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LIGAÇÕES INTRAMOLECULARES

Formação de ligações químicas

Os átomos que nos rodeiam encontram-se na sua maioria ligados quimicamente. Mas
por que se formam as ligações químicas?

Os átomos ligam-se para atingirem uma maior estabilidade, ou seja, uma energia mais
baixa. Á medidas que os átomos se aproximam, começam-se a fazer sentir forças de atração
entre eles. Isto resulta da atração gerada entre os eletrões de um átomo e os protões do
átomo vizinho. Existem também forças de repulsão entre os protões e entre os eletrões, mas
são de menor intensidade a longa distância.

A energia dos átomos à medida que se aproximam vai diminuindo até ser atingido um
valor mínimo. A esta distância, as forças de atração e de repulsão equilibram-se, conferindo ao
conjunto dos átomos, um estado de energia mais baixo e, consequentemente maior
estabilidade. No entanto, se a distância entre os núcleos continuar a diminuir, a energia
aumentará bruscamente. Esta situação resulta das elevadas forças de repulsão entre os
protões e entre os eletrões, que ocorre a curta distância.

Em síntese…

A ligação química ocorre, então, quando os eletrões são partilhados pelos núcleos dos
átomos e existe uma distância entre eles, que promove uma menor energia e uma maior
estabilidade.

Interpretar a variação de energia na formação de ligações químicas

Observa o gráfico e as situações assinaladas.

Situação 1. Os dois átomos encontram-se suficientemente separados, podendo


admitir-se que não existe interação entre eles, sendo nula a energia potencial do sistema.
Situação 2. À medida que os átomos se vão aproximando, começam a intensificar-se as
forças atrativas entre o núcleo de um dos átomos e a nuvem eletrónica do outro, verificando-
se uma diminuição da energia potencial do sistema.

Situação 3. Existe formação de uma ligação química quando os átomos ligados


adquirem uma maior estabilidade, pelo que a sua energia potencial é menor do que quando se
encontram isolados.

Distinguir os tipos de ligações químicas

A ligação metálica caracteriza-se pela partilha de eletrões de valência deslocalizados


por vários átomos.

A ligação covalente caracteriza-se por uma partilha mútua de eletrões entre os átomos
ligados.

A ligação iónica é caracterizada por forças de atração eletrostática entre iões de carga
contrária.

Ligação covalente

Na Natureza raramente encontramos átomos isolados. Os átomos que nos rodeiam


formam na sua maioria ligações químicas. Por exemplo, os de hidrogénio possuem um eletrão
de valência que podem partilhar com outro átomo, atingindo, assim, uma maior estabilidade.
Os eletrões partilhados são simultaneamente atraídos pelos núcleos dos átomos, formando
uma ligação covalente. Esta ligação resulta, assim, da partilha de pares de eletrões entre dois
ou mais átomos de elementos não metálicos.

Ligação covalente 1 par de eletrões partilhado


simples Exemplo: H - H

Ligação covalente 2 pares de eletrões partilhados


dulpa Exemplo:

Ligação covalente 3 pares de eletrões partilhados


tripla Exemplo:

Os átomos ligados desta forma dão geralmente origem a moléculas, no entanto


quando deixa de existir um número definido de átomos ligados, formam-se redes covalentes.

O diamante, a grafite e o grafeno são exemplos de substâncias constituídas por redes


covalentes, mas com diferentes propriedades, devido à exposição dos átomos de carbono.
Em síntese…

A ligação covalente resulta da partilha de pares de eletrões entre dois ou mais átomos
de elementos não metálicos. Esta ligação pode ser simples, dupla ou tripla, de acordo com o
número de pares de eletrões partilhados e pode dar origem a moléculas ou redes covalentes.

Caracterizar a ligação covalente

A representação mostra que a ligação covalente entre os átomos de oxigénio consiste


na partilha de dois pares de eletrões.

Ligação iónica

Ao contrário dos não metais, que tendem a formar ligações covalentes, a ligação
química entre átomos de metais e de alguns não metais ocorre geralmente sem partilha de
eletrões, dado que os átomos de metais, como os metais alcalinos e alcalinoterrosos tendem a
perder eletrões e os átomos de não metais, como os halogéneos tendem a ganhar eletrões.

A ligação química que se forma resulta da existência de iões com cargas opostas. Este
tipo de ligação é chamada ligação iónica.

Os catiões, iões com carga positiva, atraem os aniões, iões com carga negativa, dando
origem a redes de iões. Por exemplo, o cloreto de sódio forma uma rede de iões com a
proporção de um catião sódio para um anião cloreto. Já no caso do fluoreto de cálcio, a rede
iónica é constituída por dois aniões fluoreto por cada catião cálcio.

Em síntese…

A ligação iónica resulta da atração gerada entre iões com cargas opostas, dando
origem à formação de redes de iões.

Caracterizar a ligação iónica

Uma ligação iónica estabelece-se entre aniões e catiões, originando redes iónicas.

Ligação metálica
Entre os átomos de elementos metálicos também se podem formar ligações. Os
átomos de metais dispõem-se em redes de átomos muito próximos uns dos outros. Esta
proximidade faz com que os eletrões de valência sejam também atraídos pelos núcleos dos
átomos vizinhos. Os eletrões são assim deslocalizados, podendo mover-se entre átomos,
formando o chamado mar de eletrões.

A ligação metálica resulta então de forças eletrostáticas entre os eletrões de valência


deslocalizados e os núcleos dos átomos que formam a rede de átomos de metais.

Caracterizar a ligação metálica

Na ligação metálica, os núcleos atómicos estão fixos e os eletrões de valência estão


deslocalizados.

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