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Análise e dinâmica da competição
ANÁLISE E DINÂMICA DA COMPETIÇÃO
Quem não sonhou um dia em assistir à sua ideia de negócio se concretizar? Mas será que todos os sonhos
se tornam realidade?
Estudo de Caso
Os amigos Carlos e Bruno foram demitidos quase simultaneamente de duas montadoras, em função
de uma crise econômica. Carlos trabalhava no setor de desenvolvimento de novos produtos e sempre
foi um apaixonado por ciclismo. Bruno, mais introvertido, desenvolveu sua carreira em uma
multinacional, com invejável competência em controladoria, e hoje é considerado exímio profissional
na sua atividade.
Diante da nova realidade, resolveram lançar um novo negócio de bicicletas e acessórios. Carlos
desenhou uma nova bike, de modelo ainda não existente no mercado; Bruno realizou um plano de
negócios prevendo, para o primeiro ano, uma meta de venda realista, em função da atual situação
econômica, mas projetando um crescimento rápido nas vendas, pois a bike que lançariam seria uma
inovação.
Vários investidores mostraram interesse pelo negócio e fizeram propostas para entrar na sociedade.
Carlos e Bruno, após avaliarem as propostas, acordaram com um dos grupos interessados, que
investiu na empresa R$ 2 milhões. Para os empreendedores, o êxito estava garantido e para os
investidores, o retorno era certo.
Por entusiasmo e pressão dos investidores, o plano de negócios foi refeito, prevendo metas de venda
mais ousadas e mais rapidez no retorno do investimento. O teste de lançamento do produto tinha sido
um êxito, os investimentos possibilitariam a compra de novos equipamentos e o consequente aumento
de produção da nova bike tão cobiçada. Novos funcionários foram admitidos e Carlos agora estava
focado em otimizar a produtividade de sua empresa para ganhar confiança dos novos investidores.
Contudo, mesmo sem deterioração da situação econômica e com um número de clientes que pouco se
alterou desde os primeiros meses de atividade, a empresa começou a sofrer dificuldades financeiras, a
partir do primeiro ano de existência. Isso aconteceu porque a concorrência lançou modelos de bike
também sofisticados e os representantes comerciais de Carlos e Bruno não conseguiam alcançar as
metas de venda projetadas. Passado pouco tempo, a empresa solicitou recuperação judicial.
Agora, abordaremos a forma como as empresas utilizam seus ativos na busca de vantagens que permitam
diferenciação em mercados de elevada competitividade, possibilitando sua sobrevivência e seu
desenvolvimento.
Os recursos disponíveis nas organizações podem ser tangíveis, como máquinas, equipamentos, pessoas e
finanças, ou intangíveis, como informação e conhecimento. Em regra, nas empresas, os recursos são
classificados nas seguintes categorias (JOHNSON et al., 2011, p. 83):
Recursos financeiros: capital inicial, dinheiro disponível, débitos e créditos, além de fontes de recursos
como acionistas, banqueiros etc.
Recursos humanos: perfil demográfico, habilidades e conhecimento dos funcionários, bem como dos
demais colaboradores na rede da organização.
Capital intelectual: recurso intangível, que inclui patentes, marcas comerciais, sistemas de negócios e
bases de dados sobre clientes. Uma indicação do valor de tais itens se mostra quando os negócios são
vendidos e parte de seu valor é a "reputação". Numa economia baseada em conhecimento, o capital
intelectual deve ser um bem importante para muitas organizações.
O sucesso empresarial não está relacionado somente à quantidade de cada recurso existente na empresa,
mas, também, à forma como são administrados, ao relacionamento entre colaboradores, fornecedores e
clientes, e, sobretudo, aos processos de gestão do conhecimento na empresa. Ou seja, os resultados de uma
empresa dependem da sua eficiência e eficácia. Eles também estão relacionados às competências
empresariais, que são as habilidades e as capacidades por meio das quais os recursos são disponibilizados
eficazmente, a partir das atividades e dos processos de uma organização.
As capacidades de uma empresa podem ser classificadas de acordo com o tipo de recursos e competências
que ela apresenta.
Recursos iniciais: são aqueles exigidos para atender às mais básicas solicitações dos clientes.
