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1 UM POUCO DE HISTÓRIA
O conceito de pessoa possui uma construção estratificada e
pluralista. Este conceito aparece através do encontro de três grandes
culturas: aquela hebraica, aquela grega e aquela cristã. Porém, se
seguirmos o desenvolvimento da concepção de pessoa, ao lado
daquela trinitária, no esforço de explicitar adequadamente o mistério
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1
Vale a pena a obra de G. GRESHAKE, Il Dio Unitrino, Brescia 2000.
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2
W. KASPER, Il Dio di Gesù Cristo, Bréscia 1989, p. 374.
3
RICHARD DE SAINT-VICTOR, De Trinitate, traduçao francesa: La Trinitè, in Sources
Chrétiennes (n. 63), ed. Bilingüe , La Trinitá, Texte latin introduction, traduction et notes de
Gaston SALET, Les éditions du Cerf, Paris 1959.
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RICARDO DE SAINT-VICTOR, De Trin. IV, 21.
5
Ibidem, De Trin. IV, 22.
6
Ibidem, De Trin. III, 11; 14.
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Para a compreensão trinitária de pessoa e mesmo sobre a teologia trinitária de pessoa
remetemos às seguintes obras: M. T. L. PENIDO, Le rôle de l’analogia en théologie dogmatique,
Paris 1931, pp. 257 – 311; L. CHAMBAT, Les missions des personnes de la Sainte Trinité selon
S. Thomas d’Aquino, Fontanelle 1945; P. VANNIER, Théologie trinitaire chez Saint Thomas
d’Aquin, Montreal – Paris 1953; A. MALET, Personne et amour dans la théologie trinitaire de S.
Thomas d’Aquin, Paris 1956; R. L. RICHARD, The Problem of an Apolegetical Perspective in the
Trinitarian Theology of St. Thomas Aquinas, Roma 1963; F. MARINELLI, Personalismo trinitario
nella storia della salvezza, Roma – Paris 1969; S. BOURASSA, «Personne et conscience en
théologie trinitaire»: Gregorianum 55 (1974), pp.471 – 493, 677 – 720; L. F. LADARIA, El Dios
vivo y verdadero, Salamanca 1998, pp. 263 – 275.
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A modernidade caracteriza-se pelo crescimento e interesse da antropologia. Fala-se
num ‘retorno à antropologia’. Sobre este argumento pode-se ler: W. PANNENBERG, Teologia e
filosofia, Queridiana, Brescia 1999, p.115 – 125; J. B. METZ, Antropocentrismo Cristiano, Borla,
Torino 1968; J. MOLTMANN, Trinità e Regno di Dio, Queridiana, Brescia 1983, p. 23ss.
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G. GRESHAKE, op. cit., p. 137.
10
O nominalismo coloca em questão as razões teológicas daquela razão que nas
tradicionais sínteses da metafísica medieval tinha buscado de compreender Deus no horizonte
de um universal ordenamento do ser. Deus, porém, na sua ‘liberdade’ se situa acima de cada
horizonte, categoria e parâmetro concebível, também acima daquilo que ele mesmo estabeleceu.
Não se pode portanto, nenhum vínculo comum e o nosso conhecimento de Deus pode mover-se
substancialmente somente no âmbito dos nomina das determinações, dos modos de falar, dos
complexos imaginativos que não conseguem colher nunca a realidade absoluta, transcendente e
superior que chamamos Deus. Cf. G. GRESHAKE, op. cit., p. 138.
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11
DESCARTES, Meditações parag. 9 e terceira Meditação parag. 1.
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12
Ver J. HABERMAS, Il discorso filosófico della modernità, La Terza, Bari 1987.
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15
Ibid., p. 167.
16
PLATÃO, O Banquete – mito de Aristófanes...
17
M. HEIDEGGER, I problemi fondamentali della fenomenologia, Il Melangolo, Genova
1988, p. 276.
18
M. BUBER, Io e tu, in il principio dialógico e altri saggi, San Paolo, Cinisello B. 1993, p.
57s.
11
19
G. GRESHAKE, Op. Cit., p. 169.
20
G. GRESHAKE, Op. Cit., p. 171. DUFOUR, Les mystères (nota 341), 15 – 113
escreve: “Para ser um, ocorre ser dois, mas quando se é dois, si é súbito três. O espaço dual da
palavra não pode ser compreendido sem trindade... A trindade representa a essência do lugar
social, porque sem esta não haveria relação entre interlocutores, não haveria cultura humana”.
21
Para Ricardo de São Victor o amor é sempre uma relação a três. Nesta relação a três,
dois dos protagonistas permanecem numa relação interna um e outro – ‘eu’ e ‘tu’ – e o terceiro –
‘ele’ permanece ao externo. Como conseqüência, o objeto do amor é sempre um objeto de duas
vias: de uma parte isso permite a reunião do ‘eu’ e do ‘tu’, de outra deve atestar uma
exterioridade. Assim é, porque enquanto os dois protagonistas continuam entre eles a sua
busca, há uma grande possibilidade que, malgrado a sua grande obstinação, permanecem
desiludidos. A prova da sua co-presença permanece externa. E quanto mais procuram entre si,
maior é a possibilidade que intervenha o ‘terceiro ladrão’ – no sentido que seja a forma com a
qual aparecerá.
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22
Cf. G. GRESHAKE, op. cit., 174.
23
M. MERLEAU-PONTY, Phénoménologie de la perception, Paris 1945, 407; trad. It.,
Fenomenologia della percezione, Il Saggiatore, Milano 1980.
24
Cf. G. GRESHAKE, op. cit., p. 177.
25
Para Moltmann a Trindade econômica não é simplesmente o ponto de partida para
chegar a Trindade imanente. Na verdade ele não distingue claramente, onde esta última opera
de modo livre a criação e a história da salvação. Para Moltmann isto implicaria no conceito de
Deus um momento arbitrário, que dissolveria o conceito cristão de Deus. Cf. Ibid. 166.
26
A crítica de Moltmann á Rahner e a Barth consiste exatamente no fato de que em
ambos falta este caráter protótipo que o Deus uno e trino assume para a Igreja e para a
sociedade. Cf. J. MOLTMANN, op. cit., 170.
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Referências bibliográficas
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Bilingüe Tratado sobre la Santíssima Trinidad. Madrid: BAC, vol. V,
1968. Introducción y notas del padre Luis Arias, O.S.A. Tercera
Edición.
BORGES TEIXEIRA E. F., Imago Trinitatis: Deus, sabedoria e felicidade,
Porto Alegre, EDIPUCRS, 2003.
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BUBER, M., Io e tu, in il principio dialógico e altri saggi, San Paolo,
Cinisello B. 1993
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Thomas d’Aquino, Fontanelle 1945.
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FEUERBACH, L., Principi della filosofia dell’avvenire, Einaudi, Torino
1971
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HABERMAS J., Il discorso filosófico della modernità, La Terza, Bari
1987.
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