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Alzheimer

Doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência neurodegenerativa em


pessoas de idade. A causa é desconhecida, mas acredita-se que seja geneticamente
determinada. A doença instala-se quando o processamento de certas proteínas do sistema
nervoso central começa a dar errado. Surgem, então, fragmentos de proteínas mal cortadas,
tóxicas, dentro dos neurônios e nos espaços que existem entre eles. Como consequência
dessa toxicidade, ocorre perda progressiva de neurônios em certas regiões do cérebro, como
o hipocampo, que controla a memória, e o córtex cerebral, essencial para a linguagem e o
raciocínio, memória, reconhecimento de estímulos sensoriais e pensamento abstrato.

É um processo diferente do envelhecimento cerebral, pois ocorrem alterações


patológicas no tecido cerebral como deposição de proteínas anormais e morte celular. No
Brasil estima-se que cerca de 1,2 milhões de pessoas sofram de Alzheimer. A doença
acomete principalmente pessoas entre 60 e 90 anos, podendo aparecer antes e depois desta
faixa de idade, porém com menor frequência.

Aproximadamente 5,8 milhões de pessoas nos Estados Unidos com 65 anos ou


mais vivem com a doença de Alzheimer. Destes, 80% têm 75 anos ou mais. Das cerca de 50
milhões de pessoas em todo o mundo com demência, estima-se que entre 60% e 70%
tenham a doença de Alzheimer.

Os primeiros sinais da doença incluem esquecer eventos ou conversas recentes. À


medida que a doença progride, uma pessoa com doença de Alzheimer desenvolverá grave
comprometimento da memória e perderá a capacidade de realizar tarefas cotidianas. Os
medicamentos podem melhorar temporariamente ou retardar a progressão dos sintomas.
Esses tratamentos às vezes podem ajudar as pessoas com doença de Alzheimer a maximizar
a função e manter a independência por um tempo. Diferentes programas e serviços podem
ajudar a apoiar as pessoas com doença de Alzheimer e seus cuidadores. Não há tratamento
que cure a doença de Alzheimer ou altere o processo da doença no cérebro. Em estágios
avançados da doença, as complicações da perda grave da função cerebral, como
desidratação, desnutrição ou infecção, resultam em morte.

A campanha deste ano chama a atenção para os sinais de alerta da demência,


incentivando as pessoas a buscar informações, aconselhamento e apoio, bem como a entrar
em contato com associações de Alzheimer ou demência em seu país. No Brasil, a Lei nº
11.736/2008 instituiu o 21 de setembro como Dia Nacional de Conscientização da Doença
de Alzheimer. Cerca de 1,2 milhão de brasileiros vivem com alguma forma de demência e
100 mil novos casos são diagnosticados por ano. Em todo o mundo, o número chega a 50
milhões e, segundo estimativas da Alzheimer’s Disease International, os números poderão
chegar a 74,7 milhões em 2030 e 131,5 milhões em 2050, devido ao envelhecimento da
população. Esse cenário mostra que a doença caracteriza uma crise global de saúde que
precisa ser enfrentada.

As alterações comportamentais podem ocorrer desde o início e são muito


frequentes no decorrer da doença. Indivíduos com Alzheimer podem ter características
depressivas, de agitação e de agressividade, ou até mesmo delírios e alucinações.

Causas Do Alzheimer

Ainda hoje, os médicos não entendem completamente o que causa o Alzheimer.


Sabe-se que os seguintes fatores aumentam o risco de uma pessoa desenvolver a doença:

 Traumatismo craniano;

 Depressão;

 Hipertensão;

 Obesidade;

 Não fazer exercício físico;

 Fumar ou conviver com pessoas que fumam (fumante


 passivo);

 Elevado nível de colesterol no sangue;

 Diabetes tipo 2 sem ser controlado;

 Não comer frutas e vegetais;

 Sofrer de Deficiência Cognitiva Leve (DCL);

 Algumas circunstâncias ambientais

 Isolamento social

Os casos “genéticos” são mais raros, representando algo em torno de 5%, e


geralmente a doença se apresenta de forma mais grave, com evolução mais rápida e início
em idades mais jovens (antes dos 60 anos). Os outros 95 são de aparecimento esporádico. O
risco de desenvolver a doença é mais alto (de 2 a 3 vezes) em indivíduos que têm parentes
de primeiro grau acometidos, assim como esse risco é aumentado na grande maioria das
doenças. Alguns cientistas relacionam poucos anos de estudo com o aumento do risco da
doença.

