Você está na página 1de 39

UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

CAMPUS DO SERTÃO
ENGENHARIA CIVIL

PAVIMENTAÇÃO

Prof. David Dantas

david.dantas@delmiro.ufal.br

Delmiro Gouveia-AL
DIMENSIONAMENTO
DE PAVIMENTOS
FLEXÍVEIS
SUMÁRIO DA AULA

OBJETIVO

Apresentar os subsídios necessários à compreensão dos princípios gerais que orientam o


dimensionamento de pavimentos flexíveis.

CARGAS RODOVIÁRIAS

EXEMPLOS NUMÉRICOS

DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTOS FLEXÍVEIS

EXEMPLOS NUMÉRICOS
CARGAS
RODOVIÁRIAS
CARGAS RODOVIÁRIAS: DEFINIÇÃO

As cargas dos veículos são transmitidas ao pavimento através das rodas dos pneumáticos.
Para efeito de dimensionamento de pavimentos o tráfego de veículos comerciais
(caminhões, ônibus) é de fundamental importância.

No projeto geométrico são considerados tanto o tráfego de veículos comerciais quanto o


tráfego de veículos de passageiros (carro de passeio), constituindo assim o tráfego total.
CARGAS RODOVIÁRIAS: OS EIXOS

As rodas dos pneumáticos (simples ou duplas) são acopladas aos eixos, que podem ser
classificadas da seguinte forma:

Eixo Simples

Um conjunto de duas ou mais rodas, cujos centros estão em um plano transversal vertical
ou podem ser incluídos entre dois planos transversais verticais, distantes de 100 cm, que
se estendam por toda a largura do veículo. Pode-se ainda definir:
EIXO SIMPLES DE RODAS SIMPLES: com duas rodas, uma em cada extremidade (2
pneus); e
EIXOS SIMPLES DE RODAS DUPLAS: com quatro rodas, sendo duas em cada
extremidade (4 pneus).
CARGAS RODOVIÁRIAS: OS EIXOS

As rodas dos pneumáticos (simples ou duplas) são acopladas aos eixos, que podem ser
classificadas da seguinte forma:

Eixos Tandem:

Quando dois ou mais eixos consecutivos, cujos centros estão distantes de 100 cm a 240
cm e ligados a um dispositivo de suspensão que distribui a carga igualmente entre os
eixos (balancin). O conjunto de eixos constitui um eixo tandem. Pode-se ainda definir:
EIXO TANDEM DUPLO: com dois eixos, com duas rodas em cada extremidade de cada
eixo (8 pneus). Nos fabricantes nacionais o espaçamento médio de 1,36 m;
EIXO TANDEM TRIPLO: com três eixos, com duas rodas em cada extremidade de cada
eixo (12 pneus).
CARGAS RODOVIÁRIAS: OS VEÍCULOS

No Brasil os veículos comerciais devem obedecer a certos limites e as cargas por eixo não
podem ser superiores a determinados valores, segundo a legislação em vigor. Quem
regulamenta estes limites para as cargas máximas legais é a chamada lei da balança.

O Código de Trânsito Brasileiro através da Lei No 9.043 de 23/09/97 e da Resolução N° 12


de 6/12/98 do CONTRAN regulamentou as seguintes cargas máximas legais no Brasil:

O dimensionamento do pavimento é feito com base na carga máxima legal.


CARGAS RODOVIÁRIAS: OS VEÍCULOS

Para o DNER, os veículos podem ser classificados em veículos leves e veículos de carga ou
comerciais. Segundo NEVES (2002) os veículos são assim denominados:

Veículo Leves

CARRO DE PASSEIO, automóveis e utilitários leves (Kombi, Pick-up), todos com dois eixos e
apenas rodas simples com dois pneumáticos por eixo (total de 4 pneus). Dividem-se em
duas subclasses: Automóveis e Utilitários (furgões, Kombi e Pick-up).

