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LITERATURA

TATIANA SILVA

ARCADISMO • Alvarenga Peixoto – Árcade raiz


da Inconfidência
ARCADISMOS (NEOCLASSICISMO)
• Cláudio Manuel da Costa – Transição entre o
Barroco e o Arcadismo, fez tanto textos líricos
quanto épicos.

• Tomás Antônio Gonzaga – Transição entre o


Arcadismo e o Romantismo

• Santa Rita Durão – Poesia épica com tom de


valorização à ação catequética

• Basílio da Gama – Poesia épica indianista


(fetichismo indígena).

PAINEL DA ÉPOCA NO BRASIL

Século das luzes

• Alastrou-se principalmente em Minas Gerais

• Exploração de ouro

• Terreno das revoltas políticas contra a


colonização portuguesa

• Inconfidência Mineira
ARCADISMO PELOS POEMAS
• Início: 1768, Publicação das “Obras Poéticas”,
de Cláudio Manuel da Costa

• Cansaço do exagero Barroco Soneto LXII

Torno a ver-vos, ó montes; o destino


Aqui me torna a pôr nestes outeiros,
Convenções ideológicas: Onde um tempo os gabões deixei grosseiros
Pelo traje da Corte, rico e fino.
• "Inutilia truncat" (acabar com as inutilidades);

• "Fugere urbem" (fugir da cidade);


Aqui estou entre Almendro, entre Corino,
• "Aurea mediocritas" (mediocridade áurea); Os meus fiéis, meus doces companheiros,
Vendo correr os míseros vaqueiros
• “Locus amoenus” (Lugar ameno)
Atrás de seu cansado desatino.
• “Carpe Diem” (Viver o momento presente)
Se o bem desta choupana pode tanto,
Foco: Que chega a ter mais preço, e mais valia
Que, da Cidade, o lisonjeiro encanto,
• Iluminismo – Razão (Voltaire, Diderot,
Montesquieu etc.). Aqui descanse a louca fantasia,
E o que até agora se tornava em pranto
• Laicismo (Estado e Igreja independentes). Se converta em afetos de alegria.

• Liberalismo – Equilíbrio e igualdade entre os Cláudio Manoel da Costa


interesses individuais.
(Glauceste Satúrnio)
• Empirismo (Experiência) – Razão e ciência –
Isaac Newton (lei da gravitação).

Principais nomes do Arcadismo no Brasil:

• Silva Alvarenga – Pé no Romantismo


Articuladores

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LITERATURA
TATIANA SILVA

Lá reclinada, como que dormia,


Na branda relva, e nas mimosas flores,
Marília de Dirceu, Lira I Tinha a face na mão, e a mão no tronco
De um fúnebre cipreste, que espalhava
Eu, Marília, não sou algum vaqueiro,
Melancólica sombra. Mais de perto
Que viva de guardar alheio gado;
Descobrem que se enrola no seu corpo
De tosco trato, d’expressões grosseiro,
Verde serpente, e lhe passeia, e cinge
Dos frios gelos, e dos sóis queimado.
Pescoço e braços, e lhe lambe o seio.
Tenho próprio casal, e nele assisto;
Fogem de a ver assim sobressaltados,
Dá-me vinho, legume, fruta, azeite;
Das brancas ovelhinhas tiro o leite, E param cheios de temor ao longe;
E mais as finas lãs, de que me visto. E nem se atrevem a chamá-la, e temem
Graças, Marília bela, Que desperte assustada, e irrite o monstro,
Graças à minha Estrela! E fuja, e apresse no fugir a morte.
Porém o destro Caitutu, que treme
Do perigo da irmã, sem mais demora
DIKÃO Dobrou as pontas do arco, e quis três vezes
Soltar o tiro, e vacilou três vezes
Divido em três parte:
Soltar o tiro, e vacilou três vezes
1 – Anterior à prisão; Entre a ira e o temor. Enfim sacode
O arco, e faz voar a aguda seta,
2 – Escrito na prisão;
Que toca o peito de Lindóia, e fere
3 – Há dúvidas quanto à autoria A serpente na testa, e a boca, e os dentes
Deixou cravados no vizinho tronco.
Tomás Antônio Gonzaga
Açouta o campo co'a ligeira cauda
(Dirceu) O irado monstro, e em tortuosos giros
Se enrosca no cipreste, e verte envolto
Em negro sangue o lívido veneno.
Leva nos braços a infeliz Lindóia
CARTA l0ª Em que se contam as desordens maiores que O desgraçado irmão, que ao despertá-la
Fanfarrão fez no seu governo. Conhece, com que dor! no frio rosto
Os sinais do veneno, e vê ferido
Assim o nosso chefe não descansa Pelo dente sutil o brando peito. [...]
De fazer, Doroteu, no seu governo, Basílio da Gama (Termindo Sipílio)
Asneiras sobre asneiras; entre as muitas,
Que menos violentas nos parecem,
Pratica outras que excedem muito e muito
As raias dos humanos desconcertos. BONS ESTUDOS!
Perdoa, minha Nise, que eu desista
Do intento começado. Tu mil vezes
Nos meus olhos já leste os meus afetos,
Não careces de os ler nos meus escritos.
Perdoa, pois, que eu gaste as breves horas

A contar as asneiras desumanas


Do nosso Fanfarrão ao caro amigo.
E tu, meu Doroteu, antes que leias
O que vou a contar-te, jurar deves
Pelos olhos da tua amada esposa,
Por seu louro cabelo, e pelo dia
Em que viste, na sua alegre boca,
O primeiro sorriso, que não hás de
Duvidar do que leres, bem que sejam
Desordens que pareçam impossíveis.

[...] Tomás Antônio Gonzaga

O Uraguai

A morte de Lindóia (Canto IV)

Este lugar delicioso, e triste,


Cansada de viver, tinha escolhido
Para morrer a mísera Lindóia.

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