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COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO

 Compreensão é o reconhecimento das informações expressas no texto. Itens de compreensão trazem comandos que
reportam ao texto, como estes: 1
a) De acordo com o texto;
b) Segundo o texto;
c) O autor afirma
d) O autor diz..

 Interpretação é a apreensão da mensagem contida nas entrelinhas do texto. Itens de interpretação trazem comandos
semelhantes aos seguintes:
a) Infere-se do texto – Trata-se de uma dedução lógica.
b) Depreende-se do texto;
c) É possível concluir a partir das ideias do texto.
d) O texto permite concluir

 Dicas de leitura
1. Não leia prontamente o texto. Verifique itens/questões, bem como a referência bibliográfica.
2. Use a pontuação a seu favor. Expressões entre vírgulas costumam ser acessórios. Experimente retirá-las para facilitar sua
leitura.
3. Dois-pontos costumam indicar uma explicação ao final da frase. Tais esclarecimentos costumam ser importantes para o
autor.

ERROS CLÁSSICOS DE INTERPRETAÇÃO DE TEXTO

1. Contradição – consiste em apresentar ideia que se contrapõe às informações do texto.


2. Extrapolação – ocorre quando se vai além dos limites das informações do texto, acrescendo-lhes ideias que nele não se
apresentam.
3. Redução – trata-se da focalização em uma informação específica do texto em detrimento do contexto como um todo.

LINGUAGEM VERBAL E LINGUAGEM NÃO VERBAL

 Linguagem é o código utilizado pelo emissor para estabelecer a comunicação com o seu receptor. Normalmente, para se
comunicar utilizam-se códigos que se baseiam em palavras, ou seja, linguagem verbal.
 Linguagem verbal: A linguagem diz respeito ao código utilizado pelo emissor do ato comunicativo. Se o código é
baseado em vocábulos, palavra comum ao emissor e ao receptor tem-se a linguagem verbal, que pode ser oral ou escrito.
 Linguagem não verbal: A linguagem não verbal é baseada na utilização de outros elementos capazes de transmitir
informações: desenhos, símbolos, gestos, cores, expressões fisionômicas, etc.
 Cartum: Trata-se de gênero jornalístico utilizado para expressões de opiniões ou análises com fundo crítico ou satírico
mediante a exposição de situações atemporais por meio do grafismo e do humor.
 Charge: Embora a charge também utilize a imagem aliada à escrita, ela demonstra um fato da atualidade.
 Tirinhas: Trata-se de uma história curta dividida em quadrinhos. Geralmente, esse texto humorístico apresenta críticas
sociais mediante os mesmos personagens.
 Infográficos: Infográfia ou Infográficos são representações visuais para apresentação mais dinâmicas de informações.

DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO

1. Denotação – (sentido próprio da palavra) – A linguagem denotativa é aquela que apresenta o sentido real das palavras, o
sentido literal, aquele que se encontra dicionarizado.
2. Conotação (sentido figurado da palavra) – A linguagem conotativa, por sua vez, apresenta sentido subjetivo e figurado.
Ex: chamar uma pessoa de cavalo quando ela lhe trata com grosseira ou lhe responde mal. Ex: para falar que uma pessoa
é delicada você diz que ela é uma flor.

 OBS: ambigüidade quer dizer que o texto possui duplo sentido.


23 de agosto de 2021

SEMÂNTICA

 A semântica compreende o estudo do significado das palavras.


a) Sinônimas: Apresentam formas diferentes e significados assemelhados. Ex: Feliz = contente, alegre, animado,
entusiasmado, excitado.
b) Antônimas: Apresentam formas diferentes e significados opostos. Ex: Feliz – triste; conformado – inconformado. Ex: no
texto podemos ter conformado – revoltado.
c) Parônimas – Apresentam formas parecidas e significados diferentes. Ex: Fluir-Fruir; Descrição – Discrição; Eminente –
Iminente; Retificar – Ratificar; Soar – Suar; Infligir – Infringir; Vultoso – Vultuoso; Delatar – Dilatar.
d) Homônimas – Apresentam formas iguais. Podem ser homógrafas (igual grafia), homófonas (igual pronúncia) ou
perfeitas (iguais em grafia e pronúncia
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Homógrafa – Tenho sede/ Trabalho na sede do órgão;


Homófonas – Cela/Sela 2
Perfeita – Acenda uma vela/ a mãe vela o sono do filho.
e) Polissêmica: Palavras polissêmicas são aquelas que, mantendo-se em uma mesma classe de palavra, apresentam
significados diversos a depender do contexto. Ex: A pena prevista para o crime é de cinco anos de reclusão – A pena é
mais poderosa que a espada – Tenho pena de pessoas mesquinhas – A pena de pavão é utilizada em fantasias.