O cérebro de um indivíduo que sofre da doença de Alzheimer possui um número


muito menor de células e de conexões entre as células que sobreviveram.

Sintomas Do Alzheimer

É importante notar se estes sinais apresentados pela pessoa em questão estão


interferindo em seu dia a dia, em suas atividades cotidianas. A partir deste momento, é
imprescindível que se busque por uma consulta médica para iniciar o processo de
diagnóstico depois de uma avaliação clínica completa.    O diagnóstico precoce pode ajudar
e muito na manutenção da qualidade de vida do paciente e também de sua família. Por isso,
preste bastante atenção nestes sinais:

 Memória ineficiente: O déficit de memória é um dos principais sinais da doença de


Alzheimer. É muito comum nas primeiras fases que o paciente enfrente algumas situações
embaraçosas por conta do esquecimento súbito de questões que poderiam ser normais em
seu cotidiano. Por exemplo, não lembrar de datas importantes ou de situações relevantes e,
até mesmo, repetir a mesma pergunta muitas vezes. Nessas situações, o apoio da família e o
uso de lembretes, notas, post-its é muito importante.

 Dificuldade de continuar atividades: Pode acontecer de a pessoa portadora da


doença de Alzheimer começar um projeto, uma atividade cotidiana e não continuá-la. Isso
porque a dificuldade de concentração é muito grande – o que também faz com que as
atividades levem mais tempo para serem concluídas. A dificuldade de continuar atividades
diárias, como ir a um local que está habituado com o caminho, lembrar-se de coisas que
antes eram óbvias, nomes de pessoas, entre outras situações é bem comum.

 Desorientação: Quem possui doença de Alzheimer aos poucos não consegue mais
lembrar em que dia está, em que estação do ano se encontra, enfim. A passagem do tempo
acaba sendo uma coisa difícil de ser mensurada. Um dos sintomas do Alzheimer mais
comuns é a desorientação temporal. Não lembrar para onde estão indo ou como chegaram
no local em que estão ou, ainda, o devido lugar de um objeto específico é algo notável nesta
patologia.A desorientação espacial também é um sintoma comum. Da mesma forma,
também se fazem presentes as dificuldades de cálculos, de leitura, de distinguir cores etc.
 Comunicação prejudicada: Quando a pessoa possui Alzheimer começa a
apresentar algumas dificuldades de comunicação. Manter-se em uma conversa, repetir a
mesma frase ou encontrar a palavra correta são situações frequentes. Da mesma forma,
torna-se difícil a capacidade de escolha, de saber que estão fazendo o certo e circunstancias
semelhantes que podem se tornar um risco à segurança do indivíduo.

 Vida social comprometida: É comum que pessoas com Alzheimer mudem seus
comportamentos, gostos e demonstrem dificuldades a coisas que anteriormente eram rotina.
Com isso, também se alteram o humor e a sua personalidade. Assim, confusão e ansiedade
podem estar presentes. Do mesmo modo, podem se sentir irritados com as situações
constrangedoras, e, neste caso, o apoio e a paciência da família são imprescindíveis.

Diagnóstico Do Alzheimer

A princípio, é preciso entender que o diagnóstico da Doença de Alzheimer só é


devidamente provado com a análise microscópica do tecido cerebral da pessoa afetada, e
isso não pode ser realizado enquanto ela está viva. Sendo assim, o procedimento para
identificar esse transtorno será totalmente clínico, feito por meio de exclusão da
possibilidade de ser outra doença neurológica (como outros tipos de demência, tumores,
alterações metabólicas dentre outras que têm sintomas iniciais semelhantes). Desse modo,
será realizada uma bateria de exames para avaliar a condição física, nutricional,
neurológica, psicológica e cognitiva do paciente.

