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Onde:
1. Freio;
2. Motor eléctrico
3. União de compensação
4. Redutor de parafuso sem fim/coroa
5. Volante;
6. Polia;
7. Fundamento;
1
Dados da Variante
v [m/s] D [mm] Z
Ft[KN]
6 1.2 950 5
Onde:
2
INTRODUÇÃO
A utilização de máquinas na execução das mais diversas operações, dentro da sociedade visa,
principalmente, a realização de tarefas de uma forma mais rápida e eficiente, permitindo
aumento da capacidade individual de trabalho e produtividade. No entanto, o uso de
máquinas preconiza a tomada de certos cuidados, principalmente com relação a projeção,
dimensionamento, manutenção e conservação. Factores estes que, são determinantes na
melhor eficiência da máquina.Assim o projecto trata de um cabrestante para o levantamento
de carga na zona portuária. Estes mecanismos são aplicados em diversas áreas onde há a
necessidade de atracar navios com materiais, principalmente à granel, em longas distâncias,
em acentuada inclinação entre a recepção do material e o descarregamento, ou quando se
pretende trabalhar ininterruptamente, dia e noite. Os Cabrestantes são amplamente aplicadas
na industria naval, nas pedreiras, nas fabricas de cimento, empacotamento de diversos
produtos à granel, nas zonas portuárias, entre outros.
3
1.1 Objectivos Gerais e Específicos
Projectar de um cabrestante para levantar cargas
4
2 METODOLOGIA
5
Cálculo Cinemático do Accionamento e Escolha do Motor Eléctrico
Estas forças são determinadas com base nas fórmulas (1) e (2)
Onde:
F1 - Força maxima;
F2 - Força minima.
𝐹 1= 𝐹2×𝑒 𝑓𝛼 (1.1.2)
Ft 6
𝐹2 = ↔ = 12 [𝐾𝑁]
𝑒 𝑓𝛼− 1 1.52 − 1
𝐹1 = 𝑒 𝑓𝛼 × 𝐹2 ↔ 1.52 × 12 = 18 [𝐾𝑁]
Onde
Onde:
6
Fr - Força de tensão máxima no cabo, em [kN]
Dt > dc*(e-1)
Sendo que e para o caso especifico do cabrestante ser de 20, No entanto, o diâmetro do
tambor Dt já nos foi dado na tabela inicial da variante, por isso não há necessidade de o
calcular, tendo somente como incógnita o valor do diâmetro de cabo dc que podemos
encontrar por tabela, mas por razões óbvias, iremos procurar resolver a inequação
Dt > dc*(e-1)
Logo
dc*(e-1) < Dt
dc < 50
nt=6000*v/π*Dtcal
onde
7
nt- frequência de rotação do tambor
Sendo v = 1.2 previamente dado na tabela, e sabendo que Dtcal = 1000mm Pela substituição
directa dos valores que representam as variáveis, teremos:
O intervalo do coeficiente varia de 1,2…1,5, vamos optar por escolher o valor intermédio de
modo a calcular com o Dtcal e encontrar um resultado especifico aceitável para as diversas
solicitações posteriores a projecção do nosso mecanismo, assim temos:
Lt = 1,3*950mm= 1,236 mm
P= F1 * v *KS= 18*1.2*1.1= 24
P= 24 Kw
δ = 1,2*dc
δ = 1,2*50 = 60
δ = 60 mm
8
δmax = 0,02 * Dtcal + (6….10)
δmax = 0,02*1000 + 8
δmax = 28mm
B = 400 mm
60000∗𝑣 60000×1.2
nt = [𝑟𝑝𝑚] ,𝑛t= = 24 𝑟𝑝𝑚
𝜋∗𝐷𝑡 𝜋×950
ɳg = ɳ1*ɳ2*ɳ3*…ɳn
onde
9
ɳpsf = 0,80 (rendimento do parafuso sem fim)
ɳr = 0,995 (rendimento de cada par de mancais do rolamento)
ɳu = 0,99 (rendimento de cada união de veios de compensação, elástica)
Assim tem-se
𝜼𝒈=𝜼𝒖.𝒆𝒍𝒂𝒔𝒕∗(𝜼𝒓𝒐𝒍)𝟐∗𝜼𝒑𝒔𝒇∗𝜼𝒖𝒗
𝜂𝑔=0,99∗(0,995)2∗0,8∗0,99=0,78 (78%)
É preciso lembrar que, para o rendimento do parafuso sem fim tomou-se como seu número de
entradas, Zpsf = Z1 = 2, pois quanto maior o número de entradas, melhor a eficiência de
engrenamento, e mais difícil a sua fabricação. Porém, quando o número de entradas é igual à
unidade, tem-se perdas pelo baixo rendimento, e aquecimento excessivo. Portanto, o número de
entradas escolhido possibilita um equilíbrio entre tais aspectos.