 Significado das palavras


Imisquindo – intrometer
Veemente – intensificação/alegria/emoção;
Plausível – admissível;
Exorbitante – ultrapassa os limites;
Fomentar – estimular;
Inapreensível – não consegue entender;
Intento – Desejo;

VARIAÇÃO LINGUISTICA

o Variação lingüística consiste na diversificação dos sistemas da língua em vista de fatores históricos, geográficos ou
socioculturais. Nesse contexto, pode-se citar as variações regionais (mandioca – aipim – macaxeira), as sociais (dez real
– dez reais) e as estilísticas (senhoras e senhores – gente).

1. Nível informal ou coloquial

o Empregado em situações comunicativas do dia a dia, no ambiente familiar ou com amigos. Não apresenta grande
preocupação relativamente às normas gramaticais.
Exemplos:
Tá tudo bem?
Esqueci do livro!
Me liga mais tarde, que preciso falar com você. – imperativo = cruzamento de pessoas;
A gente resolve.
Banda de Pop-rock que estourou em 1995.
Vou pra casa
Todo mundo ia rir de mim

2. Nível formal ou culto

o Empregado em situações comunicativas formais a exemplo de reuniões empresariais ou palestras. Procura apresentar
pleno respeito às normas gramaticais.
Exemplos:
Está tudo bem?
Esqueci-me do livro.
Ligue-me mais tarde, que preciso falar com você.
Chegamos à escola – questão de regência;
Prefiro guaraná à cerveja
Todo mundo iria rir de mim

 OBS: o emprego do sufixo (“íssima) nos adjetivos – grau do adjetivo = é típico da do uso formal da língua.

TIPOLOGIA TEXTUAL

o A tipologia textual diz respeito a como o texto se apresenta e se organiza, em vista de sua intenção.
23 de agosto de 2021

1. Descrição

o A descrição tem o objetivo de apresentar as características de objetos, pessoas, animais, lugares, ambientes ou situações.
o Tem por intenção apresentar uma realidade estática mediante uma relação de características e detalhes;
 A descrição apresenta algumas marcas típicas:
a) Uso de muitos adjetivos;
b) Predomínio dos verbos de ligação;
c) Temporalidade ausente (não há anterioridade e posterioridade entre as frases)
d) Presença de enumerações e comparações

 A descrição pode ser:


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 Objetiva – Apresenta as características do objeto observado sem impressões particulares do sujeito que o descreve.
Busca-se a realidade mediante a exposição fiel dos elementos caracterizadores sem juízo de valor. 3
 Subjetiva – Predominam as impressões pessoais do autor em relação ao objeto reservado. Representação muito
particular que preponderam o juízo de valor e a opinião de quem escreve. A linguagem pode ser conotativa (figurada ou
metafórica).

2. Narração

o Apresenta fatos que envolvem personagens, em uma sequência de ações com conexão temporal e espacial.
o Tem por objetivo contar histórias com personagens e acontecimentos.
o Trata-se de uma realidade dinâmica em uma progressão temporal;
o É típico dos textos narrativos a presença do narrador, personagem, enredo, espaço, tempo e discurso.
 Narrador – quem conta a história (narração em terceira pessoa) – Temos o narrador personagem, aquele que se insere
na história, nessa situação, a história é narrada em primeira pessoa. No mais, temos ainda, o narrador onisciente ele não
participa da história, mas ele conhece o pensamento do personagem (narração em terceira pessoa).
 Personagens – São aqueles que vivem os fatos da história. Podem ser pessoas, animais ou seres inanimados que podem
ainda atuar como personagens principais ou secundárias.
 Enredo – é o desenvolvimento da história. Trata-se do encadeamento dos acontecimentos, o qual normalmente é
integrado por apresentação, complicação, climax e desfecho.
 Espaço – é o lugar onde a história se desenvolve.
 Tempo – apresenta o momento em que se dá a narrativa;
 Discurso – diz respeito à fala dos personagens. O discurso pode ser direto (o personagem fala diretamente), indireto
(narrador reproduz a fala do personagem) ou indireto livre (o narrador fala de modo que não se sabe se o personagem
falou ou pensou ou se é da cabeça do narrador).

o OBS: Se é uma história que você está contando, significa que aconteceu seja no mundo real ou no mundo psicológico, se
já aconteceu é natural que se utilize verbos no pretérito

TIPOS DE DISCURSO

 Discurso Direto: é a reprodução da voz do personagem. Normalmente é indicado mediante o emprego de travessão ou
aspas.
 Discurso Indireto – é a representação da fala do personagem dita pelo narrador. Ex: “Ele afirmou que não sairia com os
amigos da faculdade”.
 Discurso Indireto Livre – trata-se da reprodução de pensamentos e/ou reflexões do personagem por parte do narrador de
forma sutil.