 Histórico: O histórico médico de um paciente é fundamental para avaliar os


sintomas. Saber se ele não toma alguma medicação que possa afetar as suas funções
cognitivas também será de grande utilidade. Além disso, o histórico familiar é um fator de
risco para o Alzheimer. Dessa maneira, indivíduos que têm algum parente próximo que teve
ou tem a doença estão mais suscetíveis. Outro fator é o baixo nível de escolaridade, pessoas
que não executam atividades cerebrais mais complexas, por exemplo, são mais propensas a
terem esse transtorno. Fatores que também influenciam são doenças crônicas (por exemplo,
obesidade, sedentarismo, diabetes e hipertensão), depressão, tabagismo e alcoolismo. Por
isso, todas essas questões devem ser analisadas.

 Testes laboratoriais: Outras doenças também podem provocar sintomas


semelhantes aos dos estágios 1 e 2 do Alzheimer, como deficiência de vitaminas, alterações
metabólicas, infecções, anemia, distúrbios hepáticos, problemas na tireoide, reações a
medicamentos, entre outros. Por essa razão, devem ser feitos exames laboratoriais (sangue
e, às vezes, fezes e urina) para excluir essas hipóteses.

 Tomografia computadorizada: Descartadas as hipóteses com os exames


laboratoriais, chegou a hora de checar a saúdeneurológica. Um dos métodos de imagem não
invasivos mais utilizados é a tomografia computadorizada, que permite visualizar o crânio,
tal como os detalhes do tecido cerebral, podendo encontrar alterações. Não é possível
identificar a neurodegeneração causada pelo Alzheimer com essa técnica. No entanto, é
possível eliminar hipóteses como tumores cerebrais, acidente vascular cerebral (AVC),
entre outros.

 Ressonância Magnética (RM): Esse é outro exame de imagem não invasivo que
permite avaliar com mais precisão o estado de órgãos internos, como o cérebro. A
ressonância ajuda a excluir a possibilidade de alguns tipos de demência e é capaz de
mostrar indícios de perda de tecido cerebral.

 Avaliação cognitiva: O Alzheimer afeta gravemente a cognição de uma pessoa. Por


isso, para realizar o diagnóstico, é necessário fazer testes cognitivos e neuropsicológicos
para avaliar características como humor, memória, orientação espacial, lógica,
concentração, linguagem e capacidade visual. Como você pôde perceber, um neurologista é
o profissional indispensável para realizar o diagnóstico da Doença de Alzheimer, indicar os
exames mais eficientes, oferecer um tratamento adequado para aliviar os sintomas e fazer o
acompanhamento do paciente e da evolução do quadro.
 Exame neurológico: Saber qual o exame que detecta Alzheimer, além dos exames
físicos e exames laboratoriais, podem ajudar a identificar esses problemas de saúde.
Durante um exame neurológico, o médico avaliará o paciente em busca de informações que
possam sinalizar distúrbios cerebrais. O médico testará:

I. Os reflexos;

II. A memória;

III. A comunicação;

IV. A coordenação;

V. Tônus muscular;

VI. Força;

VII. Movimento dos olhos;

VIII. Discurso;

IX. A capacidade de se concentrar e prestar atenção;

X. Raciocínio e percepção visual.

Como e feito o diagnóstico do Alzheimer

Atualmente, ainda não existem exames específicos para diagnosticar o Alzheimer,


ou seja, análises conclusivas que deem um resultado “positivo” ou “negativo” para a
doença. O diagnóstico é clínico, o que significa que é feito pelo médico após uma avaliação
do histórico do paciente. Embora haja inúmeras iniciativas para se diagnosticar a doença o
quanto antes, com muitos estudo em andamento sobre novos exames e maneira de
investigar o possível doente, a análise deste ainda é o principal. Mas como ela é feita? O
que se leva em conta para fazer o diagnóstico de Alzheimer?
Em geral, os familiares suspeitam de que um parente tem Alzheimer por algum
incidente que chama atenção: a pessoa se perde em um local conhecido, começa a se
esquecer de nomes e fatos muito recentes, etc. Muitas vezes, essas ocorrências são
consideradas “normais” da idade, e ocasionam uma demora no diagnóstico. Por isso é
importante saber identificar os primeiros sinais do Alzheimer.

