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CAMPINA GRANDE, PB
2022
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HELIDA FLAVIA MESQUITADE SOUSA
IARA CORREIA LEITE
MARCOS ANTÔNIO DE FARIAS PEREIRA
CAMPINA GRANDE, PB
2022
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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO...................................................................................................................06
INTRODUÇÃO........................................................................................................................07
PRINCIPAIS REFERÊNCIAS.....................................................................................08
FORMAÇÃO HISTÓRICA..........................................................................................09
HISTÓRIA DA CIDADE.................................................................................09
HISTÓRIA DO BAIRRO.................................................................................11
PROCESSOS E AGENTES.............................................................................12
DADOS CENSITÁRIOS..............................................................................................13
DIAGNÓSTICO DA ÁREA DE ESTUDO............................................................................14
MORFOLOGIA URBANA...........................................................................................14
TOPOGRAFIA.................................................................................................14
INFRAESTRUTURA.......................................................................................17
HIERARQUIA DAS VIAS..............................................................................18
COBERTURA DO SOLO................................................................................21
VEGETAÇÃO..................................................................................................22
MOBILIÁRIO URBANO................................................................................24
MAPAS DE NOLLI.........................................................................................25
GABARITO.....................................................................................................26
RECUOS..........................................................................................................27
OCUPAÇÃO DO SOLO.................................................................................28
FACHADAS....................................................................................................30
PERCEPÇÃO E LEGIBILIDADE...............................................................................31
VISÃO SERIAL..............................................................................................31
MAPA MENTAL............................................................................................34
COMPORTAMENTOS...............................................................................................36
CONCLUSÃO.........................................................................................................................39
REFERÊNCIAS......................................................................................................................41
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LISTA DE FIGURAS, GRÁFICOS E TABELAS
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Figura 33 – Vista satélite do bairro Saci com destaque para estações da visão serial...............31
Figura 34 - Fotografia da 1º estação..........................................................................................32
Figura 35 – Fotografia da 2º estação.........................................................................................32
Figura 36 – Fotografia da 3º estação.........................................................................................33
Figura 37 – Fotografia da 4º estação.........................................................................................33
Figura 38 – Fotografia da 5º estação.........................................................................................34
Figura 39 - Representação de Mapa Mental por morador do bairro.........................................34
Figura 40 - Representação de Mapa Mental por morador do bairro.........................................35
Figura 41 - Representação de Mapa Mental por morador do bairro.........................................35
Figura 42 - Mapa de sobreposição dos elementos de Lynch....................................................36
Figura 43 – Vista satélite da praça das Palmeiras.....................................................................37
Figura 44 – Fotografia da Praça das Palmeiras.........................................................................37
Figura 45 - Mapa de Comportamento Diurno..........................................................................38
Figura 46 - Mapa de Comportamento Noturno........................................................................39
Figura 47 - Tabela de Potencialidades e Problemas.................................................................40
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1. APRESENTAÇÃO
O seguinte trabalho suscita uma análise acerca do bairro Saci, localizado na cidade
de Teresina no estado do Piauí, através do estudo da sua percepção e legibilidade, visão
morfológica e do comportamento dos agentes de produção desse espaço esmiuçando os
diferentes aspectos topográficos, organizacionais, de usos, etc.
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2. INTRODUÇÃO
Figura 02 - Mapa geral de Teresina com destaque para localização do bairro Saci
Características Gerais
Limites
Parque São João / Santa Luzia Distrito Industrial Lourival Parente Rio Parnaíba
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2.1. PRINCIPAIS REFERÊNCIAS
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2.2. FORMAÇÃO HISTÓRICA
Teresina começou a ser povoada no século XVII, com Domingos Jorge Velho e um
grupo de bandeirantes, que estabeleceram uma feitoria e um criatório de gado. Em 1797
foi erguida a igreja de Nossa Senhora do Amparo, e sua fundação foi oficializada em 16
de agosto de 1852.
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Figura 06 – Mapa da evolução da ocupação do território urbano de Teresina
Vemos nos mapas um crescimento radial (Figura 06 e 07), para oeste após o rio
Parnaíba, na atual zona norte, marcada pelo bairro do Poti Velho, sendo a área mais antiga
da cidade. Tal zona era o principal polo comercial que se concentrava nas margens do rio.
