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Governador

Cid Ferreira Gomes

Vice Governador
Domingos Gomes de Aguiar Filho

Secretária da Educação
Maria Izolda Cela de Arruda Coelho

Secretário Adjunto
Maurício Holanda Maia

Secretário Executivo
Antônio Idilvan de Lima Alencar

Assessora Institucional do Gabinete da Seduc


Cristiane Carvalho Holanda

Coordenadora da Educação Profissional – SEDUC


Andréa Araújo Rocha
MONTAGEM E INSTALAÇÃO DOS
SISTEMAS INFORMÁTICOS

MANUAL DO (A) ALUNO (A)

Agosto / 2013
FORTALEZA/CEARÁ

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Escola Estadual de Educação Profissional Ensino Médio Integrado a Educação Profissional

Sumário
APRESENTAÇÃO 4
OBJETIVOS DA APRENDIZAGEM 5
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 6
EMENTA 8
QUADRO RESUMO DE COMPETÊNCIAS 10
CONTEÚDOS INTERDISCIPLINARES 13
MAPA DE ANÁLISE DE AVALIAÇÃO 14
CRONOGRAMA DE ATIVIDADES 17
1. INTRODUÇÃO (CONCEITOS) 22
1.1. Eletricidade 22
1.2. Tensão Elétrica, 23
1.3. Corrente Elétrica 24
1.4. Componentes Elétricos 25
1.4.1. Resistor 25
1.4.2. Capacitor 25
1.4.3. Transistor 26
1.4.4. Fusível 27
1.5. Sistemas Numéricos 27
1.5.1. Sistema Binário 27
1.5.2. Sistema Hexadecimal 28
1.6. Clock 30
1.7. Modos de Transmissão. 30
1.7.1. Paralela 30
1.7.2. Serial 31
1.7.3. Assíncrona 31
1.7.4. Síncrona. 31
2. O SISTEMA INFORMÁTICO 32
2.1. CPU ou Processador 33
2.2. Memórias 34
2.2.1. RAM (Random Acces Memory) 34
2.2.2. Memória ROM (Read Only Memory) 36
2.3. Placa-mãe 36
2.4. Barramento. 36
3. O AMBIENTE ADEQUADO PARA MONTAGEM 38
3.1. Definição do local 38
3.2. Cuidados Com Eletrostática 38
3.3. Aterramento 40
3.4. Instalação de um aterramento 40
3.5. Aterramento eficiente 40
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3.6. Problemas Gerados por Mau Aterramento 42


4. O GABINETE PARA A MONTAGEM 43
4.1. Modelos de gabinete 43
4.1.1. Full tower 43
4.1.2. Mini tower 44
4.1.3. Desktop 44
4.2. Conhecendo o gabinete, 44
4.3. Desmontagem e montagem 45
5. FONTE DE ALIMENTAÇÃO 47
5.1. Características e Padrões 47
5.2. Tensões Elétricas 48
5.3. Desempenho e Eficiência 49
5.4. Conectores, 51
5.4.1. Conector ATX12V 2.x de 24 pinos 51
5.4.2. 12V de 4 pinos (também conhecido como P4) 51
5.4.3. SATA 51
5.4.4. Molex 52
5.4.5. PCI Express 52
5.5. Teste da Fonte. 52
6. INSTALANDO A PLACA-MÃE 54
6.1. Componentes e Características 54
6.2. Formatos da placa-mãe 55
6.3. Visão Geral, 57
6.3.1. Chipset 57
6.3.2. Slots de memória 57
6.3.3. Conexão com HD/Drivers ópticos 58
6.3.4. Slots de Expansão 58
6.3.5. Conectores de Alimentação 58
6.3.6. Jumpers 59
6.3.7. Portas de Entrada 59
6.3.8. Soquete para Processador 59
6.4. Marcas modelos e fabricantes 60
6.5. Pré-Montagem e Teste da Placa-mãe 61
6.5.1. Cuidados Iniciais 61
6.6. Montagem da Placa-mãe 62
6.6.1. Fixando a Placa-mãe 64
6.7. Finalização e Teste. 64
7. INSTALAÇÃO DO PROCESSADOR 65
7.1. RISC e CISC 66
7.2. ARM 67
7.3. Velocidades 67
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7.4. Escolhendo o Processador para a Compra 68


7.5. Manutenção e Instalação do Processador 69
7.6. Inserindo o Processador na placa 70
7.7. Inserindo o Cooler 71
8. INSTALAÇÃO DOS PENTES DE MEMÓRIA RAM 73
8.1. Marca, modelo, fabricante 75
8.2. Conteúdo da Embalagem e cuidados iniciais 77
8.3. Dual Channel 78
8.4. Finalização de Instalação e Teste. 79
9. CONEXÃO DOS CABOS E COMUNICAÇÃO DO GABINETE COM A 80
PLACA-MÃE
9.1. Manual de Instalação da Placa-mãe 80
9.2. Conexão do Painel Frontal 80
9.2.1. Power SW 81
9.2.2. Power LED 81
9.2.3. Reset SW 82
9.2.4. Speaker 82
9.2.5. HDD LED 82
9.3. USB Frontal 83
9.4. Áudio Frontal 84
10. INSTALAÇÃO DO HDD 86
10.1. Identificação IDE e SATA 86
10.2. Master Slave e Cable Select 87
10.3. Configuração dos Jumpers 89
10.4. Fixação do HDD no gabinete 90
10.4.1. HDD IDE 90
10.4.2. HDD SATA 95
10.5. Atualidades. 101
11. INSTALAÇÃO DO DRIVE DE CD-RW 104
11.1. Identificação IDE e SATA 105
11.2. Configuração do Driver 105
11.3. Fixação no Gabinete 106
11.4. Atualidades 109
12. INSTALAÇÃO DO FDD (Opcional) 112
12.1. Instalação e Fixação no Gabinete 112
12.2. Instalação do Leitor de Cartões 118
13. INSTALANDO PLACAS DE EXPANSÃO 121
13.1. Identificação dos Slots de Expansão 121
13.2. Placa de Vídeo, Instalação da Placa de Vídeo 121
13.3. Instalação e Fixação da Placa de Vídeo 122
13.4. Placa de Fax/Modem 124
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13.5. Placa de Som 125


13.6. Placa de Rede ou Ethernet 126
13.7. Placa de Rede Wireless 127
14. ORGANIZAÇÃO INTERNA DO GABINETE 128
15. ALIMENTAÇÃO DO PC 130
15.1. Conexões Elétricas 131
15.2. Estabilizadores 132
15.3. NOBREAKS 133
15.4. Aterramento. 136
16. CONEXÕES DOS CABOS EXTERNOS 137
16.1. Identificação dos Periféricos. 137
17. LIGANDO O COMPUTADOR APÓS A MONTAGEM 140
17.1. Verificando se tudo está ligado corretamente 140
17.2. Erros comuns e Imagens Iniciais. 140
17.2.1. Power Switch 141
17.2.2. Cabo Flat 141
17.2.3. Jumper Clear CMOS 142
17.2.4. Cooler do processador 142
17.2.5. Placa ou memória mal encaixada 143
17.2.6. Seletor de Voltagem 144
17.2.7. Beeps na CPU 144
REFERÊNCIAS 147

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SISTEMAS INFORMÁTICOS

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1. INTRODUÇÃO (CONCEITOS)
Esse capítulo busca fazer com que o aluno descubra conceitos importantes para a
montagem e instalação de computadores. Esse assunto é de suma importância haja visto
que em muitas oportunidades, conceitos como rede elétrica, tensão elétrica, reconhecimento
de componentes eletrônicos, serão deparados durante a execução de trabalho.

Além, disso, o repasse de informações sobre esses conceitos a usuários, é


importante para a melhor utilização do Sistema Informático.

1.1. Eletricidade

Eletricidade é um assunto que geralmente desperta o interesse e o fascínio das pessoas. É


inimaginável o mundo sem a eletricidade. Logo nos vem a imagem de Benjamin Franklin, e
sua experiência com a pipa, onde descobriu que os raios são de natureza elétrica e
identificou cargas negativas e positivas.

Nesses estudos, é interessante pensar em que é constituída a matéria que existe na


natureza e a partindo-se disso, como ocorre os fenômenos relativos a eletricidade. Assim,
verificamos que tudo é constituído por elementos chamados de átomos. Apesar de que, a
palavra átomo vem do grego significa ―indivisível‖, a estrutura mais aceita de modelo de
átomo, proposta pelo físico inglês Lorde Ernest Rutherford, mostra que o mesmo se
assemelha a uma miniatura de Sistema Solar, onde os elétrons (planetas) giram em torno do
núcleo (Sol)

FIGURA 1.1 – ESTRUTURA DO ÁTOMO


FONTE: HTTP://WWW.INFOESCOLA.COM/QUIMICA/ATOMO/

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Os elétrons (cargas negativas), se localizam na chamada ―eletrosfera‖, enquanto no núcleo


existem prótons (cargas positivas) e nêutrons (carga neutra).

Em sua normalidade, o átomo encontra-se equilibrando, ou seja, possuindo a mesma


quantidade de prótons e elétrons, ambos se anulando (Cargas Contrárias) em seus valores
absolutos.

Mas o que seria Eletricidade afinal? Bem, podemos dizer que Eletricidade é uma
manifestação de uma forma de energia associada a cargas elétricas, paradas ou em
movimento.

Quando as cargas encontram-se em repouso (equilibradas), ocorre o fenômeno de


eletricidade estática, e a partir disso estão sujeitas aos princípios de: ―Cargas iguais se
repelem‖ e ―Cargas Opostas se atraem‖. Isso vai depender do material onde se encontram
essas cargas, porém é visto no cotidiano em monitores de computador, ou televisão,
Caminhões, carros aviões que são eletrizados por atrito com o ar, placas de circuito
impresso, máquina de copiar, etc. O efeito de desequilíbrio desses corpos pode gerar
faíscas, danificando equipamentos, ou mesmo causando acidentes graves.

A outra forma de comportamento dos elétrons é a forma dinâmica cujos conceitos serão
descritos a seguir.

1.2. Tensão Elétrica

A tensão elétrica é uma grandeza que é capaz de produzir o movimento de um elétron de


um determinado ponto a outro. É também chamada de ddp (Diferença de Potencial) e,
―vulgarmente‖, voltagem.

A unidade de medida de tensão é o VOLT, representada pelo símbolo V.

A existência de tensão é condição fundamental para o funcionamento de todos os aparelhos


elétricos, pois essa tensão faz com que vários elétrons se aglomerem formando o que
chamamos de Corrente Elétrica. Os dispositivos capazes de produzir tensão são
denominados de ―fontes geradoras de tensão‖.

Podemos citar como as principais:

 pilhas ou baterias;

 fontes de alimentação;

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 geradores.
O aparelho usado para medir tensão é o Voltímetro.

1.3. Corrente Elétrica

Quando as cargas que percorrem um material condutor de um ponto a outro provocado por
uma tensão elétrica se ordenam, chamamos de corrente elétrica. A corrente elétrica é
medida em Ampères e pode se encontrar de duas formas; Corrente Contínua (CC ou DC) ou
Corrente Alternada (CA ou AC).

A corrente chamada de contínua é assim chamada por permanecer em um só sentido, onde


os elétrons partem, convencionalmente, do polo negativo para o positivo.

FIGURA 1.2 – TENSÃO E CONTÍNUA E ALTERNADA


FONTE: HTTP://USBCONNECT.WORDPRESS.COM/2011/08/06/FUNCIONAMENTO-DAS-FONTES-DE-ALIMENTACAO/
FIGURA 1.2 – TENSÃO E CONTÍNUA E ALTERNADA
FIGURA 1.3 – FONTE NOTEBOOK À ESQUERDA E FONTE DESKTOP COM CHAVE SELETORA DE TENSÃO À DIREITA
Exemplos de fontes que geram corrente contínua é a pilha e a bateria de carro e moto
Geralmente os equipamentos eletrônicos usam desse tipo de corrente.

A corrente alternada é a corrente gerada pela concessionária de Energia que chega até as
nossas casa nas tomadas. Nesse tipo de corrente, os não existe uma polaridade definida
invertendo assim o sentido do fluxo de elétrons.
As fontes de Computadores e Notebooks e outros aparelhos eletrodomésticos
informam os valores de tensão e corrente permitidos para cada um deles. A figura ao lado

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mostra uma fonte de computador de mesa e o seletor de tensão onde o usuário deve
selecionar a tensão adequada de acordo com a tensão fornecida pela concessionária local.

1.4. Componentes Eletrônicos

1.4.1. Resistores

São componentes cujo objetivo é limitar o fluxo de corrente. Assim sendo, pode-se controlar
os níveis de corrente e tensão em diversos pontos do circuito. Esses componentes possuem
uma grandeza que damos o nome de Resistencia Elétrica e é gerida pela 1ª Lei de Ohm.
U(tensão) = R(resistência) * I(corrente)

A resistência é dada em Ω (Ohms)

Os resistores possuem um código de cores os quais podemos identificar os valores de


resistência.
Exemplo:

FIGURA 1.4 – EXEMPLO DE CÁLCULO DE RESISTÊNCIA COM CÓDIGO DE CORES


HTTP://WWW.TE1.COM.BR/2010/02/LER-CORES-RESISTORES/HTTP://WWW.TE1.COM.BR/2010/02/LER-CORES-
RESISTORES/

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1.4.2. Capacitor

O capacitor é um dos componentes mais importantes para os equipamentos digitais,


pois sua função é armazenar carga elétrica (bit 1) ou não armazenar (bit 2). Trata-se de
duas placas de material condutor isoladas por um material chamado de dielétrico Ele pode
ser encontrado, segundo encapsulamento: Eletrolítico, Cerâmico, Poliester. Etc

FIGURA 1.5 – À ESQUERDA, TIPOS DE CAPACITORES E À DIREITA CAPACITOR DANIFICADO

As figuras acima mostram, à esquerda os tipos de capacitores usados e à direita um


capacitor de uma fonte danificado.
Cada capacitor possui uma grandeza chamada de capacitância, onde define a
quantidade de cargas que podem ser armazenadas.

1.4.3. Transistor

O transistor é um dos componentes eletrônicos principais na construção de


computadores e outros equipamentos digitais. Trata-se de um elemento constituído de três
camadas de materiais semicondutores sendo essas NPN ou PNP.

FIGURA 1.6 – TRANSISTOR NPN E PNP

A aplicação desse componente em equipamentos digitais é quando o mesmo é


configurado para funcionar como uma chave. Quando existe corrente elétrica aplicada na
base, o transistor permite a passagem de corrente do coletor para emissor. Na ausência, de
corrente na base, o mesmo abre o circuito, impedindo assim a passagem de corrente
elétrica do coletor para emissor.

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FIGURA 1.7 – TRANSISTOR TQ-92 E SIMBOLOGIA.


1.4.4. Fusível

O fusível é um componente aplicado para a segurança o mesmo possui um fio de


cobre ou estanho que, ao ser percorrido por uma corrente acima do permitido
(sobrecorrente), queima, ou funde, abrindo o circuito e evitando que essa sobrecorrente
acabe danificando outros componentes. Existem diversos tipos de fusíveis.

FIGURA 1.8 – FUSÍVEIS.

Os fusíveis são encontrados desde miliamperes (mA) até vários Ampéres

1.5. Sistemas Numéricos

Os sistemas numéricos, são usados para definir e representar quantidade de dados.


Sua representação é definida de acordo com uma base específica. Por exemplo, o sistema
que usamos hoje chamamos de decimal, pois todo e qualquer número pode ser
representado por 10 símbolos diferente, sendo 10 a base.

1.5.1. Sistema Binário

É o sistema em que os números são representados por 2 algarismos (0 ou 1). Ex: 0,


1, 01, 10, 11, etc.

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Conversão Binário para Decimal


Dado o número binário B = b4b3b2b1b0 , esse número é representado na base decimal
em D = b4 * 24 + b3 * 23 + b2 * 22 + b1 * 21 + b0 * 20, veja o exemplo a seguir:

Exemplo: Converta 010012 para decimal


110012 = 1*24 + 1*23 + 0*22 + 0*21 + 1*20
= 1*16 + 1*8 + 0*4 +0*2 +1*1
= 16 + 8 + 0 + 0 +1
= 35
110012 = 3510

Conversão Decimal para Binário

Para converter um número em base decimal para binário, basta fazer divisões
sucessivas por 2, e armazenar os valores dos restos inteiros (0 ou 1) e o último quociente
possível. Veja o exemplo:
Exemplo: Converta 12310 para binário

1.5.2. Sistema Hexadecimal

O sistema hexadecimal possibilita expressar valores numéricos utilizando 16


algarismos: 0,1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, A, B, C, D, E ou F

Conversão Hexadecimal para Decimal

Dado o número Hexadecimal H = h4h3h2h1h0 , esse número é representado na base


decimal em D = h4 * 164 + h3 * 163 + h2 * 162 +h1 * 161 + h0 * 160, veja o exemplo a seguir:

Exemplo: Converta A3416 para decimal

A3416 = A*162 + 3*161 + 4*160

= A*256 + 3*16 + 4*1

= 11*256 + 48 + 4

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= 2868

A3416 = 286810

Conversão Decimal para Hexadecimal

Para converter um número em base decimal para hexadecimal, basta fazer divisões
sucessivas por 16, e armazenar os valores dos restos inteiros (0,1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, A, B,
C, D, E ou F) e o último quociente possível. Veja o exemplo:

Exemplo: Converta 246810 para hexadecimal

 246910 = 91016

Conversão Binário para Hexadecimal

Para converter um valor em binário para Hexadecimal, basta agrupá-los em 4 dígitos


e inserir o valor correspondente aos mesmos em hexadecimal com o auxílio da tabela. Veja
o exemplo:

Exemplo: Converta 1010101100012 para Hexadecimal

Binário 1010 1011 0001


Hexadecimal A B 1

1010101100012 = AB116

Conversão de Hexadecimal para Binário

Para converter um valor em Hexadecimal para Binário, devemos separa cada digito
individualmente e inserir seu valor correspondente em binário com o auxílio da tabela. Veja o
exemplo:

Exemplo: Converta 32AF916 para Binário

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Hexadecimal 8 2 A F 9
Binário 1000 0010 1010 1111 1001

32AF916 = 10000010101011111001

1.6. Clock

O componente mais importante de um computador com certeza é o processador.


