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INTRODUÇÃO

Este relatório, refere-se as atividades que foram realizadas para conclusão do


estágio supervisionado letras e língua inglesa (LI), sendo realizado na Escola
Estadual de Gurinhata em cumprimento as exigências das atividades
curriculares obrigatórias. O estágio compreendeu o período de 03/04/2017 a
19/06/2017, totalizando 22 aulas dadas/regência, sendo que em dois dias o
período de permanência na sala de aula ultrapassou os 50 minutos aula, entre
o 6º ano, turma A e B, no turno matutino.Neste relatório também consta o
projeto didático* que este ano tivemos que desenvolver para aplicar na escola.
O meu projeto foi através do uso da música como ferramenta lúdica e
instrumento facilitador no aprendizado da Língua Inglesa, além de treinar o
listening, uma vez que as salas de aula da referida unidade escolar, não é
equipada com equipamento de áudio e vídeo, visando combater a proliferação
de uma prática tão recorrente nas escolas, o Bullying.

O estágio tem como objetivos, proporcionar para o professor em formação uma


experiência no comando de uma sala de aula no ensino de língua inglesa,
levando-o para uma reflexão do que foi abordado até o momento na academia,
ou seja, as teorias estudas na academia com a vivencia da pratica. Além de
proporcionar ao estagiário uma relação com outros futuros colegas de
profissão, coordenadores, diretores, gerando com isso aprendizados baseados
no cotidiano da profissão e do funcionamento de uma escola, gerando
experiências que irão acrescentar ao processo de formação do estagiário.

Aprendi também um pouco da rotina escolar e pude presenciar os diversos


problemas que ocorrem numa escola, como paralisação dos professores, greve
dos funcionários, à um pai que comparece a escola para saber o que
aconteceu com o seu filho, e como essas questões foram resolvidas pela
diretoria e pelos professores, isso tudo contribui para que o futuro professor
adquira experiências, para lidar com o dia a dia de uma escola.

5. JUSTIFICATIVA

O Estágio Curricular Obrigatório, que neste caso corresponde ao de regência,


é o momento em que o professor em formação vai pôr em pratica as teorias
estudadas na universidade, numa sala de aula, que no meu caso foi no ensino
fundamental e médio .Nesta etapa pude experimentar toda problemática que
envolve uma sala de aula, pude entender que dar aula não é nada fácil e que
eu como professor tenho uma responsabilidade muito grande com as
informações que irei passar para meus alunos, pude sentir toda a dinâmica de
comandar uma sala de aula e ter que saber lhe dar como todo tipo de aluno:
alunos que não querem estudar, alunos indisciplinados, alunos introspectivo,
como também pude ter o prazer de trabalhar com alunos que queriam estudar,
alunos especiais, ou seja, o oposto.Saber uma outra língua que não seja a sua
língua materna é sem sobra de dúvidas um aprendizado incrível e enriquecedor
para qualquer pessoa. Nos leva a conhecer novas culturas, abrindo a janela do
conhecimento, além de contribuir para o mercado de trabalho e a sua formação
como cidadão. Segundo a Base Nacional Comum Curricular, no que tange a
Língua Inglesa, nos deixa claro que:

O estudo da língua inglesa possibilita aos alunos ampliar horizontes de


comunicação e de intercâmbio cultural, científico e acadêmico e, nesse sentido,
abre novos percursos de acesso, construção de conhecimentos e participação
social. É esse caráter formativo que inscreve a aprendizagem de inglês em
uma perspectiva de educação linguística, consciente e crítica, na qual as
dimensões pedagógicas e políticas são intrinsecamente ligadas. (
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/pdf/4.1.4_ BNCC-Final_LGG-
LI.pdf) acessado em 11/06/2017 às 18h

Levar aos alunos (pré-adolescentes) essa consciência não é nada fácil. O


professor tem que ter consciência de que precisa de certas habilidades
educacionais para não cair na armadilha da mesmice, que terá como resultado,
aulas monótonas sem atrativos para essa geração que é tida como Hitec,
podendo chegar até a evasão escolar.

Por essa razão, meu projeto didático foi baseado na música, aula lúdica. Os
alunos poderão interagir e trabalhar em grupo, fazendo pesquisas de novas
palavras, enriquecendo o seu vocabulário e o melhor com prazer, pois, poderão
pesquisar músicas dos seus ídolos. Além de abordar um tema que é muito
recorrente nas escolas o Bullying.