A potência requerida no veio do motor eléctrico, em kW, pode se obter pela expressão
𝑃
Pcalc = ɳ𝑔
𝑃 22
Pcalc = ɳ𝑔 = 28.02 kw
0,78
Como a potência dos motores eléctricos é especificada em catálogo, toma-se, na tabela o valor a
seguir mais próximo.
Pcalc = 30 kw
Para motores de uma mesma potência, podemos ter frequências de rotação distintas.
Sendo assim, para este caso, formam-se quatro (4) variantes de motores eléctricos:
10
Tabela 1 Características dos motores eléctricos. Fonte. SITOI RUI
Potencia
Variante Tipo de motor Síncrona Assíncrona
nominal
(kw)
1 4A180M2Y3
30 3000 2945
2 1500 1470
4A180M4Y3 30
Pode se determinar a relação de transmissão geral pela relação entre a frequência de rotações
assíncrona do veio motor eléctrico e a frequência do veio do tambor motor:
𝑛
Ug = 𝑛
𝑡
𝑛1 2945
Ug1 = 𝑛𝑡 = = 122.71
24
𝑛2 1470
Ug2 = 𝑛𝑡 = = 61.25
24
𝑛3 980
Ug3 = 𝑛𝑡 = = 40.83
24
𝑛4 735
Ug4 = 𝑛𝑡 = = 28.20
24
11
Parâmetros escolhidos
Determina-se então a potência realmente consumida em cada veio, com relação aos
rendimentos mecânicos de cada elemento:
Pme = P0 = 30 kw
12
Percebe-se que a potência (útil) no veio do tambor motor calculada antes pela fórmula é
ligeiramente menor. Tal se deve pelas perdas por atrito nos mancais bem como nas uniões.
n2 = nt = 24 rpm
n3 = ncr = nt = 24 rpm
Nota-se que, como o veio do parafuso sem fim une-se com o veio do motor eléctrico, por uma
união elástica, a frequência de rotação de ambos será a mesma . O mesmo se verifica no veio do
tambor motor para o veio da roda de coroa.
9550∗𝑃
T= (N.m)
𝑛
9550∗𝑃0 9550∗30
T0 = Tme = = = 296 Nm
𝑛0 970
9550∗𝑃1 9550∗29.7
T1 = = =292 Nm
𝑛1 970
9550∗𝑃2 9550∗23.64
T2 = = = 9407 Nm
𝑛2 34,4
9550∗𝑃3 9550∗23.29
T3 = = = 9267 Nm
𝑛3 24
13
Tabela 2 Resultados do cálculo cinemático do accionamento. Fonte. SITOI RUI
14
2.1.18 Cálculo da Transmissão de Parafuso Sem Fim/Coroa
Tabela 3 Normas de relação de transmissão para número de entradas do parafuso sem fim.
Fonte: SITOI RUI
Z2/ = i*Z1
Determina-se como
Z2/ = 28*2 = 56
15
2.1.18.3 Momentos Torsores no Parafuso Sem Fim e Roda Coroa
A determinação do torque no parafuso sem fim e na roda coroa dá-se pelas seguintes expressões:
A determinação do torque no parafuso sem fim e na roda coroa dá-se pelas seguintes expressões
P1 2 π n2
T1 ; ω1
ω1 60
T2 T1 i η
Onde:
2 π 970 30 103
ω1 102rad/s T1 294 N m
60 102
T2 294 28 0.80 6586N m 6586103 N mm
Este valor de T2 é diferente do anteriormente calculado. Geralmente o desvio não deve exceder
os 5%, sendo que este é de aproximadamente 0.4%, diferença insignificante e muito abaixo do
limite.
4.5 n 2 3
vs T2 [m/s]
104
Tem-se
16
2.18.5 Escolha do Material da Roda Coroa
Escolhe-se como material do parafuso sem fim, a partir das recomendações aço de construção
com liga temperável, 40X, para norma GOST (também designado 41Cr4 para norma ISO,
temperado para dureza de HRC54, rectificado e polido. Para bronzes ao estanho, a tensão
admissível de contacto determina-se pela expressão.