Esse é responsável pela execução e controle de todas as tarefas a serem executadas pela
máquina. Esse trabalha com diversos tipos de desempenho e um dos fatores que diferencia
a velocidade de um processador e outro é o que chamamos de clock.
O clock é a frequência a qual um processador pode executar os processos. Assim
sendo, o clock indica o tempo em que o processador levar para executar um processo.
Podemos inferir que, quanto maior a frequência de clock, menor será o tempo
despendido pelo processador para executar um processo e consequentemente, mais
rápido será a velocidade do mesmo. A frequência de clock é medida em Hz (Hertz)
Podemos verificar o clock interno e externo. O interno indica exatamente a velocidade
do núcleo de determinado processador. Quando dizemos que um processador possui
2,8GHz, estamos indicando que esse executa 2,8 bilhões de operações em um segundo.
O clock externo é a velocidade com que o processador acessa os dados na memória.
Também conhecido como FSB (Front Side Bus), essa velocidade é sempre menor que o
clock interno.

Atividade de Pesquisa
Vamos pesquisar os valores de frequência de clock dos processadores atuais.
Verificar a relação de núcleo de processamento e valores de frequência de clock

1.7. Modos de Transmissão

Para entendermos como funciona o fluxo de informação entre os componentes de um


PC, precisamos conhecer os modos de transmissão.

1.7.1. Paralela
Nesse tipo de transmissão, os dados são enviados um grupo de Bits (Byte) de uma só
vez. Esse tipo de transmissão é usada para ligações entre elementos cuja a distância é curta
(antigos HD’ IDE, a porta paralela muito usada em antigas impressoras, CPU e memória)

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8 bits
.

TERMINAL A TERMINAL B

FIGURA 1.9 – COMUNICAÇÃO PARALELA.

1.7.2. Serial

A transmissão serial, ao contrário da assíncrona, os dados são enviados 1 bit por vez,
obedecendo uma sequencia. Esse tipo de transmissão pode ser usado para grandes
distâncias sem que ocorra interferências, contrário da paralela. O maior exemplo da
utilização da transmissão serial é a porta USB (Universal Serial Bus).

TERMINAL A 1010100110101010011010101010 TERMINAL B

FIGURA 1.10 – COMUNICAÇÃO SERIAL.

1.7.3. Assíncrona

Nesse tipo de transmissão, não há um tempo ou período pré-definido para o início e o fim de
uma transmissão. A transmissão pode começar a qualquer momento. Para o início,
necessita-se de um bit de início (start bit) e para final da transmissão (stop bit). A frequência
que os bits são lidos varia de um para outro conforme são enviados.

1.7.4. Síncrona

Quando há transmissão síncrona, existe, como próprio nome sugere, uma sincronização
entre os elementos. O intervalos de tempo para a transmissão são pré-definidos e fixados
não precisando assim de uma informação de início e fim de transmissão.

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2. O Sistema Informático

Você já deve saber, basicamente, o que se trata e de que é formado um Sistema


Informático. Mesmo assim, vamos a uma pequena explicação. Um Sistema Informático
trata-se de um conjuntos de equipamentos mecânicos e eletrônicos adequados e capazes
de processar dados afim de que estes se tornem informação, de forma automática.

Entrada Processamento Saída

Memória

FIGURA 2.1 – ARQUITETURA DE SISTEMA INFORMÁTICO

A figura 2.1 mostra como funciona o sistema onde são introduzidos os dados na Entrada,
usando um ou mais dispositivos destinados a esse fim, e são trabalhados dentro de um
dispositivo de processamento (UCP). Após o processamento, os dados são exibidos em
dispositivos de Saída.
Os equipamentos que são utilizados como entrada podem ser: mouse, teclado, scanner,
webcam, etc. Já os de saída temos como exemplo: monitor, impressora, fone de ouvido, etc.
Esse modelo é definido desde a arquitetura de criada por Von Neuman.
O Sistema Informático é formado basicamente por 2 componentes: Hardware e Software.
Hardware é a parte física do computador, isto é, os componentes e equipamentos
necessário para o funcionamento do sistema informático. Os programas que comandam o
hardware, damos o nome de software.
Os computadores modernos possuem a seguinte estrutura, mostrada na figura 2.2:

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Slot PCI Express

Barramento
PCI Express Placa de Vídeo Monitor
Barramento
Processador Local Barramento de Memória

Ponte Memória RAM


Norte
Barramento
PCI
IDE/SATA
Slot PCI Placas PCI
CD/DVD/Blu-Ray (Rede,
HDD Modem, som,
etc)

Ponte Periféricos Lentos:


Sul  Portas, seriais, Paralelas, USB,
 Teclado,
 Mouse,
 etc.
Memória ROM

FIGURA 2.2 – ARQUITETURA DE COMPUTADOR MODERNO.

A considerar, possuímos duas classes de software:


 Software de Sistema: Função principal é servir de interface entre o usuário e o
e hardware e também os softwares aplicativos e o maior exemplo dessa classe é o Sistema
Operacional.
 Software de Aplicação: Todo e qualquer software que desempenha, dentro do
computador, tarefas de aplicações do interesse do usuário, tais como editor de textos,
planilhas, banco de dados.
Os componentes centrais de hardware um sistema Informáticos são:

2.1 CPU ou Processador

Os processadores ou CPUs (Central Processing Unit) são circuitos integrados previamente


programados para realizar todas as tarefas relativas a manipulação e processamento da
informação em um computador. Através do seu uso é possível a manipulação da máquina
com dispositivos de entradas e dados em dispositivos de saída. Sua estrutura interna é
bastante complexa e varia de modelo para modelo e sofre grande evolução ao longo dos
tempos, porém pode-se destacar alguns elementos:
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 Seção de aquisição e descodificação de instruções: É a parte responsável por capturar


os dados e instruções de entrada de outros componentes e depois decodifica-los afim de
saber quais operações deve-se fazer.
 Seção de Execução: Onde realmente os dados são processados. Subdivide-se em três
sub-seções: UC (Unidade de Controle), ULA (Unidade Lógica e Aritmética) e
Registradores. A UC controla e determina quais operações fazer enviando sinais aos
componentes certos e a ULA efetua operações lógicas e aritméticas. Os registradores
são locais específicos destinados a armazenar temporariamente os dados durante o
processamento.
Os processadores vem evoluindo nos seguintes aspectos:
 Número de componentes (transistores, etc) em um só chip
 Velocidade de clock
 Capacidade dos registradores
 Largura do barramento
 Desempenho geral em mips (milhões de instruções por segundo)
 Adoção de novas seções internas (cache, outros núcleos de processamento,
etc)

2.2 Memórias

É o elemento de suporte ao processamento dotado de capacidade para armazenamento de


todo tipo de informação, seja eles dados simples ou programas. Computador possui
basicamente dois tipos de memória: A Principal e a Secundária.

 Principal: Também conhecida como Primária ou Central, esse tipo de memória


trata os dados diretamente com o processador, tornando-se indispensável para o sistema
informático. Consistem em módulos ou pentes e a esses são agregados chips ou circuitos
integrados que se conectam diretamente à placa-mãe.

 Secundária: é também chamada de suporte, pois sua função é armazenar


informações, que se encontram na memória principal, de forma permanente. Essa
informação é guardada para uso de antes ou depois de processamento. Geralmente são
armazenadas em HDD, leitores de CD/DVD.
É comum também a divisão de memórias de 2 tipos: RAM e ROM

2.2.1. RAM (Random Acces Memory)

Memória de Acesso Aleatório, é a memória principal do computador e trabalha diretamente


com o processador em funções de leitura e escrita.

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Essa denominação deve-se ao fato de não se ter uma ordem de acesso a dados, pelo
processador. O acesso ocorre aleatoriamente, na verdade, na posição que o processador
determinar.

Abaixo, na figura 2.3, vemos um esquema de funcionamento de endereçamento memória


RAM. Basta observar que trata de uma matriz ou conjunto de células com endereços
conhecidos pelo processador. O processador ―sabe‖ quais e onde estão os dados e assim
pode ler, escrever ou processar de forma adequada. Assim, agrupado pequenas
informações chamadas de bits, forma-se com 8 bits 1 Byte e cada Byte representa um
endereço de determinada informação.

Barramento
PROCESSADOR

Barramento

FIGURA 2.3 – ENDEREÇOS DE MEMÓRIA

A quantidade de memória RAM em um sistema é fator determinante para o desempenho do


mesmo. Em decorrência, condiciona o tamanho dos programas a serem executados, bem
como a velocidade em que são processados, pois se o sistema possui pouca memória
principal, o processador deverá fazer um número maior de acessos para leitura e/ou escrita.
Além dos pentes de memória RAM, outro exemplo importante do uso de tecnologia de
acesso aleatório é a memória Cache. Sua função é fazer uma ―ponte‖ entre o processador e
a memória principal, aumentando a velocidade de processamento. Pode ser interna ou
externa ao processador.
Seu funcionamento é bastante simples de ser entendido. As instruções e/ou dados que
esperam para ser processados, são armazenados inicialmente à memória Principal, e
quando a CPU solicita essas informações são copiadas na cache. Assim, a cache vai
guardando informações mais recentes ou as que com mais probabilidade será usada depois.
Assim, pode ocorrer de a instrução requisitada está em cache e passa diretamente para o
processador e pode ocorrer de não está em cache e só aí que o processador deve ir
diretamente a principal.

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Memória
Memória
Processador Principal
Cache

FIGURA 2.4 – MEMÓRIA CACHE

2.2.2. Memória ROM (Read Only Memory)

Esse tipo possui instruções fixas, e desempenha funções básicas. Também possui
instruções que mostram à CPU como trabalhar e com o que. Dentre elas podemos citar:
inicialização, interação e teste de dispositivos de entrada e saída. Elas não são apagadas,
mesmo depois que o computador é desligado.
O chip mais conhecido que utiliza esse tipo de memória é o BIOS (Basic Input Output
System), que possui instruções de verificar e testar o hardware quando o computador é
ligado.

2.3. Placa-mãe

Quando abrimos um computador pessoal, podemos visualizar vários elementos, entre eles,
uma placa principal que interliga todos os outros componentes. A essa placa damos o nome
de placa-mãe. A motherboard ou mainboard é uma placa de circuito impresso e pode
apresentar diferentes configurações dependendo da marca e do modelo. Para se poder
aproveitar todos os recursos e suas potencialidades, é essencial portar o Manual da mesma,
nele obtemos, por exemplo, qual(is) processador(es) podem ser instalados, os tipos de
memórias, a velocidade dos barramentos, etc. A propósito, vamos falar agora sobre
barramentos.

2.4. Barramento

Os barramentos ou bus, são sistemas de condutores que possibilita a comunicação e o


tráfego de dados entre os componentes do sistema informático. Esse meio permite a
comunicação entre processador CPU, memória principal, Slots de Expansão, etc. Podemos
ter os seguintes tipos de barramentos:
 Barramento Local: é o barramento utilizado pelo processador para se
comunicar com os dispositivos capitais, como memória principal e cache.

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 Barramento de Dados: Esse barramento serve para transmissão de dados


em duas direções em uma comunicação bidirecional full duplex.
 Barramento de Controle: Realiza o controle da comunicação de dados. Seu
tráfego é simplex.
 Barramento de Endereço: Nesse barramento são enviados sinais relativos ao
endereço da memória e da mesma forma do barramento de controle, utiliza comunicação
simplex.
 Barramento de Expansão: é o canal por onde dispositivos de expansão são
conectados, como placa de vídeo, som, rede, etc.

Atividade de Pesquisa
Pesquise a importância de se ter valores de barramentos compatíveis entre
processador, placa-mãe e memória principal e monte alguns exemplos.

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3. O ambiente adequado para montagem

O ambiente é bastante importante para se ter bom desempenho na realização de trabalho


de montagem e manutenção de computadores. Deve ser um local limpo e que não possua
objetos que não possua nenhuma serventia para a atividade.

3.1. Definição do local

Primeiramente, podemos utilizar uma mesa ou bancada com tamanho que caibam as
ferramentas e as máquinas a serem usadas com folga. Essa mesa ou bancada deve ter sua
superfície revestida de formica, madeira ou, idealmente, borracha para que os materiais não
acumulem cargas eletrostáticas. Plásticos ou carpetes devem ser evitados.
Sempre mantenha o ambiente limpo e evite comer ou beber no ambiente, pois pode causar
danos a máquina ou mesmo acidentes com o técnico.

FIGURA 3.1: A ESQUERDA COMPORTAMENTO DA CORRENTE ELÉTRICA COM ATERRAMENTO E À DIREITA A CORRENTE ELÉTRICA SEM
ATERRAMENTO.

3.2. Cuidados Com Eletrostática

Ao adquirir um computador, peças ou placas novos, em alguns casos, depara-se com


problemas inesperados como travamentos, mau funcionamento de programas específicos.
Em alguns casos, há um período de tempo para que esses problemas ocorram, assim a
única solução seria a troca do equipamento.
Esses tipos de casos, podem ser originados de problemas com eletricidade estática. Apesar
de não ser tão destrutiva para o ser o humano, para equipamentos eletrônicos podem ser
grandes vilões no desempenho.
Como vimos nos capítulos anteriores, a eletricidade estática nada mais é do que um
amontoado de cargas elétricas que se alojam em objetos e/ou materiais podendo ser até
nosso próprio corpo. Em nosso corpo, esse acúmulo pode ser gerado pelo simples atrito

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com nossas roupas, capacete, ar e outros. Podemos classificar as falhas de 2 formas:


Falhas catastróficas e Latentes
As catastróficas são mais fáceis de serem percebidas, pois vemos o resultado na hora
quando por exemplo um chip ou disco rígido simplesmente deixam de funcionar, mesmo
quando novos. É importante verificar, caso seja novo o equipamento, a possibilidade de
troca, caso tenha sido manuseado de forma errada pelo vendedor e exigir a troca.
As Falhas Latentes são observadas depois de um certo período de uso, onde começam a se
manifestar falhas.
Essas cargas podem comprometer as peças que contenha circuitos eletrônicos exposto e é
por isso que devemos tomar bastante cuidado na hora de manuseá-los. O segredo é nunca
tocar nas partes dos circuitos eletrônicos, optando por pegar pelas bordas ou onde a peça
ou equipamento ofereça uma parte de plástico. Outra dica é sempre usar pulsa anti estática

FIGURA 3.2. – PULSEIRA ANTIESTÁTICA.

É importante também ficar atento aos alertas dos fabricantes. Esse fato é, geralmente,
ignorado pela maioria das pessoas envolvidas no processo de venda e instalação das
placas.
Caso não estejam instalados no computador, sempre mantenha os produtos em suas
embalagens originais, pois elas já são anti-estáticas.

FIGURA 3.3 – EMBALAGEM ANTIESTÁTICA.

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Atividade de Pesquisa
Pesquise sobre os equipamentos e materiais que evitam ou diminuem os efeitos da
estática

3.3. Aterramento

O aterramento é tem basicamente 3 funções:


1 - Proteger o usuário de descargas atmosféricas
2 – Descarregar cargas estáticas amontoadas em equipamentos elétricos.
3 – Auxiliar dispositivos de proteção (fusível, disjuntor , etc) a proteger equipamentos
de descargas elétricas.
Esse pino possui valor nulo de tensão (0 Volt) e permanecendo constante. Ele consegue
filtrar cargas eletrostáticas acumuladas em equipamentos e descarrega-las para a Terra.
Esse sistema é composto por uma vara enterrada na terra e um fio condutor que geralmente
é conectado ao equipamento que necessitem se utilizar suas propriedades. Geralmente esta
também ligado ao quadro de distribuição
Em um computador, normalmente temos uma tomada com 3 pinos (Fase, Neutro e terra).
Alguns usuários retiram esse pino por questão de comodidade ou de falta de adaptação ao
novo padrão de tomadas elétricas do Brasil.

3.4 Instalação de um aterramento

Caso haja outros sistemas de aterramento, o sistema de aterramento do sistema Informático


deve ser isolado e independente dos outros. Isso ocorre, por exemplo, em sistema de
aterramento de para-raios. Nesse caso, busque uma distância de, no mpinimo 30 metros.
Prédio e o local do aterramento, devem está a uma distância de 10 metros
Caso seja um laboratório contendo vários equipamentos de informática (servidor, terminais,
impressoras, estações de trabalho, etc), deve-se usar um terra comum ao mesmo quadro de
distribuição.
O fios que são conectados a haste do terra, devem ser todos encapados, e utilizados
conduites ou eletrodutos. Esses fios devem possuir uma seção maior que os outros.

3.5 Aterramento eficiente

Para elaborar um sistema eficiente, basta seguir algumas recomendações.


1 – Produzir 3 poços de forma triangular, com mais ou menos 20 a 30 cm. Os poços devem
se distanciar em 3,0 metros e uma profundidade de 2,4 a 3,0 metros de acordo com a haste

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a ser utilizada. Pode-se também usar uma cova linear, ou seja, as covas em linha reta que
distem 3,0 metros entre si.

3,0 m

3,0 m 3,0 m

Terra Terra Aprox. 30cm


Carvão Vegetal
Sal Grosso

Aprox. 2,7cm
Enxofre

FIGURA 3.4 – ESQUEMA DE ATERRAMENTO.

2 – Optar por a haste de cobre nas dimensões 5/8‖ x 2,40 ou 5/8‖ x 3,0 m
3 - Conectar as três hastes entre si usando fios de cobre preferencialmente. Essas
conexões são feitas usando braçadeiras de bronze de diâmetro.
4 – Após a fixação, deve-se preencher a cavidade das hastes com sal grosso, carvão
vegetal, água de bateria e enxofre até que fique mais ou menos uma altura de 30
centímetros para preenchimento com terra;
5 - Conectar uma das hastes ao quadro de distribuição.

3.6. Problemas Gerados por Mau Aterramento

O aterramento pode sofrer algumas falhas durante a execução e caso o seu funcionamento
seja deficitário, os problemas podem ser bem maiores do que a segurança pessoal do
usuário.

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É comum problemas como choques elétricos em operadores ou usuários de equipamentos e


falhas ou demora de resposta de dispositivos de proteção como fusíveis e disjuntores. Além
disso problemas decorrentes de:
 Comunicação de dados envolvendo equipamentos que usem o protocolo
de comunicação RS-232 (porta serial)
 Excesso de interferências eletromagnéticas
 Queima de placas ou circuitos eletrônicos sem motivo aparente, mesmo
até quando adquiridos e colocados em uso em pouco tempo
 Ondulações e interferências em imagens mostradas em monitores,
principalmente do tipo de CRT (Tubo de Raios Catódicos).

