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Estruturas Metálicas

Pós-graduação Em Engenharia Estrutural


Prof. Msc. Igor Leite
Dimensionamento de Ligações em Estruturas de Aço
As estruturas devem ser projetadas para resistir a todas as ações atuantes durante a sua vida útil, com segurança,
desempenho e durabilidade adequados à sua utilização, com custos de construção e manutenção compatíveis. Neste
sentido, as ligações têm fundamental importância tanto no que se refere ao comportamento estrutural como aos
aspectos construtivos, de fabricação e montagem.

As ligações, por vezes denominadas nós, são utilizadas para transferir esforços entre os elementos que formam a
estrutura e entre estes e seus apoios. Alguns autores e normas definem de formas diferentes os termos ligações e nós da
estrutura. A ligação consiste dos dispositivos (ou meios) de conexão como parafusos, pinos ou soldas, e os elementos são
chapas, placas de base, enrijecedores e cantoneiras de assento. Já o nó é definido como a região onde os elementos são
conectados, incluindo os dispositivos e elementos de ligações, bem como o trecho dos elementos estruturais que devem
ser conectados, possibilitando a transferências de esforços.
Dimensionamento de Ligações em Estruturas de Aço
Classificação e comportamento com relação à rotação
De acordo com o grau de impedimento da rotação relativa das barras unidas, uma ligação pode ser classificada como
rígida, flexível ou semirrígida.
Na ligação rígida, o ângulo entre as barras que se interceptam permanece praticamente inalterado após a estrutura ser
carregada, mesmo quando atuam momentos fletores elevados. Na ligação flexível, a rotação relativa entre as barras que
se interceptam varia consideravelmente. há transmissão integral de força cortante e pode haver transmissão de força
axial. A ligação semirrígida apresenta um comportamento intermediário entre o da rígida e o da flexível. Esse tipo de
ligação não será abordado neste curso, pois apresenta a dificuldade do estabelecimento da relação de dependência entre
a rotação relativa e o momento transmitido, sendo menos empregado na prática.
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Quando se deseja uma ligação flexível, é comum não conectar as mesas da viga ao pilar ou a outro elemento de suporte,
deixando uma folga para permitir a rotação da viga, e quando se deseja uma ligação rígida, conectar as mesas da viga.

Nas ligações rígidas entre vigas e pilares é comum a colocação de enrijecedores na alma do pilar para impedir a
ocorrência de estados-limites últimos relacionados às forças localizadas C e T na mesa do pilar, bem como prevenir
deformações da mesa e da alma do pilar.
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Parafusos estruturais

Tipos, diâmetros e propriedades mecânicas dos parafusos

Os parafusos são disponibilizados (mediante consulta) com resistência à corrosão atmosférica comparável à dos aços com
essa propriedade. Podem também ser galvanizados.

Parafusos comuns: feitos de aço-carbono e podem possuir especificação ASTM A307 ou ISO Classe 4.6.

Parafusos de alta resistência: fabricados com aços de alta resistência mecânica tratados termicamente e podem ter dois
níveis de resistência:
De menor resistência, constituído pelos parafusos de especificação ASTM A325 ou ISO Classe 8.8;
De maior resistência, constituído pelos parafusos de especificação ASTM A490 ou ISO Classe 10.9.
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Parafusos estruturais
Dimensionamento de Ligações em Estruturas de Aço
Parafusos comuns
Os parafusos comuns são utilizados com cabeça e porca hexagonais (Figura 5.5). Para diâmetros de até 1½” também são
fabricados com cabeça e porca quadradas. As porcas obedecem a normas específicas. Nos parafusos ASTM A307, as
porcas hexagonais possuem espessura da ordem de 70% do diâmetro do parafuso para diâmetro de até 1½”, ou
aproximadamente igual ao diâmetro do parafuso, para todos os diâmetros (porcas pesadas). Nos parafusos ISO Classe
4.6, a porca tem espessura aproximadamente igual ao diâmetro do parafuso para o diâmetro de 12 mm e igual a cerca de
90% do diâmetro para o diâmetro de 36 mm, variando quase linearmente no intervalo entre esses extremos.
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Parafusos de alta resistência
Possuem cabeça e porca hexagonais e têm sua especificação anotada na face externa da cabeça. Não devem ser
soldados ou aquecidos, nem mesmo para facilitar a montagem. Parafusos ASTM A490 e ISO Classe 10.9 precisam de
arruela também sob o elemento que não gira. Parafusos ASTM A325 e ASTM A490 são utilizados com porcas pesadas.
Parafusos ISO Classe 8.8 e ISO Classe 10.9 são empregados com porcas de espessura de cerca de 80% de seu diâmetro.
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Tipos e aplicações
Há quatro tipos de furos usados nas ligações parafusadas: furos-padrão, furos alargado, furos pouco alargados e
muito alargados.
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Resistência de parafusos por ligações por contato
Tração nos parafusos
Cada parafuso de uma ligação submetida à tração deve atender à seguinte condição:
Ft,Sd ≤ Ft,Rd

