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Bioquímicos
Profa: Dra Roberta Helena Mendonça
Processos bioquímicos
EMENTA:
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
Parte I - Processos Bioquímicos
5) Correção de mostos.
6) Preparo de inóculo.
CARACTERÍSTICAS:
Líquido incolor; cheiro característico; volátil; inflamável e solúvel em água
Ponto de ebulição: 78ºC
baixo ponto de fusão: -144,1ºC
USOS
Solvente na fabricação de tintas, lacas, vernizes e perfumes
Combustível
Preparação de produtos farmacêuticos
Desinfetante
Fluido térmico em termômetros abaixo dos -40ºC
Produto de partida para várias sínteses orgânicas: por oxidação origina acetaldeído
e depois ácido acético pode ser desidratado para formar éter pode ser usado na
síntese do butadieno (borracha sintética)
Breve histórico
1532 – montado o primeiro engenho de açúcar
explosão
Por continente
Produção de etanol
Produção de etanol
Produção de etanol
Vias de obtenção
1.Via destilatória
2.Via sintética
2.Via fermentativa
Preparo do substrato
Fermentação
Destilação
Processo fermentativo Fermentação
alcoólica
Definição:
• É o processo através do
qual certos açúcares,
principalmente a
Sacarose, Glicose e
Frutose são
transformados em
Álcool Etílico (ou
Etanol).
• Mecanismo anaeróbio
de produção de energia
que não envolve cadeia
respiratória ou
citocromos.
Produção de Etanol
Fermentação
Fermentação Alcoólica
Utilização da Sacharomyces
açúcar álcool + CO2
No Brasil a cana de açúcar é a principal matéria prima utilizada; na França é a beterraba; nos
fertilizantes, com a idade da cana (estado de maturação) e uma série de outros fatores.
Brix Mede sólidos solúveis e está diretamente associado ao teor de sacarose, tendo um valor de aproximadamente 18% na cana
madura.
Fibra Conteúdo de celulose, lignina, pentosanas (xilana), gomas (arabana). Interfere negativamente no processo, um aumento de
1% de fibra da cana, implica em uma redução na extração normal em 1,5%. O teor de fibra na cana pode variar entre 7 a
15%.
Cinzas São fatores negativos para produção de açúcar, pois altera a eficiência das etapas de clarificação, evaporação e cristalização.
Quanto maior teor de cinzas maior será a quantidade de melaço no açúcar final. Por outro lado, catíons como Ca, Mg e Si
podem aumentar as incrustações nos equipamentos.
Goma Aumentam a viscosidade do xarope. Os maiores teores são detectados em canas verdes (impróprias para o
corte). O teor de gomas também pode aumentar após a colheita da cana, decorrente do desenvolvimento de
bactérias durante o período de estocagem. O aumento do teor de gomas pode ocasionar: dificuldade na
formação dos cristais de açúcar, aumento das perdas de açúcar nos méis, entupimento de tubulações, trocadores
de calor etc.
Exemplos de composição de matéria-prima
Cana-de-açúcar
Composição da cana-de-
açúcar
8% Resíduos da fabricação do
açúcares açúcar que não são mais
água
utilizados para a separação
cinzas
20% matérias nitrogenadas
da sacarose
62% outros
Acúcares
sacarose
dextrose
levulose
Conservação da matéria- prima Conservação da
matéria- prima
1. Melaço
1. Melaço
𝑉 = 𝑇𝐶𝐷. 𝑀𝑇𝐶. 𝐹𝑆
2. Cana-de-açúcar
Onde:
V = volume em litros de melaço;
TCD = tonelada de canas moídas por dia 3. Milho
MTC = volume de melaço em litros
FS = fator de segurança
Cana-de-açúcar
Canas queimadas para a eliminação da palha tem tempo de conservação mais curto
Milho
Controle das condições sanitária e das condições climáticas
Preparação dos meios para o processo
Mosto
de fermentação Substrato açucarado que se obtêm
de matérias-primas e requer
preparação prévia adequada de
acordo com suas características,
antes de passarem aos recipientes
1. Mostos de melaço
de fermentação ou dornas
• Aquecimento
• Decantação
• Filtração
Para a remoção de
colóides
Mosto
Mostos de melaço Mostos de cana-de-açúcar
Diluição conveniente com Embora possa se fazer a
água; fermentação com caldo bruto, é
Diluição de modo contínuo prática comum clarificá-lo por
em misturadores especiais meio de aquecimento,
decantação e filtração para
separar colóides.
