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PCGO
Professor: Érico Palazzo
PCGO Prioridade máxima Prioridade média Prioridade mínima
Crimes contra a pessoa 121, 122, 129, 138 a 123, 124 a 128, 147, Demais
145, 147-A, 147-B, 148, 150, 154-A
Crimes contra o patrimônio 155, 157, 158, 171, 159, 163, 168 Demais
180, 181-183
Crimes contra a dignidade 213, 215-A, 216-B, 215, 216-A, 226 Demais
sexual 217-A, 218-B, 218-C
Crimes contra a fé pública 297, 298, 299, 304 e 289 e 311-A Demais
307
Crimes contra a administração 312, 316, 317, 319, 313-A, 320 a 323, 342, Demais
pública 327, 329 a 333, 348 e 344, 347
349
1 Aplicação da lei penal. 1.1 Princípios da legalidade e da anterioridade. 1.2 Lei penal no tempo e no espaço.
1.3 Tempo e lugar do crime. 1.4 Lei penal excepcional, especial e temporária. 1.5 Territorialidade e
extraterritorialidade da lei penal. 1.6 Contagem de prazo. 1.7 Interpretação da lei penal. 1.8 Analogia. 1.9
Irretroatividade da lei penal. 1.10 Lei penal em branco. 1.11 Princípios aplicáveis ao direito penal.
2 Infração penal: elementos, espécies, sujeito ativo e sujeito passivo. 2.1 Classificação dos crimes.
3 O fato típico e seus elementos. 3.1 Crime consumado e tentado. 3.2 Concurso de crimes. 3.3 Ilicitude e
causas de exclusão. 3.4 Punibilidade. 3.5 Excesso punível. 3.6 Culpabilidade (elementos e causas de exclusão).
3.7 Erro de tipo e erro de proibição. 3.8 Desistência voluntária, arrependimento eficaz, arrependimento
posterior e crime impossível.
4 Imputabilidade penal. 5 Concurso de pessoas.
6 Crimes contra a pessoa. 7 Crimes contra o patrimônio. 8 Crimes contra a dignidade sexual. 9 Crimes contra a
fé pública. 10 Crimes contra a administração pública.
11 Disposições constitucionais aplicáveis ao Direito Penal.
12 Súmulas, jurisprudência dominante dos Tribunais Superiores e legislação relacionada com os temas.
3.2 Concurso de crimes.
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Concurso de crimes
Número de Número de Consequência Elemento especial
condutas resultados (crimes)
Concurso material Duas ou mais Dois ou mais Soma das penas Nenhum
Crime continuado Duas ou mais Dois ou mais Exasperação de Crimes da mesma
1/6 a 2/3 espécie e condições
semelhantes de tempo,
lugar e maneira de
execução
Concurso formal Uma Dois ou mais Exasperação de Nenhum
próprio (perfeito) 1/6 a 1/2
Concurso formal Uma Dois ou mais Soma das penas Desígnios autônomos
impróprio
(imperfeito)
4) (CESPE / CEBRASPE - 2022 - PC-PB - Delegado de Polícia Civil) O roubo
perpetrado contra diversas vítimas em um único evento, estando comprovados os
desígnios autônomos do autor do fato, configura
a) crime único.
b) concurso formal impróprio.
c) crime continuado.
d) concurso material.
e) concurso formal próprio.
5) (FGV - 2022 - PC-RJ - Investigador Policial)Calíope, pretendendo matar Erato, saca
uma arma de fogo e efetua disparos contra seu desafeto, atingindo-o e também a
Euterpe, que passava pelo local. As duas pessoas alvejadas morrem em razão dos
ferimentos sofridos. Na hipótese, é correto afirmar que haverá:
a) crime único;
b) concurso material;
c) concurso formal perfeito;
d) concurso formal imperfeito;
e) crime continuado.
3.4 Punibilidade.
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1) (FGV - 2021 - IMBEL – Advogado) Assinale a opção que apresenta motivos que
extinguem a punibilidade.
a) Anistia, graça ou indulto; retroatividade de lei que não mais considera o fato como
criminoso; e, nos casos de crimes patrimoniais, reparação do dano.
b) Prescrição, decadência ou perempção; renúncia do direito de queixa ou perdão aceito,
nos crimes de ação pública; e prescrição, decadência ou perempção.
c) Casamento do agente com a vítima, nos crimes contra os costumes definidos na Parte
Especial do Código Penal; morte do agente; e prescrição, decadência ou perempção.
d) Morte do agente; retratação do agente, nos casos em que a lei a admite; e, nos crimes
de ação privada, renúncia ao direito de queixa ou perdão aceito.
e) Anistia, graça ou indulto; retroatividade de lei que não mais considera o fato como
criminoso; perdão extrajudicial, concedido pela vítima nos crimes praticados sem
violência ou grave ameaça.