CAMINHÃO LEVE (2C-Leve): inclui caminhonetes e caminhões leves com dois eixos, sendo o
dianteiro de rodas simples e o traseiro de rodas duplas, 6 pneus, (tipo 608, F 4000, etc.),
além de veículos de camping leves;
CARGAS RODOVIÁRIAS: OS VEÍCULOS

Para o DNER, os veículos podem ser classificados em veículos leves e veículos de carga ou
comerciais. Segundo NEVES (2002) os veículos são assim denominados:

Veículos de carga ou comerciais:

ÔNIBUS, para transporte de passageiros, compreendendo:


- Ônibus Urbano e Ônibus de Viagem (similar ao Caminhão 2C), com dois eixos: o
dianteiro de rodas simples e o traseiro de rodas duplas (6 pneus);
- Tribus: ônibus com três eixos (similar ao Caminhão 3C), com eixo dianteiro de rodas
simples e traseiro especial, compreendendo conjunto de um eixo de rodas duplas e outro
de rodas simples (8 pneus).
CARGAS RODOVIÁRIAS: OS VEÍCULOS
Veículos de carga ou comerciais:
CAMINHÃO DE DOIS EIXOS, EM UMA SÓ UNIDADE (2C-Pesado): esta categoria inclui os
caminhões basculantes, de carroceria, baú e tanque, veículos de camping e de recreação,
veículos moradia, etc, tendo dois eixos com rodas simples no dianteiro e rodas duplas na
traseira (6 pneus);

CAMINHÃO DE TRÊS EIXOS, EM UMA SÓ UNIDADE (3C): todos os veículos que, em um


mesmo chassi, tenham três eixos. Esta categoria inclui caminhões betoneira, caminhões
basculantes pesados, caminhões de carroceria e baús longos, etc, tendo três eixos:
dianteiro de rodas simples e traseiros (tandem duplo ou não) de rodas duplas (10 pneus);

CAMINHÃO DE QUATRO EIXOS, EM UMA SÓ UNIDADE (4C): todos os veículos que, em um


mesmo chassi, tenham quatro eixos (geralmente basculantes de minérios): eixo dianteiro
de rodas simples e traseiro (tandem) de rodas duplas (14 pneus).
CARGAS RODOVIÁRIAS: OS VEÍCULOS
Caminhões com semi-reboques (carretas):

CAMINHÃO COM SEMI-REBOQUE COM TRÊS EIXOS (2S1): veículos com três eixos, formados
por duas unidades, sendo que uma das quais é um cavalo motor (com dois eixos) e o
reboque com eixo (10 pneus).

CAMINHÃO COM SEMI-REBOQUE, COM QUATRO EIXOS (2S2): veículos com quatro eixos,
consistindo de duas unidades, uma das quais é um cavalo motor (com dois eixos) e o
reboque com 2 eixos (tandem duplo), com 14 pneus;

CAMINHÃO COM SEMI-REBOQUE, COM CINCO EIXOS (2S3): veículos com cinco eixos,
constituídos por duas unidades, uma das quais é um cavalo motor (com dois eixos), e o
reboque com 3 eixos (tandem triplo), com 18 pneus;

CAMINHÃO COM SEMI-REBOQUE, COM CINCO EIXOS (3S2): veículos com cinco eixos,
constituídos por duas unidades, uma das quais é um cavalo motor (com três eixos, sendo o
traseiro duplo), e o reboque com 2 eixos (tandem duplo), com 18 pneus;

CAMINHÃO COM SEMI-REBOQUE, COM SEIS EIXOS (3S3): veículos com seis eixos,
constituídos de duas unidades, uma das quais é um cavalo motor (com três eixos, sendo o
traseiro tandem duplo), e o reboque com 3 eixos (tandem triplo), com 22 pneus;
CARGAS RODOVIÁRIAS: OS VEÍCULOS
Caminhões com reboques (“Romeu e Julieta” ou “TREMINHÃO”):

CAMINHÃO TRACIONANDO UNIDADES MÚLTIPLAS, COM CINCO EIXOS OU MENOS


(2C2/2C3/3C2): veículos com cinco eixos ou menos, constituídos por duas unidades, uma
das quais é a unidade motora, com várias configurações;

CAMINHÃO TRACIONANDO UNIDADES MÚLTIPLAS, COM SEIS EIXOS (3C3): veículos de seis
eixos, constituídos por duas unidades, uma das quais é a motora, em várias configurações;