Com a expansão pelo centro, por cerca de 1901 a 1940, começou uma maior difusão de
residências para áreas mais afastadas, como a atual Av. Frei Serafim, ponto principal da
cidade. A partir daí, em 1981 começaram construções e o povoamento da zona sul, pelos
bairros Catarina, Vermelha e Piçarra, e mais tarde o que está sendo analisado, o bairro
Saci. Na década de 50, após a construção da ponte Juscelino Kubitscheck, os limites do
rio Poti foram sendo expandidos. E com isso, surgiram os primeiros bairros da zona leste.
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Figura 07 – Fotografias da evolução histórica de Teresina
Já nos últimos cinco anos, surge uma proliferação de pequenas moradias ainda mais
próximas ao leito do rio. Nas zonas mais a nordeste, há a implementação de novos
equipamentos e áreas mais adensadas.
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Figura 08 – Fotografias da evolução histórica do bairro Saci
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Vale também ressaltar que com o passar do tempo o bairro sofreu algumas
mudanças de sua forma original, devido às invasões e construções improvisadas em seu
entorno por pessoas de baixa renda, estes são os agentes produtores do espaço vernacular.
Tais agentes fazem parte da história do bairro ao caracterizarem uma parte da população
local que destoa muito de outra, colocando a desigualdade social como um elemento
destacável na área.
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2.3. DADOS CENSITÁRIOS
No último censo realizado pelo IBGE (2010) a população do bairro Saci era de
8.190 habitantes, cerca de 1,07% da população de Teresina (Figura 09). A densidade
demográfica do bairro é de 69,4 hab/km², sendo assim a área do bairro é de
aproximadamente 1,18 km². O bairro é predominantemente residencial, entretanto possui
uma zona comercial bem desenvolvida, ele é cortado pela Avenida Dr. Luís Pires Chaves,
que é uma via de extrema importância, por uni-lo a Av. Henry Wall de Carvalho, uma
das principais da cidade, e também aos outros bairros vizinhos
Figura 09 – Tabela com dados censitários do bairro Saci na cidade de Teresina (PI)
A partir dos dados obtidos dos gráficos abaixo (Figura 10), podemos concluir que
área de estudo escolhida é constituída majoritariamente por mulheres, com uma razão de
57%, e que a população total do bairro corresponde a 1% a do município.
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No gráfico etário do bairro (Figura 11), verifica-se que a faixa etária das pessoas
que residem no bairro é maior para a faixa etária de 25 a 34 anos e a menor é de 15 a 17
anos. Ainda utilizando os dados do censo, podemos concluir que a maior parte da
população residente do Saci é de jovens, adultos e idosos (de 18 anos até os 60), com
baixas taxas da infantil.
3.1.1. TOPOGRAFIA
A cidade de Teresina, por estar situada em uma região próxima a rios, possui um
terreno relativamente plano em sua extensão. Observamos, através da análise do mapa de
relevo (Figura 12), que ela possui declividades que variam de plano (0 a 2%) a fortemente
ondulado (15 a 45%). As áreas com maior declividade estão situadas no extremo sul, na
região leste e, ao norte do rio Poti, na extremidade direita. Já as regiões mais planas estão
próximas aos rios.
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No mapa ainda pode-se identificar os topos de morros, locais de maior cota na
cidade. Essas regiões apresentam certa restrição quanto à ocupação, por estarem
suscetíveis a deslizamentos. Já as áreas de menor cota estão próximas aos rios e lagoas
da cidade. Essas regiões vizinhas aos cursos d’água também são consideradas
inadequadas à ocupação pelo elevado risco de enchentes no período de cheias dos rios.
Infelizmente, em contraponto às restrições de ocupação, essas áreas (suscetíveis a
inundação) apresentam altas densidades de habitações.
Figura 12 - Mapa de relevo de Teresina (PI) com destaque para o bairro Saci
É possível perceber na Figura que o bairro Saci é localizado em uma zona de baixa
altitude, estando nas proximidades do rio Parnaíba o seu menor ponto que equivale a 56
m. A leste dele, perto da Av. Henry Wall de Carvalho, vemos o ponto com maior altitude
103 m. A fim de esclarecer de maneira mais precisa os diferentes relevos do bairro
demarcamos dois cortes de amostra como definido nas Figuras, respectivamente: AB
(longitudinal) e CD (latitudinal).