Recursos Competências
Conforme podemos observar, o objetivo de qualquer empresa é maximizar o seu retorno, e, para isso, deverá
otimizar os recursos e as competências de que dispõe. Assim, a escolha da estratégia correta é o ponto de
partida para as empresas obterem retorno acima da média.
Modelos I/O e RBV com retornos acima da média
Existem dois modelos indicativos daquilo que a empresa deve fazer para maximizar o retorno:
Ambos os modelos estão baseados na análise do ambiente externo e na capacidade estratégica da empresa,
porém, eles se diferenciam na forma como hierarquizam esses elementos analíticos.
Para o Modelo I/O (Modelo de Organização Industrial), o sucesso da implantação de uma estratégia
empresarial é consequência das características do ambiente externo. Segundo esse modelo, o ambiente
externo exerce influência dominante sobre as ações estratégicas da empresa, que busca retornos acima da
média, sobrepondo-se às escolhas que os gerentes fazem no interior das organizações (HOSKISSON et al.,
2009).
O Modelo I/O de retornos superiores parte de uma análise do ambiente para identificação da melhor
estratégia, e, na sequência, desenvolver habilidades internas, que sejam utilizadas no processo de
implantação da estratégia.
O ambiente externo impõe pressões e limitaço ̃es que determinam as estratégias que
resultem em retornos acima da méd ia.
A maioria das empresas que concorre em um setor específico controla recursos relevantes
estrategicamente, similares e efetiva estraté gias similares com base nesses recursos.
Conforme o Modelo I/O, a empresa realiza retornos superiores à média quando implementa a estratégia
ditada pelas características dos ambientes exteriores, do setor de atividade e da concorrência. O êxito da
estratégia depende, então, da desenvoltura da empresa, em desenvolver habilidades internas necessárias
para implantação das estratégias requeridas pelo ambiente exterior.
O Modelo Baseado em Recursos (RBV) sugere que o desempenho de uma empresa pode ser explicado pela
maneira como são geridos e utilizados os seus recursos, definidos como todos os ativos, capacidades,
processos organizacionais, atributos, informações e conhecimentos controlados que permitem conceber e
adotar as estratégias que melhorem sua eficiência e efetividade.
A visão baseada em recursos é fundamentada na perspectiva de que o ambiente interno de uma empresa,
em termos de recursos e capacidades, é mais crítico para a determinação da estratégia do que o ambiente
externo. Em vez de se concentrar na acumulação de recursos necessários para implementar a estratégia
ditada por condições e restrições do ambiente externo, a visão baseada em recursos sugere que os recursos
únicos de uma empresa fornecem a base para uma estratégia que, por isso, deve ser escolhida de forma a
permitir que a empresa explore melhor suas competências essenciais relativas às oportunidades no
ambiente externo.
Estudo de Caso
Vantagem competitiva de uma franquia no segmento de chocolates finos: um estudo na perspectiva resource-based
view.
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Contrário ao Modelo I/O, que partia de uma análise do ambiente externo para desenvolver capacidades
internas, o Modelo RBV, primeiramente, identifica e hierarquiza os recursos internos para, a seguir,
determinar a capacidade de a empresa superar seus concorrentes, com base nesses recursos, e, finalmente,
identificar setores que possam ser explorados pelos recursos e capacidades da empresa e que possibilitem
auferir retornos acima da média (HOSKISSON et al., 2009, p. 17).
Eficiência de custos
A eficiência de custos é uma capacidade estratégica decisiva e, em muitos casos, serve de base para o
estabelecimento de vantagens competitivas. Para a maioria das empresas, a eficiência de custos é uma
capacidade estratégica inicial, pois consumidores, cada vez mais, utilizam a relação custo/benefício como
critério de compra, uma vez que um produto de elevada qualidade deve ter um preço (custo) compatível. Se
isso não acontecer, o consumidor optará por outro similar. Outra razão que leva a considerar a eficiência
como capacidade inicial tem a ver com a rivalidade existente na oferta de produtos similares em suas
características físicas, muitas vezes, somente diferenciados pelo preço.
2. Custos no fornecimento: sã o particularmente importantes para organizaço ̃es que agem
como intermediá rias, em que o valor agregado em suas próprias atividades é baixo e a
necessidade de identificar e gerenciar custos de insumos é muito importante para o êxito
dos negócios.