Código Penal
Extinção da punibilidade
Art. 107 - Extingue-se a punibilidade:
I - pela morte do agente;
II - pela anistia, graça ou indulto;
III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso;
IV - pela prescrição, decadência ou perempção;
V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação
privada;
VI - pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite;
VII e VIII- (Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005)
IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei.
2) (INSTITUTO AOCP - 2022 - Governo do Distrito Federal - Policial Penal) Sobre o
direito processual penal, julgue o item a seguir.
• CP, Art. 120 - A sentença que conceder perdão judicial não será considerada para
efeitos de reincidência.
Extinção da punibilidade
Cabível somente em ação penal privada Cabível em qualquer ação penal, desde que
haja previsão legal
Caso Joana também relate ter sido vítima de lesões corporais leves praticadas por
seu companheiro no âmbito familiar, é correto afirmar que a ação penal, quanto às
referidas lesões, será pública condicionada à representação.
Código Penal
§ 12. Se a lesão for praticada contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da
Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança
Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro
ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição, a pena é aumentada de
um a dois terços.
§ 13. Se a lesão for praticada contra a mulher, por razões da condição do sexo feminino, nos
termos do § 2º-A do art. 121 deste Código: (Incluído pela Lei nº 14.188, de 2021)
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro anos).
5) (VUNESP - 2022 - PM-SP - Sargento da Polícia Militar) Com relação ao crime de
perseguição previsto no Código Penal, é correto afirmar que
a) é apenado com detenção.
b) as penas do crime são aplicáveis com prejuízo das correspondentes à violência.
c) não possui qualquer causa de aumento de pena.
d) somente se procede mediante representação.
Código Penal
Perseguição (Incluído pela Lei nº 14.132, de 2021)
Art. 147-A. Perseguir alguém, reiteradamente e por qualquer meio, ameaçando-lhe a integridade
física ou psicológica, restringindo-lhe a capacidade de locomoção ou, de qualquer forma, invadindo ou
perturbando sua esfera de liberdade ou privacidade. Pena – reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois)
anos, e multa.
§ 1º A pena é aumentada de metade se o crime é cometido:
I – contra criança, adolescente ou idoso;
II – contra mulher por razões da condição de sexo feminino, nos termos do § 2º-A do art. 121 deste
Código;
III – mediante concurso de 2 (duas) ou mais pessoas ou com o emprego de arma.
§ 2º As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das correspondentes à violência.
§ 3º Somente se procede mediante representação.
Código Penal
Violência psicológica contra a mulher (Incluído pela Lei nº 14.188, de 2021)
Art. 147-B. Causar dano emocional à mulher que a prejudique e perturbe seu pleno
desenvolvimento ou que vise a degradar ou a controlar suas ações, comportamentos, crenças e
decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, chantagem,
ridicularização, limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que cause prejuízo à sua
saúde psicológica e autodeterminação:
Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa, se a conduta não constitui crime mais
grave.
6) (CESPE / CEBRASPE - 2022 - PC-RJ - Delegado de Polícia) Desolados após a morte dos
pais em um acidente de trânsito, os irmãos Paulo e Roberto, com 21 anos e 19 anos de
idade, respectivamente, fizeram um pacto de suicídio a dois em 20/2/2022: fecharam as
portas e janelas do apartamento, e Paulo abriu a válvula de gás. Após poucos minutos,
ambos desmaiaram. Os vizinhos sentiram o forte odor de gás e arrombaram o
apartamento, evitando o óbito dos irmãos. Em decorrência da queda da própria altura,
Paulo sofreu lesão corporal leve, e Roberto, lesão corporal gravíssima. Acerca dessa
situação hipotética, é correto afirmar que
6) (CESPE / CEBRASPE - 2022 - PC-RJ - Delegado de Polícia) Cont.
a) Paulo e Roberto não poderão ser responsabilizados criminalmente, por se tratar de
autolesões.
b) Paulo deverá responder pelo crime de homicídio na forma tentada (art. 121 c/c art. 14, inc.
