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AULA 1

1. Assinale a alternativa que não corresponde à questão e temática afetas à abrangência do


Direito Internacional:

Paz

Guerra

Direitos Humanos

Meio ambiente

Organização social e política de Estados

Comentário

Parabéns! A alternativa "E" está correta.

Não há qualquer previsão para o Direito Internacional regular como um Estado politicamente
(presidencialismo ou parlamentarismo, por exemplo), visto tratar-se de matéria de soberania
de cada Estado, ou seja, afeta única e exclusivamente por estes.

2. Qual tratado marca o princípio de uma nova ordem internacional, marcada pela existência
de Estados soberanos:

Tratado de Versalhes

Carta de São Francisco

Tratados de Vestfália

Protocolo de Quioto

Tratado de Paris

Comentário

Parabéns! A alternativa "C" está correta.

Ao colocar fim à Guerra dos Trinta Anos, os Tratados de Vestfália simbolizaram o início de um
novo período em que os monarcas eram soberanos sobre seus territórios e populações.

1. Qual corrente teórica pressupõe a existência de dois sistemas jurídicos distintos – um no


plano doméstico e outro no plano internacional – que não se sobrepõem?

Objetivismo

Voluntarismo

Dualismo

Positivismo

Monismo
Comentário

Parabéns! A alternativa "C" está correta.

“Em resumo, a teoria dualista propõe que o Direito Interno e o Direito Internacional são
sistemas jurídicos distintos que, apesar de algum contato, não se sobrepõem jamais. Como
regulam relações diferentes, é impossível que haja conflito entre suas fontes” (TRIEPEL, 1923,
p.83).

2. Qual autor defende o monismo?

Hans Kelsen

Carl Triepel

Santo Agostinho

Hugo Grócio

Woodrow Wilson

Comentário

Parabéns! A alternativa "A" está correta.

Kelsen é um dos principais proponentes do monismo.

1. As normas imperativas de Direito Internacional são conhecidas como?

Rebus sic stantibus

Jus cogens

Normas fundamentais

Normas constitucionais

Normas primárias

Comentário

Parabéns! A alternativa "B" está correta.

Também entendida como norma imperativa de Direito Internacional, a norma de jus cogens
não pode ser derrogada nem por uma norma positivada, nem por um costume local ou
especial.

2. A doutrina voluntarista extrai a base para a obrigatoriedade do Direito Internacional de:

Direito natural

Moral e ética

Guerra

Consentimento

Constituições nacionais
Comentário

Parabéns! A alternativa "D" está correta.

A doutrina voluntarista tem uma base positivista e extrai a obrigatoriedade do Direito


Internacional do consentimento ou da vontade comum dos Estados.

AULA2

1. Segundo a doutrina jurídica, podemos considerar como fontes estatais do Direito:

Legislação, jurisprudência, costumes.

Lei, decisões dos tribunais, poder negocial.

Lei em sentido estrito, súmulas, princípios gerais do Direito.

Lei em sentido amplo, Constituição Federal, resoluções.

Lei em sentido estrito, sentenças, costumes contra legem.

2. Os costumes, para serem considerados jurídicos, precisam comportar que elementos?

Elementos transitivo e translativo; os costumes precisam ser transacionados entre as partes


como o poder negocial.

Elementos temporal e convencional; os costumes precisam demonstrar, antes de mais nada,


ue são um hábito social da comunidade na qual estão inseridos.

Elementos objetivo e subjetivo; os costumes precisam demonstrar que são duradouros,


persistentes e reconhecidos pela comunidade como juridicamente vinculantes.

Elementos social e coercitivo; os costumes precisam demonstrar que são um hábito social
capaz de gerar sanções difusas aos particulares.

Elementos estatal e coercitivo; os costumes emanam do Estado, do qual retiram sua


capacidade de coagir o comportamento das partes.

1. O art. 38 do Estatuto da Corte Internacional de Justiça representa um ponto de partida


fundamental para a compreensão das fontes do Direito Internacional Público. Sobre suas
disposições, é correto afirmar que:

Seu texto é taxativo, isto é, prevê todas as fontes do Direito Internacional Público, excluídas
todas as demais fontes espontaneamente construídas, como, por exemplo, as obrigações erga
omnes.

A mens legis do art. 38 do Estatuto da Corte Internacional de Justiça estabeleceu a hierarquia


das fontes do Direito Internacional ao determinar que os tratados internacionais tenham um
maior peso do que os costumes internacionais.

O art. 38 do Estatuto da Corte Internacional de Justiça elevou a doutrina dos publicistas, como
Hugo Grotius, Alberico Gentilli, dentre outros, à fonte primária do Direito Internacional.