17
Escolha do Coeficiente de Diâmetro q
q = (0,22…0,4)*Z2
Teremos portanto
limite máximo.
2 E1 E 2
E red
E1 E 2
Onde:
O módulo de elasticidade do parafuso sem fim e da roda coroa, a partir do material escolhido
para ambos, é de 210 ·10³ MPa e 100 ·10³ MPa, respectivamente
Calcula-se:
2×2,1×105 ×0.9×105
Ered = 2,1×105 +0.9×105
= 1.26 × 105 [𝑀𝑃𝑎]
q E red T2
a w ' 0.625 1
z2 3 σ H 2 q
z2
Em mm
18
Onde:
q - é o coeficiente de diâmetro;
z2 - é o número de dentes da roda coroa;
T2 - é torque na roda coroa;
Ered – é o módulo de elasticidade, em [MPa];
[σH] −é a tensão de contacto admissível, em [MPa]
[σH] = (300 − 275) − 25 ×vs - para parafuso sem-fim rectificado e polido, com dureza
54HRC; logo tem-se:
Teremos:
2aw
m'
q z2 [mm]
Teremos:
2 160 320
m' 4.4mm
16 56 72
aw
x' 0.5 (q z 2 ) (21)
m
19
160
x' 0.5 (16 56) 0.8
4
57
i 28.5
z 2 57 . Teremos: 2 .
160
x' 0.5 (16 57) 0.8
4
2.18.9 Determinação dos Diâmetros Primitivos do Parafuso Sem Fim e da Roda Coroa
Os valores de ambos os diâmetros primitivos do parafuso sem fim e da roda coroa podem ser
achados pelas expressões, respectivamente:
d1 q m [mm] (22)
d2 z2 m [mm]
Calcula-se:
d1 16 4 64 mm
d 2 57 4 228mm
20
2.18.10 Determinação da Velocidade de Deslizamento
π d1 n1 z
v1 ; γ arctg 1
60000 q [m/s] e [°]
π 64 970 2
v1 4,53m/s;γ arctg arctg0.0893 γ 7.12
60000 16
v1
vs [m/s]
cosγ
4.53
vs 4.55m/s
cos7.12
Percebe-se que este valor não difere muito do valor antes estimado no ponto 3.2.4., ou melhor,
encontra-se dentro dos limites de vS para o material já escolhido para a roda coroa, e
21
0.03 57 2 57 1 0.17 57 2.9 12.47 6.8
εα 1.92
2.95 2.95
Calcula-se:
π d2 n2
v2 [m/s]
60000
π 228 24
v2 0.3m/s
60000
K H K F Kv K
Onde:
E red T2 K H cos2 γ w
σ H 1.18
d 2w2 d w1 δ'ε α ξ sen(2 α n )
Conforme as recomendações.
22
1.26 103 987.8103 1 cos2 7.12 132.774 109
σ H 1.18 1.18 221.5MPa
2282 89.6 0.87271.92 0.75 sen40 3.763106
Ft 2 K F
F 0.7 YF [ F ] [MPa]
b2 mn
Primeiramente, devemos achar os valores da força tangencial na roda coroa Ft2, o módulo do
dente/filete na secção normal do filete do parafuso sem-fim mn≈ 0 o coeficiente de forma dos
dentes da roda-coroa, Yf e a largura da roda coroa, b2.
2 T2
Ft2
d2 [N]
2 940.7 103
Ft2 8.665103 N
228
Onde:
d a1
- diâmetro de crista externo, [mm]. Este se deduz pela expressão:
d a1 d 1 2m 89.6 8 97.6mm
Toma-se b 2 73mm .
m n m cosγ [mm]
23
m n 4 cos5.1 3.98mm
z2
zv
cos3 γ w
57 57
zv 57.6 60
cos 5.1 0.99
3
8665 1 8492
σ F 0.7 1.40 29.23MPa
73 3.98 290.5
tgγ w
η [%] (37)
tg(γ w ' )
Conforme a tabela em [4], para o valor de v s 4.55m/s , teremos: ' 1,37 . Tal se obtém por
interpolação.
