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TJBA

PJe - Processo Judicial Eletrônico

05/08/2021

Número: 8000633-12.2021.8.05.0069
Classe: INQUÉRITO POLICIAL
Órgão julgador: VARA CRIMINAL DE CORRENTINA
Última distribuição : 22/06/2021
Valor da causa: R$ 0,00
Assuntos: Homicídio Qualificado
Segredo de justiça? NÃO
Justiça gratuita? NÃO
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? NÃO
Partes Procurador/Terceiro vinculado
DELEGACIA TERRITORIAL DE CORRENTINA (AUTOR)
ARLOS RAMOS DE SOUZA (INVESTIGADO) VAGNER ROCHA DE SOUZA registrado(a) civilmente como
VAGNER ROCHA DE SOUZA (ADVOGADO)
ODÉSIO BATISTA DE SOUZA (VITIMA)
Documentos
Id. Data da Documento Tipo
Assinatura
11990 20/07/2021 10:50 Petição_não decretação Petição
6824
AO JUÍZO DA VARA CRIMINAL DA COMARCA DE CORRENTINA NO
ESTADO DA BAHIA.

AUTOS Nº 8000633-12.2021.805.0069
INQUÉRITO POLICIAL
DENUNCIADO: ARLOS RAMOS DE SOUZA

ARLOS RAMOS DE SOUZA, devidamente qualificado nos autos em


epígrafe, vem, por intermédio de seu procurador, com fulcro no Art. 316 do
Código de Processo Penal, REQUERER a
NÃO DECRETAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA

O que faz pelas razões de fato e fundamentos:

DOS FATOS

O requerente teve o pedido de prisão preventiva feito pelo Delegado de


Polícia da Cidade de Correntina Bahia em 11 de junho de 2021, conforme
consta do inquérito policial. O parquet em apertada síntese dos fatos reiterou o
pedido da decretação da prisão preventiva sem apresentar quaisquer
fundamentos que deem guarida ao pedido.

Ocorre excelência que como já narrado no próprio depoimento do réu,


em sede inquisitiva, este agiu em legítima defesa fase a injusta agressão
sofrida na emboscada feita pelo de cujus.

De outra sorte, como se verifica nos depoimentos, nenhum dos


depoentes presenciaram o fato, uns estavam dormindo no momento, outros
não estavam nas proximidades, sem firmaram tão somente no achismo e juízo
de valor.

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O réu é pai de duas crianças, inclusive, na dissolução da união estável,
este passou a figurar como guardião (processo de dissolução de união estável
e regulamentação de guarda em anexo). Por temer pela sua vida e de seus
filhos este passou a residir no Distrito Federal, pois, vinha recebendo ameaças
de familiares do falecido, inclusive teve pessoas o procurando na comunidade
de Santo Antônio neste município, apresentando fotos suas.

O réu jamais teve ou tem intenção de fugir da justiça, pelo contrário, é


de seu interesse provar que agiu em legitima defesa, o que fará no momento
oportuno. Atualmente, este esta trabalhando como ajudante geral em um
supermercado no Distrito Federal, o que pode ser verificado na carteira de
trabalho que segue anexa. Igualmente, o réu firma compromisso de
comparecer em juízo sempre que for necessário, deixando inclusive os
telefones de suas irmãs e seu (termo de compromisso anexo).

Ficar em Correntina neste momento é uma sentença de morte, a


família da vítima quer à todo custo “vingar” a morte de seu ente. Para eles, não
importa se foi em legitima defesa ou não. Querem “vingar”! Ouve-se até que
uma das testemunhas mudará o depoimento em juízo para complicar a vida de
“Nego”.

Bem excelência, o réu é pessoa de boa índole, primário nunca cometeu


um delito sequer. Decretar a prisão preventiva do réu sem necessidade será
um dano irreparável, até porque, este provará em juízo no momento oportuno
que agiu em legitima defesa, e se essa decretação na pior da hipóteses ocorra
seus filhos ficarão desamparados.

