Você está na página 1de 4

DIVERSIDADE “SOMOS TODOS DISTINTOS”

A Constituição Federal em seu capítulo I, em dos direitos e deveres individuais e


coletivos no artigo 5º traz. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta

II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude
de lei;

A liberdade de expressão é assegurada segundo o artigo 5º, inciso IX da


Constituição Federal de 88, a qual diz que: Todos são iguais perante a lei, sem
distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros
residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes: é livre a expressão da atividade
intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou
licença ( CONSTITUIÇÃO DE 1988).
A Declaração Universal Dos Direitos Humanos foi adotada pela Organização das
Nações Unidas (ONU), em dezembro de 1948, reconhecendo a liberdade religiosa,
no artigo XVIII: Todo homem tem direito a liberdade de pensamento, consciência e
religião, esse direito refere-se à liberdade para modificar sua religião ou crença e ter
mantida sua liberdade de manifestá-la, pelo ensino, pela prática e pelo culto, em
público ou em particular. A história mostra a busca pelo reconhecimento das
diversidades na sociedade. A definição da palavra tolerância, conforme a
Declaração de Princípios sobre a Tolerância, em seu artigo 1º, apresenta também
suas características reveladas nas atitudes de quem a adere como estilo de vida. É
o Eu reconhecendo o direito do Outro, com respeito à dignidade da pessoa humana
(BONAVIDES, 2007).

O exercício da tolerância significa que todo indivíduo tem o livre desígnio de suas
convicções e aceita no outro a mesma liberdade. Cardoso (2003) defende que:
[...] a tolerância é uma maneira de oferecer uma permissão para a presença, a
existência e a convicção diversa da minha, quase beirando a noção de ‘autorização
subjetiva’ para partilhar vida com aquele ou aquela que não é como eu.

Segundo Hieda & Alves (2011), a violência é a demonstração da intolerância,


através do ódio. “A intolerância está situada no começo do ódio. Ela assume
aparências tão sutis que fica difícil discerni-la e combatê-la. Esclarece que uma vez
instalada, gera, inevitavelmente o desprezo, o ódio pelo outro; e o ódio, por sua vez,
só gera o ódio”.

Assim, constatam-se diferentes definições para tolerância e intolerância. A primeira


sendo o reconhecimento do Outro, e a segunda é a negação da alteridade.
Entende-se que muitos dos autores citados crêem que a intolerância seja de
natureza humana e que a tolerância seja um exercício a ser desenvolvido histórico e
culturalmente, com o desígnio de reconhecimento do Outro como pessoa humana
(HIEDA & ALVES, 2011).

A BNCC também versa sobre a diversidade nas escolas, e a forma como deve ser
tratada no ambiente escolar. Temos que observar a importância de trazer o assunto
à tona até que possamos esgotar todas as possibilidades de caminhos para uma
melhor execução na prática.

Diversidade é um conceito que propõe a inclusão de todos os alunos e suas


diferenças em um mesmo contexto educativo.

A LDB, Lei nº 9.394/96, coloca entre os seus princípios educacionais tratar a


diversidade como forma de promover a tolerância entre as mais diversas maneiras
de expressão e pensamento.

O conceito de diversidade é propor a inclusão de todos os alunos e suas diferenças


em um mesmo universo, contudo, é fundamental observar que essa dimensão deve
ser de forma macro, ou seja, não se limitar dentro dos muros da escola.
Um grande marco para ilustrar todo o conceito de diversidade, é a Lei nº
10.639/2003, onde estabelece a obrigatoriedade e ensino sobre história e cultura
afro-brasileira nas escolas da rede pública e privada.

Afinal, qual a importância da educação no combate à discriminação racial? É


preciso discutir a função da escola no combate ao preconceito, seja ele de qual
forma for materializado.

Com isso temos que perceber a grandeza do impacto que esse efeito é capaz de
causar, não só na comunidade acadêmica, mas na sociedade como um todo.

Cabe ao educador orientar seus alunos a respeitarem as diferenças, pois é


necessário entender que é preciso unir o que chamamos de pensamentos
diferentes, mas que cada um possa colaborar de alguma forma como ser humano.

É fundamental que se desenvolva valores morais nos alunos, a fim de despertar o


interesse em sua própria cultura, além de promover a mudança no seu ambiente, o
que possibilita uma readequação das atitudes sociais.

A diversidade humana ou social significa infinidade de diferenças entre as pessoas


ou grupos que compõem a vida em comunidade. Há pessoas que falam e se
comportam de formas diferentes, aprendem em ritmo diferente, não acreditam nas
mesmas coisas, não têm opiniões parecidas, nem compartilham os mesmos
sonhos. Os costumes de cada povo ou de cada comunidade são específicos,
particulares. E, portanto, devem ser compreendidos e respeitados como são. Não
há culturas menos importantes que outras, nem pessoas. Somos apenas diferentes
uns dos outros. A diversidade e a diferença são negativas? Afirmamos que não, pois
cada cultura, cada sociedade, cada pessoa, tem suas contribuições a oferecer, suas
invenções, suas conquistas, seu conhecimento.

Desigualdade que deve ser contemplada por oportunidades diferenciadas para que
cada indivíduo possa valer-se de meios para alcançar com dignidade, seu espaço
na teia social, uma vez que a sociedade não funcionaria se todos fizessem as
mesmas coisas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Comentários à Constituição do Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1988. 2 vol.


3 ed. Rev. Atual. São Paulo: Saraiva, 2001.

BONAVIDES, Paulo. Curso de Direito Constitucional. 21ª Edição. São Paulo:


Malheiros, 2007.

Você também pode gostar