TRANSPOSIÇÃO DO DISCURSO DIRETO PARA O DISCURSO INDIRETO

a) Mudança das pessoas do discurso


A 1º pessoa transforma-se na 3º pessoa. Ex: --Eu comprarei o jogo. --- disse o pai << O pai disse que compraria o jogo.
b) Mudanças dos tempos verbais
 Presente do indicativo >>> Pretérito imperfeito do indicativo. Ex: Eu sou a culpada! ---afirmou ela. >>> Ela afirmou que
era a culpada
 Pretérito perfeito >>> Pretérito mais que perfeito. Ex: --- Comprei a casa. Disse ele. >>> Ele disse que comprara a casa.
 Futuro do indicativo >>> Futuro do pretérito. Ex: ---Chegarei a tempo. --- garantiu >>> Garantiu que chegaria a tempo.
 Imperativo >>>> Pretérito imperfeito do subjuntivo.
c) Mudança das indicações de tempo e espaço
 Ontem >>> Dia anterior. Ex: fui demitido ontem – disse ele. >>> Ele disse que tinha sido demitido no dia anterior.
 Hoje/agora >>> naquele dia/naquele momento. Ex: -Quero a resposta agora! – bradou o chefe.>>> O chefe bradou que
queria a resposta naquele momento.
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 Amanhã >> no dia seguinte. Ex: -Chegarei amanhã. – disse. >>> Disse que chegaria no dia seguinte.
 Aqui, aí, cá >>> ali, lá. Ex: -Andem até aqui! – determinou mãe. >>> A mãe determinou que andassem até lá.
 Este, esta, isto >>> aquele, aquela, aquilo. Ex: -Este problema não é o único! – afirmou a esposa. >>> A esposa afirmou
que aquele problema não era o único.

OBS: Voz Passiva = SER + Particípio

3. Dissertação
o Aborda um tema;
o Esses textos podem ser expositivos ou argumentativos;
 O texto dissertativo expositivo o autor tem por pretensão informar o leitor, explicar-lhe ideias, conceitos ou pontos de
vista. Trata-se de explanação informativa, imparcial, sem objetivo polêmico ou persuasivo. Busca apresentar informações
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e conceitos com o máximo de precisão e rigor. Emprega objetividade e dados comprovados para fundamentar suas
afirmações. 4
 Texto dissertativo argumentativo tem pretensão opinativa, persuasiva – deseja-se nela convencer o leitor. O texto é
apontado mediante o ponto de vista do autor, ou seja, por meio de um teste. Esta por sua vez, é sustentada com a
apresentação de argumentos que fundamentam a tese.
 Tema (assunto) > Tese (Opinião do autor) > Argumentos (por que se tem tal opinião).

4. Injuntivo
o Trata-se de um texto instrucional/prescricional. EX: Bula de remédio, receita – costuma ser apelativo.
5. Preditivo
o Apresenta previsões. Ex: previsão meteorológica, horóscopo.

 OBS: Textos publicados em sites governamentais geralmente são textos informativos, ou seja, dissertativo informativo.

GÊNEROS TEXTUAIS

o Gênero textual é para saber para que fins o seu texto será utilizado.
o Gêneros textuais são as diferentes formas de elaboração, organização e apresentação de texto, as quais desempenham
papéis sociais, próprios do dia a dia. Ex: carta, propaganda, notícia, reportagens, entrevista, crônica etc.

1. Gêneros textuais jornalísticos


a) Notícia: texto narrativo e/ou descritivo de natureza informativa que apresenta fatos atuais e cotidianos mediante o
emprego de linguagem clara, formal e objetiva.
b) Reportagem: Texto descritivo, informativo que apresenta um tema com uso de narrações, entrevistas, depoimentos,
dados estatísticos e que, ao fim, expressa a opinião do autor sobre o assunto.
c) Editorial: Texto dissertativo-argumentativo utilizado para apresentar os assuntos a serem abordados em certas seções do
jornal (Economia, Política, Esporte, Cultura, etc) e, com eles, as opiniões da equipe.
d) Artigo de opinião: Texto dissertativo-argumentativo normalmente assinado pelo autor, cuja finalidade é apresentar um
ponto de vista sobre algum tema da atualidade.