A vantagem competitiva pode ser alcançada com a utilização de recursos únicos, como é o caso de uma
localização privilegiada dos campi de uma universidade, junto a estações do metrô, ou com produtos ou
serviços patenteados. Esse tipo de vantagem também pode ser alcançado com base em competências
exclusivas, como é o caso de um hospital, que conta com um médico altamente especializado em
determinada doença. No entanto, devem ser consideradas algumas condicionantes das competências
exclusivas, entre elas:
Dificuldade em imitar, ou, se possível, ser inimitável por parte dos concorrentes. Para isso,
as competências devem ser complexas e estar enraizadas na cultura da organização. Além
disso, os concorrentes devem considerar penoso detectar as causas e os efeitos que
sustentam a vantagem da organização.
Leia o material indicado e aprofunde o conhecimento sobre as três principais razões que
levam ao aspecto inimitável das estratégias.
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788577808007/pageid/86
Alcançar uma vantagem competitiva sustentável também significa evitar o risco de substituição, que poderá
ocorrer se forem eliminados recursos, como é o caso da substituição da TV analógica pela digital, ou, ainda,
na substituição de alguma competência, como no caso da substituição da produção manual pelas
impressões 3D.
A partir de uma visão das organizações baseada em recursos, os gerentes precisam avaliar se suas
empresas têm capacidades estratégicas capazes de alcançar e sustentar a vantagem competitiva. Para
tanto, precisam pensar em como e para qual propósito suas capacidades estão voltadas.
b. Raras.
c. Inimitáveis.
d. Insubstituíveis.
Se tais capacidades para vantagem competitiva não existem, então, os gerentes devem analisar se é possível
desenvolvê-las (JOHNSON et al., 2011, p. 91).
A dinâmica das alterações ambientais tem se acentuado após a Terceira Revolução Industrial, quando foram
desenvolvidas novas tecnologias de informação e comunicação. Essas tecnologias serviram de base para
uma nova fase, que transformará a forma como o ser humano se relaciona, como as empresas produzem e
como os consumidores satisfazem suas necessidades.
Fazem parte dessa nova realidade, designada revolução 4.0: a automação industrial, a computação em
nuvem, a internet das coisas e as fábricas inteligentes. Nessas condições, a capacidade das empresas para
desenvolver novas competências que melhor se adaptem à dinâmica das alterações ambientais tornou-se
um fator crítico para a consolidação das vantagens competitivas.
Em condições estáveis, uma vantagem competitiva pode ser alcançada pela construção de competências
essenciais duráveis ao longo do tempo; já em condições mais dinâmicas do mercado, a vantagem
competitiva deve ser desenvolvida aumentando a capacidade de mudar, inovar e aprender, criando
capacidades estratégicas dinâmicas.
Aprofunde seu estudo sobre capacidade estratégica, entendendo a relação dos conceitos de
Resultados, Competências, Atitudes, Conhecimentos, Comportamentos e Habilidades,
acessando o artigo indicado.
Do Modelo Cha ao Conceito do Cubo de Competências
"É um termo que pode ser definido de acordo com vários contextos psicológicos: 1)
Predisposição adquirida e relativamente duradoura para responder de um modo coerente a
uma dada categoria de objetos, conceitos ou pessoas. Essa predisposição ou tendências
inclui componentes manifestos (motores), ideacionais (crenças) e afetivos (emocionais). 2)
Estado mental persistente que possibilita ao indivíduo responder prontamente a determinado
objeto ou categoria de objetos, não como eles são, mas como o indivíduo pensa que eles são.
A atitude não é diretamente observada, mas inferida da coerência dessa resposta. 3)
Somatório das relações básicas (positivas e negativas) entre o eu e seus objetos: tolerância-
preconceito, simpatia-antipatia, receptividade-repulsa, altruísmo-egoísmo. A atitude representa
uma fusão de elementos afetivos e comportamentais que não foram adquiridos formal e
conscientemente, mas de um modo incidental, do nosso meio social."
Nessa mesma linha, diversas teorias sobre atitudes trazem, em comum, os elementos acima,
que podem ser sumarizados na figura a seguir.