CAMINHÃO TRACIONANDO UNIDADES MÚLTIPLAS, COM SETE EIXOS OU MAIS (3C4):


veículos com sete ou mais eixos, constituídos por duas unidades ou mais, uma das quais é a
motora;
CARGAS RODOVIÁRIAS: OS VEÍCULOS
Caminhões especiais:
BITREM (3S2S2): unidade tratora e 2 semi-reboques, com 4 conjuntos de eixos (7
eixos individuais);

TRITREM (3S2S2S2): unidade tratora e 3 semi-reboques, com 5 conjuntos de eixos (9


eixos individuais);

RODO-TREM (3S2C4): unidade tratora e 1 semi-reboque, e um reboque, com total de


5 conjuntos de eixos (9 eixos individuais).

CAMINHÕES COM SEMI-REBOQUE DE VÁRIOS EIXOS - para grandes cargas;

Outros: MOTOCICLETAS, TRICICLOS, BICICLETAS, CARROÇAS, ETC.


CARGAS RODOVIÁRIAS: O TRÁFEGO RODOVIÁRIO

No estudo do tráfego rodoviário são comuns as seguintes definições:

Volume de tráfego: Número de veículos que passa em um ponto da rodovia, em


determinado intervalo de tempo: hora, dia, mês, ano.

Volume médio diário (Vm ou VMD): Número de veículos que circulam em uma estrada
durante um ano, dividido pelo número de dias do ano

Volume diário de tráfego: Capacidade de tráfego de uma faixa: Número máximo de


veículos de passageiros que
podem passar por hora na faixa de tráfego.

Para o dimensionamento do pavimento os dois primeiro são mais importantes.


CARGAS RODOVIÁRIAS: CRESCIMENTO DO TRÁFEGO

O projeto de um pavimento é feito para um período de tempo, denominado período “P”,


expresso em anos. No início do período “P” admite-se um volume inicial de veículos
denominado “Vo”.
O crescimento do tráfego durante o período de utilização da rodovia poderá ser previsto
através projeções matemáticas. As duas formas de crescimento do tráfego mais utilizadas
são as seguintes:

Crescimento em progressão aritmética ou crescimento linear


CARGAS RODOVIÁRIAS: CRESCIMENTO DO TRÁFEGO

Tráfego Gerado: é o tráfego que surge pelo estímulo da pavimentação, restauração ou


duplicação da Rodovia. Normalmente é gerado por empreendimentos novos (Indústrias,
Minerações, etc) atraídos pelas boas condições de transporte.

Tráfego Desviado: é o tráfego atraído de outras rodovias existentes, em função da


pavimentação, restauração ou duplicação da Rodovia.

Crescimento em progressão geométrica ou crescimento exponencial


CARGAS RODOVIÁRIAS: O CONCEITO DE EIXO PADRÃO RODOVIÁRIO

Como em uma rodovia trafegam vários tipos de veículos com variadas cargas em cada
eixo foi necessário introduzir o conceito de Eixo Padrão Rodoviário. Este eixo é um eixo
simples de rodas duplas com as seguintes características:

 Carga por Eixo (P): 18 Kips = 18.000 lb = 8.165 Kgf = 8,2 tf = 80 KN


 Carga por roda (P/4): 4,5 Kips = 4.500 lb = 2.041 Kgf = 2,04 tf = 20 KN
 Pressão de Enchimento dos Pneus (p): 80 lb/Pol2 = 5,6 Kgf/cm2
 Pressão de Contato Pneu-Pavimento (q): 5,6 Kgf/cm2
 Raio da Área de Contato Pneu-Pavimento (r): 10,8 cm
 Afastamento entre Pneus por Roda (s): 32,4 cm
CARGAS RODOVIÁRIAS: ESTUDO DO TRÁFEGO

Para efeito de dimensionamento de pavimentos, existem dois parâmetros de grande


interesse:

Número de eixos que solicitam o pavimento durante o período de projeto - “n”


CARGAS RODOVIÁRIAS: ESTUDO DO TRÁFEGO

Para efeito de dimensionamento de pavimentos, existem dois parâmetros de grande


interesse:

Número “N”

Representa o número de repetições de carga equivalente a um eixo de 8,2 ton tomado


como padrão (Eixo Padrão Rodoviário). Este é o parâmetro de maior importância na
maioria dos métodos e processos de dimensionamento de pavimentos. É definido da
seguinte maneira:

Sendo FC (Fator de carga) o número que multiplicado pelo número de eixos dá o número
equivalente de eixos padrão. É conseguido através de gráficos específicos e é função da
valor da carga de eixo (simples, tandem duplo, tandem triplo).
CARGAS RODOVIÁRIAS: ESTUDO DO TRÁFEGO

Para efeito de dimensionamento de pavimentos, existem dois parâmetros de grande


interesse:

Número “N”

O valor a ser adotado em projeto para FC é dado pela seguinte expressão:


A figura a seguir, dá os fatores de equivalência de operação entre eixos simples e
"tandem", com diferentes cargas e o eixo simples padrão com carga de 8,2t (18.000 lbs).
EXEMPLOS
NUMÉRICOS
EXEMPLOS NUMÉRICOS

1) Calcular o número “N” a ser utilizado no dimensionamento do pavimento de uma


rodovia que terá um volume médio diário de 2500 veículos para um período de projeto
de 10 anos. Uma amostragem representativa do tráfego para esta rodovia contou com
300 veículos comerciais, distribuídos da seguinte forma:
200 veículos com 2 eixos; 80 veículos com 3 eixos e 20 veículos com 4 eixos.
As porcentagens com que incidem eixos simples e também por diferentes categorias de
peso, são dados no quadro abaixo.
EXEMPLOS NUMÉRICOS

SOLUÇÃO:
a) Cálculo do número total de eixos da amostragem (n)

n = 200 x 2 + 80 x 3 + 20 x 4 = 720

b) Cálculo de FE

namost = Vtamost x FE

FE = 720 / 300 ∴ FE = 2,4

c) Cálculo de FC

FC = 0,5464 (coluna 5)

d) Cálculo do “N”

N = 365 x P x Vm x FE x FC
N = 365 x 10 x 2500 x 2,4 x 0,5464
N = 1,19 x 107
DIMENSIONAMENTO
DE PAVIMENTOS
FLEXÍVEIS
(MÉTODO DNER)
DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTOS FLEXÍVEIS (MÉTODO DNER):
SUBLEITO
O método tem como base o trabalho "Design of Flexible Pavements Considering Mixed
Loads and Traffic Volume", da autoria de W.J. Turnbull, C.R. Foster e R.G. Ahlvin, do Corpo
de Engenheiros do Exército dos E.E.U.U. e conclusões obtidas na Pista Experimental da
AASHTO.

Relativamente aos materiais integrantes do pavimento, são adotados coeficientes de


equivalência estrutural tomando por base os resultados obtidos na Pista Experimental da
AASHTO, com modificações julgadas oportunas.

A Capacidade de Suporte do subleito e dos materiais constituintes dos pavimentos é feita


pelo CBR, adotando-se o método de ensaio preconizado pelo DNER, em corpos de prova
indeformados ou moldados em laboratório para as condições de massa específica aparente
e umidade especificada para o serviço.

Os materiais do subleito devem apresentar uma expansão, medida no ensaio C.B.R.,


menor ou igual a 2% e um C.B.R. ≥ 2%.
DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTOS FLEXÍVEIS (MÉTODO DNER):
CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS EMPREGADOS NO PAVIMENTO

a) Materiais para reforço do subleito, os que apresentam:

C.B.R. maior que o do subleito


Expansão ≤ 1% (medida com sobrecarga de 10 lbs)

b) Materiais para sub -base, os que apresentam:

C.B.R. ≥ 20%
I.G. = 0
Expansão ≤ 1% (medida com sobrecarga de 10 lbs)

c) Materiais para base, os que apresentam:

C.B.R. ≥ 80%
Expansão ≤ 0,5% (medida com sobrecarga de 10 lbs)
Limite de liquidez ≤ 25%
Índice de plasticidade ≤ 6%
DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTOS FLEXÍVEIS (MÉTODO DNER):
CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS EMPREGADOS NO PAVIMENTO

Os materiais para base granular devem ser enquadrar numa das seguintes faixas
granulométricas:
DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTOS FLEXÍVEIS (MÉTODO DNER):

FATOR CLIMÁTICO REGIONAL:


Para levar em conta as variações de umidade dos materiais do pavimento durante as
diversas estações do ano, o parâmetro de tráfego, N, deve ser multiplicado por um
coeficiente (F.R.) que, na pista experimental da AASHTO, variou de 0,2 a 5,0.

