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Brasília - DF
2017
USCIARA MOREIRA VIDES GOMES
Brasília – DF
2017
Dedicatória
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................2
APÊNDICE I ..............................................................................................................................26
APÊNDICE II .............................................................................................................................27
1
INTRODUÇÃO
Muitos são os meios de assédio moral nas organizações de todo o mundo, porém ao
longo dos anos, percebe-se que esse assunto vem sendo tratado amplamente pela sociedade,
principalmente em movimentos de defesa do trabalhador e até mesmo no âmbito legislativo.
Atualmente, os tribunais trabalhistas buscam condenar esta prática.
Contudo, tem-se como objetivo geral analisar o assédio moral no serviço público, bem
como a qualidade de vida no ambiente organizacional, diante da importância de combater este
mal.
2
A metodologia utilizada neste artigo ocorreu por meio bibliográfico, exploratório,
descritivo e qualitativo.
Para Gil (2008) a pesquisa exploratória vida proporcionar maior familiarização com o
problema, ou seja, explicitá-lo. Nesta pesquisa pode ocorrer o envolvimento de um
levantamento bibliográfico e entrevistas.
Quanto à pesquisa descritiva, Gil (2008) afirma que este estudo busca descrever as
características e evidências de uma determinada população ou fenômeno. Nesta pesquisa se
utiliza técnica padronizada de coletar os dados e observações para interpretação dos fatos.
De acordo com Goldenberg (1997, p. 34) a “pesquisa qualitativa não se preocupa com
representatividade numérica, mas sim com o aprofundamento da compreensão de um grupo
social, de uma organização etc. Os pesquisadores que adotam a abordagem qualitativa se
opõem ao pressuposto que defende um modelo único de pesquisa para todas as ciências, já
que as ciências sociais têm sua especificidade, o que pressupõe uma metodologia própria.
Assim, os pesquisadores qualitativos recusam o modelo positivista aplicado ao estudo da vida
social, uma vez que o pesquisador não pode fazer julgamentos nem permitir que seus
preconceitos e crenças contaminem a pesquisa”.
3
1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Nos anos 80, o tema do Assédio Moral veio a ser abordado de forma superficial. Em
nossa realidade, percebe-se diariamente que o assunto não vem sendo discutido com a
sociedade de forma suficiente, clara e objetiva. O que existe é a necessidade em caráter
emergencial de levar o assunto adiante e principalmente combate-lo, de forma que a violência
não se origine e prospere.
Para Piestsch (2006) esse fenômeno normalmente pode ser encontrado em qualquer
grupo social por meio de uma sedução considerada perversa, submetido através do poder sobre
a vítima, fazendo com que a mesma não tenha opções diante do medo de terror, medo,
perseguição e outros fatores.
Nestes casos, percebe-se que o objetivo do assediador, normalmente, é controlar o
colaborador ou a colaboradora a aceitar suas imposições, configurando também uma relação
de subordinação baseado em punições.
É claro que a intensificação deste tipo de abuso, com o passar dos anos e também
levando em consideração todas as mudanças na organização nas últimas décadas passou a ter
consequências prejudiciais para a execução das atividades. O trabalhador se depara agora com
novas metodologias de seleção, cobranças constantes e abusivas.
De acordo com Hirigoyen (2002, p. 17), “o assédio moral no trabalho é definido como
qualquer conduta abusiva, gesto, palavras, comportamento, atitude que atende, por repetição
ou sistematização, contra a dignidade ou integridade de uma pessoa, ameaçando seu emprego
ou degradando o clima de trabalho”.
Entende-se que o assédio moral, é a presença de conduta que vise a humilhar, a
ridicularizar, a menosprezar, a inferiorizar, a rebaixar, a ofender o trabalhador, causando-lhe
sofrimento psíquico e físico.