AUSÊNCIA DO PERICULUM LIBERTATIS

Nos termos do art. 321 do CPP, "ausentes os requisitos que autorizam


a decretação da prisão preventiva, o juiz deverá conceder liberdade provisória,
impondo, se for o caso, as medidas cautelares previstas no art. 319 (...)". Neste
caso, o juiz não deve sequer decretar a prisão preventiva, pois não se
encontram presentes os motivos para sua decretação.
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Ou seja, a prisão preventiva será decretada SOMENTE quando
presentes os requisitos e não for cabível a sua substituição por outra
medida cautelar, conforme clara redação do Art. 282, §6 do CPP.

No entanto, não há nos autos do processo, qualquer elemento a


evidenciar a manutenção da prisão preventiva. Afinal, a gravidade abstrata do
delito não ostenta motivo legal suficiente ao enquadramento em uma das
hipóteses que cabível se revelaria à prisão cautelar. (CPP, arts. 282 e 312)

A prisão preventiva tem caráter cautelar diante da manutenção das


circunstâncias que a fundamentam, previstas no Art. 282 do CPP:

-se a:

I - necessidade

II -

pessoais do indiciado ou acusado.


(...)

§ 5º O juiz poderá, de ofício ou a pedido das


partes, revogar a medida cautelar ou
substituí-la quando verificar a falta de
motivo para que subsista, bem como voltar a
decretá-la, se sobrevierem razões que a
justifiquem.

§ 6º A prisão preventiva somente será


determinada quando não for cabível a sua
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substituição por outra medida cautelar,
observado o art. 319 deste Código, e o não
cabimento da substituição por outra medida
cautelar deverá ser justificado de forma
fundamentada nos elementos presentes do
caso concreto, de forma individualizada.

Tais requisitos devem estar presentes não somente no ato da prisão,


mas durante todo o lapso temporal de sua manutenção.

Todavia, considerando que findou-se o inquerido policial, não


permanece qualquer risco à investigação ou instrução criminal, desfazendo-se
qualquer periculum libertatis que pudesse fundamentar a decretação da
prisão, conforme leciona o STJ:

"Sabe-se que o ordenamento jurídico vigente


traz a liberdade do indivíduo como regra.
Desse modo, antes da confirmação da
condenação pelo Tribunal de Justiça, a prisão
revela-se cabível tão somente quando
estiver concretamente comprovada a
existência do periculum libertatis, sendo
impossível o recolhimento de alguém ao
cárcere caso se mostrem inexistentes os
pressupostos autorizadores da medida
extrema, previstos na legislação processual
penal." (HC 430.460/SP, Rel. Ministro
ANTONIO SALDANHA PALHEIRO, SEXTA
TURMA, DJe 16/04/2018, #63279570)

Trata-se da aplicação do princípio da provisionalidade, conforme desta


respeitável doutrina, de forma esclarecedora:

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"Nas prisões cautelares, a provisionalidade é
um princípio básico, pois são elas, acima de
tudo, situacionais, na medida em que tutelam
uma situação fática. Uma vez desaparecido o
suporte fático legitimador da medida e
corporificado no fumus commissi delicti
e/ou no periculum libertatis, deve cessar a
prisão. O desaparecimento de qualquer uma
das "fumaças" impõe a imediata soltura do
imputado, na medida em que é exigida a
presença concomitante de ambas (requisito e
fundamento) para manutenção da prisão."
(LOPES JR, AURY. Direito Processual Penal.
15ª ed. Editora Saraiva jur, 2018. Versão
Kindle, P. 12555)

Ou seja, os "indigitados fundamentos de cautelaridade devem ser


apreciados sob o signo temporal,

" (AgRg no REsp 1.195.873/MT, Rel. Min. MARIA


THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA).

Afinal, a decretação de prisão preventiva seria cabível somente diante


dos requisitos dos arts. 312 e 313 do CPP:

Art. 312. A prisão preventiva poderá ser


decretada como garantia da ordem pública, da
ordem econômica, por conveniência da
instrução criminal ou para assegurar a
aplicação da lei penal, quando houver prova da
existência do crime e indício suficiente de

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autoria e de perigo gerado pelo estado de
liberdade do imputado.