Avaliação neuropsicológica, A avaliação neuropsicológica buscará entender como


anda a mente da pessoa. Os testes psicológicos vão medir as capacidades do idoso e
verificar o funcionamento do cérebro. Juntas com a observação do comportamento
relatados pela família, essas informações ajudam o médico a concluir o diagnóstico do
Alzheimer.

Além disso, será possível saber em qual estágio o doente se encontra. Há, por
exemplo, uma fase anterior á demência, chamada de comprometimento cognitivo leve.
Nesse caso, há sim um comprometimento das habilidades, mas não a ponto de prejudicar as
atividades diárias. Ela pode ou não evoluir para a fase inicial do Alzheimer.

Especialistas Do Alzhemier

Os especialistas mais indicados para o diagnóstico de Alzheimer são o Geriatria, o


Neurologia e a Psiquiatria, que poderão diferenciar a doença de outras ocorrências normais
do envelhecimento.

 Geriatria: Por ser uma doença que acomete idosos, em sua imensa maioria, o
geriatra se torna essencial para tratar o paciente com Alzheimer. Esse profissional é
responsável por cuidar e tratar diversas outras doenças típicas dessa faixa-etária, com o
objetivo de prevenir e promover uma qualidade de vida melhor para o idoso.

 Neurologia: Por ser uma doença degenerativa do cérebro, o Alzheimer é, em muitos


casos, diagnosticado pelo neurologista, sendo esse profissional também que mantém o
acompanhamento do paciente. Quanto ao tratamento, o neurologista é responsável pelos
cuidados com o sistema nervoso. Sendo assim, as dificuldades motoras, dificuldades de fala
e falta de memória são exemplosde áreas onde o neurologista pode ajudar, inclusive com a
prescrição dos medicamentosespecíficos.

 Psiquiatria: O psiquiatra também tem papel fundamental no diagnóstico de


Alzheimer, já que pode ajudar na diferenciação dessa doença para outras. Da mesma forma,
esse especialista pode auxiliar o paciente nas questões emocionais, uma vez que muitos
deles podem desenvolver quadros de depressão, agitação, agressividade ou distúrbios do
sono.

Um médico com experiência saberá diferenciar se os sintomas relatados são sinais


da doença de Alzheimer ou ocorrências normais do envelhecimento. Além disso, ele pedirá
exames para descartar outras possíveis doenças, já que o diagnóstico do Alzheimer é feito
também por exclusão: é preciso checar se os problemas relatados não são causados por
algum AVC ou por efeitos colaterais de remédios.

Tratamento e Prevenção

O tratamento para o Alzheimer é feito para controlar os sintomas e retardar o


agravamento da degeneração cerebral provocada pela doença e inclui o uso de remédios,
como Donepezila, Rivastigmina ou Memantina, por exemplo, indicados pelo neurologista
ou psiquiatra. Além do uso de remédios, é importante fazer terapias que melhorem a
mobilidade, como terapia ocupacional, fisioterapia e atividades físicas. Além disso, uma
alimentação equilibrada e rica em vitamina C, E e ômega 3, ajudam a melhorar a saúde
mental, já que têm ação antioxidante e protetora cerebral. É importante que o tratamento
para Alzheimer seja acompanhado por uma equipe multidisciplinar composta por
neurologista ou psiquiatra, nutricionista, fisioterapeuta e terapeuta ocupacional, por
exemplo, de forma que dessa forma é possível evitar o aparecimento de outros sintomas e
de complicações, assim como é possível garantir a melhora da qualidade de vida.

 Remédios para Alzheimer

Vários medicamentos podem ser indicados no tratamento para Alzheimer, no


entanto não existe uma cura definitiva, de forma que é esperado que seja observada uma
evolução dos sintomas ao longo do tempo. Alguns remédios na forma de comprimido ou
solução oral que podem ser indicados para melhorar os sintomas e atrasar a evolução da
doença de Alzheimer, são:

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