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ESCOLA DE AGRONOMIA
REOLOGIA
GOIÂNIA
AGOSTO 2021
1. OBJETIVO
2. RESULTADO E DISCUSSÃO
25 R² = 1
20
15
10
0
0 100 200 300 400 500 600
Taxa de Deformação (1/s)
σ = K(ẏ)n ; σ = 0,0537(ẏ)0,9928
Resultado observado por Brock, et al (2008) que realizou uma caracterização
reológica de diferentes tipos de óleos vegetais comerciais submetidos a temperaturas de 20
a 70 °C, dentre eles o óleo de soja, e observou que todos apresentaram um comportamento
reológico classificados como newtonianos. Santos et al (2004), também avaliou o
comportamento reológico de diferentes óleos vegetais de cozinhas usados e não usados,
como soja, girassol, colza, entre outros e observou que todos apresentaram comportamento
newtoniano em taxas de cisalhamento superiores a 10-1.
Já Harvez 2008, quando se utiliza de óleos vegetais crus, com elevada presença de
partículas, aos quais não são submetidas a processos de refinamento e modificação
químicas, evidencia um comportamento não newtoniano. Observando experimentalmente
que o óleo de soja, quando cru, apresentou o n maior que unidade, evidenciando
comportamento pseudoplástico.
300 y = 36,563x0,3323
R² = 0,9943
250
200
150
100
50
0
0 100 200 300 400 500 600
Taxa de Deformação (1/s)
Com a reologia do azeite de Oliva foi possível observar que a tensão de cisalhamento
demonstrou uma relação não linear com a taxa de deformação. Comportamento característico
de fluido não newtoniano. O azeite de Oliva apresentou o comportamento de escoamento de
fluido pseudoplástico (n<1) com tensão inicial de escoamento. Os dados foram bem
ajustados, e os parâmetros do modelo da lei de Potência de Oswald-de-Waele são n=0,3323
e K=36,563 Pa*s0,3323, com coeficiente de determinação igual a 0,9911.
Contudo, este comportamento não pode ser identificado por Konishi, et al. (2021) que
realizou a análise reológica do azeite de bocaiuva e do azeite de oliva extra virgem, a uma
temperatura fixa de 25 e 60°C para ambas as amostras. E observou que ocorreu uma
linearidade entra a tensão de cisalhamento e a taxa de deformação, concluindo que em
ambas as amostras apresentaram comportamento newtoniano. Marques (2015), também
estudou o efeito da temperatura em quatro azeite de oliva extra virgem de diferentes regiões
de Portugal e observou que as propriedades reológicas dos azeites sugerem um
comportamento newtoniano, mesmo após aquecimento.
Figura 3 - Curva da tensão de cisalhamento pela taxa de deformação do escoamento de solução de
Sacarose a 50%, em um reômetro de bancada a 25°C.
9
y = 0,0163x + 0,0013
A curva de escoamento de um fluido newtoniano é uma linha reta que passa através
da origem e tem uma inclinação cujo inverso é igual ao coeficiente de viscosidade. Dessa
maneira, para um fluido Newtoniano, uma determinação experimental simples, isto é, um
ensaio que mede apenas um dos parâmetros reológicos é suficiente para a caracterização
do seu comportamento reológico (Vliet & Lyklema, 2005).
Pode-se observar esse fenômeno no experimento onde utiliza-se sacarose 50% como
fluido, no gráfico vemos que a taxa de deformação é inversamente proporcional a tensão de
cisalhamento.
30 y = 0,0584x + 0,0173
R² = 1
25
20
15
10
0
0 100 200 300 400 500 600
Taxa de Deformação (1/s)
0,8 y = 0,0018x0,9569
0,7 R² = 0,9726
0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0
0 100 200 300 400 500 600
Taxa de Deformação (1/s)
40
35 y = 3,9145x0,3523
30 R² = 0,9659
25
20
15
10
5
0
0 100 200 300 400 500 600
Taxa de Deformação (1/s)
Observando o gráfico, pode-se afirmar que o iogurte é um fluido pseudoplástico, pois
a viscosidade diminui drasticamente de acordo com o aumento da tensão, provocado pelo
aumento da Taxa de Cisalhamento
O iogurte tem uma estrutura de gel de proteína delicada, que se desenvolve durante
a fermentação (BENEZECH e MAINGONNAT, 1994). Como resultado dessa estrutura de gel
o iogurte exibe um comportamento dependente do cisalhamento e a viscosidade dependente
do tempo (DE KEE et al. 1983; STEVENTON et al. 1990; RAMASWAMY e BASAK 1991;
BENEZECH e MAINGONNAT 1992; BASAK e RAMASWAMY 1994).
As características reológicas do iogurte podem ser afetadas pela adição de gordura,
proteína e hidrocolóides, segundo BENEZECH (1993) o iogurte pode apresentar mudanças
na viscosidade e/ou sinerese devido a variações na razão proteínas e gordura, mesmo
quando são ajustadas para níveis constantes devido as condições de estocagem e
incubação.
SHAKER (1999), estudou o efeito da gordura e pré-aquecimento do leite sobre as
propriedades reológicas do iogurte durante o processo de coagulação. Ele adicionou
quantidades diferentes de gordura no leite, e mostrou como a viscosidade é dependente do
percentual de gordura do leite, quanto maior a quantidade de gordura maior foi a viscosidade.
Trabalhos publicados mostram que com o aumento da taxa de deformação diminui a
viscosidade do iogurte, evidenciando que o iogurte é um fluido pseudoplástico (nâo-
newtoniano) altamente tixotrópico com degradação da estrutura, e decréscimo da viscosidade
com o tempo (RAMASWAMY e BASAK, 1991).
140
R² = 0,9891
120
100
80
60
40
20
0
0 100 200 300 400 500 600
Taxa de Deformação (1/s)
3. CONCLUSÃO
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BENEZECH, T.; MAINGONNAT, J.F. Flow properties of stirred yoghurt: strutcural parameters
approach in describing time dependency. Journal o f Texture Studies, e, v. 24, n. 1, p. 455
-473, 1993.
SHAKER, R.R.; JUMAH, R.Y.; ABU-JDAYIL, B. Rheological properties of plain yogurt during
coagulation process: impact of fat content and preheat treatment of milk. Journal of Food
Engineeríng, v. 44, p. 175 - 180. 1999.