Força de tração solicitante de cálculo:


𝐹𝑆𝑑
𝐹𝑡,𝑆𝑑 =
𝑛𝑡
Sendo Fsd a força solicitante de cálculo atuante na região da ligação e nt o número de parafusos utilizados nessa região. A
Figura mostra um exemplo simples de distribuição da força solicitante na ligação pelo número de parafusos utilizados.
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Força de tração resistente de cálculo
A força de tração resistente de cálculo de um parafuso está relacionada ao estado limite último de ruptura por
tração da região da rosca:
𝜙𝑎 𝐴𝑏𝑒 𝑓𝑢𝑏
𝐹𝑡,𝑅𝑑 =
𝛾𝑎2
Sendo:

fub = resistência à ruptura do aço do parafuso,


γa2 = coeficiente de ponderação da resistência do aço para ruptura, igual a 1,35
φa = fator de redução da força resistente, que considera o efeito de alavanca que surge por causa da flexão das chapas
ligadas;
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Nas ligações com parafusos tracionados, a restrição à deformação das extremidades laterais da chapa de ligação provoca
o aparecimento das forças Q nessas extremidades, como mostra a Figura

A determinação precisa do efeito de alavanca é complexa e depende de vários parâmetros, principalmente da espessura
da chapa de ligação e da geometria da ligação.

Pode-se adotar um procedimento simplificado pelo qual se aumenta sempre a força de tração solicitante nos parafusos
em 50%, o que equivale a tomar da Equação o valor ϕa = 0,67 (em vez de aumentar a força de tração solicitante, reduz-se
a força resistente).
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As chapas de ligação não são suscetíveis à instabilidade e devem ter suas espessuras (t1 e t2) determinadas com base no
momento de plastificação Z.fy. Esse momento é obtido considerando a força atuante em um parafuso e a largura de
influência, p, igual à soma das menores dimensões de cada lado do parafuso analisado (Figura 5.11).

• Para parafuso de extremidade:

• Para parafusos internos:


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Em resumo, deve-se ter nas chapas:
MSd ≤ MRd
Com:
MSd = Ft,Sd b
𝑀𝑝𝑙 𝑝𝑡²𝑓𝑦
𝑀𝑅𝑑 = =
𝛾𝑎1 4𝛾𝑎1
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Cisalhamento nos parafusos
Cada parafuso de uma ligação submetido à cisalhamento deve atender à seguinte condição:
Ft,Sd ≤ Ft,Rd

Força cortante solicitante de cálculo


A força cortante solicitante de cálculo Ft,Sd deve ser determinada no plano de corte mais solicitado do parafuso.
Na Figura são mostrados alguns exemplos de solicitações em parafusos.
Dimensionamento de Ligações em Estruturas de Aço
Dimensionamento de Ligações em Estruturas de Aço
Força cortante resistente de cálculo
𝛼𝑏 𝐴𝑏 𝑓𝑢𝑏
𝐹𝑣,𝑅𝑑 =
𝛾𝑎2
αb é um fator igual a 0,4 para parafuso comum e para qualquer tipo de parafuso quando o plano de corte se situa na
rosca ou 0,5 para parafuso de alta resistência quando o plano de corte se situa fora da rosca.
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Interação entre tração e cisalhamento

Para parafusos solicitados simultaneamente a tração e a cisalhamento, deve-se verifica a interação entre esses dois
esforços, que deve atender à equação a seguir:

2 2
𝐹𝑡,𝑆𝑑 𝐹𝑣,𝑆𝑑
+ ≤ 1,0
𝐹𝑡,𝑅𝑑 𝐹𝑣,𝑅𝑑
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Pressão de contato em furos
A pressão que os parafusos submetidos ao cisalhamento exercem nas paredes dos furos pode causar a ruína
dessas parades por esmagamento, rasgamento entre dois furos consecutivos e rasgamento entre um furo e a borda, na
direção da força atuante.
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A força resistente de cálculo à pressão de contato, fc,Rd, tendo em vista os três estados-limites últimos, é dada,
conservadoramente, por:
1,2. 𝑙𝑓 . 𝑡. 𝑓𝑢
𝐹𝑐,𝑅𝑑 ≤
𝛾𝑎2

2,4. 𝑑𝑏 . 𝑡. 𝑓𝑢
𝐹𝑐,𝑅𝑑 ≤
𝛾𝑎2

Lf = distância, na direção da força, entre a borda do furo e a borda do furo adjacente ou entre a borda do furo e a borda
da parte ligada — a que for menor
db = diâmetro do parafuso
t = espessura da parte ligada
fu = resistência à ruptura do aço da parede do furo
γa2 = coeficiente de ponderação da resistência do aço para ruptura, igual a 1,35.
Exercícios Propostos
Verificar a ligação da figura abaixo para a solicitação de cálculo Nt,Sd = 120 kN, considerando parafusos ϕ 19 mm
do tipo ASTM A325 e aço ASTM A36.
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Em primeiro lugar, calcula-se a resistência dos parafusos à tração, que será dada por:
Abe = 0,75 . Ab = 2,13 cm²
ϕa = 0,67 (por causa do efeito alavanca)
𝜙𝑎 . 𝐴𝑏𝑒 𝑓𝑢𝑏 0,67.2,13.82,5
𝐹𝑡,𝑅𝑑 = = = 87,2 𝑘𝑁/ 𝑝𝑎𝑟𝑎𝑓𝑢𝑠𝑜
𝛾𝑎2 1,35

