pessoas;

A casa física: espaço físico disponível para realizar atividades, remetendo a


funcionalidade.

Em seus tipos de habitações encontra-se as mais destacadas, Unifamiliar e


Plurifamiliar, que dentro de unifamiliar encontramos vários tipos detalhadas no artigo a
baixo, tal igual com a plurifamiliar

Sobre o papel do arquiteto na habitação e residência, os arquitetos e urbanistas


devem ter consciência profissional, no sentido de que para servir ao ser humano não
precisa necessariamente de tecnologia avançada e de orçamentos exorbitantes. É
possível fazer muito com pouco e, quem é da área, sabe que há diversas criações
arquitetónicas que exemplificam tal argumento.

Palavras-chave: Conforto ambiental, Arquitetura sustentável, qualidade ambiental,


qualidade de vida, direito a moradia, habitação, habitação em interesse social,
residência, etc.

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1.1- INTRODUÇÃO

A Habitação é não só o elemento estruturante da paisagem urbana como


também a peça que organiza o território rural. Desse modo, a casa é fundamental não
só do ponto de vista da funcionalidade para quem habita como para quem percorre o
espaço público. Em conclusão, é esta dualidade entre interior e exterior, entre fachada
e pavimento, entre público e privado, entre tradicional e moderno, que acaba por
marcar todos os projetos de habitação.

Ao mesmo tempo, o contexto legal ao longo dos anos tem também evoluído e é hoje
altamente exigente. Assim, para além das questões de salubridade e habitabilidade,
reflete hoje tendências que se iniciaram anteriormente como a melhoria do
comportamento térmico, a eficiência energética e a sustentabilidade ambiental.
Adicionalmente, o debate entre a construção com métodos construtivos alternativos ou
tradicionais está também em cima da mesa. Por fim, a casa é também o espaço de
confronto entre aquilo que é as constantes vanguardas estéticas que defendem
sempre a modernidade contra as correntes de pensamento estéticos mais
conservadores que defendem as estéticas tradicionais de cariz clássico.

Residência, Casa ou moradia é, no seu sentido mais comum, um conjunto de paredes,


cômodos e teto construídos pelo ser humano com a finalidade de constituir um espaço
de habitação para um indivíduo ou conjunto de indivíduos para que estejam protegidos
dos fenômenos naturais exteriores (como a chuva, o vento, calor e frio etc.), além de
servir de refúgio contra ataques de terceiros. Apesar de seu caráter artificial em
relação às construções naturais, originalmente o homem utilizou-se de formações
naturais, como cavernas, para suprimir as demandas de uma residência, porém estas
estruturas tendem a caracterizar-se mais como um abrigo que como um lar.

Neste sentido, a casa é entendida como a estrutura que para além de constituir-se
como abrigo, define-se como uma construção cultural de uma dada sociedade. A
residência, portanto, corresponde ao arquétipo da habitação — termo que
normalmente é empregado por especialistas para ser referir ao ato de morar e às suas
várias possibilidades e configurações, enquanto a casa é entendida como o objeto
da moradia.

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1.2- OBJECTIVOS

Geral

Habitação: Desenvolver soluções adequadas a realidade local, para tornar a


construção habitacional mais sustentável, com foco em empreendimentos para baixa e
média renda e para a construção autogerida.

Residência: Servir como espaço de habitação para um indivíduo ou conjunto de


indivíduos para que estejam protegidos dos fenômenos naturais exteriores (como
a chuva, o vento, calor e frio etc.), além de servir de refúgio contra ataques de
terceiros.

Específicos, Habitação

 Viabilizar à população de baixa renda o acesso à moradia adequada e regular,


bem como aos serviços públicos, reduzindo a desigualdade social e
promovendo a ocupação urbana planejada;

 Facilitar o enquadramento de várias classes a cada uma que se encaixa a si;

 Identificação de necessidades de inovação tecnológicas.

Específicos, Residência

 Servem para pessoas terem um abrigo, se proteger de chuvas, raios, entre


outros.
 Dar conforto e segurança ao indivíduo e à família.
 Construir um lar, ambiente harmonioso entre famílias

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1.3- DEFINIÇÕES E CONCEITOS

Habitação é um espaço fechado e com teto onde os seres humanos habitam.