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Figura 13 - Topografia do bairro
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Figura 15 - Topografia do bairro destacando a linha de corte CD
C D
3.1.2. INFRAESTRUTURA
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O bairro possui um calçamento irregular, em parte das vias locais feito pela própria
população, o que ocasiona diversos problemas de infraestrutura e organização das
calçadas. Estas que, fora o nivelamento, mantém uma regularidade na distância das
fachadas em praticamente todo o bairro com exceção das zonas de invasão próximas ao
rio Parnaíba. O que por sua vez dificulta a circulação, principalmente dos moradores mais
velhos, devido a alturas exageradas, forragem com materiais muito lisos, falta de
manutenção e buracos.
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Figura 17 - Mapa de Hierarquia das Vias
Com base na análise do Mapa Viário (Figura 17), observamos os aspectos de fluxos,
infraestrutura e relevância das vias em um determinado espaço e assim denominamos
quais delas atendem as condições para cada respectiva função. Vemos que a área estudada
não possui em seus limites nenhuma via arterial, cuja a principal característica é o tráfego
de passagem, o controle de acesso e as interseções em níveis espaçados, uma vez que
quanto maior o espaçamento, maior a eficiência do trânsito. Entretanto, sob tal análise a
Av. Henry Wall de Carvalho na vizinhança do bairro Saci atende a essas necessidades.
Já as vias coletoras têm o objetivo de, como o próprio nome diz, “coletar” e, ainda,
distribuir os usuários, contribuindo nas conexões com as vias arteriais e locais, o que
permite deslocamentos dentro das regiões de uma cidade, além de acesso ao interior dela.
No bairro Saci temos a Av. Dr. Luís Pires Chaves, que o atravessa de uma ponta a outra
interligando-se a praticamente todas as ruas, que cumpre esses requisitos e, por sua vez,
apresenta fluxos intensos com usos comerciais e mistos.
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Figura 18 - Imagens da Av. Dr. Luís Pires Chaves
Vias locais, a sua função é permitir o acesso local. Nesse sentido, abrangemos todas
as ruas menores do bairro que se conectam criando diversas entradas e saídas na
circulação, seu fluxo no geral é baixo e um dos destaques vai para a R. Francisca de Melo
Lobo que interliga-se com a Av. Henry Wall de Carvalho e dá acesso aos bairros Lourival
Parente e Parque Piauí; sendo esse um dos principais bairros comerciais próximos à
região.
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O saci ao longo de sua formação configurou-se como um bairro residencial com
alto índice de comércio local, o melhor estruturado da Zona Sul, havendo assim um certo
investimento quanto a pavimentação, já que tirando a avenida principal as outras ruas
ainda eram de terra ou paralelepípedo. Entretanto, o serviço ainda encontra-se
incompleto, as obras iniciadas em 2020 não se concretizaram e atualmente (2022) estão
paradas e sem previsões de retorno.
Ainda com enfoque sobre as vias, através do mapa de cobertura do solo (Figura 21),
podemos observar a infraestrutura do sistema viário de acordo com o tipo de
pavimentação aplicada em cada uma delas.
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Figura 21 - Mapa de Cobertura do solo
Em sua malha mais interna, a maior parte das ruas do bairro foi pavimentada com
paralelepípedo, já no restante, tanto as vias coletoras quanto algumas locais, a presença
do asfalto é total (Figura 21); sendo mais notável na parte comercial do bairro (no centro).
3.1.5. VEGETAÇÃO
De acordo com Les P. Werner, Robert W. Miller, Richard J. Hauer, no livro Urban
Forestry: Planning and Managing Urban Greenspaces, o conceito por trás da vegetação
urbana é amplo e pode ser definido como “a somatória de toda vegetação existente dentro
ou ao redor de densas habitações, variando desde pequenas comunidades rurais a regiões
metropolitanas. Mais especificamente, a arborização urbana é composta por todas as
árvores nas vias, dentro das áreas residenciais, em parques, cinturões verdes. Incluindo
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árvores em terrenos públicos desocupados e em áreas privadas; nos corredores de
transporte e a vegetação em áreas de bacias hidrográficas”. Elas também possuem níveis
de hierarquia, embora a sua estrutura não as dê a mesma rigidez que os espaços edificados.