Como se trata de um grupo de parafusos submetidos à esforço centrado de tração, o esforço de cálculo é distribuído
igualmente entre os parafusos. Então:
𝐹𝑆𝑑 120
𝐹𝑡,𝑆𝑑 = = = 30 𝑘𝑁
𝑛𝑡 4

Ft,Rd = 87,2 kN > Ft,Sd = 30 kN (Ok, Atende!)


Deve-se verificar a flexão da chapa de 19 mm do T.
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MSd = Ft,Sd b
MSd = 30 . 4 = 120 kN.cm

𝑀𝑝𝑙 𝑝𝑡²𝑓𝑦 8.1,92 . 25


𝑀𝑅𝑑 = = = = 164,1 𝑘𝑁. 𝑐𝑚
𝛾𝑎1 4𝛾𝑎1 4.1,1

MRd = 164,1 kN.cm > MSd = 120 kN.cm (Ok, Atende!)


Exercícios Propostos
Verifique os parafusos da ligação de um contraventamento da figura abaixo, para o esforço de cálculo aplicado na
ligação. O parafuso é do tipo ASTM A325 com diâmetro de 12,5 mm

Como se trata de uma força centrada no grupo de parafusos, o esforço de cálculo em cada parafuso será a
componente da força aplicada à ligação dividida pelo número de parafusos.
𝑁𝑡,𝑆𝑑 . 𝑠𝑒𝑛 45° 290. 𝑠𝑒𝑛 45°
𝐹𝑣,𝑆𝑑 = = = 25,63 𝑘𝑁
𝑛𝑡 8
𝑁𝑡,𝑆𝑑 . 𝑐𝑜𝑠 45° 290. 𝑐𝑜𝑠 45°
𝐹𝑡,𝑆𝑑 = = = 25,63 𝑘𝑁
𝑛𝑡 8
Exercícios Propostos
A resistência ao cisalhamento de um parafuso para um plano de corte será:
0,5. 𝐴𝑏 𝑓𝑢𝑏 0,5.1,23.82,5
𝐹𝑣,𝑅𝑑 = = = 29,8 𝑘𝑁 / 𝑝𝑎𝑟𝑎𝑓𝑢𝑠𝑜
𝛾𝑎2 1,35
A resistência a tração isolada será:
Aeb = 0,75 x Ab = 0,92 cm²
𝜙𝑎 . 𝐴𝑏𝑒 𝑓𝑢𝑏 0,67.0,92.82,5
𝐹𝑡,𝑅𝑑 = = = 37,67 𝑘𝑁 / 𝑝𝑎𝑟𝑎𝑓𝑢𝑠𝑜
𝛾𝑎2 1,35
Para a interação entre cisalhamento e tração utiliza-se a seguinte fórmula:
2 2
𝐹𝑡,𝑆𝑑 𝐹𝑣,𝑆𝑑
+ ≤ 1,0
𝐹𝑡,𝑅𝑑 𝐹𝑣,𝑅𝑑
2 2
25,63 25,63
+ ≤ 1,0
37,67 29,8
1,202 ≤ 1,0
Não atende! Recomenda-se utilizar um parafuso com maior diâmetro para o aumento da resistência,
principalmente ao cisalhamento, que está bem próxima da solicitação.
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Solda elétrica

Segundo a American Society Welding (AWS), soldagem é um processo para união de metais e/ou não metais
obtendo coalescência (união) localizada produzida por aquecimento dos elementos a serem conectados com ou sem
adição de material e pressão. Além disso, a soldagem é um processo de ligação que visa garantir a continuidade física e
química na junta (região em que as peças serão unidas por soldagem); o resultado dessa operação é denominada solda.
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Solda de penetração
Na solda de penetração, o metal da solda é depositado diretamente entre as faces das peças a serem unidas, dentro de
chanfros (canaletas ou aberturas preparadas para conter adequadamente a solda).
Solda de penetração total → quando alcança as duas faces das peças, proporcionando a essas peças continuidade
completa
Solda de penetração parcial → quando apenas uma parte da seção transversal das peças tem continuidade através da
solda.

