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Bactérias Patogênicas e

Principais Doenças

Profª Francine Padilha – LBMAT 8824-2575


Profº Bruno Humia – LBMAT 79-9191-0680
Outline
• Cocos Gram +

• Cocos Gram -

• Bacilos Gram +

• Bacilos Gram -

• Espiroquetas
Cocos Gram +
Staphylococcus aureus
Staphylococcus aureus

• Estafilococo gram +;

• Não flagelado e não hemolítico;

• Microbiota normal:
Pele;
 Fossas nasais.

• Infecções mais graves.


Staphylococcus aureus - Virulência

• Cápsula – inibidor de fagocitose;

• Proteína A – Adesão a anticorpos da


classe IgG circulantes;

• Toxina alfa e beta – formação de poros


e destruição de membranas celulares.

• Outras toxinas:
Toxinas esfoliativas A e B;
 Enterotoxinas, Toxina da Síndrome do Choque.
Staphylococcus aureus – Principais Doenças

• Síndrome do Choque Tóxico;

• Gastroenterite estafilocócica;

• Síndrome da pele escaldada;

• Impetigo, foliculite;

• Endocardite, osteomielite, pneumonia.


Staphylococcus aureus – Principais Doenças
Staphylococcus epidermidis
Staphylococcus epidermidis

• Estafilococo gram +;

• Coagulase negativa e catalase positiva;

• Microbiota normal:
Pele e mucosas;

• Infecções hospitalares;
 Formação de biofilmes;
 Não produz toxinas.
Staphylococcus epidermidis – Principais
Doenças

• Endocardite;

• Furúnculos, pústulas;

• Abscessos.
Staphylococcus epidermidis – Principais
Doenças
Staphylococcus saprophyticus
Staphylococcus saprophyticus

• Estafilococo gram +;

• Anaeróbio facultativo, imóvel;

• Não formador de esporos;

• Não encapsulada;
Microbiota normal – Pele,
• Urease e coagulase negativa. região periuretral e mucosas
 ≠ Staphylococcus aureus das vias urinárias e genitais
Staphylococcus saprophyticus – Principais
Doenças

• Infecção Urinária;
 Hematúria;
 Piúria – Leucócitos na urina;
 Febre e dores lombares.

• Cistite e Pielonefrite;
Staphylococcus saprophyticus – Principais
Doenças
Staphylococcus saprophyticus – Tratamento

• Ampicilina, Oxacilina – b-lactâmicos;

• Ciprofloxacina;

• Cefazolina, Gentamicina

• Resistência:
 Eritromicina;
 Clindamicina.
Streptococcus pyogenes
Streptococcus pyogenes

• Estreptococo gram +;

• b-hemolítico do grupo A;

• Imóveis;

• Catalase negativo:
≠ Staphylococcus aureus;

• Anaeróbio Facultativo.
Streptococcus pyogenes - Virulência

• Cápsula – inibidor de fagocitose;

• Proteína M – Adesão, inibidor de


fagocitose e degradação do fator C3b;

• Estreptolisina S e O – Destruição das


membranas dos eritrócitos.

• DNAases – Formação de pús mais líquido;

• Hialuronidase – Degradação extracelular – Invasão tecidual


Streptococcus pyogenes – Principais Doenças

• Faringite;

• Escarlatina;

• Fasciíte necrosante;

• Celulite, erisipela, impetigo;

• Síndrome do choque tóxico.


Streptococcus pyogenes – Principais Doenças
Streptococcus pyogenes – Principais Doenças
Streptococcus pyogenes - Complicações

• Febre Reumática:
 Doença autoimune após infecção por S. pyogenes;
 Inflamação asséptica do coração e articulações;
 Semelhança de moléculas do coração e articulações com
antígenos do S. pyogenes.

• Glomerulonefrite pós-estreptocócica:
 Danos renais – Complexo Antígeno-anticorpo;
 Hipertensão arterial, hematúria e proteinúria;
 Insuficiência renal crônica.
Streptococcus pyogenes - Tratamento
• Antibioticoterapia:
 Penicilina;
 Derivados b-lactâmicos;

• Resistência:
 Metaxazol;
 Macrolídeos;
Streptococcus pneumoniae
Streptococcus pneumoniae

• Estreptococo gram + - Pneumococo;

• a-hemolítico;

• Apresentam cápsula;

• Sensível a optoquina:
≠ Streptococcus pyogenes;

• Anaeróbio Facultativo.
Streptococcus pneumoniae - Virulência

• Cápsula – inibidor de fagocitose;

• Adesinas – Adesão a células do epitélio;

• Pneumolisinas – Desestabilização e destruição da


membrana das células pulmonares e ativação do
complemento.

