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DIREITO CIVIL V

DIREITO DAS COISAS


Professora Olindina Ioná
Aula 01
CONSIDERAÇÕES GERAIS
- Para que regras sobre posse e propriedade?
- Campo legislativo marcado por normas de direito
público;
- Publicização do Direito Privado;
- Função social da propriedade: finalidade é instituir um
conceito dinâmico de propriedade em substituição do
conceito estático; e, o fundamento da função social da
propriedade é eliminar da propriedade o que há de
eliminável.
CONSIDERAÇÕES GERAIS
- Função social da posse - valores sociais: a vida, a saúde, a moradia, igualdade
e justiça:
a) Todo homem tem direito natural ao uso dos bens e à apropriação individual
desses bens através da posse, a fim de atender a necessidade individual como
também para proporcionar vantagens para o bem comum;
b) Essa importância vem ditada, não só pelo contato do homem com a terra, mas
pelo aproveitamento do solo pelo trabalho de acordo com as exigências pessoais
e sociais, transformando a natureza em proveito de todos.
- Posse Trabalho;
- Exercício do direito real é discricionário, mas a inércia pode levar a perda do
direito;
- O Direito das Obrigações pode conduzir a formação de Direitos Reais.
TERMINOLOGIA, CONCEITO E OBJETO
DO DIREITO DAS COISAS
- Terminologia: Direito das coisas
Direitos Reais
Direito sobre as coisas

- Conceito: é a parte do Direito Civil que regula os poderes da pessoa sobre os


bens (materiais – móveis e imóveis – e imateriais).

- Objeto: Quanto ao seu objeto, já ficou claro que são os bens materiais – móveis
e imóveis – e imateriais, não sendo pacífico, porém que os imateriais possam
ser objeto do Direito das Coisas, pois que alguns autores o colocam como
objeto do direito pessoal.
NOÇÃO DE DIREITO REAL
DIREITO REAL
Ponto de vista objetivo: equivale a terminologia de direito das coisas,
correspondendo ao conjunto de normas que organiza os institutos da posse, da
propriedade e direitos sobre as coisas alheias.
Ponto de vista subjetivo: é o poder jurídico da pessoa sobre a coisa,
independentemente de intermediário, tendo a coletividade com sujeito passivo das
relações.
Direito real por excelência: Direito de Propriedade
Se origina de um fato jurídico único: tradição, usucapião…
DIREITO REAL X DIREITO PESSOAL
DIREITO REAL DIREITO PESSOAL

PROMOVE A ESTÁTICA PATRIMONIAL PROMOVE A MOBILIDADE DO CIRCUITO ECONÔMICO

DIREITO ABSOLUTO DIREITO RELATIVO

SUJEITO PASSIVO É A COLETIVIDADE SUJEITO PASSIVO É O DEVEDOR

ROL TAXATIVO ROL NÃO TAXATIVO


(Princípio da Tipicidade dos Direitos Reais – art. 1225, CC)

PODER JURÍDICO RECAI SOBRE UMA COISA PODER JURÍDICO RECAI SOBRE UMA PESSOA – SUJEITO PASSIVO
QUE TEM A OBRIGAÇÃO DE DAR, FAZER OU NÃO FAZER
DEVER JURÍDICO NEGATIVO: ABSTENÇÃO DEVER JURÍDICO POSITIVO (DAR, FAZER) OU NEGATIVO (NÃO
FAZER)
EXTINGUE COM O PERECIMENTO DA COISA O PERECIMENTO DA COISA NÃO OBRIGATORIAMENTE EXTINGUE
A OBRIGAÇÃO PODENDO HAVER CONVERSÃO EM PERDAS E
DANOS
TEORIAS SOBRE A RELAÇÃO
JURÍDICO-REAL
TEORIA CLÁSSICA OU ROMANA: existe uma relação direta entre o sujeito e o objeto
do direito, competindo a lei estabelecer o elenco das faculdades que o sujeito se acha
investido em relação a coisa. De acordo com esta teoria inexiste um vinculo que una o
titular do direito a outra pessoa (dispensa a existência do sujeito passivo).

TEORIA PERSONALISTA: o direito real apresenta uma relação jurídica entre o seu
titular e a coletividade, portadora do dever jurídico. Não haveria relação do titular do
direito e a coisa. Esta seria apenas o objeto sobre o qual o titular exerceria seu poder.

TEORIA ECLÉTICA: leva em conta o lado interno e o externo do direito real. Esta é a
dominante entre os juristas.
CLASSIFICAÇÃO DO DIREITO
REAL
• Quanto à amplitude dos poderes concentrados: pode ser PLENO ou
LIMITADO

• Quanto à titularidade do objeto: pode recair SOBRE COISA PRÓPRIA e


SOBRE COISA ALHEIA

• Quanto à autonomia: o direito real pode ser PRINCIPAL ou ACESSÓRIO

• Quanto à mobilidade: direito real MOBILIÁRIO e IMOBILIÁRIO


CARACTERES DISTINTIVOS DOS
DIREITOS REAIS
a) Tipicidade: a enumeração dos direitos reais é numerus clausus (art. 1.225,CC);
b) Oponibilidade Erga Omnes: apresentam caráter absoluto;
c) Direito de Sequela: o direito real acompanha a coisa, independentemente de onde se encontre e
de quem a possua. Isto é o caráter de aderência ou de ambulatoriedade do direito real. (jus
persequendi);
d) Publicidade: tratando-se de coisas imóveis, a regra geral é que o direito se adquire mediante
registro em Cartório de Registro de Imóveis. No que se refere aos móveis, a aquisição se opera
com a tradição, mas em favor do possuidor existe a presunção iuris tantum de domínio;
e) Preferência: no que se refere aos direitos reais de garantia, o seu titular tem o direito de
preferência em relação aos credores simples ou quirografários, para o recebimento do crédito, com
os recursos gerados pela coisa gravada;
f) Princípios da Elasticidade e da Consolidação: o primeiro se refere à possibilidade de
desmembramento dos poderes contidos no direito de propriedade (uso e gozo). O segundo se refere
à possibilidade da reunião na pessoa do proprietário dos poderes desmembrados.
DIREITOS REAIS NO DIREITO
INTERNACIONAL PRIVADO

IMÓVEIS: O que vige no direito internacional privado em relação a bens


imóveis é a lex rei sitae, é o foro da situação da coisa (art. 8º, da LINDB),
aplicando-se a lei do país em que a coisa se encontre.
MÓVEIS: Tratando-se de bem móvel, porém, aplica-se a lei do domicílio do
proprietário.
PENHOR: No que se refere ao penhor, especificamente, aplica-se a lei do
domicílio de quem se encontre na posse da coisa empenhada.
AÇÕES REAIS
• Ações Possessórias: Reintegração de Posse; Manutenção
de Posse e Interdito Proibitório.
• A ação real que diz respeito à proteção da propriedade é a
Ação Reinvindicatória.
• Os direitos reais de fruição não têm ação específica para
sua proteção já que são desdobramentos da propriedade.
• Já no que se refere aos direitos reais de garantia, estes não
são passiveis de violação e sim os respectivos direitos de
crédito a qual estão ligados.
OBRIGAÇÕES PROPTER REM

Conforme já estudamos na Teoria geral das obrigações, estas


obrigações não constituem direitos reais, mas existem em função do
direito real e do seu titular, sua titularidade acompanha o direito real.

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