É nesse momento do estágio que podemos, através de métodos prazerosos de


ensino, levar aos alunos essa consciência da importância do
estudo/aprendizado da Língua Inglesa, visando novas oportunidade na sua
vida pessoal e profissional, contribuindo assim para a diminuição da
desigualdade social que é imensa nesse país.

6. METODOLOGIA

possibilitando conhecer na prática como é pertencer a uma sala de aula, não


mais como um observador, mas como professor regente.Inicialmente foi
apresentado a professora Silva Araújo, a proposta do projeto didático, que seria
desenvolvido com a turma do 7º ano -2, que após sua leitura, projeto didático,
aprovou a sua aplicação, porém deixou claro que poderia ter algumas
alterações nos assuntos a serem ministrados.Procurei desenvolver as
atividades pensando no desenvolvimento das quatro habilidades, ouvir, falar,
escrever e ler, levando o aluno ao entendimento do que ele estava estudando,
não basta apenas ler por ler, tem que entender o que está lendo.Tivemos
várias etapas no decorrer das unidades, tivemos etapa de pesquisa, oralidade,
lúdico com a música, seminários, tudo visando o objetivo final o aprendizado de
excelência para o aluno. Para subsidiar os alunos foi entregue a cada grupo,
um roteiro de como deveria apresentar o projeto didático, tanto a parte oral,
quanto a parte escrita e a de exposição*.Serão utilizados diversos recursos,
dentre eles o principal será os textos com temáticas que não estão distantes da
realidade do aluno, levando-os a tecer um pensamento crítico. As atividades
serão distribuídas no decorrer do estágio no período que vai de agosto até o
mês de setembro/2022.

7. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O estágio supervisionado II, conduz o estagiário a ter sua primeira vivencia


como professor numa sala de aula de Língua Inglesa não mais como aluno e
sim como professor, um pensamento crítico entre as práticas de ensino com as
teorias aprendidas na acadêmica.A linguística Irandé Antunes reconhecida
pelas suas pesquisas sobre coesão textual e sobre gêneros textuais, além de
ser uma educadora comprometida com as questões da educação nacional, cita
que:

“O ensino de língua não vai bem já é, cada vez mais, uma constatação do
domínio comum. Embora não se possa generalizá-la, já está na boca de muitos
a crítica de que a escola não estimula a formação de leitores, não deixa os
alunos capazes de ler e entender manuais, relatórios, códigos, instruções,
poemas, crônicas, resumos e muitos outros materiais escritos. Também não
deixam os alunos capazes de produzir por escrito esses materiais. Ou seja,
tem “uma pedra no meio do caminho” ” (ANTUNES, p.15)

Essa grande educadora, traz essas sabias palavras para o ensino da Língua
Portuguesa, mas me ouso a trazê-las também para a realidade da Língua
Inglesa, com apenas uma modificação no final, “Ou seja, tem “uma pedreira no
meio do caminho” da aula de Língua Inglesa”Esse desinteresse, essa
desmotivação dos alunos pelos estudos e em especial por nossa matéria
Inglês, sempre com o mesmo discurso de que é difícil, pode acarretar outros
problemas também importantes como, por exemplo, a evasão escolar. Não falo
só da evasão escolar no sentido de não ir para a instituição de ensino, mas de
ir e ficar fora da sala de aula, simplesmente nos corredores, nas escadas, e
como professor em formação, pude constatar isso e tentando criar estratégias
de ensino para cativa-los, não é fácil, é um processo continuo de
construção.Nós como professores temos que criar estratégias que venham
despertar nestes alunos o interesse pela leitura, pela escrita, pelo estudo em
geral. Levando para sala de aula, ou até mesmo fora da sala de aula, vários
métodos pedagógicos que venham despertar prazer e o interesse do aluno, ao
invés de trazer para o aluno assuntos que não tem nada a ver com sua
realidade, contribuindo para o desinteresse pelo aprendizado. Segundo Marisa
Lajolo é nossa responsabilidade como professores tornar a leitura, ou melhor, o
ensino/aprendizagem prazerosa para o aluno, despertando assim o seu
interesse pela leitura.