Calcula-se:
tg7.12 0.09
η 0.79
tg(7.12 1.37) 0.09 0.024
24
O valor de rendimento mecânico anteriormente arbitrado era de ɳ = 0,8 Como é óbvio, o valor
real tem uma diferença insignificante, apenas 1.3% aproximadamente, evidenciando a não
necessidade de recalcular a transmissão.
Onde:
d f1
- diâmetro de raiz (fundo);
Onde:
teremos:
c1 =10.4 (interpolado);
c 2 =0.09 (interpolado)
25
b1 87mm .
d a2 m (z 2 2 2x)
[mm] (40)
Onde:
d a2
- Diâmetro externo do dente na secção média da roda coroa.
Onde:
df2
- Diâmetro interno do dente na secção média da roda coroa.
6m
d aM2 d a2
z1 2 [mm] (42)
Onde:
d aM 2
- Diâmetro máximo da roda coroa.
24
d aM2 238.4 244.4mm
4
d aM2 244mm a
Escolhe-se , e como grau de precisão a oitava ( 8 ) classe, conforme as
recomendações em [4], para a velocidade de deslizamento calculada.
26
Cálculo Térmico
A quantidade de calor libertado pela transmissão, em termos de potência, é dada pela fórmula
(40), em (Watt):
𝜙 = 𝑃 × (1 − 𝜂) × 103 [𝑊]
Logo, tem-se:
A quantidade de calor que pode ser dissipado à temperatura máxima admissível do óleo 𝜙1max e
pode ser calculado pela formula (41):
[𝐾 = 15 [ W/m2 °𝐶]
27
[m
Admissível será:
A condição não é satisfeita, pois o calor gerado é superior que calor dissipável 𝜙 ≥ 𝜙1max o
que significa que temos que fazer a refrigeração por água com o coeficiente de troca de calor
igual à
[𝐾 = 24 [ W/m2 °𝐶]
𝑃×(1−𝜂)×103 𝜙
toleo= to + = to + 𝐾×𝐴 [℃]
𝐾×𝐴
O que dá:
6300
toleo= 45 + 24×6.16 = 88 [℃] ≤ [𝑡1max] = [90℃]
A condição é satisfeita
28
Tabela 4 Parâmetros da transmissão, em mm. Fonte. SITOI RUI
29
Tabela 5 Valores do cálculo testador da transmissão, Fonte. SITOI RUI
As forças são dadas em Newton, e tal como nas transmissões por engrenagens cilíndricas de
dentes helicoidais e engrenagens cónicas, no parafuso sem fim e roda coroa existem três tipos de
forças (devido ao engrenamento):
Força Tangencial. Determina-se para o parafuso sem fim, a partir da seguinte equação:
Obtém-se então
30
Conforme as recomendações a forca radial, a força radial na roda coroa determina-se pela
expressão:
As transmissões fazem surgir cargas em consola nas extremidades dos veios, bem como as
uniões de veios. A partir das recomendações, determina-se as forcas em consola, dadas em
Newton, nas uniões dos veios de alta velocidade (de entrada do redutor, isto é, do parafuso sem
fim) e de baixa velocidade (de saída do redutor, ou seja, da roda coroa). Sendo assim, teremos,
respectivamente:
Determina-se então:
31
O esquema de carregamento é apresentado na pagina a seguir. De salientar que o ângulo de
hélice do parafuso sem fim e da roda coroa (inclinação dos filetes do parafuso sem fim e dos
dentes da roda coroa) é para a direita. O torque toma um sentido contrário ao sentido de rotação
do veio do parafuso sem fim (sendo que este é o elemento motriz), enquanto que na roda coroa,
ambos têm o mesmo sentido de rotação.
Segundo SITOI, os veios são membros giratórios que transmitem momentos de torção,
normalmente com secção transversal circular, e que suportam vários tipos de elementos de
máquinas, e obedece-se uma sequência recomendada.