4. O Gabinete para a montagem


Muita gente costuma chamar esse item do computador
de CPU, erroneamente. Como sabemos, a CPU é a Unidade
Central de Processamento ou o processador. O gabinete nada
mais é do que uma carcaça de ferro com o objetivo de
proteger e abrigar os componentes e circuitos internos de um
computador, protegendo-os contra choques mecânicos,
poeira, ou qualquer outro elemento que possa causar algum
dano ao funcionamento da máquina.
O gabinete é também importante, pois sua arquitetura é
quem define o tipo da fonte, e da placa-mãe a ser instalado.
Deve ser levado em conta na hora da montagem de sua
máquina, pois a mesma pode melhorar o desempenho da mesma. Uma escolha mal feita de
gabinete pode causar travamentos e prejudicar outros componentes devido a falta de
refrigeração.

4.1. Modelos de gabinete

4.1.1. Full tower

Esse modelo é empregado para computadores do tipo


servidores. É adequado para integração de vários periféricos
abrigando ainda uma placa-mãe de dimensões maiores e
também possui uma bos estrutura de refrigeração, necessária
para máquinas deste tipo.
Nesse modelo, encontram-se 4 ou mais baias, ou
gavetas frontais por onde são colocadas os drives de CD,
DVD ou Blu-ray.
O modelo Ultra Tower é uma evolução do modelo Full Tower
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4.1.2. Midi tower

São os mais usados por usuários que necessitam de


aplicações profissionais e PC Gamers. Possuem espaço
considerável, o que da suporte a fans e placas de vídeo
maiores, configuração de cabos melhor, melhor refrigeração,
mais baias, e melhor possibilidade de organização interna.
Possui também conjuntos de coolers e espaço para 3 baias.

4.1.3. Mini tower

São os menores e também mais baratos. Geralmente são


usados em computadores usados só pra navegar pela internet e
fazer alguns trabalhos domésticos, ou mesmo empregado em
escritórios que não necessitam de grande desempenho da
máquina. São também os mais comuns de serem encontrados.

4.1.4. Desktop

É o modelo recomendado quando se necessita de


aproveitamento de espaço, pois ele geramente é usado em
cima da mesa e serve de suporte para o monitor. Possui
problemas de refrigeração chegando a algumas vezes
necessitar de coolers adicionais além de ter como desvantagem
a limitação de expansão de recursos.

4.2 Conhecendo o gabinete


Vamos tomar como exemplo um gabinete Mini Tower ATX genérico e identificar cada
item numerado.

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FIGURA 4.1 – GABINETE PARA MONTAGEM

1 – Fixação da Placa-mãe: é o espaço definido para ficar a placa mãe. Os furos são
destinados a colocar os espaçadores e parafusos. Nos gabinetes antigos, tínhamos 2 ou 3
fendas, nos padrões ATX esse número aumentou, melhorando a fixação da placa.
2 – Fixação da fonte: Nesse local devemos afixarmos a fonte. O cuidado aqui é
colocar a fonte na posição adequada em que case os furos traseiros do gabinete com os
furos da fonte. A posição coreta da fonte irá garantir tambpem uma melhor refrigeração do
sistema.
3 – Fixação de Placas de Expansão: As placas off-board são inseridas nesse local.
Na região traseira, esse espaço chega ao usuário, geralmente, fechada por uma pequena
peça de metal, a qual deve ser removida afim de ser instalado a nova placa.
4 – Fenda Traseira: Essa fenda tem a função de alojar o painel de traseiro de portas
de conexão com periféricos. Nelas encontramos, portas USB, PS2 para teclado e mouse,
VGA, etc.
5 – Fixação de HD e Floppy: Podemos fixar o(s) disco(s) rígido(s) nesse local. É
importante que o mesmo fique bem preso evitando assim danificar o disco durante a
locomoção do gabinete de um local para outro.
6 – Conectores do Painel Frontal: São os conectores que fazer a ligação de
comandos dados da frente do gabinete como os botões Power e Reset. No capítulo 9
traremos mais detalhes sobre esses elementos.

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4. 3. Desmontagem e Montagem

Quando a máquina já se encontra em pleno funcionamento é interessante que


realizemos manutenção preventiva. Podemos fazer uma simples limpeza e isso já será
suficiente para aumentar a vida útil do computador. Para isso devemos desmontar o
gabinete e isso é uma tarefa relativamente simples, desde que tome alguns cuidados.
Um deles é a energia eletrostática acumulada em nossos corpos. Ela pode danificar e
muito a máquina dependendo da sua intensidade, por isso é recomendado que antes de
iniciar o processo, descarregue utilizando a pulseira eletrostática, segurar por alguns
segundos algum objeto de metal que tenha aterramento, um exemplo seria a fonte do
próprio pc. Cuidado também com a vestimenta. Não é recomendável a utilização de camisas
de lã. Não faça essa atividade sobre tapete ou carpete ou sobre mesas de plástico. O ideal é
que seja um local plano, limpo, organizado e com superfície de borracha.
Parece um pouco óbvio, mas sempre que for desmontar o gabinete, desligue o
computador inclusive desligando a tomada.
As bordas de alguns gabinetes são um pouco afiadas. Cuidado para que não raspe o
braço ou outra parte do corpo afim de evitar acidentes.
Para termos uma boa visão dos componentes internos do gabinete, basta remover a
tampa da esquerda (vendo a frente do gabinete). Para isso, basta remover os parafusos
traseiros e desencaixar a tampa. Novamente, cuidado com os clipes da tampa que podem
ser afiados.

Atividade de Pesquisa:
pesquise os modelos atuais de gabinetes no mercado, preços, fabricantes, características e
aplicações.

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5. Fonte de alimentação
A fonte de alimentação é o elemento
responsável por transformar a tensão alternada,
oriunda da rede elétrica (110V ou 220V) e
transformar em contínua (12V, 5V, 3,3V) além de
estabilizar e filtrar ruídos elétricos.
Ruídos elétricos são componentes que
fazem com que o sistema desequilibre provocando
assim surtos, cortes ou picos de tensão. Os ruídos
são causados por diversos motivos que vão desde
aterramento mau feito a interferências de rádio
frequência. Dependendo da intensidade, os ruídos
podem causar danos irreversíveis ao
equipamento.
As fontes utilizadas em computadores são chamadas de fontes chaveadas e possuem
vantagem de produzir menos calor tornando-se assim mais eficazes. Elas conseguem esse
efeito graças a um ―controle‖ que muda ―liga e desliga‖ a passagem de corrente no circuito
através de uma chave.
As fontes de computadores trabalham com altas frequências, gerando assim campos
eletromagnéticos. Esse campo pode causar danos ao próprio computador, por isso elas
devem ser blindadas.
Em notebooks ou em netbooks, a alimentação do sistema informático é feito por
bateria de lítio, porém podemos utilizar o mesmo alimentando, sem uso da bateria, com o
carregador.

5.1 Características e padrões

O padrão mais utilizado nos dias de hoje para a fontes de computadores de mesa é o
chamado ATX (Advanced Technology Extended). Esse padrão é uma evolução do padrão
anterior o AT (Advanced Technology).
As fontes ATX surgiram em meados do ano de 1996 e se adequaram a forma dos
novos gabinetes e placas-mãe da época. Isso facilita mais ainda a montagem do
computador pois a placa-mãe se encaixa no gabinete da mesma forma que a fonte de
alimentação se acomoda no mesmo.
Visualmente, conseguimos diferenciar os padrões de fonte analisando os conectores
principais que se encaixam na placa mãe.
O padrão anterior, AT, possuía dois conectores cada um com 6 pinos e eram
encaixados na placa mãe. A máquina que possui esse tipo de fonte, o usuário deve desligar
a máquina manualmente apertando o botão no gabinete.

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Inicialmente, o conector principal ATX é formado possui 20 pinos e um modo de


encaixe diferente onde a possibilidade de conexão errada fica impossível, suprimindo um
incomodo do padrão anterior.
Vários recursos foram adicionados a esse modelo. Um deles é o que chamamos de
Soft Power Control, cuja finalidade e dar a possibilidade de que a máquina seja desligada
com o auxílio do Sistema Operacional instalado na mesma
Podemos ainda ativar e desativar a fonte usando para isso a placa de rede ou mesmo
a placa de Modem. Esses recursos são chamados de, respectivamente, Wake-on-LAN e
Wake-on-modem.
Outra característica que evoluiu no padrão ATX foi o aumento do espaço interno, o
que facilita a circulação de ar e ventilação adequada.
Para se adaptar às novas demandas de tecnologia e desempenho das máquinas,
esse padrão sofreu mudanças em sua estrutura de forma a atender certas necessidades
podemos citar o modelo ATX12V, onde foi incluído um conector de 4 pinos de 12V, e outro
de 6 pinos de tensões de 3,3V e 5V. Essa evolução buscava suprir a necessidade de
consumos dos processadores Pentium 4 da intel. Logo depois, esse conector de 6 pinos foi
removido e adicionado um plug com objetivo de fornecer a energia requisitada por alguns
slots PCI Express.

Atividade de Pesquisa:
pesquises os conectores EPS12V, EATX, microATX, etc), EBX, ITX (e suas versões), entre
outros.

5.2 Tensões Elétricas

Como dito anteriormente, na hora da instalação, é importante que saibamos qual será
a tensão de alimentação para a nossa fonte, ajustando assim o seletor. Vale ressaltar que,
algumas fontes possuem a característica bivolt, ou seja, podemos alimentar tanto com
tensões de 110V como de 220V.
As saídas de tensões da fonte variam níveis diferentes para abastecer os mais
diferentes componentes internos da máquinas. Esses níveis são basicamente +3,3 V, +5 V,
+12 V, -5 V e -12 V. As tensões de menores valor (+3,3 V e +5 V) são destinadas a alimentar
pequenos chips como processador, chipset, módulos de memória. Já as tensões de +12V
são utilizadas para fornecer energia para equipamentos que consomem mais energia, esses
geralmente possuem motores, são eles HDs, drives de CD, DVD ou Blu-ray. Os valores de -
5V e -12V, já não são usados, pois sua utilização era aplicada a alimentação de dispositivos
instalados em barramentos do tipo ISA, padrão de slot ultrapassado.
Alguns equipamentos requerem níveis ainda menores de tensão como no caso das
memórias DDR3 que necessitam apenas de 1,5V. Esse valor é conseguido através de chips
denominados de regulador de tensão, que consegue controlar e reduzir assim o nível de
tensão desejado.
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A fonte ATX possui ainda um pino especial que fornece uma tensão de 3,3V. Esse
pino é chamado de Sinal Power Good. Seu objetivo é comunicar ao computador se a fonte
realmente está funcionando do modo correto ou apresentando algum defeito, protegendo
assim a máquina. Ele impede, por exemplo, que alguns chips ou outros elementos
funcionem com sobretensões causando danos nos mesmos. Quando temos sinal nesse
pino, indica que tudo está ocorrendo bem, a falta de tensão nesse pino mostra que algo está
errado com a fonte.
A figura abaixo mostra um esquema simples dos pinos de uma fonte ATX

FIGURA 5.1 - NÍVEIS DE TENSÃO DO CONECTOR PRINCIPAL ATX

5.3 Desempenho e eficiência


Antes de falar qualquer coisa sobre desempenho e eficiência das fontes, vamos
entender o que significa falar em Fonte Real e Nominal.
A fonte Real é bem mais estável e são indicadas para máquinas que possuem muitos
dispositivos conectados à mesma, como placas de vídeo aceleradoras, coolers de alta
performance, HDs e leitores de DVDs. Elas são mais resistentes.
Já as fontes nominais já bem mais frágeis e fornecessem menos potencia que as
fontes Reais. As fontes nominais, geralmente, produzem uma potência de 60% do que
realmente deveriam, por isso são mais baratas e possuem vida útil reduzida.
É interessante que na hora da compra ou da verificação da fonte, analisemos a
potencia fornecida para a mesma. O mais comum em computadores de mesa é encontrar
fontes de 400W. Isso é muito ou pouco? Depende de quantos, quais, modelos e fabricantes
de componentes inseridos na máquinas. Abaixo vemos uma tabela demonstrativa de uma
consumo de potencia com alguns elementos:
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ITEM CONSUMO
Processadores topo de linha (como Opteron Dual core) 35 W - 95 W
Processadores convencionais (como Pentium 4 HT e Athlon 64) 60 W - 110 W
Processadores econômicos (como Celeron e Duron) 30 W - 80 W
Placa-mãe 20 W - 100 W
HDs e drives de CD e DVD 25 W - 35 W
Placa de vídeo sem instruções em 3D 15 W - 25 W
Placa de vídeo com instruções em 3D 35 W - 110 W
Módulos de memória 2W - 10 W
Placas de expansão (placa de rede, placa de som, etc) 5 W - 10 W
Cooler 5 W - 10 W
Teclado e mouse 1 W - 15 W
TABELA 5.1 - ESTIMATIVA DE CONSUMO DE POTENCIA DE COMPONENTES INDIVIDUAIS.

Pode-se também acessar o site http://extreme.outervision.com/psucalculatorlite.jsp e


fazer um cálculo estimativo para aquisição da fonte.
Um importante fator a ser levado em conta para as fontes é o que chamamos de
Power Factor Correction ativo. O PFC significa Fator de Correção de Potência e é usado
em ealguns equipamentos para diminuir o consumo energia reativa que gera um desperdício
de eficiência. Existem fontes sem PFC, com PFC passivo e com PFC ativo. Abaixo listamos
as percas produzidas em cada tipo.

Tipo da Fonte Eficiência Perda de energia


Fonte Sem PFC de 50 % a 60 % de 40 % a 50 %
Fonte Com PFC Passivo de 70 % a 80 % de 20 % a 30 %
Fonte Com PFC Ativo de 95% a 99 % de 1 % a 5 %
TABELA 5.2 - ESTIMATIVA DE CONSUMO DE POTÊNCIA DE COMPONENTES INDIVIDUAIS.

Quanto a eficiência, um selo usado hoje em dia é o 80plus que garante segurança e
eficiência, boa qualidade e disponibilizará a potencia indicada pelo fabricante.

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FIGURA 5.2 - CERTIFICAÇÃO 80PLUS

5.4 Conectores

5.4.1. Conector ATX12V 2.x de 24 pinos

É o conector principal. É ligado direto na placa-mãe


alimentando-a e possui, atualmente, 24 pinos. Em fontes
ATX antigas, eram usados apenas 20 pinos e para
garantir compatibilidade entre os modelos e padrões, em
algumas utiliza-se um conector com 20 e outro com 4
pinos.

5.4.2. 12V de 4 pinos (também conhecido como P4)

Esse conector tem a função de alimentar


prioritariamente o processador pode ser encontrado seu
conector fêmea perto do slot do processador. Dependendo
do modelo e fabricante pode ser encontrado com 4 ou 8
pinos.

5.4.3. SATA
Sua função é alimentar os drives e os HDs do tipo
SATA.

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5.4.4. Molex
Usado para alimentar os drives e HDS antigos, coolers e floopy e
em alguns casos placas de áudio.

5.4.5. PCI Express

Esse conector tem exclusiva ação de fornecer a energia para


alimentar placa de vídeos instaladas nos slots PCI expresses. Não são
todas as fontes que trazem esses conectores e ainda variam de 6 e 8
pinos

5.5 Teste de Fonte

Para testarmos uma fonte, basta conectar com uso de um clipe de metal, os fios de
cor verde e outro fio preto (terra). A ligação deve ser feita com a fonte desligada da tomada
para evitar acidentes.

FIGURA 5.3 – CONECTOR PRINCIPAL ATX SENDO TESTADO

Após a ligação, ligue a fonte ao estabilizador e verifique se o cooler gira. Se o mesmo


girar, devemos medir os níveis de tensão em cada pino.
Se o cooler não girar devemos checar alguns componentes internos.
Desparafuse a fonte para que veja os componentes internos da mesma. Localize o
fusível e verifique seu estado. Caso aconteça algum defeito com a fonte, ele é o primeiro a
ser danificado. Abaixo, à esquerda mostramos um fusível em boas condições e à direita um
danificado.

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FIGURA 5.4 – FUSÍVEL EM BOM ESTADO À ESQUERDA E DANIFICADO À DIREITA

Um componente que também deve ser observado são os capacitores. Observe se os


mesmos estão estufados indicando falha.

FIGURA 5.5 – CAPACITOR DA FONTE DANIFICADO

Verifique os valores da capacitância e da tensão para que o mesmo seja substituído


por outro capacitor semelhante.
Faça o teste do diodo da ponte retificadora também. Devemos testar a continuidade.
O teste é feito com o auxilio de uma multímetro. Basta selecionar a posição de teste de
diodo e continuidade e colocar a ponta de prova vermelha (positiva) na parte preta do diodo
e a ponta de prova preta do multímetro (terra) na parte cinza do diodo. Você deve verificar
se nessa posição há queda de tensão. Agora inverta a ordem dos fios. Nessa posição, não
podemos registrar queda de tensão.
Se tudo ocorrer bem, a fonte pode ser instalada. Lembre-se de ligar a fonte
observando a organização interna dos fios para evitar problemas de aquecimento.
Certifique-se também que a mesma estará presa ao gabinete.

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6. Instalando a placa mãe


Podemos afirmar que a placa mãe é um dos principais componentes do computador,
e é responsável por interligar todos os componentes do PC de maneira eficiente e confiável.
Ela não é apenas o componente mais complexo, mas também o que mais influencia a
estabilidade e as possibilidades de expansão do sistema, daí a necessidade de saber qual o
tipo de componente será compatível com sua placa mãe.
A falta de observação deste critério por ocasionar que se tenha um computador com
um bom processador e com muita memória, porém muito lento, pois a qualidade da placa
mãe não foi levada em conta na hora da compra.
―É normal que o primeiro componente que pensamos em comprar, na hora de
montar o micro, seja o processador. É recomendável, porém adquirir primeiro a placa
mãe. Deve-se conhecê-la bem (ou pelo menos, ler o manual de instruções), para
posteriormente comprar o restante das placas” (SCHORSCH, 2007).

6.1 Componentes e Características

A placa mãe é composta por placas de fibra de vidro, ainda que juntas elas se
pareçam com uma única placa, temos na verdade uma sobreposição de várias placas, com
várias camadas e milhares de vias elétricas que interligam os chips e uma centena de
componentes espalhados por toda a sua superfície.
O componente básico da placa mãe é o PCB (printed circuit boards), a placa de
circuito impresso onde são soldados os demais componentes (MORIMOTO, 2007).
“Embora apenas duas faces sejam visíveis, o PCB da placa-mãe é composto por um
total de 4 a 10 placas (totalizando de 8 a 20 faces!). Cada uma das placas possui
parte das trilhas necessárias, e elas são unidas através de pontos de solda
estrategicamente posicionados;” (MORIMOTO, 2007).