2. Gêneros Literários
a) Crônica: Texto narrativo curto que trata de assuntos do cotidiano – tempo recente;
b) Conto: Texto narrativo curto de natureza fictícia que desenvolve uma história com apenas um clímax;
c) Romance: Texto narrativo fictício longo cuja trama se desdobra em conflitos secundários;
d) Fábula: Texto narrativo que apresenta normalmente lição de fundo moral e que costuma ter animais como personagem.

COESÃO SEQUENCIAL E CONJUNÇÕES SUBORDINADAS

1. Conjunções subordinativas adverbiais


o As conjunções subordinativas adverbiais introduzem orações que exercem função de adjunto adverbial para outra oração,
denominada principal.
o De acordo com a nomenclatura brasileira, há nove tipos de conjunções subordinativas adverbiais: finais, proporcionais,
temporais, causais, consecutivas, conformativas, comparativas, condicionais e concessivas.

CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS ADVERBIAIS


1. Finais: Para que, a fim de que, de sorte que, de modo que, porque – ideia de finalidade, porém, a
conjunção porque além de indicar finalidade ela indicar causa e explicação.
A fim de = com a finalidade de.
Afim de = Semelhante a
2. Proporcionais: Quanto mais...mais, à medida que, à proporção que, ao passo que, enquanto, etc.
A palavra enquanto às vezes trás a ideia de tempo e às vezes de proporção. Não se deve utilizar a
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palavra enquanto no lugar da palavra como (em situações de comparação).


À medida que = à proporção;
Na medida em que = porque, já que – expressa ideia de causa.
3. Temporais: Quando, logo que, assim que, sempre que, depois que, mal, desde que, etc.
4. Causais: Porque, porquanto, visto que, pois que, como, já que, dado que, uma vez que.
5. Consecutivos: tão..que, tal..que, porquanto..que, de modo que, de forma que, de sorte que, etc – ideia
de conseqüência.
6. Conformativa: Conforme, segundo, consoante, como.
“De acordo com” é locução prepositiva.
7. Comparativas: Como, mais.. (do) que, menos... (do) que, assim como, tal qual.
Nas comparações esse (do) será facultativo.
8. Condicionais: Se, caso, desde que, contanto que, salvo se, sem que.
Cuidado: Quando houver a realização da conjunção “se” por outra do mesmo grupo é necessário que o
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verbo seja ajustado. Isso só ocorre entre o futuro e o presente do subjuntivo.


A condição é algo que ainda pode acontecer/é uma possibilidade. 5
O “se” pode assumir também uma ideia de causa ou simplesmente como uma conjunção
integrante.
9. Concessivas: Embora, conquanto, posto que, apesar de que, ainda que, mesmo que, se bem que, não
obstante, malgrado, a despeito de..
Temos uma oposição fraca.
AO + Infinitivo = Tempo
A + Infinitivo = Condição
Para + Infinitivo = Finalidade;
Por + Infinitivo = Causa
Sem + Infinitivo = Condição ou Concessão.

FIGURAS DE LINGUAGEM

o As figuras de linguagem são formas diferenciadas de apresentação de ideias.


o As figuras de linguagem constituem recursos estilísticos para a obtenção de maior expressividade para a ideia que se
apresenta. São divididas em quatro tipos:

a) Figuras de Palavras – São montadas com base nos significados de palavras que você pode estabelecer a duas palavras
ou expressões
 Metáfora – É o emprego de uma palavra ou expressão fora de seu sentido habitual, mediante similitude real ou
imaginária entre seres de realidades distintas. Ex: A vida é mar largo. Ex: Somente ela possui a chave de mim. A
metáfora não trás o elemento comparativo explicito.
 Comparação – É o estabelecimento de uma relação entre duas realidades mediante o emprego de conectivo comparativo
(como, assim como, tão..quanto, tal que, etc). Ex: Eles cantam tal qual anjos. Ex:Consumo meus dias aos teus pés, como
vela a se dissolver em ardor. Comparação trás o elemento comparativo explicito.
 Metonímia – É a utilização de uma palavra no lugar de outra mediante uma relação de substituição da parte pelo todo do
efeito pela causa, do autor pela obra, do continente pelo conteúdo. Ex: Ela gosta de ler Machado de Assis (Obra e não o
autor). Ex: A juventude parece, às vezes, perdida (são as pessoas e não a característica juventude). Ex: Tomei dois copos
de água (tomei a água e não os copos)
 Catacrese – Trata-se de uma metáfora que se cristalizou por força do uso e por ausência de termo adequado. Ex: Logo
embarcaremos no avião. Ex: usamos um só dente de alho (dente?, cabeça? Nenhum e nem outro, mas por não haver
palavras usa-se dente).
 Perífrase – É uma expressão que designa os seres por meio de algum de seus atributos ou de fato que os celebrizou. Ex:
Há muito, o mundo explora o ouro negro (Petróleo) – fica de enrolação. Ex: ainda visitarei a cidade-luz (Paris).O poeta
dos escravos morreu moço (Castro Alves). No caso de desse exemplo, alguns autores denominam a figura como
antonomásia ou epíteto.