Geralmente os veios dos redutores são feitos de aços de construção temperáveis com médio teor
de carbono, tal como aços de liga. Portanto, escolhe-se para o veio do parafuso sem fim aço de
construção com liga temperável, 40X (sendo que este é o mesmo material do parafuso sem fim),
e para o veio da roda coroa, opta-se por aço 45 (aço de construção ao carbono de qualidade).
para SITOI neste cálculo a flexão não é considerada, e não se consideram as posições dos apoios
ou das forças aplicadas. O seguinte parâmetro é fornecido para veios de redutores e similares,
sendo que os menores valores são para os veios de alta velocidade e vice-versa:
Segundo Escalão
Este escalão esta sob a tampa com vedante e o rolamento, e o diâmetro determina-se pela
expressão:
32
Onde:
Logo:
Terceiro Escalão
33
Figura 1 Esquema de Carregamento do Redutor de Parafuso Sem Fim/Coroa
Portanto, opta-se a tensão tangencial admissível reduzida para o veio do parafuso sem fim
Os veios dos redutores em geral apresentam-se como corpos cilíndricos escalonados. A partir das
recomendações, determina-se as dimensões do veio de alta e de baixa velocidade, constituídos
ambos por quatro escalões. Basicamente determina-se os comprimentos “l” e diâmetros “d” de
34
cada escalão. Conforme as recomendações, arredondam-se os parâmetros para os números da
série normalizada
Primeiro Escalão
Este é o escalão que se une ao rotor do motor eléctrico pela união. Geralmente, o diâmetro deste
escalão determina-se pela seguinte fórmula:
Porém, como é o caso de estar unido ao rotor do motor eléctrico, recomenda-se o seguinte
cálculo:
Onde:
dme - diâmetro do rotor do motor eléctrico. Conforme a tabela dos dados cinemáticos, escolheu
Determina-se o comprimento:
Segundo Escalão
35
Este escalão esta sob a tampa com vedante e o rolamento, e o diâmetro determina-se pela
expressão:
Onde:
Logo:
Terceiro Escalão
Onde:
36
Quarto Escalão
Primeiro Escalão
Corresponde ao escalão que se une ao veio executivo. Determina-se, porém, com parâmetros do
veio da roda coroa.
37
Segundo Escalão
Este escalão se encontra sob o rolamento e tampa com vedante. O seu diâmetro determina-se
com teremos t = 3.5mm
Terceiro Escalão
Quarto Escalão
O diâmetro deste escalão é o mesmo que o segundo, ou seja, d2e4 = d2e2 = 80mm
Tabela 7 Parâmetros Geométricos dos Escalões do Veio da Roda Coroa, Fonte. SITOI RUI
parametros Escalões
1 2 3 4
d2e (mm) 1 0 5 0
l2e (mm) 0 0.0 17.6 9
38
2.2.3. Escolha Preliminar dos Rolamentos
Para JAES os rolamentos são elementos que basicamente permitem uma redução de atrito entre
dois objectos que estão em movimento linear ou circular um em relação ao outro. A sua
aplicação é indispensável em máquinas e accionamentos mecânicos, e a escolha dos rolamentos
que melhor se adeqúem às condições de trabalho do redutor depende de factores diversos.
2.2.4 Escolha Preliminar dos Rolamentos para o Veio do Parafuso Sem Fim
Anteriormente foi dado que a distância interaxial aw = 160mm . Neste caso, conforme as
recomendações, escolhe-se para o veio de alta velocidade rolamentos de rolos cónicos, do tipo
7000 ou radial-axial de esferas, do tipo 36000. Sendo que ambos são adequados para aplicações
onde se deve resistir cargas axiais e radiais (como é o caso da presente transmissão), escolhe-se
os rolamentos de esferas radiais-axiais.
Para a selecção do par de rolamentos optou-se pelo catálogo da SKF. Os rolamentos de esferas
radiais-axiais são também designados de rolamentos de esferas de contacto angular. Tendo em
conta que d1e2 = d1e4 = 45mm, deve-se escolher um rolamento cujo diâmetro do anel interno seja
igual ao diâmetro dos escalões que iram os suportar. Sendo assim, escolhesse: Rolamento de
esferas de contacto angular, uma carreira, 7209 BEP (designação SKF), cujos parâmetros
principais são apresentados na Tabela 6.
39
Onde:
De salientar que no catálogo da SKF, para este rolamento temos r C =138 KN, porém, no site dos
mesmos fabricantes, a carga dinâmica básica é dada em 168KN. Foi tomado o último valor de
carga dinâmica por ser um dado actualizado.
40
2.2.6 Esboço do Corpo do Redutor
O esboço do corpo do redutor apresenta as dimensões principais dos escalões dos veios, os
parâmetros do parafuso sem fim e da roda coroa, a distância entre os pontos de aplicações das
reacções nos apoios, a distância entre a união dos veios e os pontos de aplicação da reacção no
apoio mais próximo, entre outras.