II, do Código Penal), e Roberto, pelo crime de induzimento, instigação ou auxílio a suicídio
ou a automutilação na forma simples (art. 122, caput, do Código Penal).
c) Paulo deverá responder pelo crime de induzimento, instigação ou auxílio a suicídio ou a
automutilação na forma qualificada (art. 122, § 1.º, do Código Penal), e Roberto não poderá
ser responsabilizado criminalmente.
d) Paulo deverá responder pelo crime de induzimento, instigação ou auxílio a suicídio ou a
automutilação na forma qualificada (art. 122, § 1.º, do Código Penal), e Roberto, pelo crime
de induzimento, instigação ou auxílio a suicídio ou a automutilação na forma simples (art.
122, caput, do Código Penal).
e) Paulo deverá responder pelo crime de homicídio na forma tentada (art. 121 c/c art. 14, inc.
II, do Código Penal), e Roberto não poderá ser responsabilizado criminalmente.
7) (AOCP - PMGO – Soldado –
2022)
8) (CESPE / CEBRASPE - 2021 - MPE-AP - Promotor de Justiça Substituto) Segundo o
entendimento do STJ, a realização de saques indevidos na conta-corrente de uma
pessoa sem o seu consentimento, por meio da clonagem do cartão e da senha,
caracteriza
a) estelionato.
b) falsidade ideológica.
c) apropriação indébita.
d) furto mediante fraude.
e) conduta atípica.
Código Penal – Lei 14.155 de 28/05/2021
Art. 155 (...) Art. 171 (...) Fraude eletrônica
§ 4º-B. A pena é de reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e § 2º-A. A pena é de reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos,
multa, se o furto mediante fraude é cometido por meio de e multa, se a fraude é cometida com a utilização de
dispositivo eletrônico ou informático, conectado ou não à informações fornecidas pela vítima ou por terceiro
rede de computadores, com ou sem a violação de induzido a erro por meio de redes sociais, contatos
mecanismo de segurança ou a utilização de programa telefônicos ou envio de correio eletrônico fraudulento, ou
malicioso, ou por qualquer outro meio fraudulento por qualquer outro meio fraudulento análogo.
análogo. § 2º-B. A pena prevista no § 2º-A deste artigo,
§ 4º-C. A pena prevista no § 4º-B deste artigo, considerada a considerada a relevância do resultado gravoso, aumenta-
relevância do resultado gravoso: se de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços), se o crime é
I – aumenta-se de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços), se o praticado mediante a utilização de servidor mantido fora
crime é praticado mediante a utilização de servidor mantido do território nacional.
fora do território nacional;
II – aumenta-se de 1/3 (um terço) ao dobro, se o crime é
praticado contra idoso ou vulnerável.
9) (FGV - OAB) Flávia conheceu Paulo durante uma festa de aniversário. Após a festa, ambos foram
para a casa de Paulo, juntamente com Luiza, amiga de Flávia, sob o alegado desejo de se conhecerem
melhor. Em determinado momento, Paulo, sem qualquer violência real ou grave ameaça, ingressa no
banheiro para urinar, ocasião em que Flávia e Luiza colocam um pedaço de madeira na fechadura,
deixando Paulo preso dentro do local. Aproveitando-se dessa situação, subtraem diversos bens da
residência de Paulo e deixam o imóvel, enquanto a vítima, apesar de perceber a subtração, não tinha
condição de reagir. Horas depois, vizinhos escutam os gritos de Paulo e chamam a Polícia. De
imediato, Paulo procura seu advogado para esclarecimentos sobre a responsabilidade penal de Luiza
e Flávia. Considerando as informações narradas, o advogado de Paulo deverá esclarecer que as
condutas de Luiza e Flávia configuram crime de
a) roubo majorado.
b) roubo simples.
c) furto qualificado, apenas.
d) roubo impróprio.
e) furto qualificado e cárcere privado.
Código Penal
Roubo
Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave
ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à
impossibilidade de resistência:
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa.
§ 1º - Na mesma pena incorre quem, logo depois de subtraída a coisa, emprega
violência contra pessoa ou grave ameaça, a fim de assegurar a impunidade do
crime ou a detenção da coisa para si ou para terceiro.