Para Alkimim (2009, p:47):
4
Muitas vezes, por falta de preparo de alguns chefes imediatos, mas com frequência
por pura perseguição a um determinado indivíduo. Neste ambiente, o assédio moral tende a
ser mais frequente em razão de uma peculiaridade: o chefe não dispõe sobre o vínculo
funcional do servidor. Não podendo demiti-lo, passa a humilhá-lo e a sobrecarregá-lo de
tarefas inócuas.
Para Quadros (2004), o assédio moral reflete uma sujeição dos trabalhadores dos
ambos os sexos a ter que se submeter a situações completamente ofensivas contra a ética e
moral, humilhantes, constrangedoras e que afetam seus princípios básicos, de forma repetitiva
e prolongada durante toda a jornada de trabalho, comuns em relações hierárquicas autoritárias
e assimétricas.
Ainda de acordo com Maciel (2007: p. 117), “assédio moral é conhecido também como
violência moral. No Brasil, o assunto não tem tido a atenção devida dos pesquisadores, embora
haja um crescente interesse pelo tema”.
5
Sendo assim, percebe-se que o assédio moral, também denominado violência moral,
refere-se a situações em que a relação humana entre as partes está desequilibrada, não havendo
respeito.
Segundo Salvador (2002), o assédio moral chegou a ser tratado e confundido com
outros problemas no mundo do trabalho, ocasionando stress e conflitos entre colegas,
prejudicando e agravando problemas no desenvolvimento de determinadas atividades
organizacionais.
Freitas (2001 p.13) nos traz que “o assédio que desencadeia a reação, posto que a
vítima reage ao autoritarismo. É, pois, a sua recusa a submeter-se à autoridade, apesar das
pressões, que a designa como alvo”.
Por fim, segundo Heinz Leymann (2000 p. 5) o assédio moral representa “uma
interação social, através da qual um indivíduo (raramente mais do que um) é atacado por um
ou mais (raramente mais de quatro) indivíduos de forma diária e continuada durante meses,
levando a pessoa assediada a sentir-se numa posição completamente desprotegida e correndo
um elevado risco de exclusão”.
De acordo com Ferreira (2003, p. 16); “o assédio moral nas organizações representa
condutas abusivas, humilhantes e constrangedores, frequentes e no exercício das funções dos
trabalhadores, manifestadas através de atitudes comportamentais que possam trazer danos ao
empregado, pondo em perigo o seu emprego ou degradando o ambiente de trabalho”.
6
Para Molon (2004), em um ambiente de trabalho modernizado e globalizado, as
indústrias e empresas, buscam explorar a excelência e cada vez a rotina de trabalho que traga
lucro e benefícios. E isso, reflete a intenção de evitar conflitos no ambiente de trabalho.
7
Robbins (2005) afirma que a satisfação no ambiente de trabalho está presente nas
variáveis que compõem a chamada “qualidade de vida no trabalho”. Para o autor, a satisfação
no trabalho está relacionada com o bem estar e a felicidade do trabalhador.
Martins e Santos (2006, p. 196) apontam a Teoria dos Dois Fatores de Herzberg como
a primeira teoria que surgiu com o intuito de explicar a satisfação no trabalho:
8
Com todo o exposto, percebe-se que a satisfação e motivação no trabalho são
essenciais no âmbito organizacional, pois as mais distintas organizações visam utilizar
ferramentas com a intensão de oferecer ao trabalhador um ambiente que lhe desperte
satisfação e promova motivação, pois colaboradores satisfeitos e motivados produzem mais e
com maior qualidade, gerando impactos positivos ao crescimento da organização.
Maximiano (2000) ressalta que é importante promover a qualidade de vida dentro das
organizações, pois o propósito principal dessa promoção consiste na satisfação e motivação
do quadro funcional, diante das buscas por melhores condições no trabalho.
Ainda segundo Maximiano (2000), o assunto “motivação” pode ser deduzido como
um processo em que um grupo ou conjunto que motiva, dar razões e justifica, explica, estimula
e encoraja, guia, incentiva, direciona, causa, desperta ou provoca certo tipo de ação no
comportamento dos seres humanos. Nesse sentido, a motivação pode ser interpretada como
algo que leva as pessoas a se posicionar ou se portar em uma determinada ação.