Segundo Morimoto, o PCB é um dos componentes de mais baixa tecnologia, daí é


comum que a sua produção seja terceirizada para países como a China, onde a mão de
obra é mais barata.
Os menores componentes da placa, medindo pouco menos de um milímetro
quadrado, são os resistores e os capacitores. Por
serem pequenos são instalados de forma automatizada.
Os outros componentes, tais como os slots,
capacitores e a maior parte dos conectores (fonte de
alimentação, encaixes de placas e processador e etc) são
encaixados em perfurações feitas na placa e a solda é
feita na parte inferior. Então a placa mãe passa por mais
uma máquina de solda que fixa todos os componentes
com contatos na parte inferior (MORIMOTO, 2007).
Outro componente de fundamental importâcia para

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o bom fucionamento do computador é o BIOS, que controla o uso do hardware do


computador e manter as informações relativas à hora e data.
A palavra BIOS é um acrônimo para Basic Input/Output System ou Sistema Básico de
Entrada e Saída. Trata-se de um mecanismo responsável por algumas atividades
consideradas habituais em um computador, mas que são de suma importância para o
correto funcionamento de uma máquina. Se houverrem problemas que impeçam o
funcionamento correto do BIOS o computador poderá parar de funcionar.
O BIOS é um software que fica gravado em um
chip na placa mãe. Na grande maioria dos casos, o chip
possui apenas uma pequena quantidade de memória
Flash, o CMOS, que é composto por de 128 a 256 bytes
de memória volátil e o relógio de tempo real.
É função do BIOS emitir uma mensagem de erro
quando o teclado não está conectado, entre outros.
Quando isso ocorre, o BIOS está trabalhando em
conjunto com o Post, um software que testa os componentes de hardware após o
computador ser ligado
“Através de uma interface denominada Setup, também presente na Flash-ROM, é
possível alterar configurações de hardware, como velocidade do processador,
detecção de discos rígidos, desativação de portas USB, etc” (ALECRIM,2005).

O CMOS serve para armazenar as configurações do Setup, outra


caracteristica é que ele é volátil, de forma que as configurações
são perdidas quando a alimentação elétrica é cortada. Daí a
necessidade de uma bateria, que mantém as configurações
quando o micro é desligado.

6.2. Formatos da placa mãe

Existem dois formatos de placa mãe, o padrão AT e o ATX.


O formato AT surgiu em 1984 em um microcomputador lançado pela IBM. No AT (a
fonte é desligada pelo botão liga/desliga do gabinete, que é incorporado à placa mãe) tanto
a fonte quanto o gabinete são padronizados em AT e o conector de teclado era maior que o
do ATX, pois o formato AT usava o conector DIN para os teclados
As placas mãe mediam nada menos que 36 x 32 cm. Placas tão grande eram caras
de se produzir, de forma que pouco depois, em 1986, foi introduzido o formato Baby-AT ou
Mini-AT, em que a placa mede apenas 24 x 33 cm, mas como não eram padronizadas entre
os diversos fabricantes é fácil encontrar placas Baby-AT com tamanhos diferentes

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Uma característica do formato AT é que todos os


conectores são presos no gabinete e ligados à placa mãe
utilizando cabos flat, dessa maneira dificulta a montagem dos
micros e a deixa um pouco mais trabalhosa. Além de
contribuir para o amontoamento de cabos dentro do gabinete,
prejudicando a ventilação e acumulando poeira.

Em seguida temos o formato ATX, que marca o início da era atual. O ATX foi
desenvolvido pela Intel e introduzido juntamente com os primeiros micros Pentium II. O
formato ATX trouxe um conjunto de modificações importantes. A mais visível delas é o
painel traseiro, que concentra os conectores do teclado, mouse, porta serial, portas USB e
também os conectores do vídeo, som e rede onboard.

FIGURA 6.1 – PAINEL TRASEIRO


“Onboard é o termo empregado para distinguir placas-mãe que possuem um ou mais
dispositivos de expansão integrados. Por exemplo, há modelos que têm placa de
vídeo, placa de som, modem ou placa de rede na própria placa-mãe.” (ALECRIM,
2005).

O formato ATX introduziu um novo padrão de fontes de alimentação: a fonte passou a


fornecer também a tensão de 3.3V, utilizada por diversos componentes e não mais apenas
os 12V e 5V das fontes AT. O formato do conector foi alterado e as fontes ATX incorporaram
contatos adicionais, que permitem que a fonte seja ligada e desligada via software.

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6.3. Visão geral da placa mãe

FIGURA 6.2 – VISÃO GERAL DA PLACA-MÃE

6.3.1. Chipset

Outro componente de grande importância nas placas mãe é o Chipset. Ele é


responsável pelo controle dos barramentos, acesso à memória, dentre outros. Hoje em dia,
ele é divido em dois (na maioria das vezes), que são a Ponte Norte (North Bridge) – que
controla a memória, barramento de vídeo (slot AGP ou slot PCI-Express), e transfere dados
com a Ponte Norte – e a Ponte Sul (South Bridge) – que controla componentes, periféricos,
tais como HDs, portas USB, barramentos PCI, dispositivos de som e rede.
O Chipset é também é responsável por delimitar a capacidade nas placas mãe, pois é
ele quem vai definir qual a quantidade e tipo de memória suportada, quantos e quais tipos de
HDs serão suportados, qual a velocidade máxima que o processador que será ligado à placa
mãe poderá ter.

6.3.2. Slots de memória

Os slots de memória variam de acordo com o tipo de memória suportado. Por


exemplo, uma memória do tipo DDR2 não encaixa em um slot para memórias DDR3, e vice-
versa.

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FIGURA 6.3 – SLOTS DE MEMÓRIA RAM

6.3.3. Conexão com HD/Drivers ópticos

Os slots usados para a conexão entre a placa mãe e HDs,


drivers de CD/DVD são os famosos IDE e SATA/SATA2.
Atualmente, o mais rápido e que está sendo cada vez mais usado no
mercado é o slot SATA2. Em relação aos SATAs ―normais‖, ele é
duas vezes mais rápido, uma vez que a taxa de transferência de
dados do SATA é de 150MB/s e do SATA2 é de 300MB/s.

6.3.4. Slots de Expansão

Os slots de expansão servem para que seja possível adicionar recursos à sua placa
mãe. Neles você conecta placas de rede, placa de som, modems, placa de captura, etc.
Os mais usados atualmente são os slots PCI (Peripheral Component Interconnect), PCI-
Express 1x, PCI-Express e AGP.

FIGURA 6.4 – SLOTS PCI

6.3.5. Conectores de Alimentação

O conector de alimentação é o local onde você deve conectar a fonte (a qual distribui
energia elétrica à placa e todos os demais componentes) à placa mãe. Existem dois
modelos padrão: os AT e os ATX, como foram mostrados anteriormente: o primeiro é mais
antigo, e praticamente já está fora de linha, o segundo é o mais atual, e é o mais usado.

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Há também conectores auxiliares que servem para suprir a demanda de energia do


processador, fazendo com que haja maior estabilidade no funcionamento. Vale lembrar que
a fonte é um item de extrema importância para o bom funcionamento do computador.

FIGURA 6.5 – CONECTOR PRINCIPAL ATX

6.3.6. Jumpers

Jumpers são compostos de plásticos revestidos de metal por


dentro. Estas pecinhas servem para serem colocadas em pequenos
pinos que se encontram na placa mãe. Dependendo do modo
comoestes ―quadradinhos‖ são colocados nos pinos, diferentes
configurações da placa mãe podem ser mudadas.
Existem ainda jumpers que servem para a conexão de cabos
do gabinete. Estes cabos servem para que os botões ligar/desligar,
reset, os leds do gabinete funcionem. Outros jumpers servem para a conexão de saídas
auxiliares, que são aquelas portas USB e de áudio que se localizam na frente do gabinete,
ou ainda, outras saídas USB que são ligadas com placas auxiliares atrás do gabinete.

6.3.7. Portas de Entrada


As portas PS/2 servem para conexão do mouse e do teclado no computador. A maior
vantagem de utilizar mouses e teclados com este padrão de conexão é que assim ficam
liberadas mais portas USB em seu computador.
Já a porta USB é a porta de entrada mais ―versátil‖ da placa-mãe.
Nela você pode conectar inúmeros dispositivos, de placas de captura à
pendrives. Ela é uma porta do tipo Plug & Play, na qual você podê ligar
dispositivos sem a necessidade de desligar o computador.
Atualmente existem três modelos de porta USB no mercado: USB 1.1, que
caiu em desuso, e USB 2.0, a qual é a mais utilizada nos dispositivos ultimamente. Também
temos a porta USB 3.0, que pode ser 10x mais rápida que a USB 2.0.

6.3.8. Soquete para Processador

O processador é encaixado em um conector da placa mãe chamado soquete. Em


geral, processadores de gerações diferentes utilizam soquetes diferentes. Certamente um
soquete para processador AMD K6 II não aceitará um processador Intel Pentium 4 e vice e
versa. Pode ocorrer também que um processador tenha soquetes diferentes, a exemplo
disso temos o Pentium 4 e o Athlon 64, que tiveram três versões de soquetes.
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 Processadores Intel
a) Placas com soquete LGA 775:
Este é o formato mais recente do Pentium 4 e foi lançado no começo de 2004.
Atualmente esse soquete é utilizado por processadores Core 2 Duo e
derivados. Vale ressaltar que no caso do Core 2 Quad, nem toda placa suporta esse
processador, mesmo usando o soquete correto.

b) Placas com soquete LGA 1366:


Esse soquete encaixa os processadores de nova geração Core i7 e Core i7
Extreme, que foram lançados em 2008.

 Processadores AMD
a) Placas com soquete 939:
Usado por modelos de Athlon 64. Seu diferencial é que seus processadores
operam com DDR de 128 bits (dois canais de memória).

b) Placas com soquete AM2+:


Foi lançado para o processador Phenom eles operam com memória
DDR2/1066. A novidade deste modelo é a economia de energia.

c) Placas com soquete AM3:


Desenvolvida para processadores Phenom II, possui suporte a DDR3.
Além de se preocupar com o formato da placa de CPU, é preciso também que seja
considerada a sua compatibilidade com o processador a ser usado. Podemos dividir as
placas de CPU em diversas categorias, de acordo com o soquete usado pelo processador:

TABELA 6.1 – SOQUETE E PROCESSADORES SUPORTADOS

6.4 Marca, modelo, fabricante

Sendo a placa-mãe o elemenoto chave para o computador, na hora da escolha da mesma


itens como soquete do processador e slot PCI-Express devem ser levados em conta, além
do chipset. Abaixo listamos marcas e modelos mais famosas.

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Fabricante Descrição Modelos

 M5A88-V ASUS
 MAXIMUS VI
A Asus não fabrica apenas placa-
EXTREME

mãe, mas outros componentes de
F1A55-M LX

ASUS hardware. È líder do mercado, suas
SABERTOOTH
placa-mãe são de boa qualidade e
Z77 (ASUS)

de uso para computadores que
M5A78L-M LX

necessitam de bom desempenho
P8H61-M LX3
 P8Z77-V

 Intel Socket 2011


 Intel Socket 1366
 Intel Socket 1150
 Intel Socket 1155
 Intel Socket 1156
GIGABYTE  Intel Socket 775
 Intel CPU
Essa marca possui bons recursos e
Onboard

é indicada para quem necessita de
AMD Socket FM2

relação custo/benefício. A maioria é
AMD Socket FM1

compatível com processadores Intel.
AMD Socket
AM3+
 AMD Socket AM3
 AMD Socket
AM2+
 AMD Socket AM2
 AMD BGA FT1
TABELA 6.2 – PRINCIPAIS MARCAS DE PLACA-MÃES DO MERCADO

Atividade de Pesquisa:
Escolha alguns modelos, baixe seus manuais e liste as principais características de cada
uma delas.

6.5. Pré-montagem e teste da placa mãe

6.5.1. Cuidados iniciais

Temos que atentar para eletricidade estática, pois os chips ―sentem‖ essas descargas
e podem ser danificados.
Para proteger seus equipamentos devemos tomar cuidados simples: ao retirá-los das
embalagens devemos sempre segura-los pelas bordas, sem tocar nos chips e conectores.
Um disco rígido de ser segurado pela sua carcaça e não pela placa de circuito.
Processadores devem ser segurados sem que haja toque nos contatos metálicos.

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Leve em consideração os seguintes cuidados:


1 – Antes de manusear as peças, toque na chapa metálica do micro para dissipar a
energia estática, esse processo deve ser repetido a cada 15 minutos;
2 – Toque as placas pelas suas bordas laterais;
3 – Para técnicos indica-se o uso de pulseiras anti-estática, que deve estar ligada a
um ponto de TERRA na rede elétrica;
4 – Nunca devemos fazer ou desfazer conexões internas de placas, chips e cabos
com o equipamento ligado, a fim de evitar que o equipamento seja danificado;
5 – Para termos total segurança no manuseio das conexões do PC, devemos desligar
o computador da rede elétrica.

6.6. Montagem da placa mãe

Antes de começar a instalação da placa mãe, tenha sempre em mãos todos os


materiais necessários para a montagem de computadores, e sempre realize os
procedimentos com cautela.
Após ter aberto o gabinete (você deverá
remover ambas as laterais), note se o gabinete
possui uma chapa de alumínio localizada atrás
dele, a qual possui furos para encaixe do painel
traseiro da placa mãe.
Você deve retirar esta peça caso ela tenha vindo junto do gabinete, pois geralmente
os encaixes são diferentes dos das placas mãe, e toda placa mãe nova vem com um
espelho próprio para ela, o qual deve ser instalado no gabinete
antes da placa mãe ser inserida.
Se este for o seu caso, tome cuidado para inserir o
espelho corretamente, pois só é possível encaixar a placa no
espelho de uma maneira. Fique atento para os desenhos que
aparecem ao lado de cada furo no espelho: estes desenhos
devem ficar para o lado de fora do gabinete.
Caso você esteja reinserindo a placa mãe no gabinete
por motivos de manutenção ou limpeza, não é necessário retirar
o espelho do gabinete.
Gabinetes novos também costumam vir com fontes, as
quais nem sempre podem ser boas o suficiente (vai depender
da potência do computador que você está montando). Fique
atento, pois a fonte é um item importantíssimo, e que pode
ocasionar danos quando ela não possui força suficiente para
suprir a quantidade de energia que o computador necessita.
Antes de iniciar o processo de fixação da placa mãe no
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gabinete, você pode instalar alguns componentes, tais como processador e memórias, pois
esta tarefa é mais fácil quando realizada com a placa mãe fora do gabinete. Porém, se você
conseguir retirar a chapa de apoio do gabinete, você pode fazer isso após ter fixado a placa
na chapa, antes de reinserir a chapa no gabinete.
Observe a placa mãe e perceba que existem furos
localizados nas extremidades da placa. Esses furos são os
locais nos quais devem ser introduzidos os parafusos para a
devida fixação da placa. Note que na chapa de apoio do
gabinete também existem furos, nos quais os parafusos que
seguram a placa deverão ser fixados.
O gabinete utilizado possui relevo nas áreas em que
se localizam os furos para os parafusos, entretanto, é mais
comum que os gabinetes tenham toda a chapa de apoio da
placa mãe plana. Neste caso, você não deve inserir a placa
mãe diretamente na chapa de apoio do gabinete. Antes disso, é preciso inserir as roscas de
base para que nelas sejam fixados os parafusos da placa mãe.
Além das roscas de base, existem também as bases de suporte com trava, as quais
são peças auxiliares na instalação da placa. Você não
deve utilizar apenas elas para fixar a placa mãe ao
gabinete, pois elas devem ser utilizadas apenas quando
faltarem às bases de rosca para parafusar a placa.
Diferentemente dos parafusos, as bases de suporte com
trava devem ser inseridas diretamente na placa, e não
sobre as roscas de base.

Pode parecer uma tarefa um


pouco chata a de acertar em quais furos vão as roscas de base, ainda
mais quando a chapa de apoio do seu gabinete possui muitos furos.
Para facilitar o trabalho, você pode posicionar a placa mãe sobre a
chapa e localizar quais são os furos nos quais devem ir as roscas.

Insira as roscas de base nos devidos furos da


chapa de apoio do gabinete. É possível utilizar um
alicate para deixar as roscas mais firmes, mas não
aplique muita força, pois isso pode danificar os furos de
encaixe da chapa de apoio. Caso faltem roscas de
base, insira bases de suporte com trava (procure inseri-
las nos furos centrais, de modo que os furos laterais fiquem para as roscas de base e
parafusos, assim a placa fica melhor fixada).

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6.6.1. Fixando a placa

Antes de parafusar a placa, atente para os furos dela. Pode ser que existem dois tipos
de furos: os metalizados e os não metalizados. Furos metalizados podem receber parafusos
sem a necessidade de utilizar arruelas isolantes para fixação dos parafusos na placa, já nos
furos não metalizados (os quais não são tão comuns de serem encontrados nas placas da
atualidade), isso não é possível.
Vale lembra que, para os casos em que a
placa mãe é nova, a espuma que vem junto da placa
na caixa dela não deve ser utilizada na hora da
inserção da placa! Esta espuma serve apenas para
auxiliar na embalagem da placa quando ela sai da
fábrica, e não para a instalação.
Caso você faça isso, o componente pode ser
prejudicado, pois pode ocorrer curto-circuito.
Após ter inserido as roscas de base e as bases de suporte com trava (se isso foi
necessário) nos devidos furos da chapa de apoio do gabinete, você deve posicionar a placa
sobre a chapa de apoio e fixá-la com os parafusos.
Quanto aos parafusos que devem ser
utilizados para esta tarefa, podem ser utilizados
parafusos de rosca fina ou grossa. Procure por
parafusos que tenham a cabeça mais larga, e use
o mesmo padrão em todos os furos da placa.
Caso faltem parafusos para todos os furos
da placa, utilize as bases de suporte com trava
para complementar a fixação (lembre-se, elas
devem ser utilizadas apenas para complementar,
nunca utilize somente elas para a fixação da placa). Se for necessário, procure utilizá-las
nos buracos centrais da placa.

6.7. Finalização e Teste

Após a montagem, o teste da placa-mãe é feito usando pelo menos um pente de


memória RAM, a fonte, um processador compatível. Caso não estejam conectados os pinos
do painel frontal, deve-se localizar dois pinos chamados PWR (ou Power).