b) Figuras de Sintaxe – tem-se a figura construída na própria forma de apresentação da frase é uma construção.
 Elipse – É a omissão de termo ou expressão que facilmente pode ser subentendido. Ex: Adentrei a casa. A sala,
vazia (a sala estava vazia).
 Zeugma – Trata-se de uma espécie de gênero elipse. Consiste na supressão de um termo já utilizado no texto.
Ex: Ele colhia frutas; ela, flores (ela colhia flores).
 Pleonasmo – É a repetição de termo ou ideia já expressa no texto. Busca-se, de tal forma, o realce e a melhor
expressão. Ex: E rir meu riso e derramar meu ponto. Ex: Quando eu te vejo, eu desejo o teu desejo.
OBS: Não confundir pleonasmo lingüístico com pleonasmo vicioso. Pleonasmo vicioso é a repetição
desnecessária, sem reforço algum à ideia; acabamento final, pequenos detalhes, entrar para dentro, fato real.

 Hipérbato – Consiste na inversão violenta d


 a ordem de apresentação dos termos componentes da frase.
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 Silepse (concordância ideológica) – Trata-se de uma concordância feita não com os termos expressos na frase,
mas com a ideia de que associamos a eles.
 Silepse de gênero – Troca do masculino pelo feminino. Ex: A criança nasceu. Era magnífico.
 Silepse de pessoa – Troca uma pessoa por outra pessoa. Ex: Os brasileiros somos hospitaleiros.
 Silepse de número – utilize plural no lugar do singular e visse e versa. Ex: a multidão forçou a porta e
invadiram o prédio.
 Anacoluto – Consiste na quebra da estrutura da frase, de sorte a figurar nela um termo sem ligação sintática
com as demais, normalmente no início da frase. Alma gêmea, a poesia enaltece tal possibilidade.
 Assíndeto – Omissão do conectivo coordenativo, que liga orações coordenadas. Ex: Acordei, comi, sai,
trabalhei, voltei, dormi.
 Polissíndeto – Repetição do conectivo coordenativo, que liga termos e orações coordenadas. Ex: As ondas vão e
vem, e vão, e são como o tempo.
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 Apóstrofe – Consiste no chamamento do receptor da mensagem, seja ele imaginário ou não. Realiza-se por
meio do vocativo. Ex: Moça, que fazes aí parada? 6
c) Figuras de Pensamento
 Antítese: É o contraste entre duas palavras (antônimas), expressões ou pensamentos, provocando uma relação de
oposição. Ex: Com o trauma, ele foi dá água para o vinho.
 Oxímoro (paradoxo) – Trata-se de antítese levada ao extremo, fazendo coexistir duas ideias contrárias, ao mesmo
tempo, implicando falta de lógica. Ex: É ferida que dói e não se sente.
 Hipérbole – Ideia apresentada com exagero. Ex: já disse um milhão de vezes! Ou Rindo até 2025.
 Sinestesia- Ocorre quando há combinação de impressões ou atribuição de sensação a um ser. Ex: Essa história está
cheirando mal. Ex: Não resisto ao teu cheiro gostoso e à maciez do teu olhar.
 Eufemismo – Trata-se de suavização de uma ideia desagradável. Ex: Vossa Excelência está faltando com a verdade. Ex:
Depois de tanto padecer com a doença, ele descansou.
 Ironia – É a declaração do oposto do que realmente se pensa ou do que é, normalmente com tom de deboche. Ex: Que
bonita sua atitude agressiva diante da opinião diferente da sua.
OBS: Como a ironia é sugerida pelo contexto ou pela entonação, é comum que se apresente associada ao uso das aspas,
do ponto de exclamação e das reticências. Ex: Aquele era um político muito “honesto”. Ex: Ele é delicado como um
hipopótamo..
 Prosopopeia (personificação) – Atribuição de características humanas a seres não humanos. Ex: O cravo brigou com a
rosa debaixo de uma sacada.