10) (FCC - 2021 - TJ-GO - Juiz Substituto) No que se refere ao crime de roubo,
a) passou a ser considerado hediondo, em qualquer modalidade, pela Lei n°
13.964, de 24 de dezembro de 2019.
b) se consuma com a inversão da posse do bem mediante emprego de violência
ou grave ameaça, ainda que por breve tempo e em seguida à perseguição
imediata ao agente e recuperação da coisa roubada, revelando-se
imprescindível, porém, a posse mansa e pacífica ou desvigiada.
c) configura-se na forma imprópria quando o agente, antes de subtraída a coisa,
emprega violência ou grave ameaça, a fim de assegurar a impunidade do crime
ou a detenção da coisa para si ou para outrem.
d) já não constitui causa de aumento da pena o emprego de arma branca.
e) a fração de aumento pela majorante do emprego de arma de fogo dependerá
da natureza do instrumento.
11) (INSTITUTO AOCP - 2022 - Governo do Distrito Federal - Policial Penal) Em
relação aos crimes em espécie, julgue o item subsequente.
Na hipótese de um presidiário telefonar para uma mãe de família exigindo que ela
faça, imediatamente, um PIX de R$ 5.000,00 para uma terceira pessoa, sob a
ameaça de matar seu filho primogênito, que supostamente estaria em cativeiro
com outros membros da gangue, quando, na realidade, o filho dela está em
segurança na casa da namorada, é correto afirmar que o criminoso responderá
pelo crime de estelionato.
12) (INSTITUTO AOCP - 2021 - PC-PA - Investigador de Polícia Civil) Assinale a alternativa correta
conforme a jurisprudência dos Tribunais Superiores.
a) Consoante ao STJ, é admissível aplicar, no furto qualificado, pelo concurso de agentes, a
majorante do roubo.
b) Conforme entendimento do STJ, o sistema de vigilância realizado por monitoramento eletrônico
ou por existência de segurança no interior de estabelecimento comercial, por si só, torna
impossível a configuração do crime de furto.
c) Nos termos da jurisprudência do STF, há crime ainda quando a preparação do flagrante pela
polícia torna impossível a sua consumação.
d) De acordo com o STJ, a mera indicação do número de majorantes é suficiente para fundamentar
o aumento na terceira fase de aplicação da pena no crime de roubo circunstanciado.
e) Segundo o STJ, é possível o reconhecimento do privilégio previsto no § 2º do art. 155 do CP, nos
casos de crime de furto qualificado, se estiverem presentes a primariedade do agente, o
pequeno valor da coisa e a qualificadora for de ordem objetiva.
13) (CESPE - 2019 - TJ-PR - Juiz Substituto) Julgue os itens a seguir, relativos a delitos de natureza sexual.
I Praticar, em local público, ato libidinoso contra alguém e sem o seu consentimento caracteriza
contravenção penal tipificada como importunação ofensiva ao pudor.
II Praticar conjunção carnal com o parceiro na presença de menor de catorze anos de idade, a fim de
satisfazer a própria lascívia, configura, a princípio, o tipo penal específico denominado satisfação de
lascívia mediante presença de criança ou adolescente.
III Praticar ato obsceno em praça pública, ainda que sem a intenção de ultrajar alguém específico,
configura crime de importunação sexual, que, por equiparação, é considerado hediondo.
IV Divulgar na Internet fotografias de conteúdo pornográfico envolvendo adolescente, como meio de
vingança pelo término de relacionamento, configura crime específico previsto no ECA, o que afasta a
incidência do novo tipo penal previsto no art. 218-C do Código Penal.
Estão certos apenas os itens
a) I e III. c) II e III.
b) I e IV. d) II e IV.
14) (FGV - 2022 - PC-AM - Delegado de Polícia) Na hipótese de um agente ter
praticado um crime de estupro e um crime de atentado violento ao pudor, contra a
mesma vítima e no mesmo contexto fático, a partir do advento da Lei nº
12.015/2009, deverá responder por
a) crime único.
b) concurso material.
c) concurso formal próprio.
d) concurso formal impróprio.
e) continuidade delitiva.
15) (UEG - 2013 - PC-GO - Delegado de Polícia) Madame Pink, recém-casada,
procura o médico ginecologista para realizar exames preventivos de rotina. Antes
de iniciar o exame, o médico pede que a paciente se dispa. Logo após ela se deitar
na maca ginecológica, acaricia sua vagina e nela introduz seu dedo. Nesse caso, o
médico responderá por
a) estupro de vulnerável
b) Estupro
c) assédio sexual
d) violação sexual mediante fraude
Código Penal
Violação sexual mediante fraude
Art. 215. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com alguém, mediante fraude ou outro
meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6
(seis) anos.
Parágrafo único. Se o crime é cometido com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também
multa.
Assédio sexual
Art. 216-A. Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual,
prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao
exercício de emprego, cargo ou função. Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos.