Art. 313. Nos termos do Art. 312 deste Código,


será admitida a decretação da prisão
preventiva:

I - nos crimes dolosos punidos com pena


privativa de liberdade máxima superior a 4
(quatro) anos;

II - se tiver sido condenado por outro crime


doloso, em sentença transitada em julgado,
ressalvado o disposto noInciso I do Caput do
art. 64 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de
dezembro de 1940 - Código Penal;

III - se o crime envolver violência doméstica e


familiar contra a mulher, criança, adolescente,
idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para
garantir a execução das medidas protetivas de
urgência;

Situações que não estão mais presentes no presente quadro, uma vez
que não há indícios de que o acusado em liberdade ponha em risco a
instrução criminal, a ordem pública ou risco à ordem econômica.

Portanto, considerando que ausentes os requisitos que pudessem


motivar a conversão em prisão preventiva, não subsistem motivos à
manutenção da prisão cautelar, conforme precedentes sobre o tema:

HABEAS CORPUS. DROGAS. PRISÃO


PREVENTIVA. AUSÊNCIA DE
FUNDAMENTAÇÃO. ILEGALIDADE
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FLAGRANTE. ORDEM CONCEDIDA. PRISÃO
REVOGADA. RESSALVADA A
POSSIBILIDADE DE QUE NOVA CUSTÓDIA
VENHA A SER DECRETADA, SE
APONTADAS RAZÕES CONCRETAS. 1. As
instâncias ordinárias, in casu, não
indicaram fatos concretos aptos a justificar
a segregação cautelar do paciente, estando
a decisão fundamentada apenas em
conjecturas e na gravidade abstrata do tráfico
de drogas, o que configura nítido
constrangimento ilegal. No caso, a quantidade
de droga apreendida (4 mudas de maconha
e 885 g de maconha) não constitui elemento
concreto a evidenciar a periculosidade do
paciente para o fim de justificar a
determinação da prisão cautelar. 2. Desde
11/5/2012, após o Plenário do Supremo
Tribunal Federal declarar, incidentalmente, a
inconstitucionalidade de parte do art. 44 da Lei
n. 11.343/2006, a saber, da que proibia a
concessão de liberdade provisória nos casos
de tráfico de drogas, a fundamentação calcada
nesse dispositivo simplesmente perdeu o
respaldo. De acordo com o julgamento da
Suprema Corte, a regra prevista no referido art.
44 da Lei n. 11.343/2006 é incompatível com o
princípio constitucional da presunção de
inocência e do devido processo legal, dentre
outros princípios. Assim, para se manter a
prisão, imprescindível seria a presença de
algum dos requisitos do art. 312 do Código
de Processo Penal, o que não ocorreu no

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caso. 3. Ordem concedida, confirmando-se a
liminar, para garantir ao paciente o direito de
responder ao processo em liberdade, salvo se
por outro motivo estiver preso e ressalvada a
possibilidade de haver nova decretação de
prisão ou a aplicação de uma das medidas
cautelares previstas no art. 319 do Código de
Processo Penal, caso se apresente motivo
concreto para tanto. (STJ - HC: 401830 MG
2017/0127983-6, Relator: Ministro SEBASTIÃO
REIS JÚNIOR, Data de Julgamento:
18/09/2018, T6 - SEXTA TURMA, Data de
Publicação: DJe 07/11/2018, #63279570)

HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE


ENTORPECENTES. PRISÃO EM
FLAGRANTE CONVERTIDA EM
PREVENTIVA. FUNDAMENTAÇÃO
INIDÔNEA. CONSTRANGIMENTO ILEGAL
EVIDENCIADO. ORDEM CONCEDIDA. 1.
Sabe-se que o ordenamento jurídico vigente
traz a liberdade do indivíduo como regra.
Desse modo, antes da confirmação da
condenação pelo Tribunal de Justiça, a prisão
revela-se cabível tão somente quando estiver
concretamente comprovada a existência do
periculum libertatis, sendo impossível o
recolhimento de alguém ao cárcere caso se
mostrem inexistentes os pressupostos
autorizadores da medida extrema, previstos na
legislação processual penal. 2. Na espécie, ao
converter a prisão em flagrante em
preventiva, deteve-se o Juízo de piso a fazer