Presença de ar ocluso;
Temperaturas diferentes;
Viscosidade variável ao longo dos dias
de produção
Correção do mosto
Em relação à concentração do mosto
Mais diluídos Mais concentrados
• Mostos muito diluídos fermentam mais • Os muito concentrados ocasionam maiores
rapidamente e sujam menos os aparelhos de perdas em açucares infermentados,
destilação, mas exigem maior volume útil temperaturas mais altas durante a
de fermentadores, mais espaço para eles, fermentação, sujam mais aparelhos de
mais consumo de vapor, mais água para destilação, e outros inconvenientes, ao lado
diluição, exigem um período maior de safra das vantagens diminuírem o volume útil de
e favorecem as infecções, além de outros dornas, o consumo de vapor e o período de
inconvenientes safra.
Preparo do Substrato
O preparo dos mostos nas destilarias faz-se em seções que constam
de:
• Tanques de medição;
• Balanças;
• Diluidores mecânicos;
• Depósitos de sais minerais;
• Depósitos de antissépticos;
• Aquecedores e refrigerantes;
• Medidores de ácido.
Fermentação alcoólica
Definição:
É um aeróbio facultativo
Aerobiose Anaerobiose
Sacharomyces
Fermentação alcoólica
Objetivo principal da levedura é a geração de
energia
Fermentação Alcoólica
Fermentação – Bioquímica do processo
Sacharomiyces
• Membrana Plasmática-
Funciona como barreira
de separação entre o
citoplasma e o ambiente
exterior;
• Passagem de nutrientes
• Excreção
• Permeabilidade seletiva
Membrana
Sendo a membrana constituída por
plasmática lipídeos e proteínas, a sua
composição determina as suas
características e condiciona vários
fosfatidiletanolamina (PE),
fosfatidilcolina (PC) e
fosfatidilinositol (PI).
fosfatidilserina (PS) e
difosfatidilglicerol
(PG) em menor
quantidade
Fluidez de
membrana
A transição de um estado
Composição rígido para um estado
Fluidez fluido acontece quando a
temperatura atinge valores
superiores aos da
temperatura de fusão,
dependendo esta do
comprimento das cadeias
de ácidos gordos e do seu
grau de insaturação.
Fermentação Alcoólica
Metabolismo no interior da célula
Ocorre no citoplasma celular
Realizado por enzimas glicolíticas
Enzimas glicotíticas
pH;
Inibidores de fermentação
Próprios produtos da fermentação
Alumímio
Fermentação alcoólica
Concentração do açúcar
Concentração do inóculo
Contaminação bacteriana
Antissépticos
Antibióticos
Meio para fermentação industrial
Seleção do meio
Permitir maior taxa de formação de produto
• Preparo do inóculo
• Fase preliminar
• Fase tumultuosa
Consiste inicialmente na
análise da evolução dos
X P S valores de concentração de
um ou mais componentes
do sistema de cultivo, em
função do tempo de
fermentação.
Informações importantes
podem ser obtidas:
• Duração do processo
fermentativo
• Ampliação de escala
(laboratorial para
industrial)
Curva de ajuste de uma experiência idealizada de fermentação. X, P e S são,
respectivamente, as concentrações de microrganismo, produto e substrato
Produção de Etanol
Estudo cinético
Turbidimetria ou espectrofotometria
Biomassa seca;
Em certas condições, o
aumento da massa pode
não refletir crescimento da
população, mas aumento de
compostos de reserva.
Parâmetros de transformação:
manutenção.
Parâmetros de transformação Cinética dos
processos
Velocidades instantâneas de transformação – também conhecidas fermentativos
como velocidades volumétricas de transformação
𝑑𝑋 𝑑𝑆 𝑑𝑃
𝑟𝑥 = 𝑟𝑠 = − 𝑟𝑥 =
𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑡
• Cultivo descontínuo
• Aumento da concentração microbiana e consequente aumento do
complexo enzimático
1 𝑑𝑋 1 𝑑𝑆 1 𝑑𝑃
𝜇𝑋 = . 𝜇𝑆 = . − 𝜇𝑃 = .