Parágrafo único. (VETADO)
§ 2o A pena é aumentada em até um terço se a vítima é menor de 18 (dezoito) anos.
16) (FCC - 2019 - DPE-SP - Defensor Público) No dia 23 de abril de 2013, Jailson,
aproveitando que sua esposa havia saído de casa para fazer compras, decidiu ir até o
quarto de sua enteada Jéssica, que à época contava com 19 anos de idade. Ao
perceber que Jéssica estava dormindo, Jailson se aproximou de sua cama, apalpou
seus seios e começou a acariciar sua vagina por dentro da calcinha. Ocorre que, nesse
momento, o irmão de Jéssica chegou à casa e, ao presenciar a cena, começou a gritar,
momento em que Jailson se afastou da jovem e fugiu. O tipo penal em que incorreu
Jailson, sem analisar se o delito teria se dado na forma consumada ou tentada, é:
a) Constrangimento ilegal (art. 146, caput, do CP).
b) Estupro (art. 213, caput, do CP).
c) Estupro de vulnerável (art. 217-A, §1º , do CP).
d) Violação sexual mediante fraude (art. 215, caput, do CP).
e) Importunação sexual (art. 215-A, do CP).
Código Penal
Estupro de vulnerável
Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos:
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos.
§ 1o Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no caput com alguém que, por
enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que,
por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência.
§ 2o (VETADO)
§ 3o Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave:
Pena - reclusão, de 10 (dez) a 20 (vinte) anos.
§ 4o Se da conduta resulta morte:
Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos.
§ 5º As penas previstas no caput e nos §§ 1º, 3º e 4º deste artigo aplicam-se independentemente do
consentimento da vítima ou do fato de ela ter mantido relações sexuais anteriormente ao crime.
17) (Questão inédita)
O crime de importunação sexual (art. 215-A, CP) é condicionado à representação
da vítima, uma vez que a persecução penal referente a este delito poderia gerar a
revitimização pelo constrangimento do fato.
18) (CESPE - 2016 - TRT - 8ª Região (PA e AP) - Analista judiciário - Oficial de Justiça
Avaliador Federal) Caracteriza falsificação de documento particular a alteração de
a) testamento particular.
b) ações de sociedade comercial.
c) título ao portador ou transmissível por endosso.
d) nota fiscal.
e) livros mercantis.
Código Penal
Falsificação de documento público
Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar
documento público verdadeiro:
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa.
§ 1º - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do
cargo, aumenta-se a pena de sexta parte.
§ 2º - Para os efeitos penais, equiparam-se a documento público o emanado de
entidade paraestatal, o título ao portador ou transmissível por endosso, as ações
de sociedade comercial, os livros mercantis e o testamento particular.
53
19) (CESPE - 2018 - SEFAZ-RS - Técnico Tributário da Receita Estadual)
Situação hipotética I: João, durante abordagem por um policial militar, atribuiu a si nome
diverso, a fim de se esquivar de mandado de prisão pendente de cumprimento.
Situação hipotética II: Caio, durante abordagem em blitz policial, apresentou documento
de identidade falso, estando ciente da falsidade do documento.
Falsa identidade
Art. 307 - Atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa identidade para obter vantagem,
em proveito próprio ou alheio, ou para causar dano a outrem:
55
Súmula 522, STJ
56
20) (INSTITUTO AOCP - 2022 - DPE-PR - Defensor Público) Considerando a legislação aplicável e
o entendimento dos Tribunais Superiores, assinale a alternativa correta.
a) A conduta do médico que, no exercício de sua profissão, emite atestado falso caracteriza o
crime de falsidade ideológica.
b) A conduta de atribuir-se falsa identidade perante autoridade policial é atípica se em
situação de alegada autodefesa.
c) Lúcio pratica o delito de roubo e, posteriormente, é auxiliado por Fábio, seu irmão, a
subtrair-se à ação da autoridade pública. Nesse caso, Fábio deve ser processado em virtude
da prática do crime de favorecimento pessoal.
d) A conduta de apresentar à empresa privada atestado médico com o timbre da rede pública
de saúde, ainda que conste a identificação de médico não pertencente ao serviço público,
configura o delito de uso de documento público falso.
e) No crime de falso testemunho, a pena é reduzida se, antes da sentença no processo em
que ocorreu o ilícito, o agente se retrata ou declara a verdade.
Código Penal
Falsidade de atestado médico
Art. 302 - Dar o médico, no exercício da sua profissão, atestado falso:
Pena - detenção, de um mês a um ano.