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ilações acerca da gravidade abstrata do
crime de tráfico, a mencionar a prova de
materialidade e os indícios de autoria, a
supor a fuga do distrito da culpa e a invocar
a quantidade do entorpecente apreendido, o
que, na hipótese específica dos autos, não
constitui motivação suficiente para a
segregação antecipada, sobretudo porque
não há falar, no caso, em apreensão de
elevada quantidade de droga, já que
encontradas com o paciente 20 porções de
cocaína, com peso líquido de 26,9g (vinte e
seis gramas e nove decigramas). 3. Habeas
corpus concedido. (STJ - HC: 458857 SP
2018/0171330-9, Relator: Ministro ANTONIO
SALDANHA PALHEIRO, Data de Julgamento:
09/10/2018, T6 - SEXTA TURMA, Data de
Publicação: DJe 26/10/2018, #63279570)

EMENTA: EMBARGOS INFRINGENTES -


LESÃO CORPORAL E AMEAÇA -
DECRETAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA -
IMPOSSIBILIDADE - EXCEPCIONALIDADE
DA PRISÃO CAUTELAR. No processo penal
brasileiro a prisão cautelar, antes do trânsito
em julgado, deve ser entendida como medida
excepcional, sendo cabível exclusivamente
quando comprovada a sua real necessidade,
pautando-se em fatos e circunstâncias do
processo, que preencham os requisitos
previstos no artigo 312 do Código de Processo
Penal. Ausentes os requisitos do artigo 312 do
Código de Processo Penal, não há como se

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decretar a prisão preventiva. (TJ-MG - Emb
Infring e de Nulidade: 10433150282450002
MG, Relator: Maria Luíza de Marilac, Data de
Julgamento: 10/04/2018, Data de Publicação:
20/04/2018, #43279570)

HABEAS CORPUS. REVOGAÇÃO DA


PRISÃO PREVENTIVA. A prisão sem
condenação é medida excepcional, devendo
ser imposta, ou mantida, apenas quando
houver prova da existência do crime, indício
suficiente de autoria e, ainda, forem atendidas
as exigências dos artigos 312 e 313, ambos do
Código de Processo Penal. Decisão que
carecedora de fundamentação, não sendo
possível inferir necessidade de garantia da
ordem pública, da ordem econômica, a
conveniência da instrução criminal e tampouco
a exigência da prisão do paciente para garantir
a aplicação da lei penal. (TJ-SP
20325049820188260000 SP 2032504-
98.2018.8.26.0000, Relator: Kenarik Boujikian,
Data de Julgamento: 09/04/2018, 2ª Câmara de
Direito Criminal, Data de Publicação:
13/04/2018, #33279570)

HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS.


LIBERDADE PROVISÓRIA. POSSIBILIDADE.
A gravidade do crime em abstrato, por si só,
não pode fundamentar prisão preventiva, sob
pena de séria violação aos mais basilares
princípios constitucionais. Caso em que nada
no fato concreto ou nas circunstâncias

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pessoais do paciente poderia justificar a
alegação de que sua soltura é um perigo
concreto à ordem pública, assim como nada
indica que possam prejudicar a instrução
criminal ou eventual aplicação da lei penal.
ORDEM CONCEDIDA. UNÂNIME. (Habeas
Corpus Nº 70077105138, Segunda Câmara
Criminal, Tribunal de Justiça do RS, Relator:
Luiz Mello Guimarães, Julgado em
12/04/2018).

Por se tratar de requisitos indispensáveis para a decretação da prisão


preventiva, não há motivos para a segregação do réu.

Motivos pelos quais, requer o indeferimento do pedido de prisão


preventiva do réu.

PEDIDOS

Isto posto,

a) Requer que seja acolhido o presente pedido, no sentido de


indeferir o pedido de decretação da prisão preventiva do réu,
pois, como se verifica na fundamentação supra e nos
documentos colacionados, este não apresenta qualquer risco
a instrução criminal, a ordem pública ou risco à ordem
econômica;

b) Que este juízo digne em determinar que estes autos passem a


tramitar em segredo de justiça, à fim de preservar a
integridade física e a vida do réu e de seus filhos, visto que
nas peças processuais consta seu endereço e de seu trabalho.

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Termos em que, pede deferimento.

Correntina – BA, 20 de julho de 2021.

VAGNER ROCHA DE SOUZA


OAB/GO 48.817

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