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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - UNIRIO

DEPARTAMENTO DE SAÚDE COLETIVA – DSC / INSTITUTO BIOMÉDICO – IB

Escola de Nutrição
Disciplina: Economia da Saúde-Integral (2022.2)
Alunas: Cláudia Pinheiro, Danielle Freitas e Letícia Melo
Professor: Leandro De Martino Mota Nota:
1a Avaliação (8,0+2,0=10,0)

1) A 1ª fase de atuação do estado brasileiro em saúde pública no país foi


coordenada pelo médico sanitarista Oswaldo Cruz, no início do século
20. Explique qual foi o modelo de atenção em saúde deste período, com
destaque para a Revolta da Vacina, em 1904 e apresente questões que
colocam a estratégia como problemática.
2) “Durante a primeira metade do século XX, o modelo de assistência em
saúde no Brasil estava centrado no aspecto trabalhista, isto é, tinha
acesso aos cuidados em saúde apenas aqueles cidadãos formalmente
ocupados em postos de trabalho”. Analise criticamente o contexto da
citação.

Oi

3) Qual foi o principal objetivo do Movimento pela Reforma Sanitária


Brasileira (MRSB), que culminou com a 8ª Conferência Nacional de
Saúde, em abril de 1986? Quais as características do modelo de saúde
proposto? Por que ele se opõe à perspectiva que a Ditadura Militar tinha
sobre a saúde? O principal objetivo foi lançar as bases da reforma
sanitária e do sistema de saúde descentralizado. As principais
características desse modelo eram o direito universal à saúde, acesso
igualitário, descentralização acelerada - por meio da municipalização da
saúde - e ampla participação política da sociedade nas resoluções. Se
opõe pois a Ditadura Militar não investia na saúde pública, priorizava os
recursos nas redes privadas com o argumento de que os hospitais das
IAPS existentes não suportavam o grande número de segurados -
apenas quem era CLT possuía direito à assistência em saúde -. Logo
nas crises da Ditadura prevaleceu a Assistência Médica Suplementar
privada, ao contrário do proposto pelo MRSB que era de uma saúde
universal e descentralizada.
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4) Quais são os princípios norteadores ou doutrinários do SUS? Em
relação ao sistema, como se dividem os seus níveis de complexidade? E
como fica a relação entre: demandas, densidade tecnológica e custos?
Universalidade, Integralidade e Equidade. É dividido em atenção
primária, secundária e terciária (mais especializada - alta complexidade).
A maior demanda parte na atenção primária pois é a porta de entrada do
indivíduo no sistema único, a maior densidade tecnológica
(equipamentos) estão presentes nos hospitais de média/alta
complexidade, em que grande parte dos recursos do SUS é alocado em
detrimento da atenção primária. Ou seja, mesmo que a atenção primária
receba a maior parte da população, é a área que menos recebe
investimento por ter baixa complexidade, já a de média/alta
complexidade recebe mais para manter os grandes
hospitais/equipamentos caros.

5) No Brasil, durante algum tempo, se dizia que a tuberculose era


hereditária. De fato, o que está por trás desta representação social?
Como podemos relacionar determinantes sociais da saúde e a busca
pela equidade, neste contexto? Hereditário na realidade é a condição
social, a doença nunca foi hereditária, qualquer um pode adquirir a
doença, porém se propaga muito mais onde se tem precariedade nas
condições financeiras. Isso se relaciona com a questão dos
determinantes sociais de saúde, quem tem mais dinheiro tem condições
de ter bons tratamentos, lazer, um bom emprego, boa moradia entre
outros benefícios, porém, quem não tem boas condições de vida, um
bom emprego e um lar digno sofre muito mais com doenças e
transmissão de diversos tipos de doenças. A necessidade de equidade é
extrema em nosso país, quem tem menos precisa receber mais ajuda e
quem tem mais não precisa receber tanto, a igualdade não funciona na
nossa realidade.

6) Por que em economia da saúde as demandas são consideradas


crescentes enquanto os recursos são escassos? Dê algum exemplo
desta situação presente em nossa realidade pandêmica/pós-pandêmica.

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