De fato, a literatura sobre gestão e psicologia organizacional faz frequente menção ao Modelo
CHA, no qual conhecimentos dizem respeito a: saber, habilidades, saber fazer, atitudes e
querer fazer.
A dimensão do saber, como apresentada acima, não implica apenas a apreensão cognitiva das
informações concernentes ao problema ou à situação com que o indivíduo está lidando.
Implica, também, a ação prática que transformará essa apreensão em algum resultado. Por
exemplo, ao "saber agir", a pessoa deve "julgar, escolher e decidir", que implica cognição e
reação.
A atitude não pode prescindir das habilidades (fluência ou maestria), expressos na ação do
trabalho. - Por exemplo, como "criar sinergia e mobilizar recursos e competências,
compreender, trabalhar, transmitir informações, conhecimentos, trabalhar o conhecimento e a
experiência.
A atitude não pode prescindir das tendências comportamentais que farão um indivíduo reagir,
de forma natural, a esse ou àquele problema ou situação apresentada. Por exemplo, "ser
responsável, assumindo os riscos e as consequências de suas ações e sendo, por isso,
reconhecido". Isso pressupõe que o indivíduo tenderá a assumir mais ou menos riscos, a
depender de sua inclinação comportamental diante da mesma situação.
Ora, comportamento, então, tem a ver com o desejo expresso por um querer, prazer, ter
vontade interna, ter características para tal. Algo que possa ser previsível. Em nossa
terminologia, significa o estilo comportamental que faz um indivíduo considerar algumas
atividades prazerosas e energizantes e outras, ao contrário, desgastantes e sugadoras de
energia. Exemplo: o quanto de prazer um indivíduo pode ter realizando uma tarefa minuciosa e
detalhista por um longo período e, ao mesmo tempo, outro indivíduo achar essa mesma tarefa
extremamente desagradável.
A partir das necessidades organizacionais, são definidas atividades e metas, para cada uma
das funções. Para o pleno exercício da função ou do cargo, é necessário o atendimento aos
três elementos: conhecimentos, comportamentos e habilidades. Dessa forma, o atual ou
futuro ocupante da função deve deter os conhecimentos necessários, atender às exigências
comportamentais do cargo e possuir níveis adequados de habilidade. Ao trabalhar de maneira
sincronizada e sinérgica, esses três elementos, com foco na função, o profissional
apresentará a atitude de excelente desempenho.
O CUBO DE COMPETÊNCIAS
Como conceito, a função terá sempre a forma de um cubo perfeito, pois indica a simples
soma de cada um dos fatores isolados, aos quais foi atribuída a nota 1. Para as pessoas que
serão avaliadas, tendo em vista a função, as notas variam em um intervalo de 0 a 1. Logo, se
uma pessoa obtém 0 nos três fatores, ela será representada por um simples ponto no centro
do cubo. Apresentando desníveis nos três elementos, teremos diversas variações entre linha,
triângulo e hexaedros imperfeitos, de diversos tamanhos.
O entendimento claro das atividades a serem exercidas na função em conjunto com três
elementos possibilita à pessoa demonstrar atitudes de excelente desempenho. Se a
organização oferecer a essa pessoa tecnologia, processos, sistemas, recursos materiais e
entre outros fatores, de uma boa gestão, fatalmente ela gerará os resultados desejados. De
fato, sozinhos, os conhecimentos, os comportamento ou as habilidades são incapazes de
operar a mágica da geração de resultados.
Cada vez mais as empresas exigem de seus profissionais, competência, formação acadêmica
adequada, flexibilidade, capacidade de adaptação e talento para vencer, mas, em geral, não
dizem quais os comportamentos que esperam dos profissionais que estão contratando. De
fato, uma afirmação frequentemente observada é:
"Contratamos as pessoas por suas habilidades técnicas e demitimos essas mesmas pessoas
por suas falhas comportamentais ou por não se adequarem ao cargo ou à função para o qual
foram contratadas".
As empresas esperam que seus profissionais sejam motivados e que tenham competência
para conduzir seus objetivos estratégicos, mas quase sempre desconhecem seus talentos e,
por isso, muitas vezes, alocam em áreas que absolutamente nada têm a ver com suas
naturezas.
Os profissionais, por sua vez, nem sempre buscam conhecer seus talentos e acabam por se
deixar levar por algo que não os estimulam e, com isso, perdem muitas vezes a oportunidade
de se tornarem de fato "Profissionais de Futuro".