Atividade de Pesquisa
Divida a sala em grupos e pesquise escolha um modelo de placa-mãe para servidor,
notebook e Desktop e apresente sua pesquisa em forma de seminário.

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7.0 Instalando o processador

Sabemos que o processador é a parte mais fundamental para o funcionamento de um


computador. Eles são circuitos digitais que realizam operações como: cópia de dados,
acesso a memórias e operações lógicas e matemáticas. O processador é a unidade central
de processamento (CPU) de computador ou sistema computacional.
O processador é um circuito integrado que executa instruções de máquina, realizando
diversos cálculos e tomadas de decisão. É o ―cérebro do computador‖, pois qualquer tarefa é
executa por ele.
Microprocessador é o nome dado ao processador usado em PCs (Computadores
Pessoais), servidor, notebook, Workstation e mainframe usado por pessoas, empresas e
instituições em geral.
Ele é também o componente onde são usadas as tecnologias de fabricação mais
recentes. O processador é o componente mais complexo e frequentemente o mais caro,
mas ele não pode fazer nada sozinho. Como todo cérebro, ele precisa de um corpo, que é
formado pelos outros componentes do micro, incluindo memória, HD, placa de vídeo e de
rede, monitor, teclado e mouse.
Dentro do mundo PC, tudo começou com o 8088, lançado pela Intel em 1979 e usado
no primeiro PC, lançado pela IBM em 1981.
Depois veio o 286, lançado em 1982, e o 386, lançado em 1985. O 386 pode ser
considerado o primeiro processador moderno, pois foi o primeiro a incluir o conjunto de
instruções básico, usado até os dias de hoje. O 486, que ainda faz parte das lembranças de
muita gente que comprou seu primeiro computador durante a década de 1990, foi lançado
em 1989, mas ainda era comum encontrar micros com ele à venda até por volta de 1997.
Depois entramos na era atual, inaugurada pelo Pentium, que foi lançado em 1993, mas
demorou alguns anos para se popularizar e substituir os 486.
Em 1997 foi lançado o Pentium MMX, que deu um último fôlego à plataforma. Depois,
em 1997, veio o Pentium II, que usava um encaixe diferente e por isso era incompatível com
as placas mãe antigas. A AMD soube aproveitar a oportunidade, desenvolvendo o K6-2, um
chip com uma arquitetura similar ao Pentium II, mas que era compatível com as placas
soquete 7 antigas. A partir daí as coisas passaram a acontecer mais rápido. Em 1999 foi
lançado o Pentium III e em 2000 o Pentium 4, que trouxe uma arquitetura bem diferente dos
chips anteriores, otimizada para permitir o lançamento de processadores que trabalham a
frequências mais altas. O último Pentium III trabalhava a 1.0 GHz, enquanto o Pentium 4
atingiu rapidamente os 2.0 GHz, depois 3 GHz e depois 3.5 GHz. O problema é que o
Pentium 4 possuía um desempenho por ciclo de clock inferior a outros processadores, o que
faz com que a alta frequência de operação servisse simplesmente para equilibrar as coisas.

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A primeira versão do Pentium 4 operava a 1.3 GHz e, mesmo assim, perdia para o
Pentium III de 1.0 GHz em diversas aplicações. Quanto mais alta a frequência do
processador, mais ele esquenta e mais energia consome, o que acaba se tornando um
grande problema. Quando as possibilidades de aumento de clock do Pentium 4 se
esgotaram, a Intel lançou o Pentium D, uma versão dual-core do Pentium 4. Inicialmente os
Pentium D eram caros, mas com o lançamento do Core 2 Duo eles caíram de preço e
passaram a ser usados até mesmo em micros de baixo custo.
Os Pentium D eram vendidos sob um sistema de numeração e não sob a frequência
real de clock. O Pentium D 820, por exemplo, opera a 2.8 GHz, enquanto o 840 opera a 3.2
GHz. Em 2003 a Intel lançou o Pentium M, um chip derivado da antiga arquitetura do
Pentium III, que consome pouca energia, esquenta pouco e mesmo assim oferece um
excelente desempenho. Um Pentium M de 1.4 GHz chega a superar um Pentium 4 de 2.6
GHz em diversas aplicações. O Pentium M foi desenvolvido originalmente para ser usado
em notebooks, mas se mostrou tão eficiente que acabou sendo usado como base para o
desenvolvimento da plataforma Core, usada nos processadores Core 2 Duo fabricados
atualmente pela Intel. O Pentium 4 acabou se revelando um beco sem saída, descontinuado
e condenado ao esquecimento.
Paralelamente a todos esses processadores, temos o Celeron, uma versão mais
barata, mas com um desempenho um pouco inferior, por ter menos cache ou outras
limitações. Na verdade, o Celeron não é uma família separada de chips, mas apenas um
nome comercial usado nas versões mais baratas (com metade ou um quarto do cache) de
vários processadores Intel. Existem Celeron baseados no Pentium II, Pentium III, Pentium 4,
Pentium M e também o Celeron 4xx, que é uma versão single-core (e com menos cache) do
Core 2 Duo.

7.1. RISC e CISC

Principal característica de máquinas CISC:


- Conjunto de instruções de linguagem de máquina maior e mais complexa
Micro programa maior e mais lento.
Principais características de máquinas RISC:
- Em uma máquina RISC, há um pequeno número de instruções executados
diretamente pelo hardware sem nenhum interpretador ou micro programa.
- A unidade de dados da máquina RISC é otimizada para garantir um mínimo de
tempo de ciclo de dados.
- Poucas instruções e modos de endereçamento.

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TABELA 7.1 – COMPARATIVO RISC E CISC

7.2. ARM

A arquitetura ARM não é exatamente uma novidade, pelo contrário. Criada em 1983,
ela está prestes a completar três décadas de existência e vê agora as suas possibilidades
ampliadas. Desenvolvida pela inglesa Acorn Computer Limited, foi à época o primeiro
processador RISC criado para uso comercial.
Até então, a maioria dos computadores utilizava a arquitetura CISC, com suporte
instruções complexas, simultâneas e de execução mais lenta — mas que resultavam em
códigos menores, pela simplificação da estrutura de programação decorrente e menos
entradas e saídas (diminuindo assim a necessidade de memória).
Os RISC, por outro lado, visam à simplificação dessas instruções, com o intuito de
atingir a máxima eficiência por ciclo (podendo realizar tarefas menores com processos mais
curtos) e uma maior ordenação das operações dentro do núcleo de processamento.
Por terem um número menor de circuitos internos, os RISC também podem trabalhar
com clocks mais altos. Cabe observarmos, no entanto, que as divisões entre estes dois
termos estão se tornando cada vez mais nebulosas, uma vez que os processadores
modernos já combinam as duas linhas em suas diferentes camadas de hardware.
Os processadores ARM representam hoje a maioria absoluta em equipamentos
portáteis. iPhone, Palm Pre, calculadoras, smartphones e até mesmo alguns notebooks
utilizam essa tecnologia para as operações de processamento.

7.3. Velocidades

O FSB ou System Bus (Barramento de sistema) é o conjunto de pinos do processador


que faz a comunicação com a memória e outras partes da placa mãe. A velocidade do FSB
é chamada CLOCK EXTERNO. É preciso saber identificar a velocidade do FSB do
processador e da placa mãe, caso contrário o desempenho do processador será reduzido.
Também é preciso conhecer esse parâmetro para fazer uma instalação correta, caso
contrário o processador poderá não funcionar, ou mesmo ser danificado.
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O FSB da placa mãe é a ligação entre os pinos do processador e os pinos de circuitos


da placa mãe (chipset). Para que um processador seja compatível com uma placa mãe é
preciso que a placa tenha o tipo de soquete requerido por este processador. Além disso é
preciso garantir a compatibilidade de velocidades do FSB. A regra a ser seguida é a
seguinte: A velocidade do FSB da placa mãe deve ser igual ou superior à velocidade
do processador.
O processador tem duas velocidades:
 Clock interno: Velocidade de execução de programas;
 Clock externo: Velocidade de acesso à memória e outras partes do
computador.
Fabricantes
Existem no mundo apenas quatro grandes empresas com tecnologia para fabricar
processadores competitivos para micros PC: a Intel (que domina mais de 60% do mercado),
a AMD (que disputa diretamente com a Intel), a VIA (que fabrica os chips VIA C3 e C7,
embora em pequenas quantidades) e a IBM, que esporadicamente fabrica processadores
para outras empresas, como a Transmeta.

7.4. Escolhendo processadores para compra

Nome do processador Overclock Frequency Preço

2,5 GHz (3,5 GHz de


Intel Core i7-2920XM R$ 1096,00
frequência Max Turbo)

2 GHz (3,2 GHz de


Intel Core i7-920XM R$ 1054,00
frequência Max Turbo)

2,3 GHz (3,4 GHz de


Intel Core i7-2820QM R$ 568,00
frequência Max Turbo)

2,30 GHz (3,2 GHz de


Intel Core i7-2649M R$ 346,00
frequência Max Turbo)

2,6 GHz (3,3 GHz de


Intel Core i5-2540M R$ 266,00
frequência Max Turbo)

2,66 GHz (3,33 GHz


Intel Core i5-580M R$ 266,00
Frequência Max Turbo)
TABELA 7.2 – PROCESSADORES INTEL

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Processador Overclock Frequency

AMD Phenom II X940 2,4 GHz

AMD Phenom II X620 3,1 GHz

AMD Phenom II N970 2,2 GHz

AMD Phenom II N660 3,0 GHz

AMD Turion II N550 2,6 GHz


TABELA 7.3 – PROCESSADORES AMD

Atividade de Pesquisa
Pesquise sobre outros processadores Intel, AMD, VIA e IBM e faça um comparativo entre
eles analisando preço, velocidades, etc.

7.5. Manutenção e instalação de processadores

Antes de dar início ao trabalho, será interessante que você possua um plástico
antiestático para que possa manusear a placa mãe sobre ele. Estes plásticos costumam vir
junto com placas-mães novas, e são compostos de material isolante, o que faz com se tenha
mais segurança para trabalhar com a placa.

FIGURA 7.1 – EMBALAGEM PLACA-MÃE

Ainda que você esteja trabalhando com um computador já montado (em casos de
upgrade ou troca de periféricos) é possível inserir o processador com a placa mãe
parafusada ao gabinete, entretanto é extremamente aconselhável que o processo de
instalação do processador seja feito com a placa mãe fora do gabinete, pois assim você
poderá trabalhar com mais espaço e maior facilidade, o que
evita possíveis acidentes.
Depois de ter posicionado
corretamente a placa mãe sobre o
plástico antiestático, localize o soquete.
Posicione a placa mãe de modo que a
alavanca fique ao seu lado esquerdo e o
painel traseiro ao lado contrário ao que

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você se localiza.
Pressione esta alavanca para baixo e para fora, com cuidado
para não encostar aos contatos do soquete, de modo que ela
desprenda-se do local de fixação. Gire a alavanca delicadamente
para o lado oposto ao fixado até que você perceba que ela atingiu a
posição máxima. Pode ser que exista uma tampa metálica sobre o
soquete, neste caso, levante-a também, seguindo procedimento
parecido com o da alavanca.
Se sua placa mãe for nova, pode ser que haja uma tampa PnP (Pick’nPlace) sobre a
tampa de encaixe do processador. Retire a tampa PnP, tomando sempre o cuidado para não
encostar nos contatos do soquete.
Dependendo do modelo do soquete, pode ser que haja uma seta
em um dos cantos do soquete. Este é detalhe importante, pois você
deverá prestar atenção nela na hora de inserir o processador, pois só há
uma forma correta de conectar o processador à placa mãe. No caso do
soquete do modelo da placa mãe utilizada, note que uma das pontas do
soquete está cortada, e que faltam pinos em um dos lados do soquete.

7.6. Inserindo o processador na placa

Analise o processador e veja que nele também há uma seta. A seta do processador
deve ir sobre a seta localizada no soquete (neste caso, sobre a ponta cortada). Pegue o
processador cuidadosamente, utilizando os dedos polegar, indicador e
médio. Segure o processador pelas bordas.
Se o processador que você está utilizando for novo, ele também
poderá conter uma tampa protetora, a qual deve ser retirada para que o
processador possa ser inserido corretamente. Neste caso, retire a tampa
com o auxílio de sua outra mão.
Note os conectores dourados na parte inferior do computador. Eles
são responsáveis pelas trocas de informações entre o processador e a
placa mãe. Seja extremamente cauteloso, de maneira alguma toque nos
apoios dourados do processador. Talvez o modelo do seu processador
possua pinos, você deve ter cautela para não desalinhá-los, pois isto fará
com que o processador não se encaixe devidamente no soquete, o que
também poderá comprometer o processador.
Perceba que também existem detalhes na parte inferior no
processador. Note que faltam alguns conectores, bem como faltavam
alguns na placa mãe.
Desta vez, segure o processador apenas com os dedos polegar e
indicador, pelas bordas, e leve-o até o soquete, localize as setas e
posicione o processador da maneira adequada. Mantenha o processador orientado com os
apoios dourados para baixo e tente mantê-lo bem alinhado horizontalmente. Insira-o
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cuidadosamente na placa mãe. Após tê-lo inserido, você pode dar um leve toque sobre o
processador para garantir que ele esteja bem fixado e alinhado.
Se tudo estiver correto, você poderá abaixar a alavanca sem
problemas. Se o soquete da sua placa mãe possuir uma tampa metálica,
esta deverá ser abaixada antes da alavanca Não é necessário esforço
para que a alavanca for recolocada em seu devido lugar, se você achar
que está fazendo esforço demasiado, analise se o processador está
inserido corretamente, alinhado e devidamente encaixado.

7.7. Inserindo o cooler

Alguns modelos de coolers são mais difíceis de serem inseridos quando a placa mãe
já está conectada ao gabinete, enquanto outros não apresentam tanta dificuldade.
Se você está manuseando um processador novo, ele poderá já possuir um cooler.
Isto ocorre quando se compra processadores do modelo In a Box (Na Caixa). Caso você
tenha comprado um modelo OEM, o qual não vem junto de um cooler, você deverá adquirir
um cooler para realizar a instalação correta do processador, pois caso contrário seu
computador não irá funcionar.
Tome cuidado para não comprometer a pasta térmica do dissipador de calor do
cooler. Caso você esteja trabalhando com um cooler que já estava fixado, é recomendado
que fosse reaplicada a pasta térmica. Se o cooler for novo e já possuir pasta, não se
preocupe em reaplicar ou trocar a pasta térmica.
Note que próximo ao soquete existe um conector de energia ao
qual será ligado o cabo de força da ventoinha do cooler. Geralmente,
acima desse conector você verá escrito "CPU_FAN". Procure orientar o
cooler de maneira que esse cabo fique posicionado próximo ao conector
da placa mãe.
Alinhe o cooler horizontalmente à placa mãe e insira-o sobre o
processador. Antes de fixar o cooler, certifique-se de que o cabo de energia não está mal
posicionado (preso ou de alguma outra forma que possa impedir a fixação correta do cooler).
O modo como cada cooler é fixado pode variar bastante dependendo do fabricante e
do modelo. Para escolher o cooler você deve consultar o manual do fabricante.
Processadores In a Box vêm com manuais explicativos.
Se seu cooler for igual ao da foto, basta pressionar os prendedores laterais do cooler,
fazendo uma leve pressão com as pontas dos dedos para que eles encaixem-se à placa
mãe, fixando assim o cooler. Antes de fazer pressão sobre os prendedores, certifique-se de
que eles estão posicionados corretamente sobre os furos da placa mãe.

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O custo do cooler em geral representa cerca de 2% do valor


total do micro, evite economizar na hora de adquiri-lo, pois um cooler
de má qualidade pode trazer graves consequências para o
funcionamento do processador e, por que não dizer, do próprio
computador.

Verifique se o cooler ficou nivelado à placa mãe. Você pode dar uma
puxada leve para certificar-se de que ele está bem fixo. Por fim, ligue o cabo
de energia da ventoinha do cooler ao conector da placa mãe, observando
qual é a orientação correta na qual ele deve ser conectado. Tenha cuidado
na disposição do cabo, de forma que ele não atrapalhe o funcionamento da
ventoinha.
A essa altura, já é possível ter uma ideia do que são e de como funcionam os
processadores. Esse assunto, porém, é muito dinâmico e não se deve deixar de
acompanhar a sua evolução, junto aos fabricantes. Não importa em que área da informática
atuamos, é preciso conhece-los a fundo: se trabalhamos com redes de computadores, é
fundamental saber qual o melhor processador para nosso servidor. Se formos
programadores é importante conhecer a arquitetura dos processadores, que é, enfim, o
cérebro do computador.

Atividade de Pesquisa
Pesquise sobre os principais processadores utilizados em Servidores, Notebooks e
Desktop. Indique preço, valor do clock, quantidade de núcleos, etc.

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8 Instalação dos pentes de memória RAM

A instalação da memória RAM é uma tarefa relativamente simples. O que deve-se


fazer inicialmente é determinar algumas características que sejam compatíveis com a
máquina em questão. Temos que atentar para:
 Quantos de memória realmente necessito
Atualmente, os valores de memória RAM giram entorno de 2GB, 4GB até 6GB em
computadores de usuários comuns, porém esses valores dependem do conjunto do
hardware e do Sistema Operacional. A Microsoft afirma que o WINDOWS 7 pode utilizar
capacidades de acordo com a tabela abaixo, É claro a necessidade de aliar isso ao
hardware:

Edição do Microsoft Máxima memória RAM


Windows 7 suportada
Starter 2GB
Home Basic 8GB
Home Premium 16GB
Profissional 192GB
Empresa 192GB
Ultimate 192GB
TABELA 8.1 – SISTEMA OPERACIONAL E MEMÓRIA PRINCIPAL MÁXIMA SUPORTADA
FONTE: MICROSOFT

Além disso a arquitetura do Sistema é importante pois sistemas de 32 bits só


reconhecem até 4GB.
 Quanto de memória já se possui, caso queira expansão;
Caso deseja-se expandir a memória já existente, deve-se verificar as condições acima
além de consulta no manual da placa-mãe.
 Quais são os valores de frequência, latência e tensão;
Outra característica é o clock com a memória trabalha. Alguns pentes trabalham com
clock de 400MHz à 2000MHz usando o efeito multiplicador. Quanto maior esse valor, maior
a velocidade com que a memória irá trabalhar, porém é necessário verificar se até quais
valores a placa-mãe consegue trabalhar, afim de evitar desperdícios. Em alguns casos, se a
frequência da memória RAM for superior ao da placa-mãe, ela pode nem funcionar. Se
funcionar, ficará limitada pelo menor valor.
A memória ainda deve suportar os níveis de tensão pré estabelecidos pela
motherboard.