Como forma de evitar o contacto entre os corpos rodantes e a parede interna do corpo do redutor,
deve-se prover uma folga: x=(8…10)mm para a distância entre a roda e o contorno interno das
paredes (escolhe-se x=10mm) e y≥4x para a distância da superfície inferior do parafuso sem fim
O terceiro escalão do veio de baixa velocidade parte, conforme as recomendações, de uma ponta
a outra das paredes internas do redutor. Já o dimensionamento do terceiro escalão do veio de alta
velocidade depende das posições do segundo e quarto escalão. A disposição destes, por sua vez
depende de uma espessura S que parte da face interna do rolamento ao contorno interno do
redutor perto das extremidades da roda coroa (sendo este contorno um arco de raio R).
De seguida são determinados o comprimento entre o ponto de aplicação das reacções para o veio
de alta e baixa velocidade, respectivamente. Sendo a montagem dos rolamentos em esquema 3
para ambos os veios (montagem em X, tendendo a comprimir o veio), o ponto de aplicação da
reacção terá uma distância a da face externa do rolamento (parâmetro este já apresentado
anteriormente, a partir do catálogo da SKF). A seguinte expressão permite determinar
41
Onde:
Por fim determina-se os pontos de aplicação das forças em consola. A Funi está situada a uma
distância uni l que parte desde a reacção do apoio mais próximo à face externa do apoio.
Teremos para o veio de alta e baixa velocidade, respectivamente:
O esboço do corpo redutor será apresentado apenas depois de feito o cálculo testador dos apoios.
Figura 2 orientação no sentido positivo dos eixos de coordenadas para os vectores e momentos
42
2.2.8 Cálculo Para o Veio de Alta Velocidade
Tabela 10 Dados de partida para o cálculo das reacções nos apoios no veio de alta velocidade.
Plano YOZ
A Força axial que “aponta” para o primeiro apoio, gera momento flector. Deve-se portanto
substituir esta força por um momento no mesmo ponto, tal que:
43
De seguida faz-se o somatório das forças e dos momentos:
Pode-se a partir destes dados calcular os esforços internos, dividindo o esquema em trechos.
44
Os diagramas dos momentos flectores e torsores são a seguir apresentados:
45
Figura 8 Momentos Flectores
Plano XOZ
46
Figura 10 Primeiro trecho plano XOZ
47
Figura 12 Terceiro trecho
48
Figura 14 Momentos flectores
A partir destes dados, determina-se a resultante das reacções radiais e dos momentos flectores,
respectivamente, a partir das seguintes expressões:
Onde:
Teremos:
49
2.2.9 Cálculo Para o Veio de Baixa Velocidade
50
Figura 16 Primeiro trecho YOZ.
51
Figura 19 Momentos torsores para o plano YOZ
Plano XOZ
52
Figura 22 Primeiro trecho plano XOZ
53
Figura 25 Momentos torsores para o plano XOZ
54
A perda da capacidade de trabalho dos rolamentos é causada por falhas diversas, embora sendo a
confiabilidade dos rolamentos elevada. O cálculo basea-se em dois criterios:
O primeiro caso aplica-se para casos em que os anéis internos giram à velocidades inferiores a 10
rpm, portanto, não fará parte deste projecto. O segundo, que é o cálculo de longevidade,
considera rotações superiores à 10 rpm.
O factor de segurança estático é aplicado para achar a classificação de carga estática básica
exigida. Este valor é comparado com factores de segurança já especificados e tabelados.
Onde:
Onde:
55
A vida nominal básica de um rolamento é determinada pela expressão:
A margem de vida operacional para cada tipo de aplicação já vem especificado e tabelado, pelo
que compara-se a vida nominal básica com estes valores (ou com a vida útil do accionamento) de
referência para verificar se se satisfaz a capacidade de carga dinâmica.
Onde:
Onde:
56
X - Factor de carga radial para o rolamento;
Para o veio do parafuso sem fim, optou-se por Rolamentos 7209 BEP, cujos dados básicos já
foram apresentados na Tabela 6. A resultante das reacções nos apoios A e B também já foi
determinada.
Rolamento do apoio B
Para o cálculo em horas, teremos, onde n = 965rpm, L10h ≈ 2457 horas, a vida nominal básica
pode se desviar significativamente da vida real em determinada aplicação. Por isso, a norma
ISO 281 utiliza um factor de vida modificado para complementar a vida nominal básica.