Não apresentam conhecimentos, comportamento nem habilidades para o que estão fazendo.
Denominamos caóticos.
Olhe um pouco para os lados e procure identificar na sua organização ou na sua "tribo" os
caóticos. São aqueles em que a medida dos três elementos, nos eixos do Cubo, é
praticamente nula, ou seja, não possuem conhecimentos ou os tem em um nível muito baixo,
apresentam um comportamento inadequado para a função e não apresentam habilidades para
seu exercício. Mesmo assim, eles estão lá e não sabemos por que razão...
Tente identificar os teóricos. Eles parecem deter todo o conhecimento do mundo, mas
também têm incapacidade de fazer as coisas acontecerem. São verdadeiras bibliotecas
ambulantes. É aquele profissional que fez todos os cursos de vendas e conhece todos os
modelos de vendas do mercado, apenas não consegue vender.
São aqueles profissionais que se adaptam a qualquer situação, pois conseguem atuar em
qualquer papel. Ler, para eles, é uma perda de tempo, coisa de "nerd". O seu lema é "pode
mandar que eu aparo no peito e chuto fácil para o gol". Se realmente as qualificações técnicas
e de habilidade para aquela função se mostrarem necessárias, a máscara cairá.
São os habilidosos.
Esse tipo pode desempenhar uma tarefa com muita maestria, mas de modo mecânico, sem
pensar no que está fazendo, e, se o problema, o ambiente, as circunstâncias ou as exigências
mudarem um pouco, já não será capaz de prosseguir na mesma fluência. É o digitador que
trabalha muito rápido, mas, perguntado sobre o conceito expresso no texto, não terá a mínima
ideia a respeito.
São os inexperientes.
Falta-lhes a prática, o treinamento para aproveitar o potencial que possuem e exibir as atitudes
de alta performance que trarão resultados para as empresas. Se houver dedicação,
treinamento e prática constante, chegarão ao status de talentosos.
O risco desse tipo de situação é não ser sustentável, pois indivíduos que desempenham bem,
embora não sejam comportamentalmente adequados a ela, em algum momento podem parar
de adquirir os conhecimentos necessários ou até mesmo treinar mais, transformando-se em
caóticos ou meramente habilidosos. Quando novas exigências ou demandas surgirem, ele não
estará preparado.
Profissionais assim podem estar abraçando uma nova atividade, um novo projeto ou mesmo
um novo campo de trabalho, em que seus conhecimentos são ainda insuficientes. Ou então
são profissionais experientes, mas que se deparam com novas tecnologias, metodologias,
ferramentas e necessitam se atualizar. Dentro de nossa premissa "é mais fácil adquirir
conhecimento do que mudar comportamentos", suportada por pesquisas, trata-se de um
problema contornável, pois o que não falta, atualmente, são cursos e plataformas de acesso
ao conhecimento.
Eles trazem os resultados, por exibirem atitudes da alta performance, e sabem que devem se
atualizar sempre, treinar cada vez mais e mergulhar no autoconhecimento para continuar seu
processo de desenvolvimento comportamental permanentemente. Portanto, são as "joias da
coroa" da organização e devem ser apoiados. Porém, a responsabilidade por sua carreira é
exclusivamente deles e sabem disso.
Outro aspecto importante é que os três componentes podem ter pesos iguais ou relativos, a
depender da função, de acordo com o cargo em questão. Vale lembrar que o comportamento
assume, nessa perspectiva, um papel preponderante, porque o "querer fazer" necessita da
aptidão ou do talento, ou seja, da combinação dos fatores DISC, que proporcionará a natural
busca e absorção de conhecimentos necessários, além da vontade de praticar, que
proporcionará a habilidade necessária.
Para o exercício de uma determinada função numa empresa, o indivíduo terá examinados os
conhecimentos, por meio de uma bateria de testes, exames, provas específicas e,
principalmente, as competências necessárias. Terá também avaliado o nível de habilidade
requerido, por meio de práticas anteriores (experiência na função e avaliações positivas de
antecedentes dessas práticas), horas de treinamento, simulações, estudos de caso e outras
técnicas. Para o comportamento, terá sua avaliação de perfil comportamental DISC
comparada com o perfil DISC do cargo. A pontuação de um candidato estaria no intervalo de 0
e 1 de adequação para cada um dos elementos. Como medir a adequação total na modelagem
C1C2H=A? E como compará-la com outros candidatos? Ilustramos com um exemplo.