O art. 38 da Corte Internacional de Justiça é um dispositivo fundamental para a identificação


das fontes do Direito Internacional, porém, não pode ser interpretado de forma taxativa,
pois existem outras fontes não previstas em sua dicção, tais como as decisões unilaterais dos
Estados.
Do art. 38 da Corte Internacional de Justiça podemos inferir que as decisões dos tribunais
internacionais consolidam precedentes que vinculam as ações dos Estados,
independentemente da sua soberania.

2. Os costumes constituem uma das fontes mais antigas do Direito Internacional. Para que
estes adquiram normatividade jurídica, dois elementos são necessários: (a) elemento objetivo
(inveterata consuetudo), prática reiterada, e o (b) elemento subjetivo (opnio juris),
reconhecimento parte dos atores internacionais de que aquela prática é juridicamente
vinculante. Dessa forma, é correto afirmar que:

As práticas centenariamente reconhecidas pelos Estados determinam os costumes


internacionais, pois a duração contínua e convergente demanda um lapso secular para provar
sua força jurídica.

As práticas reiteradas podem ser evidenciadas tanto em práticas de longa duração quanto de
curta duração temporal, o elemento objetivo do costume não tem um lapso temporal de
demarcação para que seja caracterizada sua juridicidade.

No Direito Internacional, os atos omissivos dos Estados não podem ser considerados como
evidências das práticas internacionais capazes de se tornar costume, pois não há como inferir
uma prática de uma inação estatal.

Para provar que determinada prática pode ser considerada costume, os atos oficiais das
autoridades estatais se sobrepõem sobre todas as demais formas de práticas exercidas pelos
atores da Sociedade Internacional.

A jurisprudência da Corte Internacional de Justiça enumera de forma exaustiva as evidências


capazes de determinar quando uma prática possui reconhecimento por parte dos atores
internacionais, formando, assim, um costume.

1. As obrigações erga omnes são aquelas consideradas universais, portanto, vinculantes ao


comportamento dos atores internacionais, sobretudo dos Estados. Sobre as obrigações erga
omnes, podemos afirmar que:

Possuem natureza voluntarista, portanto, decorrem da soberania estatal.

Possuem efeito restrito aos Estados cooperativos que participam dos tratados multilaterais.

Possuem natureza universal, e seus efeitos atingem os Estados independentemente da sua


vontade soberana.

Possuem normatividade intra partes, uma vez que apenas os membros das Nações Unidas são
alcançados por elas.

Possuem efeitos locais, ligados ao costume das partes envolvidas em suas práticas
obrigacionais.

2. As decisões unilaterais dos Estados podem constituir fonte do Direto Internacional. Todavia,
não é qualquer decisão estatal que pode ser considerada como fonte, apenas aquelas em que:

É possível identificar efeitos jurídicos no âmbito interno dos Estados emissores.

As obrigações têm por fundamento de validade a ordem jurídica do Estado prolator.

Os Estados consideram com efeitos relevantes para as suas práticas no âmbito internacional.
Gerem efeitos independentemente da imputação jurídica sobre os atores internacionais.

Independem das expectativas geradas nos atores internacionais.

AULA3

1. Sobre as formas de sucessão de Estado e seus efeitos, assinale a alternativa correta:

Fusão é quando dois ou mais Estados se unem para formar um terceiro diferente. O novo
Estado não assume nenhuma obrigação dos Estados originários.

Na incorporação, o Estado que agrega permanece e o Estado agregado deixa de existir,


transferindo para o primeiro todas as obrigações anteriores.

Divisão ou cisão é quando um Estado se separa em outros dois ou mais, mas mantendo o
Estado originário.

Desmembramento é quando um Estado continua existindo, porém, sem perder seu território.

A cessão, outro caso de sucessão de Estados, ocorre quando se transfere o domínio eminente
e as propriedades do bem público.

2. (2009 – CESPE/CEBRASPE – Instituto Rio Branco – Diplomata) Em 14/6/2008, o Governo


brasileiro respondeu à carta do ministro dos Negócios Estrangeiros da República de
Montenegro, acusando recebimento de notícia acerca do resultado de referendo favorável ao
status daquele país como Estado independente, após desmembramento da União de Estados
da Sérvia e Montenegro.

Na carta, o Brasil reconhece, a partir da data de hoje, a independência da República de


Montenegro, país com o qual o Brasil tenciona, oportunamente, iniciar processo com vistas ao
estabelecimento de relações diplomáticas.