Segundo Davis e Newstron (1991, p. 47), “embora não haja respostas simples para a
questão da motivação um importante ponto de partida reside na compreensão das necessidades
do empregado”.
9
fica clara no momento em que a felicidade é despertada nas ações que movem e direcionam
os comportamentos dos colaboradores.
Nesse sentido, uma empresa que tem como preocupação ações voltadas para a
qualidade de vida no ambiente organizacional, precisa investir combater o assédio moral, pois
é preciso promover bem-estar, motivação, segurança, saúde e a satisfação a seus
colaboradores.
Devido aos efeitos drásticos ocasionados pelo assédio moral no trabalho, afetando o
clima e a qualidade de vida no ambiente organizacional, seríamos tentados a pensar que, caso
tivéssemos que passar por uma situação constrangedora ou por um processo de assédio, o
melhor seria mudar a profissão ou emprego, como forma de fugir de tais ocasiões.
Para Leymann (2000), existe um conjunto de medidas que podem ser tomadas dentro
de uma organização, devendo assim em primeiro lugar, analisar a fase que se encontra o
processo de assédio moral. Entende-se que em uma fase inicial, deve-se estabelecer uma
política de prevenção à conflitos, e é preciso também fazer uma busca de informações com o
intuito evitar futuras situações de assédio, ou seja, prevenir.
10
3. RESULTADO E ANÁLISE DA PESQUISA
Para Gil (2008) a pesquisa exploratória visa proporcionar maior familiarização com o
problema, ou seja, explicitá-lo. Nesta pesquisa pode ocorrer o envolvimento de um
levantamento bibliográfico e entrevistas.
Quanto à pesquisa descritiva, Gil (2008) afirma que este estudo busca descrever as
características e evidências de uma determinada população ou fenômeno. Nesta pesquisa se
utiliza técnica padronizada de coletar os dados e observações para interpretação dos fatos.
De acordo com Goldenberg (1997, p. 34) a “pesquisa qualitativa não se preocupa com
representatividade numérica, mas sim com o aprofundamento da compreensão de um grupo
social, de uma organização etc. Os pesquisadores que adotam a abordagem qualitativa se
opõem ao pressuposto que defende um modelo único de pesquisa para todas as ciências, já
que as ciências sociais têm sua especificidade, o que pressupõe uma metodologia própria.
Assim, os pesquisadores qualitativos recusam o modelo positivista aplicado ao estudo da vida
social, uma vez que o pesquisador não pode fazer julgamentos nem permitir que seus
preconceitos e crenças contaminem a pesquisa”.
11
05/04/2017, e já no STF, 23 interlocutores de diversas áreas da empresa, responderam a um
questionário composto por 9 (nove) questões. Sendo que 3 (três) perguntas se referem a dados
pessoais e uma outra foi formulada no modelo (fechado) para obter uma resposta direta. Além
disso, foi elaborado mais 4 (quatro) questões que estão formuladas em um modelo para
respostas discursivas, em que o interlocutor seleciona uma das opções e justifica o seu
posicionamento, e por fim também foi elaborado um espaço aberto na questão 9 (nove), para
possíveis sugestões e opiniões.
Gil (2002) afirma que para a formulação de um problema é preciso perguntar se o tema é
de seu interesse, se apresenta relevância teórica e prática, se existe material bibliográfico
suficiente e disponível para suas questões e soluções, se o problema foi elaborado de forma
clara e objetiva.
O estudo de caso tempos atrás era encarado como procedimento pouco rigoroso, que
serviria apenas para estudos de natureza exploratória. Hoje, porém, é encarado como o
delineamento mais adequado para a investigação de um fenômeno contemporâneo dentro de
seu contexto real, onde os limites entre o fenômeno e o contexto não são claramente
percebidos (Yin, 2001).
O presente artigo buscou fazer um levantamento por meio de um questionário aplicado no
ambiente de trabalho desta pesquisadora, que utilizou uma pequena amostra para analisar se
as questões de assédio moral tão debatidas na literatura e nas jurisprudências trabalhistas
tinham ou podiam ser observadas até mesmo numa Secretaria de um órgão da Administração
Pública.