Parágrafo único - Se o crime é cometido com o fim de lucro, aplica-se também
multa.
Favorecimento pessoal (art. 348) Favorecimento real (art. 349)
Art. 348 - Auxiliar a subtrair-se à ação de Art. 349 - Prestar a criminoso, fora dos casos de
autoridade pública autor de crime a que é coautoria ou de receptação, auxílio destinado a
cominada pena de reclusão: tornar seguro o proveito do crime:
Pena - detenção, de um a seis meses, e multa. Pena - detenção, de um a seis meses, e multa.
Auxílio prestado ao autor de crime antecedente, Auxílio prestado ao autor do crime antecedente,
para que este se furte à ação da autoridade para tornar seguro o proveito do crime
pública
O crime antecedente deve ter sido consumado O crime antecedente deve ter sido consumado
ou tentado
Há escusa absolutória para quem auxilia Não há escusa absolutória
ascendente, descendente, cônjuge, ou irmão
§ 2º - Se quem presta o auxílio é ascendente, Haverá favorecimento real, independentemente
descendente, cônjuge ou irmão do criminoso, de quem presta o auxílio.
fica isento de pena.
21) (FGV - 2021 - PC-RN - Agente e Escrivão) Jonas, agente policial de determinado
estado, e seu primo Hélio, desempregado, subtraíram da delegacia na qual o primeiro
exercia suas funções, computadores que haviam sido substituídos por equipamentos
novos e que se encontravam guardados, tendo a dupla se aproveitado das facilidades
decorrentes do cargo exercido por Jonas. Ao tomar conhecimento dos fatos, a
autoridade policial deverá reconhecer que Jonas praticou:
a) crime de peculato, devendo Hélio responder pelo mesmo delito;
b) crime de furto qualificado, assim como Hélio;
c) crime de peculato, enquanto Hélio responderá por peculato culposo;
d) crime de peculato, enquanto Hélio responderá por furto qualificado;
e) crime de peculato, enquanto Hélio responderá por furto simples.
Código Penal
Peculato
Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem
móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em
proveito próprio ou alheio: Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.
§ 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do
dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio
ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário.
Peculato culposo
§ 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano.
§ 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à sentença
irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta.
22) (CESPE - 2017 - TRE-BA - Analista Judiciário) No exercício de suas atribuições, um funcionário
público prestava atendimento a um cidadão quando necessitou buscar, no interior da repartição, um
documento para concluir um procedimento. Por descuido do funcionário, um laptop da instituição,
que estava sendo utilizado por ele, ficou desvigiado, às vistas do cidadão que recebia o atendimento.
Quando o funcionário retornou, não encontrou o cidadão e observou que o laptop havia sumido.
Posteriormente, as investigações policiais concluíram que aquele cidadão havia furtado o laptop, que
não foi recuperado. Nesse caso, o funcionário público
a) não praticou crime, uma vez que não anuiu à conduta delituosa.
b) foi partícipe do crime de furto praticado e, por isso, será condenado às penas cominadas para
esse crime, na medida de sua culpabilidade.
c) praticou peculato culposo, podendo a punibilidade ser extinta caso ele repare o dano ao órgão
até o trânsito em julgado da sentença penal condenatória.
d) cometeu crime de peculato-furto, pois concorreu para a realização do furto, podendo ser
reconhecida a atipicidade do fato pelo princípio da insignificância.
e) responderá por peculato impróprio desde que o cidadão seja condenado por furto.
23) (INSTITUTO AOCP - 2022 - Governo do Distrito Federal - Policial Penal) Em
relação aos crimes em espécie, julgue o item subsequente.
Tráfico de Influência
Art. 332 - Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de
vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.
Parágrafo único - A pena é aumentada da metade, se o agente alega ou insinua que a vantagem é
também destinada ao funcionário.
27) (CESPE - 2019 - CGE - CE - Auditor de Controle Interno - Área de Correição -
adaptada) Milton, valendo-se de sua condição de servidor público e cedendo a
pedido de amigo íntimo, deixou de cumprir seu dever funcional ao não ter
promovido ação para apurar infração de determinada empresa vinculada à
administração pública. Nessa situação hipotética, apurada a conduta de Milton, ele
deverá responder pelo crime de
a) advocacia administrativa qualificada.
b) corrupção passiva privilegiada.
c) corrupção ativa.
d) prevaricação.
e) condescendência criminosa.
Corrupção passiva privilegiada Prevaricação
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou Pena - detenção, de três meses a um ano, e
multa. multa.