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A latência é o tempo que a memória demora para ter acesso a um dado. Nesse caso
quanto menor o valor, melhor para o desempenho.

 Quantidade de pentes;
A quantidade de pentes de memória é variável de máquina para máquina. El algumas
placas encontra-se 1, 2 ou 4, dependendo do modelo da mesma.
 Tipo de pente e de memória;
Os tipos de memória podem ser observados na tabela abaixo.

Tipo de Memória Descrição


Esse tipo de memória era basicamente
SRAM (Static RAM) utilizada na memória cache de
processadores antigos
Possui transistores e capacitores
DRAM (Dinamic RAM) associados, necessita de atualização
constante.
Forma original da DRAM, consegue fazer
FPM DRAM (Fast Page Mode Dinamic
taxa de transferência máxima de
RAM)
170MB/s para a cache L2
É aproximadamente 5% mais rápida que
a FPM DRAM e ainda possui
EDO RAM (Extended Data-Out RAM)
transferência máxima de 264MB/s com a
cache L2
Utiliza o modo burst, que é a ação de de
ficar verificando se há necessidade de
dados enviados pelo processador, lendo
SDRAM (Sincronous DRAM) ou DIMM
as colunas de cada bit. É mais veloz que
a EDO, possuindo taxa de transferência
máxima para cache L2 de 528MB/s
Esse é o padrão mais utilizado
atualmente. Possuem a capacidade de
DDR RAM (Double Data Rate RAM) trabalhar o dobro com o mesmo nível de
clock. A transferência se dá no início do
clock e a outra no final da transferência
Desenvolvida pela empresa RAMBUS, foi
projeta para transferência de poucos bits,
RDRAM (Rambus DRAM) porém trabalha a nível alto de clock,
utilizando o canal RAMBUS. Os módulos
vem com dissipador de calor, pois as

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mesmas esquentam muito.

Autocontida em notebooks, conectadas


Cartão de Crédito
em slots especiais

Outro modelo de memória autocontida


para notebooks, porém não proprietários
Cartão PCMCIA
onde pode-se instalar em máquinas cujo
barramento seja compatível com cartão.
TABELA 8.2 – TIPOS DE MEMÓRIA

Atividade de Pesquisa:
pesquises imagens dos módulos de memória e produza banners ou cartazes para o
laboratório de hardware.

8.1 Marca, modelo, fabricante

Mais uma vez, a placa-mãe ordena quais os fabricantes e modelos que podem ser
usados como módulos de memória RAM. Grande parte delas costumam fornecer dados
relativos a fornecedores qualificados. Essa lista recebe o nome de QLV (Qualified Vendor
List) e nela encontramos principais modelos e marcas recomendadas para a placa.
Abaixo segue um exemplo de QLV

FIGURA 8.1 – EXEMPLO DE QLV

Com essa lista em mãos é possível consulta de preço e além disso adquirir um pente
que possua maior estabilidade e confiabilidade para ser usado na máquina

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Fabricante Descrição Modelos

 Dominator
CORSAIR Conhecida pela sua durabilidade, qualidade  Platinum
 Dominator
e preços altos, essa marca é mais indicada
para computadores que necessitam de maior
desempenho. Para alguns modelos de  Vengeance
 Pro Series
processadores, existem modelos
particularizados para agir em conjunto e
aumentar o desempenho.  Vengeance
 XMS

 Blu
 Blu
 Black
 Red

KINGSTON Empresa se caracteriza pelo  Genesis


desenvolvimento de memórias do tipo flash,  10th
apesar está entrando no mercado de Anniversary
memórias RAM a pouco tempo mas não Edition
 Genesis
deixa nada a desejar na produção de
memórias RAM. Possuem linhas específicas
para notebooks, desktop e servidores.  Pnp
 LoVo
 Predator
 Predator
 Beast
 H2O

É a mais recomendada quando se


SAMSUNG necessita da relação custo/benefício e além
disso conseguem trabalhar de maneira
eficiente quando se exige um pouco mais do
hardware. Foi a primeira empresa a divulgar
o desenvolvimento da primeira DDR4.

TABELA 8.3 – PRINCIPAIS MARCAS DE MEMÓRIA

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Caso seja necessário, pode-se instalar pentes de memória com marcas diferentes,
entretanto elas devem possui mesmas configurações.

8.2 Conteúdo da embalagem e cuidados iniciais

Antes de mais nada, toda tarefa de troca ou manutenção no computador, deve-se


desliga-lo totalmente, afim de se evitar acidentes ou falhas. Use, sempre que possível,
pulseira antiestatica.
Os pentes geralmente vem em embalagens de plásticos antiestaticas e deve-se tomar
cuidado ao abrir e manipulá-las.
Não esqueça de consultar a placa-mãe para verificar a compatibilidade entre memória
e a mesma.

FIGURA 8.2 – PENTE DE MEMÓRIA NA EMBALAGEM

A forma correta de manusear é sempre pegar pelas bordas e nunca na parte dos
circuitos.

FIGURA 8.3 – FORMA CORRETA DE MANUSEAR O PENTE DE MEMÓRIA

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Após a retirada do pente escolhido, remova, caso haja os pentes antigos. Para isso,
remova as travas com cuidado e retire os antigos módulos.
Novamente com cuidado, insira o novo módulo observando a pinagem do slot
verificando a posição correta que deve-se fixar. Após a colocação do pente, utilize os dedos
fazendo uma pequena pressão, forçando os pentes na direção como mostra a figura.

FIGURA 8.4 – ENCAIXANDO O PENTE DE MEMÓRIA

As memórias estarão corretamente instaladas se as travas de segurança estiverem


na mesma posição de início.

8.3 Dual Channel

É a tecnologia que permite um componente que se comunique com a memória RAM,


seja um chipset ou mesmo Processador, efetuar leituras e/ou escrita de dados com dois
canais de memória ao mesmo tempo. Nesse sentido, há um aproveitamento em dobro das
memórias. Se por um acaso, cada pente de memória possuir um barramento com 64 bits, é
possível executar tarefas com 128 bits.
Para isso, necessita-se, além da compatibilidade da placa-mãe, o uso de 2 pentes
idênticos, ou seja, capacidade, frequência de clock e latência. Até a marca e o modelo são
recomendados que sejam os mesmos nesse caso, mas isso não inviabiliza o uso de marcas
diferente.
Para verificar se o serviço está sendo usado, utilize o programa CPU-Z e verifique. A
figura abaixo mostra a memória trabalhando com apenas um canal.

FIGURA 8.5 – CPU-Z IDENTIFICANDO QUANTOS CANAIS ESTÃO SENDO UTILIZADOS

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O serviço é habilitado quando se instala corretamente os dois pentes de memórias


nos dois slots válidos. Os slots válidos são facilmente identificados por cores, pois os mesmo
possuem a mesma cor.

8.6 - DUAL CHANNEL

Nesse caso, utilize as mesmas cores, mas vale a pena conferir no manual da placa-
mãe as características do Dual Channel.
Em algumas placas-mãe, já existe a tecnologia Triple Channel.

8.3 Finalização da instalação e teste

Após ter a certeza que os módulos estão instalados, feche a tampa do gabinete e
ligue o computador. Se estiver algum erro de montagem ou memória danificada, o sistema
de beeps entrará em ação indicando algum erro. Além disso, o micro ficará sem exibir sinal
de vídeo.
Você ainda pode verificar a quantidade de memória instalada no Sistema Operacional
usando o programa CPU-Z ou AIDA.

Atividade de Pesquisa
Pesquise sobre características de Memória RAM utilizados em Notebooks, Servidores
e Desktop.

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9 Conexão dos cabos e comunicação do gabinete


com a placa mãe

O painel frontal dos gabinetes possuem


algumas funções ou portas que devem ser
conectadas diretamente na placa-mãe. São fios
que geralmente são padronizados, mas será, na
maioria das vezes, necessário a utilização do
manual da placa-mãe caso queira a ligação
completa. Além das funções mais conhecidas
(Reset, Liga/Desliga, etc), na parte da frente do
gabinete, dependendo do modelo, possui outras
portas como USB, HDMI, HDD-Sata.
O botão Reset era o único botão localizado na parte da frente dos computadores
antigos, visto que o botão power era localizado na traseira do gabinete. O painel frontal só
veio a surgir no fim da década de 80 que possuía os LEDs, que mostravam atividade no
disco rígido, os botões POWER e RESET. Alguns possuíam ainda um pequeno display
indicando o valor do clock do processado

9.1 Manual de instalação da placa mãe

O manual da placa-mãe é um documento de bastante importância. Nele, podemos


identificar e localizar cada elemento, verificar todas as características técnicas, bem como
qual componentes são compatíveis com a mesma. É importante que identificar o modelo e a
marca da placa-mãe, para, caso não possua o manual em mãos, termos a possibilidade de
pesquisar e baixa-los diretamente da internet. O site do fabricante deve possuir esse
material.

9.2 Conexão do painel frontal

A conexão do painel frontal na placa-mãe encontra-se geralmente na borda. Localize-


os com o auxílio do manual da placa-mãe. A figura abaixo mostra um exemplo.

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FIGURA 9.1 - EXEMPLO CONEXÃO PAINEL FRONTAL

Os conectores mais conhecidos são: Power SW, Power LED, Reset SW, Speaker,
HDD LED. Existem conectores que são Polarizados e Não Polarizados. Os Polarizados
exigem um cuidado maior, pois devemos identificar a posição do fio positivo (+) e o negativo
( - ). O fio Negativo é o fio na cor branca.

9.2.1 Power SW

É a conexão faz com que o contato inicie o computador e desligue-o também.


Dependendo do Sistema Operacional, pode ser usado para colocar a máquina em modo de
hibernação ou baixo consumo de energia. Esse conector Não é Polarizado., ou seja, pode
ser encaixado de duas formas, sem necessariamente obedecer o polo positivo ou negativo.

FIGURA 9.2 - POWER SW

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9.2.2 Power LED

Também conhecido por Message Led, essa conexão liga um LED indicador de que o
computador está em funcionamento. Esse conector É Polarizado, daí a preocupação no
encaixe na posição correta, para que se evite danos. A identificação da posição correta pode
ser visualizada na própria placa-mãe ou no manual da mesma.

FIGURA 9.3 POWER LED

9.2.3 Reset SW

Esse conector é o responsável por gerar o pulso que faz com que a máquina seja
resetada. Ele possui dois fios e pode ser identificado nos conectores. Não é polarizado.

FIGURA 9.4 - RESET

9.2.4 Speaker

Nos gabinetes, existe um alto falante que se conecta a placa-mãe e é conhecido


como Speaker. Nos primórdios, era a única forma de som de um computador. Hoje em dia,
sua função é emitir sinais sonoros afim de identificar falhas que ocorrem na máquina, ou
mesmo pra indicar que o computador foi ligado. Essa conexão possui 4 pinos, onde são
usados os dois das extremidades. É Polarizado

FIGURA 9.5 - POWER SW


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9.2.5 HDD LED

O HDD LED ou Hard Disk Drive LED é um LED que indica o funcionamento do disco
rígido instalado no computador, fazendo operações de leitura e/ou gravação. Sendo um Led,
É Polarizado.

FIGURA 9.6 – HDD LED

Atividade de Pesquisa
Pesquise em diferentes manuais de placa-mãe e produza 2 tutoriais de como montar
os conectores do painel frontal.

9.3 USB Frontal

Além de existirem as portas USBs soldadas na placa-mãe, na parte traseira, os


gabinetes possuem portas USBs em sua parte frontal. O detalhe é que deve-se conectá-las
diretamente na placa-mãe. A placa-mãe conta com conectores de 9 ou 10 pinos dedicados a
conexão com o Gabinete.
Mais uma vez, é importante a utilização do manual da placa-mãe nesse caso, pois
devido a não padronização dos fabricantes, a numeração dos conectores são diferentes.
O Gabinete pode oferecer as vezes o com todos os pinos em um único conector,
ainda único ou individualizado onde cada pino possui um conetor diferente.
A porta USB é formada por 4 conexões sendo elas +5V e GND (alimentação) e D+ e
D- (transmissão e recepção de dados, respectivamente). A figura abaixo mostras os
conectores

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FIGURA 9.7 USB FRONTAL

A figura acima mostra a pinagem do conector USB, o conector macho e fêmea da


placa-mãe.

9.4 Áudio Frontal

Alguns gabinetes possuem entradas frontais plugues para microfone (mic in) e saída
para alto-falantes, facilitando para o usuário. O manual da placa-mãe mais uma vez se faz
necessário, mesmo que em algumas, já estejam impresso os na mesma.
O sistema de pinagem oferece 10 pinos, onde a numeração pode ser vista de acordo
com a figura abaixo. Observe que os pinos 9 e 10 e 5 e 6 possuem jumpers. Para a
instalação, devemos remover os jumpers e conectar:
 Mic In ao pino 1
 GND ao pinos 2
 Mic Pwr ao pino 3.
 R Out ao pino 5;
 L Out ao pino 9;
 Ret R ao pino 6;
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 Ret L ao pino 10.


Essa conexão é para o padrão HD.

FIGURA 9.8 – AUDIO CONEXÃO EM HD

Atividade de Pesquisa:
Pesquise sobre o modelo AC’97de áudio e como conectar outras portas (HDMI, SCSI,
SATA, etc).

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10 Instalação do HDD

Basicamente hoje ainda temos os HD’s IDE, mas os mesmo estão com seus dias
contados pois já temos outros tipos e novas tecnologias que irão substituí-los. Temos
basicamente três tipos de disco rígido: o IDE mesmo assim ainda muito utilizado nos micros
antigos; o SCSI, usado principalmente em servidores de rede; e o SATA ou Serial ATA.

10.1 Identificação IDE e SATA

FIGURA 10.1 – IDENTIFICAÇÃO IDE E SATA

Para entendermos melhor ou relembrar sobre os tipos de HD vejamos:


 IDE (Integrated Drive Electronic)

Surgido na época do processador 386, para solucionar o problema do grande


aumento de barulho ou ruído (interferência, perda de dados) sempre que os fabricantes
tentavam aumentar o desempenho e capacidade de armazenamento de informações de
seus discos.

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O barulho acontecia através da comunicação entre a controladora e o HD. Devido sua


natureza de causar perda de informações, os ruídos faziam com que a controladora
solicitasse várias vezes o reenvio dos dados, ao mesmo tempo que envia novos dados os
HD. Com isso, quanto maior a capacidade do HD, maior era o nível de interferência entre o
disco e a controladora, o que impediu, por certo tempo, a fabricação de HDs de maior porte
ou capacidade.
Assim essa solução era chamada de IDE justamente pela integração da controladora
na placa do HD, tornou-se padrão para os discos rígidos. Isso também deixa claro que
antigamente a controladora não ficava dentro do HD.
Para termos de informação e curiosidade, é importante saber que nos conectores da
placa-mãe onde permitem ser instalados os HDs, é possível também conectar outros
dispositivos como CD-ROM/gravadores de CD-ROM, zip drivers, etc. É que esses
dispositivos possuem o mesmo tipo de conexão do HD (flat cable de quarenta ou oitenta
vias.)

 SATA ou Serial ATA


O padrão Sata, ou serial ATA é uma nova interface para dispositivos de
armazenamento, principalmente para HDs e aparelhos leitores/gravadoras de CD e DVD.
Esse padrão chama a atenção pelo a velocidade de transferência de dados de até 150MB/s.
Esse padrão é um dos mais conhecidos atualmente e mais utilizados pelos
computadores atuais, mas lembrando que temos uma nova tecnologia que é os HDs SSDs
que estão vindo aí no mercado como um concorrente do padrão SATA e logo logo, substituí-
lo, assim como foi como os discos IDE.

10.2 Master, Slave e Cable Select

Para a instalação do HD é necessário primeiramente a configuração correta dos


jumpers, no nosso caso vamos começar fazendo essa configuração de acordo com as
informações a seguir que também você irá encontrar na embalagem, manual ou rótulo do
seu HD IDE.
Antes de começar a instalação, você deve definir a posição do seu HD IDE. Se ele
será o principal ou único instalado no gabinete, logo atendendo essa afirmação então ele
deve ser configurado com o jumper e posição em MASTER. Verifique a figura a seguir onde
é mostrada a configuração de jumpers no rótulo do HD.

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FIGURA 10.2 – CONFIGURAÇÃO JUMPERS MESTRE E ESCRAVO

ATENÇÃO!

É necessário verificar a posição dos jumpers do painel frontal de configuração de


jumper com relação à posição do HD (máster ou slave). Isso pode ser facilmente identificado
na etiqueta fixada no próprio HD. Apenas determine que um HD será slave caso esteja
conectado ao mesmo cabo do HD máster.

FIGURA 10.3 – CABO IDE

ATENÇÃO!

O fator determinante para máster ou slave (mestre ou escravo) será a configuração


do jumper no HD ou leitor.
São algumas informações que você está atento para uma boa prática na instalação
do HD.

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DICA IMPORTANTE
O que determina se é primaria (IDE1) ou secundária (IDE2) é o encaixe na placa-
mãe. No cabo é ―recomendável‖ utilizar a ponta (3) como slave, o meio (2) como master e o
conector (1) plugado à placa mãe.

Os HDs IDEs são o tipo mais comum como já foi abordado, quando comparado do
HD SATA, tem menor capacidade de transmissão de dados, sendo apenas 133 Megabits
por segundo (menos da metade dos 300 Megabits alcançados pelo SATA II.)
Após fazer a configuração dos jumpers, vamos agora instalar o HD no gabinente e
providenciar a fixação dos cabos de alimentação e comunicação com a placa-mãe.

10.3 Configuração dos Jumpers

Esta é a visão dos conectores do HD IDE. Observe a posição do jumper no painel


entre o conector de força e o conector IDE que está determinando a posição ―MASTER‖.

FIGURA 10.4 – VISÃO TRASEIRA DO HDD

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10.4. Fixação do HDD no gabinete.

12.4.1 HDD IDE.

FIGURA 10.5 – POSIÇÃO INICIAL PARA FIXAÇÃO DO HDD

1. Posicione HD cuidadosamente o HD na baia do seu gabinete.

FIGURA 10.6 – IDENTIFICAÇÃO CONEXÃO IDE

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2. Identifique os conectores IDE1 e IDE2, na placa-mãe temos então os


conectores:
 Conector IDE 1: IDE1 (primaria) para conexão de HDs IDE e unidades de
leitura de CD-ROM etc.
 Conector IDE 2: IDE2 (secundária) para conexão de HDs IDE e unidades de
leitura óptica adicionais.