Foi feito um levantamento de questões objetiva e diretivas, que foram focadas nas
respostas dos entrevistados. O questionário traz uma rápida definição sobre o assunto assédio
moral, para que os entrevistados tenham compreensão sobre o tema do questionário, e em
seguida, existe um campo sobre as características pessoais do entrevistado, mas sem abordar
nomes, instituição, idade e qualquer definição que pudesse constranger ou identificar o
respondedor, e finalmente 9 questões abordando o tema do assédio moral no ambiente de
trabalho.
3.2 Cenário
12
Para a realização da pesquisa, o (STF) cedeu um campo na área administrativa.
Primeiramente, ao entrar na empresa percebeu-se que a estrutura do local é bastante agradável,
nota-se que o ambiente de trabalho chama atenção pela organização, limpeza, segurança e
monitoramento de quem entra e sai na empresa. Ao seguir para uma das diretorias para a
entrega dos questionários, foi analisado o conforto do ambiente, motivo pelo qual empresa
deve reter seu capital humano.
13
Gráfico 1: Gênero dos Entrevistados
16
61%
14
13
12
10 39%
8
9
6
0
Masculino Feminino
Fonte: Autor, 2017
Verificou-se que o número de colaboradores do sexo masculino está diferente daqueles
representados pelo sexo feminino, ou seja, em um total de 23 entrevistados, 9 são homens,
representando 39% do total de entrevistados, e 13 são mulheres, totalizando em percentual
61% dos 23 entrevistados.
Esses números nos indicam que as mulheres estão bem posicionadas na organização,
seja em cargos de alta hierarquia, como em níveis estratégicos e operacionais, estas estão cada
vez mais presentes no mercado de trabalho, e em empresas de grande ou pequeno porte.
Vieira (2006), afirma que ocorreram diversas alterações na economia mundial nesses
últimos anos e nas últimas décadas do século XX, impactando sobre as relações de comércio,
produção e principalmente de trabalho. No Brasil não foi diferente. Uma crescente
urbanização e expansão das indústrias, alterações nos cenários privados e públicos,
contribuíram para um ambiente mais propício ao ingresso de novas forças e novos
trabalhadores no mercado de trabalho, incluindo o sexo feminino.
14
Gráfico 2: Idade
14
57%
12 13
10
8
30%
6 7
4
9%
2 4%
1 2
0
18 a 20 anos 21 a 30 anos 31 a 40 anos Acima de 50 anos
Fonte: Autor, 2017
A idade dos colaboradores tem bastante relevância nos que estão na faixa etária
variando de 21 a 30 anos, os mesmos correspondem ao número de 13 colaboradores do total
de 23, ou seja, representam 57% desta amostra, a apenas 1 colaborador com idade entre 18 a
20 anos, entre 31 a 40 anos existem 7, e na idade acima de 50 anos existem 2, completando
assim os outros 47% do percentual total nesta pesquisa. O resultado da pesquisa indica que a
maior parte dos colaboradores da empresa, são adultos, ou seja, existe uma concentração
maior de pessoas a partir da faixa etária de 21 a 30 anos.
15
Gráfico 3: Escolaridade
9
35%
8
8 30%
7
7
6
5
18%
4
4
3
9%
2
0% 4% 2 4%
1
0 1 1
0
Ensino Ensino Médio Ensino Ensino Pós Graduado Doutorado Mestrado
Fundamental Superior Superior
Incompleto Completo
Fonte: Autor, 2017
Na análise da escolaridade indicada pelos entrevistados, percebe-se que 1 entrevistado
tem apenas o ensino médio, 4 mencionaram que cursaram ou estão cursando o ensino superior,
mas ainda não concluíram, 8 pessoas possuem o ensino superior completo e 7 avançaram os
estudos e se especializaram, estes são pós-graduados. Existem também 2 colaboradores que
possuem doutorado e somente 1 possui o mestrado.