Analogamente, a SKF utiliza o factor de modificação de vida para se obter a vida nominal
básica SKF, que se determina pela seguinte expressão:
Onde:
57
a1- factor de ajuste de vida para confiabilidade.
askf - factor de modificação de vida útil SKF para o presente rolamento e em função da
carga dinâmica equivalente, teremos então, em horas (aplicando o mesmo principio.
Percebe-se que este tem uma diferença com o anterior rolamento de 15mm e 6mm para D e B,
respectivamente, Sendo L=191mm, e, portanto, l=L-2a=171-2·43=105mm, a distância entre
os pontos de aplicação das reacções mantêm-se, e evidentemente, teremos os mesmos valores
de reacções. Embora este rolamento, sem dúvidas, suporta a carga dinâmica requerida e
possui vida nominal acima de t⅀, (o cálculo iria confirmar esta afirmação), o seu
inconveniente é gerar sobredimensionamento do veio de alta velocidade. Se tivéssemos
apenas B maior, não haveria necessidade de redimensionar o veio, apenas o quarto escalão.
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Sendo assim, por motivos de custo, este rolamento também não será escolhido. Parte-se para
a escolha de um rolamento de rolos cónicos. Prefere-se um rolamento que tenha o diâmetro
externo igual ao do rolamento previamente seleccionado. Opta-se por Rolamento de rolos
cónicos 33209 (ISO 3DE).
De salientar que C está dado em 108 KN, porém este mais actualizado, está dado em 132 KN
A escolha deste rolamento permite redimensionar somente o quarto escalão do veio, já que a
distância até a espessura S mantém-se em 10mm. Para se verificar a resistência à carga
dinâmica do presente rolamento, deve-se novamente calcular as reacções nos apoios A e B.
Com L=205mm, teremos l=161.6mm, e portanto,
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Plano YOZ
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Figura 31 Terceiro trecho
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Plano XOZ
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Figura 36 Segundo trecho
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A resultante das reacções será:
Lnmh ≈ 159850 horas. A resistência à carga dinâmica para o presente rolamento é satisfeita.
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Rolamento do apoio A
Este apoio somente suporta carga radial, e é de esperar que a resistência à carga dinâmica será
satisfeita. Mesmo assim deve-se calcular.
Em horas de funcionamento
Para o veio da roda coroa, optou-se pelo rolamento de rolos cónicos 32016 X, cujos parâmetros
se encontram na Tabela 7. a resultante das reacções nos apoios C e D também já foi determinada.
Rolamento do apoio D
Este é o rolamento que suporta a carga axial. O factor de cálculo e=0.43, para o rolamento dado
É notório que a vida nominal básica excede a vida útil do mecanismo. No entanto, a diferença
elevada. Geralmente para estes casos busca-se aplicar um rolamento de série mais baixa, e até
sendo suficiente um rolamento rígido de esferas, devido a baixa carga axial presente. Pesquisas
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feitas demonstram que, em termos de custos e dimensionamento, não seria viável aplicar outro
tipo de rolamento:
Para os casos de rolamentos de esferas angulares de série baixa, não iriam alcançar vida
útil favorável. Os de série media e alta implicariam sobredimensionamento.
Os rolamentos rígidos de esferas, como é o caso de 6216, iria até superar a vida útil do
mecanismo, porém, como o diâmetro externo é maior (com uma diferença de 15mm),
implicaria sobredimensionamento e elevado custo. Os de série baixa não alcançariam a
vida útil, o que implicaria a troca dos mesmos antes desta.
O cálculo principal dos veios é a sua resistência à fadiga. Existem outros cálculos como a
resistência à carga estática, à vibrações e à rigidez. Salienta o mesmo autor, que na pratica, a
fadiga é a principal causa de falha dos mecanismos. Somente ira se considerar o cálculo testador
à fadiga. Escolhe-se o coeficiente de segurança, cuja verificação dá-se na secção pertinente, ou
seja, com tensões máximas ou concentrações de tensões.
Onde:
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Tem-se
Onde:
Inicia-se por determinar as amplitudes das tensões cíclicas. O escalão do veio mais carregado é o
que comporta os apoios.
Sabe-se que para o veio de alta velocidade escolheu-se como material o aço 40X, temos:
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Consta também, para o aço em causa, que o limite de resistência
A partir dos dados dos diâmetros dos escalões, a altura de ressalto t, e o raio de curvatura r (t =
4mm e r = 2mm) teremos:
Escolheu-se previamente como material do veio da roda coroa aço 45, assim tem-se
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Como a condição é satisfeita. Portanto, ambos os veios resistem à fadiga.