Para chapas de espessura até 6,3 mm, pode-se utilizar chanfro reto. Por questões econômicas e de ordem prática, Para
chapas de espessura superior a 6,3 mm, utilizar:

meio V ou bisel para chapas de espessura até 19 mm;


V para chapas de espessura maior que 19 mm, até 25,4 mm;
K para chapas de espessura maior que 16 mm;
X para chapas de espessura maior que 25,4 mm.
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Exemplo de chanfros para solda de penetração total


Dimensionamento de Ligações em Estruturas de Aço
Soldas de Filete
Na solda de filete, o metal da solda possui seção transversal aproximadamente triangular e se situa externamente às
superfícies, geralmente ortogonais, das peças de aço soldadas. (Figura 5.18).
• Pernas do filete, dw = Lados do filete, junto às faces de fusão das peças de aço soldadas, e podem ser iguais ou
diferentes.
• seção transversal do filete, aw, = A menor dimensão de espessura efetiva ou garganta efetiva.
As soldas de filete podem ser contínuas ou intermitentes e são mais econômicas e simples de executar que as soldas de
penetração.
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Simbologia
Para representar as soldas, os símbolos adequados são colocados junto a uma linha horizontal de referência,
nas posições indicadas. De uma das extremidades dessa linha sai uma reta inclinada que aponta o local da solda.
Dimensionamento de Ligações em Estruturas de Aço
Dimensionamento de Ligações em Estruturas de Aço
Verificação das soldas
O eletrodo deve ser escolhido de modo a garantir uma solda com resistência pelo menos igual à do metal-base.
A Tabela fornece as classes de resistência dos eletrodos, a resistência mínima à tração do metal da solda proporcionada
por esses eletrodos, fw, e a resistência ao escoamento fy dos metais-base compatíveis.

Eletrodo Resistência fw (MPa) Metal-base compatível

E60 415 fy ≤ 250 MPa e espessura t ≤ 19 mm

E70 485 fy ≤ 380 MPa

E80 550 fy ≤ 450 MPa


Dimensionamento de Ligações em Estruturas de Aço
Tensões solicitantes em grupo de soldas

Um grupo de soldas, localizado em um plano xy, submetido a uma força solicitante de cálculo normal ao plano, Fz,Sd, e aos
momentos solicitantes de cálculo no plano, Mx,Sd e My,Sd, está sujeito a tensões normais na direção z.
Os eixos x e y são eixos centroidais (que passam pelo centro geométrico do grupo de soldas).

– Esforços solicitantes gerando tensões normais em um grupo


de solda
Dimensionamento de Ligações em Estruturas de Aço
𝐹𝑧,𝑆𝑑 𝑀𝑥,𝑆𝑑 . 𝐼𝑥 + 𝑀𝑦,𝑆𝑑 . 𝐼𝑦 . 𝑦 − 𝑀𝑦,𝑆𝑑 . 𝐼𝑥 + 𝑀𝑥,𝑆𝑑 . 𝐼𝑦 . 𝑥
𝜎𝑤,𝑆𝑑 = + 2 )
𝐴𝑒𝑤 (𝐼𝑥 𝐼𝑦 − 𝐼𝑥𝑦

Sendo,
Aew = Σlwi awi → área efetiva do metal do grupo de soldas
Ix e Iy → momentos de inércia à flexão em relação aos eixos x e y
Ixy → produto de inércia do grupo de soldas
Iz → momento polar de inércia

Se os eixos x e y, além de centroidais, forem principais (centrais), o produto de inércia do grupo de soldas é nulo:

𝐹𝑧,𝑆𝑑 𝑀𝑥,𝑆𝑑 . 𝑦 𝑀𝑦,𝑆𝑑 . 𝑥


𝜎𝑤,𝑆𝑑 = + −
𝐴𝑒𝑤 𝐼𝑥 𝐼𝑦
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Caso surjam surgem tensões de cisalhamento nas direções x e y:

𝐹𝑥,𝑆𝑑 𝑀𝑧,𝑆𝑑 . 𝑦
𝜏𝑤,𝑥,𝑆𝑑 = +
𝐴𝑒𝑤 𝐼𝑧

𝐹𝑦,𝑆𝑑 𝑀𝑧,𝑆𝑑 . 𝑥
𝜏𝑤,𝑦,𝑆𝑑 = +
𝐴𝑒𝑤 𝐼𝑧
Dimensionamento de Ligações em Estruturas de Aço
Critério de Verificação

Soldas de penetração total


A área efetiva do metal-base, AMB, é igual nos dois elementos conectados, e também é igual à área efetiva do metal da
solda, Aew, que apresenta resistência à ruptura bastante superior à resistência ao escoamento do metal-base compatível.
Basta verificar a resistência ao escoamento do metal-base por tensões normal e de cisalhamento, caso essas tensões
existam:

σMB,Sd ≤ σMB,Rd
τMB,Sd ≤ τMB,Rd

Onde:
σMB,Sd e τMB,Sd são, respectivamente, as tensões normal e de
cisalhamento solicitantes de cálculo no metal-base.
σMB,Rd e τMB,Rd são as tensões normal e de cisalhamento resistentes de
cálculo no metal-base.
Dimensionamento de Ligações em Estruturas de Aço
Critério de Verificação