Por meio da análise do mapa (Figura 22) produzido, é perceptível que em seu ‘corpo
urbano’ o bairro possui um baixo número de áreas verdes, algumas destas projetadas e
organizadas para convivência e lazer como, por exemplo, a praça das Palmeiras. No
quesito arborização, o bairro do Saci apresenta um ótimo índice de cobertura verde
(árvores), principalmente na praça central proporcionando sombras para os espaços de
lazer e atividade física, nos canteiros ao longo da avenida e, como já era de se esperar, na
zona de mata ciliar do rio Parnaíba.
Após buscas minuciosas pelas vias do bairro, concluímos que são raros os casos de
áreas desocupadas sem a manutenção devida do Estado. Estas regiões baldias que,
indevidamente, acabam servindo para o acúmulo de lixo, propagação de doenças e podem
causar constrangimentos aos moradores locais.
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Figura 23 - Imagens da avenida
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De início, cabe a nós enunciarmos os pontos de ônibus (Figura 24). Atualmente o
bairro, assim como a cidade, usam um sistema de terminais e estações, a principal é a
estação Saci, localizada próximo a Av. Henry Wall de Carvalho. Dentro do bairro os
pontos de ônibus são poucos e se localizam basicamente em torno de algumas praças e
outros próximos à estação.
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A disposição dos lotes se dá, na maior parte dos casos, sobre um formato de quadras
retangulares (Figura 25). Nessa área, mais externa a central, as residências se distribuem
em tamanhos volúveis (maiores e menores) e formatos de polígonos irregulares.
3.1.8. GABARITO
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térreas, principalmente residências, como ao longo de todo o bairro Saci, e alguns poucos
lotes de uso misto que se enquadram nas áreas de 1 a 3 pavimentos.
O perímetro também possui boa parte do seu terreno desocupado, mais a leste
graças a uma propriedade privada (Figura 27) e a oeste devido tanto a falta de segurança
dos moradores trazida pelas enchentes na região quanto o esforço do poder público para
evitar o acampamento nessa área de mata ciliar do rio Parnaíba.
3.1.9. RECUOS
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Figura 28 - Mapa dos recuos
Em sua maioria, cinquenta e três lotes possuem recuo na parte frontal do lote, pois
essas fachadas possuem transição direta com o exterior, vinte e três deles têm somente
este recuo. Dezoito possuem recuos frontais e posteriores. Poucos lotes têm três ou quatro
recuos, apesar de serem lotes mais largos os recuos laterais são estreitos. Aqueles que têm
sua ocupação completa, no geral, estão isolados em áreas de risco ou propriedades melhor
abastadas que as demais.
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Figura 29 – Gráfico de proporção de domicílios tipo “casa unifamiliar”
Figura 30 - Mapa da média de moradores por domicílio ocupado com destaque para o bairro Saci
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No que se refere ao bairro Saci, percebe-se na imagem acima (Figura 30) uma
quantidade maior de áreas residenciais, que se concentram nos lotes internos, delimitados
pelas quadras locais. Em contraponto, o uso institucional já encontra-se de maneira menos
uniforme, sendo vistos escolas na área mais interna e outras na principal, a Av. O Dr. Luis
Pires de Chaves, além de outros pontos como o posto de saúde pública que se encontra
mais afastado. Há também escolas e igrejas.
3.1.11. FACHADAS
A Rua escolhida para a análise foi a Oito e através das imagens históricas do Google
Street View, vemos que suas construções remontam em média aos anos 2000. Com uma
arquitetura contemporânea (Figura 32), os estilos e formas das casas são bastante
semelhantes devido à origem como um conjunto habitacional. No entanto, elas sofreram
bastantes modificações, como, por exemplo, erguendo-se muros frontais entre outras
formas desenvolvidas pelos moradores para se apropria e individualizar as fachadas;
dando a elas sua personalidade. Nas fachadas antigas, os muros são mais baixos e
gradeados, o que proporciona uma maior visibilidade das edificações. Nas recentes, os
muros são altos e com portões.