• Protease IgA – Inativação de anticorpos das mucosas;

• Fosforilcolina – Penetração celular (evitar fagocitose)


Streptococcus pneumoniae – Principais
Doenças
• Pneumonia;

• Meningite;

• Septicemia;

• Sinusite, Otite média, Osteomielite;

• Úlcera corneal;

• Artrite séptica, Endocardite, Abscessos cerebrais


Streptococcus pneumoniae – Principais
Doenças
Streptococcus pneumoniae – Principais
Doenças
Streptococcus pneumoniae - Tratamento
• Antibioticoterapia:
 Penicilina, Ampicilina;
 Macrolídeos, Clorafenicol, Vancomicina, Cefalosporinas;
Streptococcus agalactiae
Streptococcus agalactiae

• Estreptococo gram +;

• b-hemolítico;

• Catalase e oxidase negativo;

• Resistente a Bacitracina:
≠ Streptococcus pyogenes;
Streptococcus agalactiae - Virulência

• Polissacarídeo Capsular – inibidor de fagocitose;

• Hemolisina – Adesão e destruição de células sangüíneas;

• Proteases, nucleases e hialuronidases – Desestabilização


e destruição da membrana de células.

• Fator CAMP:
 Adesão e inativação de imunoglobulinas G e M;
 Usado para diagnóstico de infecção por S. agalactiae.
Streptococcus agalactiae– Principais Doenças

• Endometrite;

• Choque séptico;

• Febre puerperal;

• Infecções neonatais – Meningite e septicemia;

• Fasciíte necrosante (RARO)


Streptococcus agalactiae – Principais Doenças
Streptococcus agalactiae- Tratamento
• Antibioticoterapia:
 Penicilina (Dose 12x maior que para S. pyogenes)
 Penicilina + Gentamicina;
Enterococcus faecalis
Enterococcus faecalis

• Bactéria gram +;

• Microbiota Normal - TGI;

• Anaeróbio facultativo, móveis;

• Amplamente encontrada no ambiente:


Resistente a sais biliares, metais pesados, etanol e detergentes;
Enterococcus faecalis – Principais Doenças

• Infecção urinária;

• Meningite;

• Bacteremia.
Enterococcus faecalis - Tratamento
• Antibioticoterapia:
 Sensível a ampicilina e estreptomicina
 Alta resistência a Penicilinas;
Enterococcus faecium
Enterococcus faecium

• Bactéria gram +;

• Microbiota Normal - TGI;

• Usados como probióticos em animais;

• a-hemolítico ou g-hemolítico;
Enterococcus faecium – Principais Doenças

• Meningite neonatal;

• Septicemia;

• Bacteremia.
Enterococcus faecium - Tratamento
• Antibioticoterapia:
 Linezolida ou daptomicina;
 Cepas Resistentes a Vancomicina;
Cocos Gram -
Neisseria gonorrhoeae
Neisseria gonorrhoeae

• Diplococo gram – (gonococo);

• Não hemolítico, não flagelado;

• Não formador de esporos

• Trato Respiratório superior


Aeróbio
Aeróbio Facultativo
Neisseria gonorrhoeae - Virulência

• Proteínas OMP-1 e OMP-2 – Porinas;

• Pili – Adesão e colonização;

• Toxinas LOS – Lipooligossacarídeos;

• Enzimas:
Proteases IgA;
 b-lactamases.
Neisseria gonorrhoeae - Patogênese

• Invasão de células epiteliais não ciliadas;

• Multiplicação em vacúolos intracelulares;

• LOS – Desencadeia a produção de TNF-a, levando à


inflamação e destruição tecidual;

• Casos mais Graves:


 Inflamação crônica;
 Fibrose, esterilidade e cegueira.
Neisseria gonorrhoeae – Principais Doenças

• Gonorréia;

• Oftalmia “neonatorum”;

• Faringite;

• Conjuntivite Gonocócica.
Neisseria gonorrhoeae – Principais Doenças
Neisseria gonorrhoeae – Quadro Clínico

• Sintomatologia aguda - Inflamação genital (Uretrite aguda);

• Formação de exsudado purulento e disúria;

• Casos mais Graves:


 Inflamação da próstata, epidídimo e vesículas seminais;
 Mulher: cervicite, doença pélvica inflamatória;
 Bacteremia, infecção cutânea earticular.
Neisseria gonorrhoeae - Tratamento

• Antibioticoterapia:
Ceftriaxona, cefixima;
 Fluoroquinolonas.