Termos como domicílio, residência, lar e casa podem usar-se como sinónimos de
habitação. Social, por sua vez, diz-se daquilo que está relacionado com a sociedade
(uma comunidade de pessoa que têm em comum uma cultura e interesses e que
interagem entre elas).

É um espaço que proporciona o homem: segurança, privacidade, expressão de


um território físico e psicológico bem definido e delimitado. Numa concepção mais
ampla nós denominamos como lar.

O atual cenário da vida urbana, fez com que novas alternativas de moradia
surgissem, buscando unir segurança, privacidade, liberdade, e proximidade com a
natureza, características apontadas como essencial na presente descrição de
habitação.

Podemos definir três características da habitação:

 A casa particular: lugar de individualidade do morador;


 A casa social: lugar de entretenimento e confraternização a ser partilhado com
outras pessoas;
 A casa física: espaço físico disponível para realizar atividades, remetendo a
funcionalidade.

Residência é o local onde a pessoa mora com intuito permanente, que pode
coincidir com o domicílio legal. Diferente das moradas provisórias, como os casos de
hotéis ou aquelas temporadas em casa de um amigo ou um parente.

A residência exige o intuito de permanência.

Etimologia  (origem da palavra residência). A palavra residência deriva da


junção de residir, e do sufixo-ência.

Zona Residencial é a área de um município que está subdividida em: Urbana:


é caracterizada pela edificação contínua e a existência de equipamentos sociais
destinados às funções urbanas básicas, como habitação, trabalho, recreação e
circulação.

Lar, O termo lar tem uma conotação mais afetiva e pessoal: é a casa vista


como o lugar próprio de um indivíduo, onde este tem a sua privacidade e onde a parte
mais significativa da sua vida pessoal se desenrola. Isto, apesar de muitas pessoas
passar grande parte do dia no seu emprego  (fora de casa, ainda que meios de
comunicação como a Internet tenham aumentado o número de pessoas que trabalham
em casa), ou em locais de recreação. A casa serve também como local de repouso.
Há, efetivamente quem veja a sua casa, acima de tudo, como o local onde dorme

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1.4- Tipos de Habitação

A habitação é um conceito vasto cuja definição engloba vários significados. O


ato de habitar engloba assim diferentes tipos de solução que resultam da forma da
casa em si e do modo como estas se associam entre elas e geram um ambiente
urbano.

Habitação Unifamiliar

A habitação unifamiliar é por definição a casa que alberga uma só família, isto é, o
fogo onde reside um agregado familiar acedido independentemente de outras
habitações. Listados alguns exemplos abaixo:

Casa isolada

 A casa de 4 frentes é uma tipologia que permite um grau de privacidade e


autonomia considerável se devidamente inserida num contexto de casas
isoladas do mesmo modo. É, todavia, mais dispendiosa para autarquias na
exata medida em que obriga a um maior investimento em infraestruturas por
habitante. Do ponto de vista do custo por metro quadrado, a habitação isolada
é sempre mais cara uma vez que a área de fachada é sem dúvida superior.

Casas geminadas
 A casa geminada resulta da associação de duas habitações encostadas uma à
outra. Porque serem frequentemente iguais, oferece uma ideia de maior
grandiosidade ao conjunto. Desse modo, esta monumentalidade seria menos
provável caso se encontrassem separadas. É no fundo um meio-termo com a
habitação em banda. A casa geminada permite uma economia de custo de
construção considerável uma vez que se reduz uma parte considerável da área
de fachada e acaba por possuir apenas três frentes.

Casas em banda
 A habitação em banda resulta em suma do acto de encostar várias habitações
umas às outras. Assim as casas possuem apenas duas fachadas, uma para a
rua e outra para o interior do lote. É, pois, o resultado da aplicação de critérios
de máxima eficiência construtiva e de uma construção de baixo custo aplicada
em massa ao sector da habitação unifamiliar. As casas em banda são também
extremamente económicas em termos urbanos uma vez que um pequeno
investimento em infraestruturas permite abastecer um elevado número de
habitantes. É também por isso que a casa em banda se trata de uma das
formas mais antigas de construir uma cidade.

