desenvolvimento socioeconômico e epidemiológico promovendo mudanças
demográficas, redução da taxa de natalidade e aumento da expectativa de vida e do número de idosos. Sabe-se que o envelhecimento hoje, faz parte da realidade da grande maioria da sociedade, pois o mundo está envelhecendo. A OMS estima que haverá cerca de 2 bilhões de pessoas com mais de 60 anos no ano de 2050. Assim, a população de idosos tende a aumentar, e como é comum no envelhecimento, para Piovesan, Pivetta e Peixoto (2011), acontecem alterações no organismo, como instabilidade na postura e alterações dos sistemas sensoriais e motor. Havendo uma diminuição da força muscular, dos reflexos, velocidade, tornando os idosos mais suscetíveis a queda.
À medida que se altera a estrutura etária da população brasileira, verifica-se a
mudança no perfil epidemiológico, prevalecendo as doenças crônicas degenerativas, que tende a acentuar as perdas estruturais e funcionais, contribuindo para o aumento do risco de quedas. De acordo com Souza et. al (2019), o aumento no número de quedas em idosos pode gerar comprometimento na saúde e impacto negativo na qualidade de vida. Além do receio de novas quedas, o que gradativamente pode resultar em quadros de dependência; isolamento social; perda progressiva da capacidade funcional e à reincidência de novo episódio de queda. A queda é o mais sério e frequente acidente doméstico que ocorre com os idosos e a principal etiologia de morte acidental em pessoas acima de 65 anos. A Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (2008), explana que alguns estudos prospectivos indicam que 30% a 60% da população da comunidade com mais de 65 anos cai anualmente e metade apresenta quedas múltiplas. Aproximadamente 40% a 60% destes episódios levam a algum tipo de lesão, sendo 30% a 50% de menor gravidade, 5% a 6% injúrias mais graves (não incluindo fraturas) e 5% de fraturas. Destas, as mais comuns são as vertebrais, em fêmur, úmero, rádio distal e costela. Cerca de 1% das quedas levam à fratura do fêmur. No Brasil, de acordo com Reis e Pacífico (2017), no relatório de eventos adversos notificados à ANVISA no período de 2014 a 2017, foram identificados um total de 15.289 notificações de quedas de pacientes no âmbito hospitalar, sendo que destas, 7.000 (45,78%) foram em decorrência à perda do equilíbrio, 4.623 (30,23%) por escorregões, 2.115 (13,83%) por causa não informada, 1.004 (6,56%) por desmaios e 547 (3,57%) por tropeços.
Souza, Amanda Queiroz de et al. Incidência e fatores preditivos de quedas em
idosos na comunidade: um estudo longitudinal. Ciência & Saúde Coletiva [online]. 2019, v. 24, n. 9 [Acessado 10 Outubro 2021] , pp. 3507-3516. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/1413-81232018249.30512017>. Epub 09 Set 2019. ISSN 1678- 4561. https://doi.org/10.1590/1413-81232018249.30512017.
Piovesan, Ana Carla, Pivetta, Hedioneia Maria Foletto e Peixoto, Jaqueline
Medianeira de BarrosFatores que predispõem a quedas em idosos residentes na região oeste de Santa Maria, RS. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia [online]. 2011, v. 14, n. 1 [Acessado 10 Outubro 2021] , pp. 75-83. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S1809-98232011000100009>. Epub 18 Out 2012. ISSN 1981- 2256. https://doi.org/10.1590/S1809-98232011000100009.