Embora o Candidato C demonstre mais conhecimento que os demais, seu nível final de
adequação é de 0,73, estando em terceiro lugar. Apesar do nível de habilidade do Candidato B
ser o maior, dentre os três, ele está em segundo lugar.
Cabe aqui a pergunta: o comportamento sempre pesará mais numa avaliação final de
adequação? Nossas observações indicam que não, isso porque, em alguns casos, o peso do
conhecimento ou mesmo da habilidade pode sobrepor-se aos aspectos comportamentais. Um
piloto de corrida que não conheça todos os conceitos acerca do automóvel e que tenha um
comportamento questionável poderá ter uma habilidade técnica perfeita necessária para
ter sucesso nas pistas. Cargos ou funções que tenham necessidade de relacionamentos,
longa duração na posição, grandes níveis de persistência, entre outros, normalmente, têm
indicado que o aspecto comportamental assume importância fundamental.
Isso porque é improvável que indivíduos com níveis muito diferentes de conhecimento sejam
cogitados para ficar entre os finalistas de um processo seletivo. além disso, entre candidatos
com níveis parecidos, embora não idênticos, de conhecimentos e habilidades, a experiência
mostra que contratar o perfil comportamental adequado permite ao indivíduo potencializar seu
talento natural e trazer os resultados, dentro do escopo de sua função, para a empresa.
RESUMO
Na modelagem ETALENT:
Resultados (melhores ou piores) de uma organização são produto de atitudes (alta, média ou
baixa performance) de um profissional.
Estudo de Caso
Com o decorrer do tempo, o negócio não prosperou, pois Carlos e Bruno não avaliaram se a empresa
possuía capacidades estratégicas capazes de sustentar essa vantagem competitiva, que, embora
valorizada pelos compradores, não era inimitável.
A forma como a empresa se adéqua e se utiliza dos recursos e competências que possui
b para sobreviver e prosperar é designada capacidade estratégica.
VERIFICAR
As competências gerenciais são inatas e não podem ser adquiridas, somente aprimoradas
e por meio de experiência ou estudo.
VERIFICAR
Uma das hipóteses do modelo I/O é que o ambiente interno impõe pressõ es e limitaç ões
b que determinam as estratégias que resultem em retornos acima da mé d ia.
Para o modelo baseado em recursos (RBV), o desempenho de uma empresa pode ser
c explicado pela maneira como são geridos e utilizados os seus recursos.
A visão baseada em recursos tem a perspectiva de que o ambiente externo é mais crítico
d para a determinação da ação estratégica do que o ambiente interno.
O modelo RBV, em primeiro lugar, identifica setores que possam ser explorados pelos
e recursos e capacidades da empresa e que possibilitem auferir retornos acima da média.
VERIFICAR
VERIFICAR
A obtenção de retornos acima da média leva os gerentes a examinar
cuidadosamente quais atividades de suas empresas são especialmente
importantes, no estabelecimento de vantagens competitivas, e quais
capacidades estratégicas lhes são inerentes, sendo possível afirmar:
Uma vez que recursos estão à disposição de todas as empresas, somente por meio das
a competências é possível estabelecer vantagens competitivas.
As competências devem sustentar o valor nos recursos, tal como é percebido pelos
c consumidores.
As competências essenciais devem se manter inalteradas, pois são a base das vantagens
e competitivas.
VERIFICAR
Referências
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DO MODELO Cha ao conceito do Cubo de Competências. HSM Experience, 2020. Disponível em: https://expe
rience.hsm.com.br/posts/do-modelo-cha-ao-conceito-do-cubo-de-competencias. Acesso em: 14 jul. 2020.
JOHNSON, G.; SCHOLES, K.; WHITTINGTON, R. Fundamentos de Estratégia. Porto Alegre: Bookman, 2011.
MINTZBERG, H.; QUINN, J. B.; LAMPEL, J.; GHOSHAL, S. O processo da estratégia: conceitos, contextos e
casos selecionados. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2007.