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Habitação Plurifamiliar

A definição de edifício plurifamiliar pressupõe que várias famílias habitem sobre


uma mesma construção e que esta garante a privacidade de cada uma delas.
Estamos assim perante a um edifício que contém partes comuns a todos os
proprietários e que os servem igualmente a todos. Ao mesmo tempo, existem parcelas
ou frações que são propriedades de cada condomínio. Vejamos agora algumas
definições importantes no âmbito da habitação plurifamiliar:

Condomínio fechado
 Um condomínio fechado é um conjunto de edifícios ou construção isolada que
se encontra no interior de um lote privado com acesso restrito e condicionado
por parte dos proprietários. Normalmente resulta assim de um contexto urbano
menos favorável e incorpora no seu interior algumas valências para os
condóminos.

Propriedade horizontal
 O regime de propriedade horizontal é uma definição jurídica que permite que
vários proprietários possuam espaços comuns e frações privadas para cada
um dos condóminos. Sem este regime não é possível uma habitação
plurifamiliar ou a existência de comércio ou serviços no mesmo edifício.

Acesso por caixa de escadas


 É o tipo de acesso aos fogos mais comum e económico pois permite que os
espaços comuns sejam reduzidos ao mínimo e o acesso devidamente
garantido por escada e elevador se necessário.

Acesso por galeria


 Menos comum, mas igualmente apropriado em determinados casos é o acesso
por corredor. Permite que o condómino mantenha a simbologia do acesso a
uma casa, uma vez que a galeria é no fundo uma rua em miniatura.

Acesso direto
 O acesso direto desde o espaço público aos fogos é em suma um modo de
construir uma habitação plurifamiliar com o mínimo de gastos em espaços
comuns. Gera assim muito baixo custo de manutenção futura.

1.5- Projetos de Habitação

O desenvolvimento dos programas de habitação são desse modo sempre


oportunidades para os arquitetos refletirem e inovarem sobre um tema não só
simbólico como ancestral.  Assim, os nossos arquitetos sempre inovaram na
funcionalidade, estética e relação com o lugar. Por conseguinte, a temática da
Habitação é algo que nos motivou todos os dias a fazer melhor. Em suma veja aqui os
exemplos de como temos desenvolvido projetos de habitação de qualidade.

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1.6- Papel do Arquiteto na Habitação

A relação entre o arquiteto e o cliente, a par das competências técnicas do


primeiro, são assim os aspetos mais decisivos na qualidade de um projeto de
arquitetura de uma casa. Assim, a capacidade que o arquiteto tem de absorver as
necessidades do cliente, de as ouvir e compreender é fundamental.

Mas essa informação não deve ser incorporada no projeto sem espírito crítico. Pelo
contrário, deve ser transformada e adaptada gerando um projeto de arquitetura
coerente e integrado num contexto envolvente. As ideias do cliente e as suas
dificuldades devem assim ser compatibilizadas com a legislação, a paisagem, as
condicionantes de preço, a funcionalidade e a estética. Só esta estratégia garantirá
que o a casa ou habitação foi elaborada para um cliente específico como se tratasse
de um fato à medida.

Em arquitetura A residência (e a habitação, de uma forma geral) é um dos


principais programas a serem estudados pela arquitetura e pelos arquitetos de uma
forma geral. Também foi, ao longo da história, um dos programas mais utilizados como
forma de expressar as novas ideias e as mudanças nas correntes de pensamento
arquitetónico.
A constituição da forma, dos usos e da função de uma casa é sempre resultado de um
processo sociocultural: havendo de um lado a participação do projetista, por outro lado
atuam hábitos sociais consolidados, preconceitos relacionados ao modo de viver, a
legislação do lugar e as limitações econômicas.
A função social do arquiteto e urbanista vai muito além da formação de casas e
cidades. Envolve segurança, acessibilidade, economia, conforto e sustentabilidade.
Itens essenciais para o desenvolvimento urbano e para a promoção da habitação
social.