d) Figuras de som
 Aliteração – É caracterizada pela repetição de sons consonantais. Ex: Rômulo rema no rio.
 Assonância – É caracterizada pela repetição de sons vocálicos. Ex: Antes, ardia-me ao peito amor perfeito.
 Onomatopeia – Trata-se de reprodução de um som. Ex: Passa o tempo tic, tac, tic tac, passa a hora.
 Paronomásia – Também chamada de paranomásia, é a aproximação de palavras de um texto pela sua semelhança na
força ou na pronúncia (parônimos). Ex: Exportar é o que importa

INFORMAÇÕES EXPLÍCITAS E INFORMAÇÕES IMPLÍCITAS

o Na construção do texto, naturalmente o autor registra informações mediante as estruturas ali apresentadas. Trata-se de
informações explícitas, que estão nitidamente postas na superfície do texto. O reconhecimento de tais dados ocorre no
processo de compreensão textual.
o Por outro lado, é comum também se apresentarem informações implícitas, que se encontram nas entrelinhas do texto. A
identificação de tais ideias ocorre mediante a interpretação textual.

a) Pressuposto e subentendidos
o As informações implícitas são identificadas mediante a inferência, em vista da percepção de pressupostos.
o Pressupostos são ideias não expressas, mas perceptíveis com base em certas palavras ou expressões presentes na frase.
o Os subentendidos, por sua vez, são informações deduzidas subjetivamente pelo interlocutor. Em vista disso, os
subentendidos nem sempre são verdadeiros.

SIGNIFICADO DAS PALAVRAS

 Refugiar = Desvincular
 Análogo = Semelhante
 Na medida em que = Ideia de causa
 Sem embargo = Apesar disso.
 Estiolado = Enfraquecido

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MECANISMOS DE COESÃO TEXTUAL

1. Coesão Lexical – Todos os conjuntos de palavras existentes em um indioma.


1.1 Processos de coesão lexical por substituição
a) Sinonímia – ocorre quando os vocábulos estão no mesmo campo semântico
b) Hiperonímia – ocorre quando a segunda expressão mantém com a primeira uma relação todo/parte.
 Ex: O trabalhador encontra dificuldades para exercitar a realidade digital do computador. Assim, é necessário treinar o
homem para compreender a realidade da máquina que está diante dele.
c) Hiponímia – ocorre quando a segunda expressão mantém com a primeira uma relação de parte/todo.
 Ex: O individuo que apresenta mau comportamento deve ser punido. A eliminação do bandido pela morte não é solução,
portanto, para reduzir a criminalidade (bandido está caracterizando o individuo).
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d) Metonímia – ocorre quando a segunda expressão mantém com a primeira uma relação de contigüidade semântica –
alteração do nome sem afetar a estrita relação semântica. 7
 Ex: Os moços, muitas vezes, esquecem que os idosos são fonte de sabedoria. A juventude precisa, por conseguinte,
repensar alguns valores.
e) Elipse/Zeugma – ocorre quando a segunda expressão fica logicamente subentendida em relação à primeira.
 Ex: Os guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia faturaram a soma de 1,5 bilhão de dólares.
Também fizeram algum caixa com extorsões por meio de seqüestros.

1.2 Coesão gramatical


a) Elemento coesivo anafórico – apresenta referente anteposto.
b) Elemento coesivo catafórico – apresenta referente posposto.
c) Elemento coesivo endofórico – apresenta referente interno (dentro do texto).

 OBS: O Pronome “Essa” nunca terá função catafórica. No mais, ela terá apenas função anafórica.

d) Elemento coesivo exofórico – apresenta referente externo (fora do texto)


 Ex: Eu estive fazendo um levantamento das mensagens que me enviam pela internet.
e) Elemento Dêitico – evidencia a presença do emissor no enunciado (marca de quem redige ou fala): este país, este século,
hoje, agora, ultimamente, recentemente, ontem, no próximo ano e outros.
 Ex: Este país abriga muitos corruptos (Brasil).
f) Elemento Vicário – palavra que, como verdadeiro pronome, se põe em lugar de uma oração inteira.
 Ex: Haverá mais conflitos políticos? Especialistas creem que sim (haverá mais conflitos políticos)

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