Soldas de penetração total

As tensões resistentes são:


𝑓𝑦
𝜎𝑀𝐵,𝑅𝑑 =
𝛾𝑎1
0,60. 𝑓𝑦
𝜏𝑀𝐵,𝑅𝑑 =
𝛾𝑎1

Caso atuem tensões normais e de cisalhamento em um mesmo ponto:

2 2
𝑓𝑦
𝜎𝑀𝐵,𝑆𝑑 + 3𝜏𝑀𝐵,𝑆𝑑 ≤
𝛾𝑎1
Dimensionamento de Ligações em Estruturas de Aço
Critério de Verificação

Soldas de filete
Nas soldas de filete, o único estado-limite último aplicável é ruptura por cisalhamento da área efetiva do metal da solda,
Aew. (Figura 5.23) As tensões resistentes são:

0,60. 𝑓𝑤
𝜎𝑤,𝑅𝑑 =
𝛾𝑎2

0,60. 𝑓𝑤
𝜏𝑤,𝑅𝑑 =
𝛾𝑎2

Caso atuem tensões normais e de cisalhamento em um mesmo ponto:


2 2
0,6. 𝑓𝑤
𝜎𝑤,𝑆𝑑 + 𝜏𝑤,𝑆𝑑 ≤
𝛾𝑎2
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Critério de Verificação

A dimensão mínima da perna da solda é limitada em função da espessura da chapa mais fina, para garantir a fusão
adequada dos elementos a serem unidos.
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Elementos de ligação

No dimensionamento de uma ligação, devem ser verificados também os enrijecedores, as chapas de ligação, as
cantoneiras, os consoles e todas as partes ligadas afetadas localmente pela ligação.

Elementos submetidos à tração


Nas chapas de ligação tracionadas de emendas parafusadas, a área líquida efetiva não pode ser tomada com valor
superior a 85% da área bruta. Para outras chapas de ligação tracionadas, a largura, Lwh, a ser considerada no cálculo da
área bruta da seção transversal, é definida como a largura da seção de Whitmore, obtida por uma distribuição das
tensões de tração em um ângulo de 30° a partir do início da ligação, de cada lado, ao longo da linha de ação da força.
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Elementos submetidos à compressão
No caso de chapas de ligação comprimidas, como as chapas de nó (gusset) de treliças, a área resistente também deve ser
determinada pela seção de Whitmore.

Elementos submetidos à força cortante

a) Para o estado-limite último de escoamento


0,60. 𝐴𝑔𝑣 . 𝑓𝑦
𝐹𝑅𝑑 =
𝛾𝑎1
b) Para o estado-limite último de ruptura
0,60. 𝐴𝑛𝑣 . 𝑓𝑢
𝐹𝑅𝑑 =
𝛾𝑎2

Agv = áreas bruta sujeita a cisalhamento


Anv = área líquida sujeita a cisalhamento
Dimensionamento de Ligações em Estruturas de Aço
Elementos submetidos a momento fletor
Deve-se verificar o estado-limite de ruptura, com o momento resistente de cálculo:
𝑍𝑒𝑓 . 𝑓𝑢
𝑀𝑅𝑑 =
𝛾𝑎2

Zef = módulo de resistência plástico efetivo

No caso de vigas com furos ou recortes na mesa tracionada, o momento fletor resistente de cálculo à ruptura é:
𝑓𝑢 . 𝐴𝑓𝑛 . 𝑊𝑡
𝑀𝑅𝑑 =
𝛾𝑎1 . 𝐴𝑓𝑔
Afn = área líquida e à área bruta da mesa tracionada,
Afg = área bruta da mesa tracionada
Wt = módulo de resistência elástico do lado tracionado da seção bruta, relativo ao eixo de flexão.
Dimensionamento de Ligações em Estruturas de Aço
Elementos submetidos a esforços combinados

Deve-se verificar a capacidade resistente desses elementos a tensões combinadas. Aplica-se o critério de escoamento de
Von Mises:

2 2 2
𝑓𝑦
𝜎𝑥,𝑆𝑑 + 𝜎𝑥,𝑆𝑑 𝜎𝑦,𝑆𝑑 + 𝜎𝑦,𝑆𝑑 + 3𝜏𝑆𝑑 ≤
𝛾𝑎1

σx,Sd = Tensão normal solicitante na direção x (positiva para tração) ortogonal entre si
σy,Sd = Tensão normal solicitante na direção y (positiva para tração) ortogonal entre si
τSd = Tensão de cisalhamento solicitante de cálculo no plano formado pelas direções x e y.
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Colapso por rasgamento

Em ligações de extremidade da alma de vigas com a mesa recortada para encaixe e de barras e chapas tracionadas ou
submetidas à cisalhamento e em situações similares, as áreas submetidas a tração e cisalhamento podem se romper
simultaneamente, no estado-limite último colapso por rasgamento.
Dimensionamento de Ligações em Estruturas de Aço
A força resistente de cálculo é dada por:

Anv = área líquida sujeita ao cisalhamento (área bruta, descontando-se a área dos furos)
Ant = área líquida sujeita a tração (área bruta, descontando-se a área dos furos)
Agv = área bruta sujeita a cisalhamento
Cts = coeficiente relacionado ao nível de uniformidade da tensão de tração na área líquida (1,0 em geral)
Exercícios Propostos
Verifique a ligação, supondo agora que as cantoneiras estão soldadas à chapa de aço, utilizando-se eletrodo E70.
Exercícios Propostos
- Colapso por rasgamento da chapa de nó:
Valor de FRd depende do perímetro de rasgamento da chapa de nó, que define as áreas Anv, Ant e Agv e o coeficiente
Cts. No caso, esses perímetros podem ser dois, conforme mostra a figura a seguir:

(a) Perímetro 1:

Anv = Agv = 18 x 0,95 = 17,1 cm²


Ant = (7,62 + 2 + 18 x tg 30°).0,95 = 19,01 cm²
Cts = 0,5
Exercícios Propostos
0,6 × 17,1 × 50 + 0,5 × 19,01 × 50
𝐹𝑟,𝑅𝑑 = = 732 𝑘𝑁
1,35
0,6 × 17,1 × 35 + 1,0 × 19,01 × 35
𝐹𝑟,𝑅𝑑 = = 618 𝑘𝑁
1,35

Fr,Sd = 200 kN < Fc,Rd = 618 kN → Atende

(b) Perímetro 2:

Anv = Agv = 2 x 18 x 0,95 = 34,2 cm²


Ant = 7,62 x 0,95 = 7,24 cm²
Cts = 1,0
Exercícios Propostos
0,6 × 34,2 × 50 + 1,0 × 7,24 × 50
𝐹𝑟,𝑅𝑑 = = 1.028 𝑘𝑁
1,35
0,6 × 34,2 × 35 + 1,0 × 7,24 × 35
𝐹𝑟,𝑅𝑑 = = 800,1 𝑘𝑁
1,35

Fr,Sd = 200 kN < Fc,Rd = 800,1 kN → Atende

- Tração na chapa de nó:


𝐴𝑔 . 𝐹𝑦
𝑁𝑡,𝑅𝑑 =
𝛾𝑎1
Seção de Whitmore:
Ag = 11,55 x 0,85 = 9,81 cm²
9,81 𝑥 35
𝑁𝑡,𝑅𝑑 = = 312,4 𝑘𝑁
1,10
Nt,Sd = 200 kN < Nt,Rd = 312,4 kN → Atende
Exercícios Propostos
0,6 × 34,2 × 50 + 1,0 × 7,24 × 50
𝐹𝑟,𝑅𝑑 = = 1.028 𝑘𝑁
1,35
0,6 × 34,2 × 35 + 1,0 × 7,24 × 35
𝐹𝑟,𝑅𝑑 = = 800,1 𝑘𝑁
1,35

Fr,Sd = 200 kN < Fc,Rd = 800,1 kN → Atende

- Tração na chapa de nó:


𝐴𝑔 . 𝐹𝑦
𝑁𝑡,𝑅𝑑 =
𝛾𝑎1
Seção de Whitmore:
Ag = 28,4 x 0,85 = 24,14 cm²
24,14 𝑥 35
𝑁𝑡,𝑅𝑑 = = 768,1 𝑘𝑁
1,10
Nt,Sd = 200 kN < Nt,Rd = 768,1 kN → Atende
Exercícios Propostos
- Compressão na chapa de nó:

𝜒𝑄𝐴𝑔 𝑓𝑦 𝑄.𝐴𝑔 𝑓𝑦
𝑁𝑐,𝑅𝑑 = λ0 =
𝛾𝑎1 𝑁𝑒
Ag = 0,85 x 28,4 = 24,14 cm² (área definida pela seção de Whitmore)

𝜋 2 𝐸𝐼
𝑁𝑒 =
𝐾𝐿 ²
I = (28,4 x 0,95³) / 2 = 2,03 cm4

L é a maior distância entre a seção de Whitmore a solda

𝜋 2 𝐸𝐼 𝜋 2 . 20000.2,03
𝑁𝑒 = = = 2.974,9 𝑘𝑁
𝐾𝐿 ² 11,6 ²
Exercícios Propostos
2 2
𝜏𝑤,𝑆𝑑 = 𝜏𝑤,𝑥,𝑆𝑑 + 𝜏𝑤,𝑦,𝑆𝑑
τw,x,Sd = 0
𝐹𝑦,𝑆𝑑 𝑀𝑧,𝑆𝑑 . 𝑥
𝜏𝑤,𝑆𝑑 = +
𝐴𝑒𝑤 𝐼𝑧