Acerca desse tema, assinale a opção correta:

A eventual recusa do reconhecimento por parte do Governo brasileiro impediria que


Montenegro se constituísse como verdadeiro Estado, sujeito de Direito Internacional, e que se
tornasse membro das Nações Unidas.

O Governo brasileiro poderia ter optado por não reconhecer formalmente a independência
de Montenegro e poderia ter simplesmente estabelecido relações diplomáticas com aquele
país, o que teria produzido o mesmo efeito jurídico do reconhecimento.

É costume do Governo brasileiro, além de reconhecer Estados, proceder igualmente ao


reconhecimento formal de novos governos, quando oriundos de revolução ou golpe de Estado,
exprimindo juízo de valor acerca da legitimidade do novo regime.

Antes do reconhecimento de Montenegro, o Governo brasileiro deveria ter considerado, em


sua avaliação das circunstâncias locais, se a nova entidade possuía território definido,
população permanente, governo soberano e efetivo, e se havia comprometimento de
Montenegro em estabelecer missão diplomática em Brasília.

Ao Governo brasileiro caberá a última palavra na destinação a ser dada aos bens (embaixada,
terrenos) que eram anteriormente pertencentes à União dos Estados da Sérvia e Montenegro
e que se encontram em território brasileiro.
1. (2011 – CESPE/CEBRASPE – TRF 1ª Região – Juiz Federal Substituto) No que tange ao espaço
aéreo internacional, à nacionalidade das aeronaves e ao Tribunal Penal Internacional (TPI),
assinale a opção correta:

O TPI poderá impor à pessoa condenada pelos crimes que afetem a humanidade no seu
conjunto a pena de prisão perpétua se o elevado grau de ilicitude e as condições pessoais do
condenado o justificarem. Entretanto, esse tribunal poderá reexaminar a pena com vistas à
sua redução quando o condenado já tiver cumprido vinte e cinco anos de prisão.

O Estado exerce, sobre os ares situados acima de seu território e de seu mar territorial,
soberania, que só não é absoluta porque sofre restrição ditada por velha norma internacional:
o direito, reconhecido em favor dos aviões civis, de passagem inocente, que deve ser contínua
e rápida, proibindo-se tudo quanto não seja estritamente relacionado com o ato de passar
pelo espaço aéreo.

Segundo as regras internacionais, todo avião utilizado em tráfego internacional deve possuir
pelo menos uma nacionalidade, determinada por seu registro ou matrícula. A aeronave poderá
ter mais de uma matrícula — as de complacência —, mas, no caso de a companhia aérea ser
controlada pelo Estado, e não por particulares, cada avião deverá possuir uma nacionalidade
singular.

O TPI, instituição permanente, com jurisdição sobre as pessoas responsáveis pelos crimes de
maior gravidade e funções complementares às jurisdições penais nacionais, constitui corte
internacional vinculada à ONU, não dispondo de personalidade jurídica própria.

Nos termos do Estatuto de Roma, o TPI só poderá exercer os seus poderes e funções no
território de qualquer Estado-parte, sendo-lhe defeso agir em relação a atos praticados no
território dos Estados que não tenham subscrito o Estatuto.

2. Sobre as causas excludentes de ilicitude na Responsabilidade Internacional, podemos


afirmar que a seguinte alternativa não se trata de uma excludente de ilicitude:

Consentimento.

Legítima defesa.

Contramedidas.

Força maior e perigo extremo.

Violação de direitos humanos em razão de guerra civil.]

1. Assinale a alternativa que não corresponde a uma das características dos direitos humanos:

Universalidade.

Unidade.

Eficácia erga omnes.

Irretroatividade.

Territorialidade.

2. Sobre a Carta das Nações Unidas, é correto afirmar:


Assinada em São Francisco, em 26 de junho de 1945, criou o Conselho de Direitos Humanos,
endossando a visão de que os direitos fundamentais são essenciais para a paz e o
desenvolvimento das nações.

O Conselho de Segurança é composto de 15 membros das Nações Unidas. São membros


permanentes: China, Alemanha, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos. Os demais são eleitos
pela Assembleia Geral.

A admissão de qualquer Estado como Membro das Nações Unidas será efetuada por decisão
da Assembleia Geral, sem qualquer interferência do Conselho de Segurança;

A Corte Internacional de Justiça foi criada como o principal órgão judicial das Nações Unidas,
sendo composto por nove juízes.

Seus propósitos centrais são: (i) manter a paz e a segurança internacional; (ii) fomentar a
cooperação internacional nos campos social e econômico; (iii) promover os direitos humanos
no âmbito universal.

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