• Infecção mista com Clamydia:


Ceftriaxona com doxiciclina;
 Azitromicina.
Neisseria meningitidis
Neisseria meningitidis

• Diplococo gram – (meningococo);

• Imóveis, Aeróbios;

• Não formador de esporos;

• Fermentadores de glicose e maltose;

• Oxidase Positiva.
Neisseria meningitidis - Virulência

• Antifagocíticos – Cápsula e internalização em vacúolos;

• Pili – Adesão e colonização;

• Toxinas LPS – Lipopolissacarídeos;

• Enzimas:
Proteases IgA-1;
 Proteína de ligação a transferrina.
Neisseria meningitidis - Patogênese
• Colonização da nasofaringe;

• Adesão a receptores específicos nas células não-ciliadas da


nasofaringe e internalização em vacúolos fagocíticos;

• Pode atingir a circulação, causando bacteremia, meningite e


algumas outras infecções;

• Casos mais Graves:


 Hemorragia bilateral das supra-renais;
 Síndrome de Waterhouse-Friderichsen.
Neisseria meningitidis – Principais Doenças
Neisseria meningitidis – Principais Doenças

• Meningite (com ou sem bacteremia);

• Meningococemia;

• Pneumonia;

• Artrite, uretrite.
Neisseria meningitidis – Principais Doenças
Neisseria meningitidis – Quadro Clínico

• Sintomatologia crônica- Inflamação das meninges;

• Febre, cansaço, cefaléia, torcicolo e coma;

• Mortalidade – 10% dos casos:


 Lesões vasculares;
 Endotoxinas bacterianas;
Neisseria meningitidis - Tratamento

• Antibioticoterapia:
 1ª Linha - Cefalosporinas de 3ª geração;
 2ª Linha - Penicilina G e Ampicilina
 Rifampicina, Ciprofloxacina, Ceftriaxona (Profilaxia).

• Vacinação:
 Vacina polissacáridas – A partir dos 2 anos de idade;
 Vacinas conjugadas – A partir dos 2 meses de idade.
Haemophilus influenzae
Haemophilus influenzae

• Cocobacilo gram –;

• Aeróbios facultativo;

• Organismo de vida livre;

• Confundido com o vírus da gripe - Sintomatologia;

• Tipos de H. influenzae vão de A a F, predominando o tipo B.


Haemophilus influenzae - Virulência

• Antifagocíticos – Cápsula;

• Adesinas e fímbrias – Adesão e colonização;

• Toxinas LPS – Lesão ao epitélio respiratório;


Haemophilus influenzae – Principais Doenças

• Pneumonia;

• Bronquite;

•Otite Média;

• Sinusite.
Haemophilus influenzae – Principais Doenças
Haemophilus influenzae - Tratamento

• Antibioticoterapia:
 1ª Linha - Cefalosporinas de 3ª geração, Azitromicina ou
Fluoroquinolonas;
 2ª Linha - Ampicilina
 Rifampicina (Profilaxia).

• Vacinação:
 Vacinas conjugadas – Antígenos capsulares.
Haemophilus ducreyi
Haemophilus ducreyi
• Cocobacilo gram – “Bacilo de Ducreyi”;

• Parasita obrigatório;

• Não produtor de toxinas;

• Não fermentador;

• Associado a doenças sexualmente transmissíveis.


Haemophilus ducreyi – Principais Doenças

• Cancro mole – Ulcera genital dolorosa e necrosada;

• Adenopatia inguinal;
Haemophilus ducreyi – Principais Doenças
Haemophilus ducreyi - Tratamento

• Antibioticoterapia:
 1ª Linha – Azitromicina em dose única;
 2ª Linha – Eritromicina, Cefotriaxona ou Ciprofloxacina
Tratamento dos parceiros sexuais.
Bordetella pertussis
Bordetella pertussis
• Cocobacilo gram –;

• Imóvel, Aeróbio estrito;

• Produtor de toxinas;

• Não fermentador da lactose;

• B. parapertussis é responsável por 10-20% dos casos de


coqueluche branda
Bordetella pertussis - Virulência

• Hemaglitinina filametosa (FHA) – Adesão a mucosas;

• Adesinas e fímbrias – Adesão e colonização;

• Exotoxinas Pertusis – Produção acelerada de muco;

• Toxina Adenil-ciclase – Alteração do AMPc,

•Toxina dermonecrótica, Citotoxina traqueal – Indutor de


espasmos traqueais – “Tosse”
Bordetella pertussis – Principais Doenças

• Coqueluche;

• Tosse convulsa;
Bordetella pertussis – Principais Doenças
Bordetella pertussis – Quadro Clínico

• Estágio catarral – Espirros, tosse branda, mal-estar,


anorexia, e febre baixa – Forma contagiosa;

• Estágio paroxístico – Acesso de tosse, produção de muco,


comprometimento das vias aéreas superiores;

• Estágio convalescente – Diminuição da tosse, complicações


secundárias;
Bordetella pertussis - Tratamento

• Antibioticoterapia:
 Estágio paroxístico e convalescente - Eritromicina;

• Vacinação:
 Juntamente com a vacina da difteria e tétano – A partir dos 2
meses de idade em 3 doses (2, 12 e 15 meses) e 1 dose em idade
escolar.

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