aw = 0,7 x 0,5 = 0,35 cm

Aew = Σ lw . aw = 0,35. (2 x 18 + 7,62) = 15,28 cm²


Fx,Sd = 0
Fy,Sd = 200 / 2 = 100 kN (em cada cantoneira que forma o duplo L)
Mz,Sd = 0
Exercícios Propostos
100
𝜏𝑤,𝑆𝑑 = + 0 = 6,55𝑘𝑁/𝑐𝑚²
15,28
2 2
𝜏𝑤,𝑆𝑑 = 𝜏𝑤,𝑥,𝑆𝑑 + 𝜏𝑤,𝑦,𝑆𝑑 = 0² + 6,55² = 6,55 𝑘𝑁/𝑐𝑚²
0,6. 𝑓𝑤 0,6.48,5
𝜏𝑤,𝑅𝑑 = = = 21,56 𝑘𝑁/𝑐𝑚²
𝛾𝑎2 1,35

τw,Sd = 6,55 kN < τw,Rd = 21,56 kN → Atende


Dimensionamento de Ligações em Estruturas de Aço
Ligações em base de pilares

As bases de colunas podem ser classificadas em duas categorias:

• bases destinadas a transmitir à fundação forças de compressão e de corte;


• bases para transferência de momento à fundação, além da força vertical e horizontal.

No primeiro caso, a base da coluna é considerada rotulada na fundação, e as tensões de compressão são consideradas
uniformemente distribuídas. Neste caso, não há, teoricamente, necessidade de tirantes de ancoragem, adotando-se
ancoragens construtivas convencionais.

Na segunda, para pequenas excentricidades de carga, as tensões de compressão se estendem por toda superfície de
contato, bastando adotar ancoragens construtivas.
Dimensionamento de Ligações em Estruturas de Aço
Dimensionamento de Ligações em Estruturas de Aço
Dimensionamento de placas de bases rotuladas:

Neste modelo, os esforços de compressão são absorvidos diretamente através da placa de concreto. Já os
esforços de tração na coluna são suportados pelos chumbadores, solidário à placa de base.

Além disso, sendo as forças atuantes somente de compressão, os esforços horizontais, podem ser resistidos
apenas pelo atrito entre a placa de base e o concreto de enchimento.

Entre o topo da fundação e o fundo da placa de base é deixado um espaço mínimo de 25 mm para enchimento
com argamassa, cuja função é transmitir para as fundações os esforços de compressão da placa da base. Por este motivo,
a abertura para enchimento deve ser tal que permita o completo preenchimento do espaço com argamassa, sem vazios
ou falhas.
Dimensionamento de Ligações em Estruturas de Aço
Chumbadores:
Para compor a base das colunas existem diversos tipos de chumbadores, entre eles, chumbadores com chapas
ou porcas na extremidade inferior e chumbadores com extremidade inferior dobrado a 90°.

É importante ressaltar que, segundo o Steel Designe Guide 1, 2a edição, da AISC, o diâmetro mínimo para barras de
chumbadores deve ser de 19 mm (3/4”).
Dimensionamento de Ligações em Estruturas de Aço
Dimensionamento dos chumbadores:
De acordo com a NBR 8800/2008, a área necessária do chumbador só atuando por cisalhamento é dada por:

𝐻𝑢
𝐴𝑛𝑣 =
0,3. 𝑓𝑢
Sendo:
Hu = força horizontal na placa de base
fu = tensão de ruptura do aço do chumbador

Na tração, a área necessária é dada por:


𝑇𝑢
𝐴𝑛𝑡 =
0,56. 𝑓𝑢
Sendo:
Tu = força de tração na placa de base
Dimensionamento de Ligações em Estruturas de Aço
O comprimento de ancoragem é definido pelo AISC (2005) de forma diferenciada para chumbadores com extremidade
inferior a 90° e para chumbadores com extremidade inferior com porca ou chapa.

No caso de chumbadores com extremidade inferior a 90°, são indicadas as expressões:


𝑇𝑢 = 0,56. 𝑓𝑢 . 𝐴𝑐ℎ𝑢

𝑇𝑢
𝐿𝑢 =
1,4. 𝑓𝑐𝑘 . 𝑑𝑐

Sendo:
Achu = área da seção transversal do chumbador;
dc = diâmetro da barra do chumbador;
fck = resistência a compressão característica do concreto;
Lc = comprimento vertical de ancoragem do chumbador;
Para o comprimento Lc, é recomendado utilizar os valores descritos na tabela abaixo:
Lh = comprimento horizontal do chumbador;
Tu = carga axial fatorada de tração. Tipo de aço Comprimento Lc Distância entre
chumbadores
ASTM A36 12.dc 5.dc ≥ 100 mm
ASTM A325 12.dc 7.dc ≥ 100 mm
Dimensionamento de Ligações em Estruturas de Aço
Dimensionamento da placa de base
A espessura da placa base é determinada em função de um percentual da resistência característica do concreto.
De posse da carga axial de compressão Nu, determina-se a área mínima da chapa, cujas dimensões devem ser um pouco
maiores que as dimensões do perfil. Determinam-se a seguir a tensão efetiva no concreto e a espessura da placa.