𝑋 𝑑𝑡 𝑋 𝑑𝑡 𝑋 𝑑𝑡
Cinética de processos fermentativos:
A curva do crescimento microbiano
Cinética de processos fermentativos:
A curva do crescimento microbiano
Fases
Fase1: Fase lag ou de latência;
• Idade do M.O
• Estado fisiológico
Fase 5: Desaceleração
Fase 6: Estacionária
Fermentação Alcoólica
Utilização da Sacharomyces
açúcar álcool + CO2
• Processos contínuos
≠
Formas básicas
• Processos descontínuos
Grupo 1 Grupo 1I
Biorreatores nos quais as reações Biorreatores nos quais as reações
ocorrem na ausência de células ocorrem na presença de células
vivas, ou seja, são tipicamente vivas.
reatores enzimáticos.
Fenômenos de transporte
Escala industrial
capacidade
Milhares de m3 de capacidade
Fermentação descontínua:
controle de pH e espuma.
Fermentação descontínua
Inóculo
1) Com um inóculo
Operação
Vantagens:
Aplicações:
A utilização do processo contínuo de fermentação
encontra grandes aplicações práticas, como: fermentação
alcoólica, tratamento de resíduos.
Estes casos citados são processos não assépticos.
Em processos em que se necessita de maior assepsia,
como produção de enzimas e antibióticos, o processo
contínuo encontra ainda aplicações restritas.
Processo Contínuo
Processo Biostil
Recapitulando
Produção de etanol
Parâmetros de controle
Prática da fermentação
Resultado
Fase preliminar
VINHO
alcoólica
Casos Destilado
Mistura azeotrópica
Azeotropismo - determinada composição com ponto de ebulição menor do
que os dos componentes puros
Vinho
Unidade de destilação
Destilado de coração
Destilado de calda
Forma de conduzir a alimentação
Pelo topo da coluna
• Coluna denominada de
coluna de baixo grau.
• Um de esgotamento –
abaixo da alimentação
• Enriquecimento – acima
da alimentação
• Coluna denominada de
alto grau .
Recuperação – Destialação
Recuperação – Destilação+ Retificação
A – coluna depuradora
B – destiladora
C – retificadora
D – coluna de repasse final
Desidratação do etanol
sólidos
Acetato de sódio Atmólise
Esterilização x Desinfecção
Métodos físicos
Métodos Químicos
Modo de ação dos agentes esterilizantes
Calor seco
Calor úmido Destruição através da oxidação dos
Desnaturação irreversível de constituintes químicos dos
proteínas microrganismos
Glutaraldeído
Atua na superfície das células,
Radiação Ionizante onde ocorrem ligações
Principal alvo é a glutaraldeído-proteínas
molécula de DNA.
Calor-úmido Expulsão do ar
Fim da esterilização
Injeção de vapor até atingir
Injeção de ar esterilizado
T e P adequadas
Esterilização de reatores
vazios
Esterilização de reatores
com meio de cultura
Etapa 2:
Etapa 1: circulação de vapor Injeção de vapor no meio de cultura
por serpentina ou camisa de até que se atinja 100º C;
Tamb até 96 – 97º C. Fechamento do reator; t
Injeção de vapor até atingir P e T
adequados
Etapa 2:
Resfriamento até 100º C seguido
de injeção de ar esterilizado
para evitar a formação de
vácuo
Tempo de esterilização – calor úmido
O reator é utilizado sempre
com o mesmo microorganismo?
Sim Não
Sim Sim
1- Assepsia
20 a 40 min; 121oC; 1atm II – Esterilização: 121º C;
1 atm; 60 min.
Calor úmido
Calor úmido
Calor úmido
Curva de aquecimento em autoclave
Calor úmido - autoclave
Calor úmido
Detalhes de projeto de reatores esterilizáveis por calor
úmido:
Calor úmido
Continuação
Reatores esterilizáveis por calor úmido
Esterilização por agentes físicos
Calor úmido
Calor seco
Radiação ultravioleta