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Transtorno de ansiedade generalizado numa perspectiva comparativa entre

diagnóstico DSM e a abordagem comportamental da psicologia

Emanuele de Souza, Ianca Guadaganin, Isabella Henrard e Laís Alves Bueno.

O presente trabalho tem como objetivo explicar a diferença entre diagnóstico de transtornos
em um comparativo adversativo do dsm e diagnóstico em psicologia comportamental. A partir
disso, o transtorno escolhido para debater é o TAG- Transtorno de Ansiedade Generalizada.
Os diagnósticos de transtorno de ansiedade generalizada, realizados através do DSM, são
feitos à partir de uma análise de sintomas comuns ao quadro, gerando uma lista de critérios para
o diagnóstico. É possível encontrar sintomas como irritabilidade, fadiga, tensão muscular,
problemas relacionados ao sono, preocupação excessiva e sintomas que causem sofrimento
significativo clinicamente. O diagnóstico é voltado aos sintomas que se enquadram as
características do transtorno.
Acresce que características como tremores, nervosismo, irritabilidade ou sintomas somáticos
como sudorese e náusea, também podem estar relacionados ao transtorno. A apresentação de
sintomas pode variar de acordo com a cultura, algumas culturas tendem a apresentar mais
sintomas somáticos do que cognitivos, fator que não prejudica a realização do diagnóstico.
Além disto, o transtorno pode afetar a parte funcional do sujeito em relação à suas
atividades comuns, podendo apresentar demora ou dificuldade para fazer as coisas e ainda
gerando um gasto maior de energia devido aos problemas com sono e preocupação excessiva,
podendo levar a incapacidade moderada a grave.
Na perspectiva da psicologia comportamental, considera as funções de determinados
comportamentos e a influência do meio sobre estes. O foco se torna a relação do organismo com
o ambiente, em casos de ansiedade generalizada, é possível encontrar uma relação com
situações de controle aversivo como punição positiva que insere contextos de dor e sofrimento. A
ansiedade torna-se assim resultado de um problema maior. O foco acaba se voltando ao contexto
no qual os sintomas aparecem.
Ademais a ansiedade generalizada vem se tornando um transtorno muito recorrente nas
pessoas, já que é um misto de emoções como, insegurança, nervosismo, incerteza, pressão e
preocupação constante englobado em uma sensação só. A ansiedade generalizada não tem idade
específica, pode se iniciar tanto na infância e tendem a persistir se não forem tratados. A maioria
ocorre com mais frequência em indivíduos do sexo feminino do que no masculino. Esse transtorno
pode desenvolver outros transtornos que compartilham características de medo e ansiedade
excessivos e perturbações comportamentais relacionadas. A partir do momento em que o
indivíduo identificar os sintomas, deve-se procurar atendimento psicoterapêutico para se obter o
diagnóstico e trabalhar o transtorno de forma adequada.
Destarte, deixa perceptível que os critérios utilizados pelo DSM é bastante genérico,
utilizando se de encaixar o paciente dentro dos sintomas e assim atribuir a este um diagnóstico,
não descartando a valia deste, entretanto para diagnosticar sob a ótica comportamental é levado
em conta o histórico do paciente, sua relação com agentes externos que o afetam e ao qual ele

também exerce influência, assim como toda a subjetividade de cada indivíduo, entendendo que
para o diagnóstico do transtorno de ansiedade generalizado existem contextos específicos de
cada um, agentes mantenedores, gatilhos individuais, advindos de traumas e vivências próprias,
subjetivas e não gerais que encaixam para todos como os critérios de sintomas do DSM sem
considerar as diferenças.

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