Neste gráfico, fica evidenciado que praticamente 96% dos entrevistados avançaram
seus estudos, estes têm ciência da importância de seguir o aperfeiçoamento contínuo, não se
acomodaram, mostrando que a empresa oferece auxílio para o desenvolvimento profissional
e acadêmico de seus colaboradores. Por fim, percebe-se que a empresa incentiva à qualificação
de seu capital humano.
16
Gráfico 4: Você já percebeu algum sinal de assédio moral em algum ambiente de
trabalho ao qual frequentou?
25
100%
23
20
15
10
5
0%
0
0
Sim Não
Fonte: Autor, 2017
17
Gráfico 5: Você já foi alvo de humilhação por algum superior hierárquico?
18
70%
16
16
14
12
10
8
30%
6 7
0
Sim Não
Fonte: Autor, 2017
Andrade (2012), afirma que dentro das organizações, as pessoas são reconhecidas
como recursos, ou seja, como fontes de habilidades e conhecimentos, e com potenciais que
auxiliam no processo produtivo bem como no crescimento da organização.
18
Gráfico 6: Você considera que a qualidade de vida, saúde e segurança no ambiente de
trabalho, são fatores motivacionais nas organizações?
25
100%
23
20
15
10
5
0%
0
0
Sim Não
Fonte: Autor, 2017
O gráfico acima nos mostra que todos consideram que a qualidade de vida, saúde e
segurança no ambiente de trabalho, são fatores motivacionais nas organizações.
19
Gráfico 7: Seu superior hierárquico pede serviços que não tem relação com seu trabalho?
25
100%
23
20
15
10
5
0%
0
0
Sim Não
De acordo com Sumariva (2010), a qualidade de vida no trabalho tem como objetivo
melhorar as condições no ambiente de trabalho. Além disso, atua nas diversas variáveis
ambientais, de comportamentos e também organizacionais, a fim de humanizar o setor de
trabalho e, logicamente, ganhar retornos mais satisfatórios, seja para os colaboradores, ou para
as instituições empregadoras.
20
Gráfico 8: Com qual frequência, a empresa em que você trabalha deveria apresentar
programas e abordar em palestras assuntos relacionados ao assédio moral, bem como
promover o bem-estar e melhoria no ambiente organizacional?
14
57%
12 13
10 43%
10
8
6
4
2
0% 0% 0% 0%
0 0 0 0 0
Nunca Raramente Ocasionalmente Provavelmente Frequentemente Muito
sim Frequentemente
Fernandes (1996, p. 25) afirma que muitos pesquisadores defendem a ideia de que a
qualidade de vida no trabalho é reconhecida como uma estratégia de diferenciação
empresarial, em que a “meta principal de tal abordagem volta-se para a conciliação dos
21
interesses dos indivíduos e das organizações, ou seja, ao mesmo tempo em que melhora a
satisfação do trabalhador, melhora a produtividade da empresa”.
23
20
15
10
5
0%
0
0
Sim Não
22
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante das constantes exigências pela qualidade de vida no ambiente de trabalho, bem
como as mudanças organizacionais que nessa nova realidade evidencia a importância da
motivação das pessoas nas organizações, revelam que cada vez mais é preciso implantar
políticas para o combate ao assédio moral, bem como preservar e segurança no ambiente de
trabalho.
Toda organização está sujeita a ter em seus quadros, pessoas que por motivos alheios
ou atípicos se consideram superior ao ponto de atentar contra seus subordinados. Essas ações
estão cada vez mais estão se tornando fatores desmotivacionais nas empresas.
Fica claro por muitos autores, que a qualidade de vida no ambiente de trabalho é um
conjunto de ações tomadas por aqueles que estão à frente dos colaboradores, estes, após
adotarem medidas e políticas, acabam gerando influência no bem-estar do ambiente. Os
empregadores precisam oferecer uma segurança adequada de modo a atender aos requisitos
legais de saúde e segurança no ambiente de trabalho, que consequentemente permite uma
melhoria no desempenho dos colaboradores.