A responsabilidade social deve ser levada em consideração em todo processo de


criação, bem como em todos os projetos e reorganização de espaços por esses
profissionais.

Os arquitetos e urbanistas devem ter consciência profissional, no sentido de que para


servir ao ser humano não precisa necessariamente de tecnologia avançada e de
orçamentos exorbitantes. É possível fazer muito com pouco e, quem é da área, sabe
que há diversas criações arquitetónicas que exemplificam tal argumento.

Dessa forma, servirão de alicerce para o desenvolvimento econômico e social, bem


como para a conservação e valorização dos ambientes que compõem os diversos
tipos de patrimônio, seja ele histórico, social ou cultural.

Assim, é possível que esses profissionais contribuam para uma sociedade mais
igualitária, através do desenvolvimento de seu papel social, tornando a arquitetura
acessível a todos e para todos! Apresentam um papel fundamental na concretização
de ideais e valores sociais, como justiça, equidade e qualidade de vida.

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1.7- Habitação para o interesse social

A Habitação de Interesse Social, em termos gerais, é aquela voltada à


população de baixa renda que não possui acesso à moradia formal e nem condições
para contratar os serviços de profissionais ligados à construção civil.

O que os programas de Habitação de Interesse Social têm como objetivo viabilizar à


população de baixa renda o acesso à moradia adequada e regular, bem como aos
serviços públicos, reduzindo a desigualdade social e promovendo a ocupação urbana
planejada.

Importância:

A habitação de interesse social é de extrema importância, especialmente em


uma sociedade marcada pela desigualdade social, como a nossa. É ela quem criará a
oportunidade para milhares de famílias terem uma vida mais digna e com moradia
própria a um preço acessível. Tudo isso considerando características específicas do
modelo da construção.

Característica de uma habitação de interesse social, e como ela pode ser


implementada em uma cidade.

Baixo custo para o desenvolvimento da obra:

 O desenvolvimento da obra deve ser feito considerando um baixo investimento,


tanto na mão-de-obra quanto nos materiais de construção. Porém, vale um
adendo: a economia não deve deixar de lado a qualidade, mas sim, levar em
consideração que apenas o básico deve ser feito, mas sempre considerando
materiais eficientes e resistentes. Afinal, é preciso que a obra seja de longa
vida útil para atingir o seu resultado de habitação de interesse social. Por isso,
é preciso que seja feito um estudo de mercado para que todas as etapas sejam
otimizadas e que os materiais escolhidos tenham o melhor custo-benefício
possível;

Agilidade e otimização na hora de entrega:

 Quando uma obra demora mais tempo para ser desenvolvida, obviamente ela
custará mais alto. Afinal, não é de hoje que ouvimos a expressão que diz que
“tempo é dinheiro”. Por isso, é de suma importância que seja criada uma
otimização para que a entrega aconteça o mais rápido possível. Por conta
disso, a gestão da obra costuma ser minuciosa e muito detalhada. Todos os
imprevistos e possíveis soluções são levadas em conta, sempre com o intuito
de reduzir o tempo de construção. Além disso, a obra segue um padrão pré-
estabelecido para todas as unidades, o que faz com que a construção
aconteça a nível de produção;

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Habitações mais compactas e enxutas:

 Outro ponto que é levado em consideração na hora de fazer uma habitação de


interesse social é o tamanho da mesma. Isso porque quanto mais enxuta e
compacta for, mais rápida será a obra e a entrega. E tudo isso indicará menos
custos com materiais, mão-de-obra, entre outros gastos. Além disso, um dos
pontos trazidos pela habitação social é a de otimizar espaço para que a mesma
seja desenvolvida visando qualidade de vida, dentro de parâmetros que não
contam com muito luxo, mas sim, com o essencial. Assim, as famílias podem
receber o que necessitam para dormir, comer, viver e confraternizar entre si,
mas sem um preenchimento luxuoso que eleve o valor da habitação;

Acesso aos serviços públicos e afastamentos dos grandes centros:

 Um dos pontos também enaltecidos na habitação de interesse social é que ela


precisa ser afastada dos grandes centros, porém, considerando o acesso aos
serviços públicos de qualidade. Dentre eles, podemos citar o tratamento de
esgoto; acesso à energia elétrica e água potável; acesso ao transporte público,
dentre outros serviços importantes para o desenvolvimento social. Isso porque
o conceito dessa habitação é promover mais dignidade e qualidade de vida
para as pessoas, e para isso é necessário que o acesso às suas necessidades
seja estabelecido da melhor maneira possível;

Habitações com arquitetura padronizada:

 Por fim, vale destacarmos que uma habitação de interesse social precisa ser
feita a partir de um projeto de casa padronizado, para que não haja
diferenciação entre uma casa e outra. Mas sim, siga um mesmo parâmetro de
construção, criando uma composição igual em cada unidade. Tudo isso é
importante como uma tentativa de barrar a desigualdade social, visando trazer
um mesmo aparato habitacional para as pessoas que ali vivem.

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1.8- DESENVOLVIMENTO

Habitação no seu sentido mais geral é sinônimo de abrigo. Desde os


primórdios da civilização o homem teve necessidade de se abrigar e os povos
primitivos utilizavam como abrigo, isto é, como habitação, os espaços naturais: as
cavernas e as árvores, tanto suas copas como os espaços protegidos sob estas
copas.

Com o desenvolvimento das habilidades humanas, o homem começou a


empregar diversos materiais para construir os seus abrigos: a pedra, as peles, a
madeira e a terra, tanto crua como queimada, a cerâmica. Este abrigo se tornou cada
vez mais elaborado, e no entanto continuava primordialmente com a sua função
básica, isto é, constituía-se em um espaço que protege o homem dos intrusos e das
intempéries.

Com o passar do tempo, o homem juntou-se com outros homens, agregando


as habitações primitivas e criando as aldeias que podem ser definidas como meros
grupamentos de moradias. Estas habitações primitivas foram compartilhadas com os
animais e também serviam de depósito para os alimentos. As aldeias começaram a
crescer, com áreas para cultivo de alimentos, construções de defesa e para atividades
religiosas.

As atividades nas aldeias se desenvolveram a tal ponto que a sua produção se


tornou maior que a sua necessidade de consumo, constituindo um excedente; este
excedente teve que ser comercializado, distribuído, armazenado; neste momento
pode-se caracterizar a formação das primeiras cidades.

Nesta cidade, ou seja, neste ambiente urbano, as habitações continuaram a ter


uma função de abrigo, porém acrescida de uma outra função econômica que é a de
propiciar a reprodução da força de trabalho. Isto significa em outras palavras que a
habitação é o espaço ocupado pela população após e antes do enfrentamento de uma
nova jornada de trabalho, desempenhando ali algumas tarefas primárias como
alimentação, descanso, atividades fisiológicas, convívio social. Além do
desenvolvimento destas tarefas, a habitação é o espaço no qual muitas vezes ocorre
em determinadas situações, atividades de trabalho.

Para que a habitação cumpra as suas funções, é necessário que, além de


conter um espaço confortável, seguro e salubre, esteja integrado de forma adequada
ao entorno, ao ambiente que a cerca. Isto significa que o conceito de habitação não se
restringe apenas à unidade habitacional mas necessariamente deve ser considerado
de forma mais abrangente envolvendo também o seu entorno.

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1.9- CIVILIZAÇÕES HISTÓRICAS

Desde épocas pré-históricas o homem se vê ligado à necessidade de uma


moradia. No começo, as primeiras habitações eram em grutas e cavernas que
estabelecia uma forma de proteção e alojamento. Já nos locais onde não se tinha a
presença de cavernas, a solução encontrada foi o uso de folhagens como cobertura,
sendo elas todas relativamente semelhantes para todos, e tendo como principal
função a proteção contra o sol, chuva, frio, calor ou ataque de animais selvagens.

A descoberta e o aproveitamento da técnica de agricultura influenciou o abandono da


forma nômade de viver transformando as habitações mais permanentes com melhores
condições de vivência e trazendo conforto para as famílias, assim, progressivamente
começaram a surgir aldeias e consequentemente cidades.