FIGURA 10.7 – PARAFUSOS DE FIXAÇÃO HDD

3. Fixe o HD.

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FIGURA 10.8 – CONEXÃO IDE NA PLACA-MÃE

4. Conectando o cabo IDE no conector IDE da placa-mãe.

FIGURA 10.9 – IDE MASTER

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5. Conecte o IDE (na posição ―MASTER‖) na porta correspondente do HD.

FIGURA 10.10 –CONECTANDO NO HDD

FIGURA 10.11– CABO CONECTADO NO HDD

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Temos então a visão da conexão do cabo IDE no HD.

FIGURA 10.12 –CONECTANDO O CABO DE FORÇA

6. Agora conecte o cabo de força.

ATENÇÃO!

Note que diferente do HD SATA, O IDE não possui cabo extra e sua conexão de força
é padrão. Logo o HD ficara montado assim.

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FIGURA 10.13 – CONEXÃO PRONTA IDE

10.4.2 HDD SATA

Assim como no procedimento anterior iremos resumir para facilitar.

FIGURA 10.14 – VISÃO DA PARTE TRASEIRA DE HDD SATA

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Verifique primeiramente os detalhes das conexões de dados e alimentação do HD


SATA.

FIGURA 10.15 – FIXAÇÃO HDD NO GABINETE

1. Posicione o HD SATA na baia do seu gabinete.

FIGURA 10.16 – PARAFUSOS DE FIXAÇÃO NO GABINETE HDD SATA.

2. Fixe o HD no gabinete como parafusos.

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FIGURA 10.17 – CABO E CONECTOR DA PLACA-MÃE SATA.

3.Os conectores podem ser identificados na placa-mãe de acordo com a figura.


Temos então o cabo de conexão SATA, responsável pela transferência de dados no
HD, onde o mesmo será conectado à placa-mãe através dos conectores SATA_1 e SATA_2
e plugados no HD ou drivers SATA. Note que esse cabo não tem conexões Master ou Slave
assim como visto nos cabos IDE.

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FIGURA 10.18 – CONEXÃO SATA NA PLACA-MÃE

4. Conecte o cabo no conector SATA_1 da placa-mãe.

ATENÇÃO!
É importante verificar o jumper de configuração do HD para trabalhar como SATA I –
150Mb/s ou SATA II – 300Mb/s, obedecendo a capacidade da placa-mãe. Somente os HDs
SATA II disponibilizam a possibilidade de alteração. HDs SATA I só rodam a 150Mb/s.
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Mesmo assim em caso de dúvidas, consulte o manual do fabricante para mais


informações.

FIGURA 10.19 – CONEXÃO DO FONTE NO HDD SATA.

5. Conecte o cabo de alimentação no HD.


Em termos de curiosidade, algumas fontes de alimentação não possuem conector de
alimentação de energia SATA, porém existe no mercado adaptadores que possibilitam que
as tomadas de alimentação da fonte possam alimentar drivers SATA. Veja a figura a seguir.

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FIGURA 10.20 - ADAPTADOR DE FONTE.

6. Faça a conexão do adaptador de alimentação SATA com uma tomada de


alimentação da fonte.

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FIGURA 10.21 – HD SATA CONECTADO

Esta é a visão final do seu HD SATA conectado.

Atividade de Pesquisa
Pesquise sobre os valores de RPM e características de HD’ utilizados em Notebooks,
Servidores e Estações Domésticas.

10.5 ATUALIDADES

Nesta seção abordaremos um pouco sobre o que temos de mais novo e inovador no
mercado para o futuro dos HDs. Apresentaremos uma matéria da retirada do site techtudo |
Artigos onde poderá ser consultado através do link abaixo.
http://www.techtudo.com.br/artigos/noticia/2011/06/qual-diferenca-entre-hd-e-ssd.html
- Acessado em 18 de junho de 2013.
A matéria fala da diferença entre o HD e o SSD.
Em uma época onde nossos arquivos não eram armazenados na nuvem (ou seja, na
internet), um bom hardware era essencial. Eles eram grandes e parrudos, e possuíam a
mesma capacidade de armazenamento do meu atual celular. Tempos depois, com diversas

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novas possibilidades e tecnologias de armazenamento, foram inventadas algumas


nomenclaturas para facilitar a divisão e o entendimento sobre tais aparelhos. Aqui, vamos
descrever as diferenças entre os HDs e o SSDs, suas diferenças e semelhanças.

O HD (hard disk, em português disco rígido) é uma parte física e integrante dos
computadores e notebooks responsável pelo armazenamento de dados. Sua memória é
não-volátil, ou seja, os dados não são perdidos caso o aparelho seja desligado. Todos os
dados são gravados em discos magnéticos, e quanto mais finos os discos, melhor será a
gravação. Por isso discos de mesmo tamanho podem ter capacidades de armazenamento
bem diferentes umas das outras.
Os aparelhos que normalmente utilizam a memória HD de discos magnéticos são os
desktops convencionais, os all-in-one (tudo-em-um, como o iMac), os notebooks e os
servidores. Eles precisam deste tipo de HD para executar suas funções que usualmente são
mais exigentes que nos tablets e smartphones.
O SSD é um pouco diferente. Sua sigla significa solid-state drive, em português
unidade de estado sólido. Sua construção é baseada em um circuito integrado
semicondutor, feito em um único bloco. Diferentemente do HD convencional, onde o
armazenamento é feito em discos magnéticos, ou como os CDs e DVDs, que funcionam
com leitura ótica, os SSD podem utilizar a memória RAM, memória flash (como nos cartões
SD das câmeras fotográficas) ou o próprio semicondutor.

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Há vantagens do SSD em relação aos HDs: por não possuírem componentes


eletromecânicos para a leitura dos arquivos, ele se torna completamente silencioso. Isso
também facilita o acesso aos dados, algo primordial para quem precisa de velocidade (ao
contrário dos discos rígidos, no qual 'braço' mecânico de leitura precisa ir de uma ponta a
outra do disco para ler alguma informação, o SSD tem tudo à mão). Ele também esquenta
menos e consome menos energia. Porém, a capacidade de armazenamento é bem menor
que a dos HDs usados nos desktops, e seu custo final para o usuário é bem maior.
Smartphones, tablets e nettops estão entre os aparelhos que mais utilizam SSD.
Porém, não podemos esquecer também das máquinas fotográficas digitais, que utilizam
deste tipo de armazenamento para dar um tempo maior de resposta em suas fotos e
armazenar um número bem maior de imagens. Esses aparelhos citados não precisam de
uma memória muito grande, porém, precisam que o tempo de resposta seja o mais rápido
possível.
Para efeitos de comparação, é importante olharmos a média de preço entre os dois.
Um HD convencional de 160Gb custa, em média, entre 150 e 200 reais, variando de acordo
com o modelo. Já um SSD de 128Gb, um dos maiores do mercado, custa entre 700 e 900
reais. O preço pode parecer muito alto, mas não é usual utilizar esse tipo de SSD; os mais
utilizados são os de 16 e 32Gb, que custam entre 80 e 150 reais quando feito de memória
flash, ou SSD de 64Gb custando 350 reais, quando é feito de semicondutores.
Com efeito, não existe o melhor modo de armazenar seus arquivos. Tudo vai
depender do que você precisa. Caso sua necessidade seja a de armazenar vídeos grandes,
filmados em alta qualidade, os SSD não são recomendáveis, visto que o tamanho dos
vídeos seria enorme. Porém, em um tablet, onde o tamanho do aparelho é pequeno e o
tempo de resposta precisa ser muito rápido, os SSD se fazem essenciais para esse fim.

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11 INSTALAÇÃO DO DRIVE DE CD-RW

Agora iremos para a instalação do leitor de CD-RW ou DVD-RW como temos vários
modelos no mercado de diversas marcas.
A instalação do leitor óptico é baseado na instalação dos HDs, como temos padrões
do tipo IDE e SATA, encontramos leitores com esse padrão. No caso de IDE, isso significa
que ele também precisa ser configurado entre master e slave. Por isso antes de instalar o
leitor no gabinete, você precisa configurar a posição do jumper assim como no HD IDE.
Caso esteja seguindo o padrão de montagem que estamos da apostila, isto é, já
instalado um HD IDE recomendamos que deixe o leitor configurado com o jumper para
slave, para receber a conexão da ponta slave do cabo IDE que já está ligado com a ponta
master no HD IDE.
Acompanhe mais informações:

FIGURA 11.1 – IDENTIFICAÇÃO IDE E SATA LEITOR ÓPTICO PARA CD – VISÃO FRONTAL E SUPERIOR.

ATENÇÃO!
Independentemente de marca ou modelo, todos os leitores são compatíveis tanto com
encaixe quanto outro tipo de configuração.
Para determinar a posição do jumper, verifique informações do fabricante na parte
superior do equipamento.
Você pode fazer outras configurações possíveis entre HDs e leitores de CD-RW,
como dois HDs (máster e slave na porta IDE 1, ou primária) mais um leitor óptico (que neste
caso seria máster na porta IDE 2, ou secundária).

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11.1 IDENTIFICAÇÃO IDE E SATA.

Na figura abaixo você irá encontrar a diferença visual entre um leitor óptico IDE e
SATA para que você posso identificá-los mais facilmente quando se deparar com esses
drivers. Inclusive com seus cabos de conexão.

FIGURA 11.2 – IDENTIFICAÇÃO IDE E SATA LEITOR ÓPTICO PARA CD – VISÃO TRASEIRA.

11.2 CONFIGURAÇÃO DO DRIVER

Configure o jumper para master, slave ou cable select do seu leitor de óptico de
acordo com sua necessidade como mostra a figura a seguir.

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FIGURA 11.3 – CONFIGURAÇÃO MASTER/SLAVE

Nesse caso temos o jumper configurado para receber uma conexão da ponta do cabo
master do cabo IDE. Logo seguindo nossa configuração o jumper deverá ficar na posição
slave para redeber a ponta slave do cabo IDE como mostra a próxima figura.

FIGURA 11.4 - JUMPER SLAVE.

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11.3 FIXAÇÃO NO GABINETE

FIGURA 11.5 – REMOVENDO A BAIA DO GABINETE.

1. Remova a placa da baia do seu gabinete para inserir o leitor de CD-RW.

FIGURA 11.6 – INSERINDO O DRIVE.


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2. Insira o leitor na baia correspondente que você acabou de abrir no gabinete e


regule a posição do mesmo para encaixe e fixação dos parafusos.

FIGURA 11.7 – LEITOR FIXADO.

3. Logo o leitor estará pronto para receber as conexões dos cabos.

FIGURA 11.8 – CONECTANDO OS CABOS IDE.

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4. Conecte os cabos IDE de comunicação, em nosso caso conecte a ponta slave.

FIGURA 11.9 –CONECTANDO O CABO DE FORÇA.

5. Logo após conecte o cabo de alimentação da fonte.

11.4 ATUALIDADES

Não existe apenas esses leitores no mercado, para que você fique mais informados
mostraremos agora outros tipos e modelos de leitores ópticos.

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FIGURA 11.10 – GRAVADORAS EXTERNA SLIM

Facilitando o seu o trabalho, com conexão USB permite conectar a qualquer


dispositivo com essa entrada.

FIGURA 11.11 - GRAVADOR DE BLU-RAY 3D EXTERNO USB.

Para filmes em blu-ray e 3d em alta definição.

FIGURA 11.12 - GRAVADOR DVD EXTERNO USB SMART HUB WIRELESS

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Ideal para aqueles que gostam de comodidade e facilidade da conexão sem fios,
onde o leitor além de ser USB também tem conexão wireless para comunicação sem fios
com os equipamentos.

FIGURA 11.13 – SISTEMA SMART HUB WIRELESS

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12.0 INSTALAÇÃO DO FDD (Opcional)


Podemos considerar que o floppy disk drive, ou drive de disquete, um dispositivo
totalmente opcional, e em muitos casos o obsoleto. Principalmente nos dias de hoje.
Antigamente, essa unidade era imprescindível na hora de configurar o computador, pois
esse processo era feito por meio de um disquete de boot (inicialização). Atualmente, o
disquete foi substituído pelo famoso CD (compact disk).

FIGURA 12.1 –FLOPPY DISK DRIVE

14.1 INSTALAÇÃO E FIXAÇÃO NO GABINETE

FIGURA 12.2 – INSERINDO O FDD

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1. Remova a placa da baia do gabinete e insira o drive de disquete.

FIGURA 12.3 – FIXANDO O FDD NO GABINETE

2. Ajuste a posição do drive, e coloque os parafusos para fixação.

FIGURA 12.4 – CONECTOR FLOPPY NA PLACA-MÃE

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3. Identifique o conector floppy na placa-mãe

FIGURA 12.5 – CABO FLOPPY

4. Identifique o cabo de conexão floppy drive.

FIGURA 12.6 – INVERSÃO DO CABO FLOPPY.

ATENÇÃO!

Este conector em que existe a inversão dever ser conectado apenas na unidade
floppy.

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FIGURA 12.7 – CONECTANDO O FLOPPY NA PLACA-MÃE

5. Conecte o cabo floppy.

Agora temos um resumo sobre a conexão dos cabos de alimentação e de


transferência de dados no drive de disquete ainda fora do gabinete.

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FIGURA 12.8– CONECTANDO OS CABOS NO FDD.

É importante que você faça a organização dos cabos dentro do gabinete apesar de
serem muitos, é justamente por isso que você deve tomar um certo cuidado, pois os mesmo
podem atrapalhar ou prender no cooler ou exautores interno causando problemas.
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Acompanhe uma sugestão de organização nas imagens a seguir:

FIGURA 12.9 – ORGANIZAÇÃO COM ABRAÇADEIRA

Você pode organizá-los primeiramente dobrando-os para tentar reduzir o seu


tamanho.

FIGURA 12.10 – CORTE DE EXCESSO DA ABRAÇADEIRA.


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Agora com uma abraçadeira de plástico prenda-o para evitar que solte
posteriormente.
Isso é uma boa prática de manutenção do seu computador, você deve fazer isso com
os outros cabos ou fios soltos dentro do gabinete.

12.2 INSTALAÇÃO DO LEITOR DE CARTÕES

Com o leitor cartões é possível fazer leitura de cartões de memória de câmeras


digitais, celulares dentro outros tipos. É um acessório opcional, onde o cliente deve adquiri-lo
separadamente, nos casos onde na compra do computador o fabricante não fornecer.

FIGURA 12.11 – DRIVE DE LEITOR DE CARTÕES.

Existem diversos tipos e modelos, internos e externos com conexão padrão USB.

FIGURA 12.12 – INSERINDO O DRIVE DE LEITOR DE CARTÕES


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1. Utilizando a segunda baia a mesma baia do drive de disquete, caso não esteja
ocupada, ou um segunda baia se o gabinete oferecer, passe o cabo de conexão USB e
posicione o leitor no local.

FIGURA 12.13 – FIXANDO O DRIVE DE LEITOR DE CARTÕES.

2. Ajuste o leitor de cartões, e coloque os parafusos para a fixação.

FIGURA 12. 14 – CONECTANDO O FLOPPY NA PLACA-MÃE

A conexão USB do leitor como mostra a figura acima. Observe que há um pino ―falso‖.
Este é um detalhe que determina a forma como o cabo é plugado na placa-mãe, para que
não haja equívocos ou trocas de conectores. Acompanhe também os conectores da placa-
mãe e conecte-os corretamente.

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ATENÇÃO!

O leitor de cartões neste caso dispensa conexão com a fonte de alimentação do


computador, pois utiliza alimentação da própria porta USB da placa-mãe.

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13 INSTALANDO PLACAS DE EXPANSÃO

13.1 IDENTIFICAÇÃO DOS SLOTS DE EXPANSÃO

Para a conexão de placas de expansão no computador, é necessário que


primeiramente você conheça os tipos ou padrões de slots presentes em sua placa-mãe.
Aqui temos uma figura que especifica os principais conectores e slots da placa-mãe,
onde para os procedimentos a seguir é necessário que saibamos sobre a área em destaque.

FIGURA 13.1 – IDENTIFICAÇÃO DOS SLOTS DE EXPANSÃO NA PLACA-MÃE.

3.2 PLACA DE VÍDEO

A função básica da placa de vídeo é enviar dados ao monitor, para interação do


usuário com o computador. Antigamente sua ausência ou falha fazia com que o computador
não ligasse, e normalmente emitia um bipe intermitente, sinalizando o problema com a
placa, isso por que os computadores da época não tinham ainda placa de vídeo onboard.

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FIGURA 13.2 – PLACA DE VÍDEO.

Hoje as placas de vídeo são dispositivos Combo, isto é, possuem mais de uma
função. Desse modo deixam de ser meras placas de vídeo e sim placas aceleradoras 3D, e
até mesmo com função de captura de TV, tudo em um único dispositivo.
Atualmente, a maioria das placas trabalha no barramento PCI Express da placa-mãe,
mais ainda é possível encontrar placas com barramentos AGP e PCI.

13.3 INSTALAÇÃO E FIXAÇÃO DA PLACA DE VÍDEO

FIGURA 13.3 – PLACA DE VÍDEO GEFORCE 7100 GS FOXCONN..

Em nosso caso iremos fazer uma instalação da placa de vídeo Geforce 7100 gs
FOXCONN.

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FIGURA 13.4 – FIXANDO A PLACA DE VÍDEO..

1. Retire primeiramente a placa de metal do slot onde será instalada a placa de vídeo
PCI Express.
2. Conecte a placa de vídeo cuidadosamente no slot PCI Express de sua placa mãe.

FIGURA 13.5 – CONECTOR DVI VGA

3. Fixe a placa de vídeo colocando o parafuso e apertando.


Em termos de curiosidade, algumas placas de vídeo por conterem outros conectores
ou saídas de vídeo, possuem adaptadores conversores, como é o caso desta, por ter uma
saída DVI possui um conversor DVI para VGA caso seja necessário conectar um monitor
com entrada VGA.
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Para ilustramos melhor sobre as placas de vídeo temos outros modelos e informações
a seguir:

FIGURA 13.6 – CONEXÕES E ADAPTADORES DE VÍDEO

13.4 PLACA DE FAX MODEM

A placa de fax-modem permite a interação do usuário com o mundo externo (internet


e redes corporativas) por intermédio de uma linha telefônica.