O objetivo geral desta pesquisa foi analisar o assédio moral no serviço público, bem
como a qualidade de vida no ambiente organizacional. Com isso, foi demonstrado a partir dos
conceitos abordados pelos autores e pelas respostas obtidas através dos questionários
aplicados no Tribunal, que há ciência da importância de investir em programas e políticas que
proporcionam melhorias nas condições de saúde e bem-estar no ambiente de trabalho.
De modo geral, também foi possível perceber e obter informações no que diz respeito
à importância das ações dos líderes no processo de motivação e satisfação dos colaboradores.
O líder tem a autonomia de se posicionar frente aos processos e medidas de otimização no
ambiente de trabalho, cabe a este, analisar, criar, orientar e estabelecer estratégias para que os
23
programas de gerenciamento da qualidade de vida, saúde e segurança no trabalho atinjam as
expectativas almejadas.
É importante destacar que não basta ter um ambiente de trabalho saudável e seguro,
pois são várias as necessidades das pessoas, certos indivíduos possuem essas necessidades,
mas existem aqueles que se contentam com outras, o essencial é que as empresas busquem
promover a melhoria universal e contínua, para alcançar a satisfação total.
24
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NAKAMURA, Antonieta Pepe. FERNANDEZ Ramon Arce. Assédio Moral. Aletheia:
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PEIXOTO, Osvaldo da Silva. & PEREIRA, Ivonete Viera. Assédio Moral no trabalho
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PERTUZATTI, DIRCEU.ALMEIDA, MARIA DE LOURDES PINTO. Assédio moral na
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Revista Contexto Número 7
PIETSCH, E.M.L; MARTINS, A.C.M. Assédio moral: agressão ao trabalhador. Cascavel:
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SALVADOR, Luiz. Assédio moral: doença profissional que pode levar à incapacidade
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Disponível em:http://www.dhnet.org.br/dados/cartilhas/dht/cartilha_sinasempu_assedio_moral.pdf.
Acesso em: 5 abr.2017.
25
APÊNDICE I
CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DE BRASÍLIA
Eu, _______________________________________________________________,
fui informado sobre o que o pesquisador quer fazer e porque precisa da minha colaboração, e
entendi a explicação. Por isso, eu concordo em participar dessa pesquisa, sabendo que não
vou ganhar nada e que posso desistir quando quiser.
26
APÊNDICE II
O Assédio Moral é qualquer conduta que ocorre por meio de palavras ou mesmo de
gestos ou atitudes, que traz dano à personalidade, à dignidade ou à integridade física ou
psíquica do trabalhador, põe em risco seu emprego ou degrada o ambiente de trabalho. Os atos
caracterizam uma atitude sem ética nas relações de trabalho caracterizado pela exposição dos
funcionários a situações de humilhação e constrangimento constante, visando humilhar,
desqualificar e desestabilizar emocionalmente.
1. Sexo:
( ) Feminino ( ) Masculino
2. Idade:
3. Escolaridade:
4. Você já percebeu algum sinal de assédio moral em algum ambiente de trabalho ao qual
frequentou?
( ) sim ( ) não
Por que?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__.
27
6. Você considera que a qualidade de vida, saúde e segurança no ambiente de trabalho, são
fatores motivacionais nas organizações?
( ) sim ( ) não
Como?
__________________________________________________________________________
________________________________________________________________________.
7. Seu superior hierárquico pede serviços que não tem relação com seu trabalho?
( ) sim ( ) não
Por que?
__________________________________________________________________________
________________________________________________________________________.
8. Com qual frequência, a empresa em que você trabalha deveria apresentar programas e
abordar em palestras assuntos relacionados ao assédio moral, bem como promover o bem estar
e melhoria no ambiente organizacional?
( ) Nunca
( ) Raramente
( ) Ocasionalmente
( ) Provavelmente sim
( ) Frequentemente
( ) Muito Frequentemente
( ) Sempre
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
____________________________________________________________________.
28