Com o passar do tempo começaram a surgir uma diversidade social entre os grupos
humanos, e as casas começaram a ter características conforme a classificação social
de quem ali morava. Na antiguidade greco-romana as pessoas mais nobres possuíam
casas com diversos cômodos, enquanto quem possuía uma classe social mais baixa
vivia desconfortavelmente em choças aos arredores das cidades.

Já no período do Renascimento, os burgueses criaram padrões habitacionais com a


integração de lojas no andar térreo e dormitórios na parte superior, então, a partir da
Revolução Industrial pode-se notar a diversificação de moradias relativas a classe da
família que vivia ali, ou seja, pobres ou ricos. As casas da nobreza passaram a adquirir
características mais luxuosas e confortáveis, enquanto a dos pobres era miserável,
suja e desconfortável.

Foi então que no final do século XIX e inicio do XX, os arquitetos interviram no
conceito habitacional e estipularam condições ideais e indispensáveis para uma
moradia saudável e confortável essencial para casa independentemente da classe
social, considerando quesitos como ventilação, insolação e a posição da casa em
relação ao sol, e as disposições sanitárias importantes para uma habitação mais
adequada. Atitude a qual obteve uma reação negativa por contrariar a maioria dos
construtores da época.

Com o progresso e evolução da social e com o surgimento de novas tecnologias


houve uma inovação não apenas na elaboração e construção das casas como
também na própria arquitetura. As moradias na atualidade possuem um interessante
investimento em sistemas de racionalização dos recursos naturais e se tornam a cada
dia mais sustentáveis devido à conscientização social e a preservação ambiental.
Além do empenho ao conforto, funcionalidade e a preocupação com a segurança que
fez surgir habitações verticais, horizontais, loteamentos e condomínios.

As famílias foram modificando e aprimorando necessidades e as habitações se viram


obrigadas a serem adaptadas a estes novos estilos de vida, além de diversificar os
ambientes internos tornando-os muito mais multifuncionais e ligando de forma
favorável a tecnologia com a humanização, intimidade e particularidade. Tornando as
moradias muito mais reservadas com seus espaços intensificados no quesito conforto
e beleza e trouxeram uma maior satisfação com um ambiente mais funcional e
aconchegante.

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2.0- CONCLUSÃO

Concluo que a Habitações, Residências de acordo com a lei internacional e nacional,


significa ter uma casa, um local seguro, do qual não corremos o risco de ser expulsos
e com acesso a serviços de saúde e educação apropriados, bem como a um emprego
digno. É a base da estabilidade e segurança de uma pessoa ou família. O centro da
sua vida social, emocional e, por vezes, económica. A habitação é um direito humano
e não uma mercadoria como, por vezes e mais recentemente, tem sido encarada.
Dispor de uma habitação condigna é considerado, universalmente, uma das
necessidades básicas do ser humano.

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2.1- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. «Communities.gov.uk» (em inglês). Communities. Consultado em 2 de novembro de


2013

2. 2022 Utopia- Arquitectura e Engenharia LdaONDUKI, N. (2004). Origens da


habitação social

3. BONDUKI, N. (2004). Origens da habitação social no Brasil Arquitetura Moderna,


Lei do inquilinato e Difusão da Casa Própria. São Paulo, Estação Liberdade.

4. Fundação para Pesquisa Ambiental. CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA


FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988. 1988. Disponível em: <
http://www.planalto.gov.br/ ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso em: 03
março. 2021. CORRÊA, Roberto Lobato. O espaço urbano. São Paulo: Ática, 1989.

1.  http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?lingua=portugues-
portugues&palavra=casa
2. ↑ «Sobrado - Dicionário Online de Português». Dicionário Online de Português.
Consultado em 21 de janeiro de 2012
3. ↑ «O que é geminada?». Colégio de arquitetos (Dicionário de Arquitetura).
Consultado em 21 de janeiro de 2012
4. ↑ Malaco, Jonas Tadeu Silva; Da forma urbana. O casario de Atenas; São
Paulo, Alice Foz, 2002; ISBN 85-902741-1-X

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