FIGURA 13.7 – PLACA DE FAX MODEM

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O processo de instalação e fixação no gabinete é o mesmo da placa de vídeo, mas


lembre-se que o barramento dessa placa não é PCI Express e sim PCI.

13.5 PLACA DE SOM

A placa de som tem como função única e exclusiva gerar comunicação sonora entre o
computador e o usuário.

FIGURA 13.8 PLACA DE SOM

A seguir uma especificação dos conectores da placa de som para fins de conhecimento.

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FIGURA 13.9 – COMPARATIVO PLACA DE SOM OFBOARD E ONBOARD.

O processo de instalação e fixação no gabinete é o mesmo da placa de vídeo, mas


lembre-se que o barramento dessa placa não é PCI Express e sim PCI.

13.6 PLACA DE REDE OU ETHERNET

Embora semelhante à placa de rede tem algumas especificações. A primeira delas é


a possibilidade de comunicação em redes corporativas e internas, do tipo LAN (Local Area
Network, ou rede local), em alta velocidade.

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FIGURA 13.10 – PLACA DE REDE ETHERNET.

Essa placas são encontradas nos padrões de velocidade 10/10, 10/100 ou 10/1000.
O processo de instalação e fixação no gabinete é o mesmo da placa de vídeo, mas
lembre-se que o barramento dessa placa não é PCI Express e sim PCI.

13.7 PLACA DE REDE WIRELESS

A placa de rede Wireless permite conectar um computador de mesa (desktop) em


uma rede sem fios para que o mesmo possa acessar a Internet com flexibilidade de
posicionamento físico do computador, diminuindo custos de instalação e mão de obra com a
passagem de cabos.

FIGURA 13.11 – PLACA DE REDE WIRELESS

O processo de instalação e fixação no gabinete é o mesmo da placa de vídeo, mas


lembre-se que o barramento dessa placa não é PCI Express e sim PCI.

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14 ORGANIZAÇÃO INTERNA DO
GABINETE
Após a montagem dos componente internos do gabinete, precisamos atentar agora
para a organização dos fios e cabos conectados e que estão sobrando dentro do mesmo.
Para isso é necessário que você possua um material para facilitar seu trabalho, mas
lembre-se que isso é apenas uma sugestão, caso você consiga organizar os cabos
prendendo-os entre eles mesmos e o gabinete também é válido. O importante é não deixar
fios soltos dentro do gabinete.

FIGURA 14.1 – ABRAÇADEIRAS COM VELCRO

1. Utilize abraçadeiras com velcro, fácil de utilizar.

FIGURA 14.2 – ABRAÇADEIRAS DE PLÁSTICO.

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2. Você pode também utilizar abraçadeiras de plástico.

FIGURA 14.3 – EXEMPLO DE ORGANIZAÇÃO INTERNA COM ABRAÇADEIRA

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15 ALIMENTAÇÃO DO PC
Quando compramos um computador, o primeiro passo importante é verificar a
posição do seletor de voltagem. É comum que o computador venha de fábrica por padrão o
seletor na posição 220V, portanto não tenha medo ao ligá-lo pela primeira vez e não
acontecer nada. O problema seria se você tivesse ligado em uma tensão 220V e o seletor
estivesse na posição 110V, normalmente em sua residência ou ambiente de trabalho sua
tensão de energia é de 220V. Isso causaria a queima da fonte, além do susto que você
levaria por conta estouro produzido.
A fonte de alimentação tem três funções básicas:
 Transformar a corrente alternada recebida da rede externa em corrente
contínua;
 Eliminar o excesso de calor, a fim de manter o nível adequado de
funcionamento.
 Distribuir energia elétrica entre os componentes que necessitam de
alimentação.

FIGURA 15.1 – CHAVE SELETORA DE TENSÃO

Em termos de curiosidade e informação, hoje já temos alguns computadores que não


vem na sua fonte de alimentação um seletor de voltagem como mostra a figura acima, logo
esses computadores são do tipo bivolt ou de seleção de tensão de tensão de entrada
automático, como mostra a próxima figura.

Mas para que você entenda melhor como funciona a eletricidade vamos mostrar um
pouco do que ela é e como funciona.

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15.1 CONEXÕES ELÉTRICAS

Para que o computador funcione sabemos que ele precisa de energia elétrica. Mas
quando essa rede sofre algum tipo de interferência, fica impossível de manter o computador
funcionando adequadamente. Por isso devemos conhecer um pouco sobre a rede elétrica a
fim de evitar uma série de problemas.
Dependendo da região a tomada tem uma tensão de 110 volts (símbolo: V) ou 220,
que realidade não expressa exatamente esse valor. Se utilizarmos um equipamento de teste
tipo um multímetro, por exemplo, veremos que a tomada de 110V mede em torno de 127V.
Isso é absolutamente normal. Porém, durante o teste, pode-se perceber que há uma
variação constante de energia. Isso é porque a tomada tem uma corrente alternada ou ACV,
ou seja, ela tem uma variação normal para funcionamento. Essa variação deve ocorrer
porque se tivéssemos um valor constante de 127V, por exemplo, certamente a energia
elétrica não chegaria a nossas casas. Ela simplesmente se dissiparia ao das centenas de
quilômetros de cabos e fios, desde a usina geradora até nossas casas ou empresas.

FIGURA 15.2 – ESQUEMA TOMADA.

Você pode usar o multímetro para saber qual tensão que existe no momento na
tomada onde deseja ligar o seu computador ou qualquer outro aparelho.
Sabendo-se que uma tomada tem variações constantes de tensão, ela pode
apresentar variações anômalas, decorrentes de possíveis interferências na rede elétrica que
poderão surgir por sobrecarga da rede. Raios, aparelhos de ar condicionado, que têm
consumo muito grande de energia e que usam termostato, forno de micro-ondas, etc. São
fatores que interferem na rede elétrica, afetando seu fluxo na rede, prejudicando muito o
bom funcionamento da fonte de alimentação do computador.

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Problemas mais comuns que ocorrem na rede de energia são o pico e a queda de
tensão. Mas para evitar esses problemas temos algumas formas que iremos adotar.

15.2 ESTABILIZADORES

Para prevenir o pico de energia e quedas de tensão, devemos utilizar um estabilizador


de voltagem, que tem não só a função de reter o excesso de energia, deixando passar
somente o que o computador precisa para funcionar, mas de evitar as pequenas quedas
repentinas.
Problemas esse que o pico de tensão causa quando o aumento da carga normal, que
causa danos irreparáveis ao computador, como a queima de componentes.

ATENÇÃO!
Procure sempre usar estabilizadores que possuam o selo do INMETRO, órgão
responsável pelo teste desses equipamentos, isso é para sua própria segurança e de seu
equipamento.

FIGURA 15.3 –ESTABILIZADOR

Lembre-se que assim como a fonte de alimentação seletor de voltagem o


estabilizador também poderá conter.

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FIGURA 15.4 – VISÃO TRASEIRA DO ESTABILIZADOR.

Aqui é mostrada a visão traseira do estabilizador com algumas informações úteis na


hora de ligar.

15.3 NOBREAKS

Em muitos casos também enfrentamos um problema muito comum que é a queda de


tensão, esse problema pode não parecer grave ao computador, mas na maioria dos casos
pode ser tão prejudicial quanto um pico de tensão, pois a diminuição de energia acarreta o
desligamento da fonte ou prejudica os componentes do computador, por forçá-los a trabalhar
com menos energia de que necessita.
Para acabar com esse problema, utilizamos um aparelho chamado no-break, que em
alguns casos tem a mesma cara que o estabilizador, mas com a diferença de possuir uma
bateria interna. Ao cair a energia, essa bateria mantém o computador ligado, garantindo, por
determinado tempo, a distribuição da corrente em 127V.

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FIGURA 13.3 – NOBREAK

Um nobreak de 600 va consegue manter um computador ligado por aproximadamente


20 minutos. O mais interessante é que na ausência de energia, ele consegue trocar
rapidamente para a energia da bateria sem deixar os aparelhos ligados nele desligarem ou
sofrerem algum tipo de baixa, assim quando ele detecta a presença de energia na tomada o
mesmo faz o inverso e mantendo o funcionamento normal e alimentando o que foi perdido
de carga na bateria, logo aqui está o esquema de como isso ocorre.

FIGURA 15.4 – ESQUEMA DE FUNCIONAMENTO BÁSICO NOBREAK

Dependendo da potência e das baterias do nobreak ele pode suportar até mais tempo
ligado na ausência de corrente elétrica, um nobreak de 4 Kva pode chegara quatro horas de
autonomia.

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Alguns nobreaks utilizam como bateria externa baterias de automotivas ou de maior


desempenho do que as baterias normais.

FIGURA 15.6 –BATERIAS

Hoje há também nobreaks inteligentes, capazes de alertar o usuário sobre a


autonomia restante da bateria e o mais importante de salvar arquivos e fechar programas
adequadamente. Isso acontece porque o nobreak é ligado ao computador por um cabo serial
ou USB que transmite um sinal para um programa específico com informações sobre o
mesmo. Geralmente esses tipos de nobreaks são bem mais caros que os convencionais.

FIGURA 15.7 EXEMPLO DE NOBREAK INTELIGENTE.

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15.4 ATERRAMENTO

Para o bom funcionamento do computador, devemos estar atentos à existência de um


aterramento na tomada. Pode não parecer mais o aterramento é vital para o bom
funcionamento não só do computador, mas também de qualquer equipamento que exija
(geladeira, micro-ondas, televisor, DVD player etc.).

FIGURA 15.7 – PADRÕES DE TOMADAS

O aterramento consiste em uma haste de cobre de aproximadamente 2m de


comprimento, fincada ao chão e conectada por um cabo que vai da haste à tomada do
computador. Neste caso não é qualquer pessoa que está apta a montar um aterramento.
Somente eletricistas ou profissionais especializados podem fazê-lo.

FIGURA 15.8 – ESQUEMA DE ATERRAMENTO

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16 CONEXÃO DOS CABOS EXTERNOS


Agora vamos fazer a conexão dos periféricos que serão conectados ao computador,
projetados para tornar mais agradável e fácil a interação entre o usuário e a máquina.
A seguir, você irá acompanhar como deve ser feita a correta conexão desses itens.
Embora esta seja uma etapa simples da instalação do computador, muitos danos podem
ocorrer por falta de atenção.

16.1 IDENTIFICAÇÃO DOS PERIFÉRICOS

Tenha sempre em mente que estas peças foram projetadas para ter um encaixe
perfeito. Portanto, não exigem força externa ou exagerada. Se você insistir, pode danificar o
seu equipamento.

FIGURA 16.1 – CONECTORES PS2.

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FIGURA 16.2 – CONEXÕES PAINEL TRASEIRO

FIGURA 16.3 – PLACA DE VÍDEO GEFORCE 7100 GS FOXCONN..

ATENÇÃO!

Somente após conectar todos os periféricos, conecte o cabo de fonte do computador


a um estabilizador ou nobreak dependendo do seu uso. Em seguida ligue o estabilizador na
energia.
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FIGURA 16.4 – ESTAÇÃO MONTADA

Logo você terá seu computador montado e pronto para ligá-lo pela primeira vez.

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17 LIGANDO O COPUTADOR APÓS A


MONTAGEM

Chegou a hora de vermos se tudo o que você fez até agora está correto, mas calma,
verifique se tudo está conectado corretamente.

17.1 VERIFICAÇAO SE TUDO ESTÁ LIGADO CORRETAMENTE

FIGURA 17.1 – PARTES DA ESTAÇÃO.

Faça um check-up rápido para ver se você não esqueceu de nada, a figura acima
pode te ajudar.

17.2 ERROS COMUNS E IMAGENS INICIAIS

Ao ligar seu computador, logo você espera que no monitor de vídeo apareça alguma
imagem para pelo menos ter certeza que fez a montagem correta ou parcial, mais isso não é
tudo. Mas quando isso não acontece pode surgir vários problemas que interfiram na
inicialização do sistema até que ele possa mandar a primeira imagem ao monitor, citaremos
alguns agora.

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17.2.1. Power Switch

FIGURA 17.2 – ERRO DE MONTAGEM POWER SWITCH

Pode acontecer desse conector, que é o responsável pela partida no sistema, não
está bem conectado ou se estiver, pode está em local errado, é importante que você fique
atento à ligação do painel frontal abordado anteriormente ou no manual de sua placa-mãe.

17.2.2.Cabo Flat

FIGURA 17.3 – ERRO CABO FLAT

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Cuidado para não inverter o Flat do HD, algumas placas-mãe nem ligam se esse cabo
estiver nesse estado. Por isso verifique se os cabos estão bem conectados aos dispositivos
para evitar queima ou dano parcial. O mesmo aplica-se aos cabos SATA.

17.2.3. Jumper Clear CMOS

FIGURA 17.4 – ERRO NO JUMPER

Placas novas costumam vir de fábrica jumpeadas na posição Clear CMOS; porém a
placa não liga se estive nessa posição. Sempre que você estiver montando um computador
novo ou trocando uma placa-mãe, localize o jumper pelo manual e verifique na placa se é
necessário alterar a posição.

17.2.4. Cooler do processador

Coolers novos possuem um cabo extra para medir a rotação da ventoinha, por isso
precisa estar conectado no local específico para cooler de processador (CPU FAN) na placa-
mãe. Se ele for conectado em outra saída poderá até funcionar, porém a placa poderá não
ligar por não ―entender que o cooler do processador está instalado.

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FIGURA 17.5 – ERRO MONTAGEM DO COOLER

17.2.5. Placa ou memória mal encaixada.

Ao conectar placa nos slots PCI, AGP ou PCI Express. Ela deve estar totalmente
inserida no slot. Se não estiver totalmente conectada, pode provocar erros ou tornar o
computador inoperante.

FIGURA 17.6 – ERRO MONTAGEM MEMÓRIA RAM

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17.2.6. Seletor de voltagem da fonte

FIGURA 17.7 –CHAVE SELETORA DE TENSÃO

As fontes novas vêm de fábrica na posição 220V. Se a energia da tomada em que o


computador será instalado for de 110V, o computador não ligará. Se o inverso acontecer a
fonte queimará.

17.2.7. Bips na CPU

Os bips são uma forma muito importante da placa-mãe se comunicar conosco, pois
ele servem para alertar, informar se há algum problema na CPU e dependendo da
quantidade e intervalo dos bips, pois isso varia de cada placa-mãe e fabricante nos dizer
onde está o problema.
Após tomar esses cuidados, acho que agora você pode enfim ligar seu computador e
ver alguma imagem inicial no monitor, onde então mostraremos algumas agora.

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FIGURA 17.8 – TELA INICIAL

Vejamos então a tela inicial do computador, note que são informações no que diz
respeito a CPU como versão do BIOS, teste de memória, tecla de entrada no SETUP em
destaque, informações sobre a placa-mãe, nome da placa etc.
Isso irá depender de cada computador, cada placa-mãe tem uma tela de inicialização
diferente a partir de seu fabricante.
Logo após você terá essa tela.

FIGURA 17.9 – ERRO FALTA DE SISTEMA OPERACIONAL

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Onde o sistema informa que ao passa pelo processo de boot, o Sistema Operacional
não foi encontrado.
Agora utilizando o que você aprendeu em outras disciplinas, faça instalação do
Sistema Operacional em seu computador.

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VASCONCELOS, Laércio. Montagem e configuração de micros. Rio de Janeiro, 2ª
Edição, 2009. Editora Laércio Vasconcelos Computação LTDA.
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GUIA COMO SE FAZ - Montagem, manutenção e instalação de computadores - Editora


escala.

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Hino Nacional Hino do Estado do Ceará

Ouviram do Ipiranga as margens plácidas Poesia de Thomaz Lopes


De um povo heróico o brado retumbante, Música de Alberto Nepomuceno
E o sol da liberdade, em raios fúlgidos, Terra do sol, do amor, terra da luz!
Brilhou no céu da pátria nesse instante. Soa o clarim que tua glória conta!
Terra, o teu nome a fama aos céus remonta
Se o penhor dessa igualdade Em clarão que seduz!
Conseguimos conquistar com braço forte, Nome que brilha esplêndido luzeiro
Em teu seio, ó liberdade, Nos fulvos braços de ouro do cruzeiro!
Desafia o nosso peito a própria morte!
Mudem-se em flor as pedras dos caminhos!
Ó Pátria amada, Chuvas de prata rolem das estrelas...
Idolatrada, E despertando, deslumbrada, ao vê-las
Salve! Salve! Ressoa a voz dos ninhos...
Há de florar nas rosas e nos cravos
Brasil, um sonho intenso, um raio vívido Rubros o sangue ardente dos escravos.
De amor e de esperança à terra desce, Seja teu verbo a voz do coração,
Se em teu formoso céu, risonho e límpido, Verbo de paz e amor do Sul ao Norte!
A imagem do Cruzeiro resplandece. Ruja teu peito em luta contra a morte,
Acordando a amplidão.
Gigante pela própria natureza, Peito que deu alívio a quem sofria
És belo, és forte, impávido colosso, E foi o sol iluminando o dia!
E o teu futuro espelha essa grandeza.
Tua jangada afoita enfune o pano!
Terra adorada, Vento feliz conduza a vela ousada!
Entre outras mil, Que importa que no seu barco seja um nada
És tu, Brasil, Na vastidão do oceano,
Ó Pátria amada! Se à proa vão heróis e marinheiros
Dos filhos deste solo és mãe gentil, E vão no peito corações guerreiros?
Pátria amada,Brasil!
Se, nós te amamos, em aventuras e mágoas!
Porque esse chão que embebe a água dos rios
Deitado eternamente em berço esplêndido, Há de florar em meses, nos estios
Ao som do mar e à luz do céu profundo, E bosques, pelas águas!
Fulguras, ó Brasil, florão da América, Selvas e rios, serras e florestas
Iluminado ao sol do Novo Mundo! Brotem no solo em rumorosas festas!
Abra-se ao vento o teu pendão natal
Do que a terra, mais garrida, Sobre as revoltas águas dos teus mares!
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores; E desfraldado diga aos céus e aos mares
"Nossos bosques têm mais vida", A vitória imortal!
"Nossa vida" no teu seio "mais amores." Que foi de sangue, em guerras leais e francas,
E foi na paz da cor das hóstias brancas!
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!

Brasil, de amor eterno seja símbolo


O lábaro que ostentas estrelado,
E diga o verde-louro dessa flâmula
- "Paz no futuro e glória no passado."

Mas, se ergues da justiça a clava forte,


Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte.

Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada, Brasil!

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