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Figura 32 - Colagem de mapa de fachadas da Rua Oito
Figura 33 – Vista satélite do bairro Saci com destaque para estações da visão serial
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Na primeira estação (Figura 34), podemos observar uma tendência que nos
acompanhará até o último ponto proposto, tendo em vista que a Avenida Dr. Luís Pires
Chaves selecionada para a visão serial trata-se de uma longa via coletora cercada, como
esperado, por 43 vias locais distribuídas organizadamente pelo arranjo das quadras, o
efeito perspectivo de direcionamento estará presente em todas as estações; como no caso
desta, por exemplo.
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Na terceira estação (Figura 36), mantém-se o efeito perceptivo de direcionamento
e o efeito topológico de alargamento parcial que ainda dá acesso à Praça das Palmeiras e
agora a Igreja Menino Jesus (lado direito da foto).
Na quarta estação (Figura 37), inicia-se o efeito de alargamento parcial para o posto
de combustível Ipiranga, seguido do direcionamento até a Avenida Maranhão que, por
sua vez, conduz até a derradeira estação. Este ponto ainda marca o final do bairro e uma
de suas saídas para o centro da cidade.
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Na quinta e última estação (Figura 38), o efeito perspectivo de emolduramento é
observado com evidência a partir da predominância das áreas verdes perante os espaços
construídos, assim como o efeito perspectivo de amplidão.
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Figura 40 - Representação de Mapa Mental por morador do bairro
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Dessa maneira, é possível perceber tais componentes na formação dos mapas. Em
alguns, é notório um maior destaque para a avenida principal e a praça das Palmeiras,
ponto de referência mais comum, em outros a diversidade de elementos mostrou uma
familiaridade dos moradores com a região como um todo, destacando sobretudo áreas de
comércio e residências.
Através de uma síntese dos mapas, junto a um estudo de análise foi desenvolvido
um mapa (Figura 42) de sobreposição dos elementos de Lynch, realçando elementos
como os pontos nodais, caminhos, marcos e limites.
3.3. COMPORTAMENTO
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espaço de lazer. Assim, buscamos observar a diversidade do espectro de usos que esse
espaço pode abrigar.
O nome da praça deriva da própria vegetação nativa que compunha uma das
características predominantes da região na década de setenta antes da invasão e ocupação
da área. A praça das Palmeiras, como mostra a figura abaixo (Figura 44), foi um ponto
de conservação desta mata originária, e sua composição atual, após reformas municipais,
consiste em plantas ornamentais, arbustos e árvores de médio porte.
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Ela é frequentemente utilizada por jovens, adultos e idosos para práticas de
atividades físicas. Além disso, a igreja Menino Jesus de Praga, localizada ao lado da
praça, é uma referência aos moradores que usam-na para cerimônias e diferentes eventos
sociais. Outros pontos, como a parada de ônibus que é usada por trabalhadores e
estudantes, o sistema de coleta seletiva, o Centro Cultural e o posto de saúde, ambos
localizados no entorno da praça, marcam as atividades dos moradores locais que
trabalham e/ou usam estes serviços.
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No horário noturno (17:00 - 20:00), observamos que o movimento intensificou-se
ao redor da praça com início às 17:00 horas, são pessoas fazendo caminhadas e outras
atividades físicas na calçada (Figura 46). Também, observa-se, uma concentração de
pessoas nos bancos mais próximos à igreja aguardando o início de alguma cerimônia
religiosa; e a partir das 20:00 horas, o fluxo diminui.
4. CONCLUSÃO
Para finalizar, após análise dos dados coletados, podemos concluir diferentes
potencialidades, assim como desvantagens acerca do bairro (Figura 47), foram feitas com
base em declarações dos próprios moradores.
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público e mobiliário urbano, o péssimo sistema de escoamento de água nas áreas alagadas
pela chuva, pavimentação inadequada, ruas estreitas, um índice de criminalidade
moderada, falta de mais acessos a transporte público e atraso deles.
Potencialidades Problemas
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5. REFERÊNCIAS
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