Tem-se adotado um FR = 1,0 face aos resultados de pesquisas desenvolvidas no IPR/DNER.

COEFICIENTE DE EQUIVALÊNCIA ESTRUTURAL

São os seguintes os coeficientes de equivalência estrutural para os diferentes materiais


constitutivos do pavimento:
Os coeficientes estruturais
são designados, por:

Revestimento : KR
Base : KB
Sub-base : KS
Reforço : KRef
DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTOS FLEXÍVEIS (MÉTODO DNER):
ESPESSURA MÍNIMA DE REVESTIMENTO

As espessuras a seguir recomendadas, visam, especialmente, as bases de comportamento


puramente granular e são definidas pelas observações efetuadas.
O gráfico a seguir dá a espessura total do pavimento, em função de N e de I.S. ou C.B.R.; a
espessura fornecida por este gráfico é em termos de material com K = 1,00, isto é, em
termos de base granular.
DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTOS FLEXÍVEIS (MÉTODO DNER):
DIMENSIONAMENTO DO PAVIMENTO

A figura a seguir representa a simbologia utilizada no dimensionamento do pavimento,


Hm designa a espessura total do pavimento necessário para proteger um material com
C.B.R ou I.S. = m. Já hn designa a espessura da camada de pavimento com C.B.R = n. Os
símbolos B e R designam, respectivamente, as espessuras de base e de revestimento.

Mesmo que o C.B.R. ou I.S. da sub-base seja superior a 20, a espessura do pavimento
necessário para protegê-la é determinada como se esse valor fosse 20 e, por esta razão,
usam-se sempre os símbolos, H20 e h20 para designar as espessuras de pavimento sobre
sub-base e a espessura de sub-base, respectivamente.
DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTOS FLEXÍVEIS (MÉTODO DNER):
DIMENSIONAMENTO DO PAVIMENTO

Uma vez determinadas as espessuras Hm, Hn, H20, utilizando o gráfico, e R pela tabela
apresentada, as espessuras de base (B), sub-base (h20) e reforço do subleito (hn), são
obtidas pela resolução sucessiva das seguintes inequações:
EXEMPLOS
NUMÉRICOS
EXEMPLOS NUMÉRICOS

Dimensionar o pavimento de uma rodovia em que N = 6 x 107, sabendo-se que o subleito


possui um C.B.R = 6%, dispondo-se de material de sub-base com C.B.R = 40% e para base
de C.B.R = 80%.

SOLUÇÃO:
a) Revestimento para N = 6 x 107 → Espessura = 12,5 cm de CBUQ

(Tabela de espessura mínima de revestimento betuminoso que depende do número N)

b) Determinação de H40 e H6 (Espessura Total do Pavimento)

Os índices 40 e 6 indicam o Índice de Suporte Califórnia de cada camada. Porém, não se


tem no gráfico C.B.R > 20%, logo, usa-se C.B.R = 20%, assim se terá H20 que equivalerá ao
H40 do exemplo.

Assim: H20 = 30 cm e H6 = 65 cm.


EXEMPLOS NUMÉRICOS

Dimensionar o pavimento de uma rodovia em que N=6x107, sabendo-se que o subleito


possui um C.B.R = 6%, dispondo-se de material de sub-base com C.B.R = 40% e para base
de C.B.R = 80%.

SOLUÇÃO:
c) Resolve-se as inequações, temos:

R x KR + B x KB ≥ H20 → 12,5 x 2,0 + B x 1,0  30

B  11 cm → B = 15 cm (Adotado)

R x KR + B x KB + h20 x KS  H6 → 12,5 x 2,0 + 15 x 1,0 + h20 x 1,0  65

h20  25 cm
SUMÁRIO DA AULA

CONCLUSÃO

Foram apresentados os princípios gerais que orientam o dimensionamento de pavimentos


flexíveis.

CARGAS RODOVIÁRIAS

EXEMPLOS NUMÉRICOS

DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTOS FLEXÍVEIS

EXEMPLOS NUMÉRICOS

Você também pode gostar