𝑁𝑢 𝑓𝑐𝑢 𝐶 − 0,95𝑑
𝐴1 = 𝑡 = 1,49. 𝑙. 𝑚=
0,7. 𝑓𝑐𝑘 𝑓𝑦 2
𝐶 = 𝐴+∆ 𝐵 − 0,8𝑏𝑓
𝑁𝑢 𝑛=
𝑓𝑐𝑢 = 2
Δ = 0,5(0,95.d – 0,8.bf) 𝐴1
𝑑. 𝑏𝑓
B = A1 / C 𝑛´ =
4

fy = 25 kN/cm² 𝑡 = 0,30. 𝑙. 𝑓𝑐𝑢

fy = 30 kN/cm² 𝑡 = 0,27. 𝑙. 𝑓𝑐𝑢 Sendo “l” o maior valor entre m, n ou n´, dados nas equações
fy = 35 kN/cm²
abaixo. É importante ressaltar que é recomendável usar placas
𝑡 = 0,25. 𝑙. 𝑓𝑐𝑢
de base com espessura maior que 12 mm.
Exercícios Propostos
18) Dimensionar uma placa de base, tomada como rotulada, com as seguintes combinações de esforços (W310 x
32,7 – Aço MR250)

Comb1: N = -42,8 kN (Compressão) H = 13,67 kN


Comb2: N = 27,7 kN (Tração) H = 2,5 kN
Exercícios Propostos
De acordo com o AISC, o diâmetro mínimo dos chumbadores deve ser 19 mm (3/4”). Assim, utilizando-se de
chumbadores com diâmetro de 19 mm e aço ASTM A36, os chumbadores devem ser verificados para resistir aos
esforços de arrancamento da coluna, conforme o que se segue:

- Área necessária ao cisalhamento:

Considerando fu = 40 kN/cm² e cisalhamento apenas, o diâmetro do chumbador é (usando Hc = 13,7 kN e dois


chumbadores, nc = 2)
𝜋. 𝑑² 𝐻𝑢 𝜋. 𝑑² 13,7
2. = = 2. = → 𝑑 = 0,85 𝑐𝑚
4 0,3. 𝑓𝑢 4 0,3.40

Logo, utilizar o mínimo prescrito: 1,9 cm ou 19 mm.


Exercícios Propostos
- Área necessária à tração:
𝑇𝑢 𝜋. 𝑑² 27,7
𝐴𝑛𝑡 = → 2. = → 𝑑 = 0,89 𝑐𝑚
0,56. 𝑓𝑢 4 0,56.40

Logo, utilizar o mínimo prescrito: 1,9 cm ou 19 mm.

- Comprimento de ancoragem:
𝜋. 1,9²
𝑇𝑢 = 0,56. 𝑓𝑢 . 𝐴𝑐ℎ𝑢 = 0,56.40. = 63,5 𝑘𝑁
4

𝑇𝑢 63,5
𝐿𝑏 = = = 12 𝑐𝑚
1,4. 𝑓𝑐𝑘 . 𝑑𝑐 1,4.2.1,9

- Comprimento total do chumbador:


Lc = 12 . dc = 12 x 1,9 = 22,8 cm = 23 cm
Sendo o comprimento total do chumbador: L = Lc + Lh
L = 23 + 12 = 35 cm
Exercícios Propostos
- Cálculo da placa de base:
Cálculo da área:
𝑁𝑢 42,8
𝐴1 = = = 30,6 𝑐𝑚2
0,7. 𝑓𝑐𝑘 0,7.2

𝐶 = 𝐴+∆

Δ = 0,5(0,95.d – 0,8.bf) = 0,5(0,95.31,3 – 0,8.10,2) = 10,78 cm

𝐶= 30,6 + 10,78 = 16,31 𝑐𝑚

B = 30,6 / 16,31 = 2,83 cm

Como as dimensões não chegam próximos aos valores do perfil e que as dimensões da base devem ser maiores que
o perfil, será adotado – B = 15 cm e C = 35 cm.
Exercícios Propostos
𝐶 − 0,95𝑑 35 − 0,95.31,3
𝑚= = = 2,63 𝑐𝑚
2 2
𝐵 − 0,8𝑏𝑓 15 − 0,8.10,2
𝑛= = = 3,42 𝑐𝑚
2 2
𝑑. 𝑏𝑓 31,3.10,2
𝑛´ = = = 4,47 𝑐𝑚
4 4

- Cálculo da espessura da placa de base:


Fcu = Nu / A1 = 42,8 / 525 = 0,08

No caso deste problema, fy = 25 kN/cm². Então:

𝑡 = 0,30. 𝑙. 𝑓𝑐𝑢 = 0,30.4,47. 0,08 = 0,38 𝑐𝑚 𝑜𝑢 3,8 𝑚𝑚

Como o mínimo recomendado é 12 mm, essa será a dimensão usada.

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