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CONSTRUÇÃO DA TAMPA E DO CORPO DO REDUTOR
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7. Diâmetro dos parafusos de fixação da tampa do redutor ao corpo perto dos rolamentos
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16. Distância entre a parede interna da tampa do redutor e diâmetro externo da coroa
17. Distância entre o eixo do parafuso sem fim e a parede inferior interna do fundo do corpo do
redutor.
18. A recomendação preliminar foi de escolher rolamentos cónicos ou de esferas angulares para
ambos veios. Porém, após o cálculo testador dos apoios, escolheu-se definitivamente rolamentos
de rolos cónicos para o veio de alta velocidade e d e baixa velocidade.
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Onde:
20. Comprimento do segundo escalão que se projecta para o exterior da tampa do rolamento
21. Definição da posição dos pontos de aplicação das reacções dos apoios
a) Para o veio de entrada, com a escolha de rolamentos de rolos cónicos 33209, temos que a
distância entre os pontos de aplicação das reacções é:
b) Para o veio de saída, com a escolha de rolamentos rígidos de esferas 6216, a distância entre os
pontos de aplicação das reacções parte dos centros dos rolamentos, sendo:
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23. Dimensões exteriores do redutor.
Largura do redutor
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SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO
A altura do mergulho do parafuso sem-fim que parte da base do diâmetro primitivo determina-se
por:
A altura do óleo desde a base do redutor até hm é a soma deste, com y e com o módulo m, dando
aproximadamente 54mm
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4.3 Lubrificação dos Rolamentos
Os rolamentos são lubrificados pelo mesmo óleo do redutor. O parafuso sem-fim fica
parcialmente submerso no óleo, o par de rolamentos do veio de alta velocidade também é
lubrificado, pois o corpo rolante inferior (o rolo cónico) deste fica parcialmente submerso,
permitindo uma lubrificação contínua do rolamento.
Para o par de rolamentos do veio de baixa velocidade que se encontra na parte superior do
redutor, é previsto colectores que sugam o óleo nas extremidades da roda coroa, que por sua vez
flui por canais previamente preparados até aos rolamentos, efectuando uma lubrificação contínua.
O Controlo do nível de óleo será feito por uma vareta de nível, por ser mais fácil para inspecção,
de simples construção e confiável o suficiente.
As chavetas permitem a transmissão de torque do eixo para o elemento montado, podendo ser
um cubo, união e vice-versa. Em primeiro lugar escolhe-se a partir dos dados a chaveta
apropriada para unir o ambos os veios da transmissão às respectivas uniões elásticas, e o cubo da
roda coroa com o veio. De seguida faz-se o cálculo de esmagamento. O critério de esmagamento,
conforme as regras estabelecidas.
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4.6 Veio de Alta Velocidade
Parâmetro Grandezas
Diam. Superior
Elemento da roda
Diam. Interno
Espessura
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Largura
Diam. Interno
COROA
Diam. Externo
Espessura
Comprimento
Cubo
Espessura
Raios de arredondamento e
Disco inclinação
Furo
Tabela 15a. Especificações da chaveta para o veio de baixa velocidade ligada ao cubo.
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Chaveta para união do veio com união elástica
Tabela 15b, Especificações da chaveta para o veio de baixa velocidade ligada a união elástica.
T3 designa Clima tropical e união “selada” (protegida do ambiente externo, sem manipulação
artificial do ambiente interno).
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Tabela 17 Parâmetros principais para o segundo acoplamento, Fonte. SITOI RUI
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6. CONCLUSÃO
O motor escolhido para o Cabrestante, por outro lado, acrescenta os custos do mecanismo, sendo
este caro. Iria excluir a necessidade do primeiro acoplamento (posto que o veio do motor seria
unido à polia da transmissão por chaveta). Permitiria melhor equalizar as relações de transmissão
e produzir torque necessário no veio executivo sem necessidade de um motor pesado. Embora
tais possibilidades, compreende-se que, pelo facto exposto no segundo paragrafo, embora a
elevada diferença de torque e rotação entre o veio de entrada e de saida, a escolha deste redutor
contrabalança o custo do motor.
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7, REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Sitoe, Rui V., Cálculo de transmissão por parafuso sem fim-coroa, Maputo, 2006
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