Qualquer que tenha sido a sua história de leitura, ela pode ser transformada.
Aqui e agora. Por você, para você e para seus alunos. A escola é fundamental
para aproximar dos livros a criança e o jovem. É na escola que os alunos
precisam viver as experiências necessárias para, ao longo da vida, poderem
recorrer aos livros e à leitura como fonte de informações, como instrumento de
aprendizagem e como forma de lazer. E você é a figura-chave para que a
leitura chegue às mãos, aos olhos e ao coração dos alunos. Dos seus alunos.
(LAJOLO, p. 12).

Segundo Irandé Antunes, existe um esforço dos órgãos governamentais, no


intuito de melhorar o método de ensino, tais como a elaboração dos
Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) e pelo Sistema Nacional de
Avaliação Básica (SAEB) “que objetiva avaliar o desempenho escolar de
alunos de todas regiões do país, e a partir daí, oferecer, ao próprio Governo
Federal e aos Estados, subsídios para a redefinição de políticas educacionais
mais consistentes e relevantes” (ANTUNES, p.21).Os PCN’s discutem
aspectos relevantes para o ensino da Língua Estrangeira (LE). Neles são
trazidas contribuições para uma educação que visa o aprendizado do alunado,
como podemos verificar: aumento da comunicação e conhecimento cultural,
compreensão das diferentes formas de comunicação, conhecimento de como
deve utilizar das linguagens (formal e informal) dependendo do meio em que
está inserido.

Sendo assim, as aulas de Língua Estrangeira correspondem a muito mais do


que uma simples aula de regras gramaticais. Os PCNs (BRASIL, 2006, p. 91)
ressaltam que: [...] a disciplina Línguas Estrangeiras na escola visa a ensinar
um idioma estrangeiro e, ao mesmo tempo, cumprir outros compromissos com
os educandos, como, por exemplo, contribuir para a formação de indivíduos
como parte de suas preocupações educacionais. Outra questão abordada é o
fato da LE servir como colaboradora na função inclusiva e de desenvolvimento
da cidadania na escola. A compreensão do que é ser cidadão envolve outros
aspectos, entre eles a posição que o aluno ocupa dentro da sociedade em que
vive, o que os levou a esta ali na escola, como ele se sente diante desta
situação, etc. A LE, portanto, segundo os PCNs (BRASIL, 1998, p 41Integrante
da educação formal. Envolve um complexo processo de reflexão sobre a
realidade social, política e econômica, com valor intrínseco importante no
processo de capacitação que leva à libertação. Em outras palavras, Língua
Estrangeira no ensino fundamental é parte da construção da cidadania

Os alunos, a partir disso, passam a sentir-se sujeitos sociais, incluídos em uma


sociedade que muitas vezes se presta a excluir, porque sabem como
expressar-se, como compreender o que vivenciam e sabem da sua
importânciaenquanto cidadãos, e o professor é uma peça chave nesse
processo, mas precisa estar sempre “antenado” nas mudanças que ocorre na
educação

Segundo Mario Cortella, o professor nunca deve achar que já sabe de tudo, ele
deve estar sempre num processo de aprendizado constante, renovando assim
seus conhecimentos e melhorando cada vez mais seus métodos de ensino e
aprendizagem, assim todos saem ganhando, escola, alunos, comunidade e os
próprios professores.

Nesse processo continuo de aprendizado, o professor sai da “zona de conforto”


e procura assim desenvolver atividades que venham fazer com que o aluno
tenha um maior interesse pela Língua Estrangeira, Inglês, e com isso as aulas
possam avançar utilizando novas ferramentas e não apenas o uso da
gramática, como: as músicas, os textos, as revistas, os jornais, trabalhando
assim, a oralidade, leitura, escrita e audição. A gramática é importante, saber o
verbo to be é importante, mas a Língua Inglesa não é só isso. Vejamos o que
diz os PCN’s, sobre o aprendizado da Língua Inglesa

A aprendizagem de Língua Estrangeira no ensino fundamental não é só um


exercício intelectual em aprendizagem de formas e estruturas linguísticas em
um código diferente; é, sim, uma experiência de vida, pois amplia as
possibilidades de se agir discursivamente no mundo. O papel educacional da
Língua Estrangeira é importante, desse modo, para o desenvolvimento integral
do indivíduo, devendo seu ensino proporcionar ao aluno essa nova experiência
de vida. Experiência que deveria significar uma abertura para o mundo, tanto o
mundo próximo, fora de si mesmo, quanto o mundo distante, em outras
culturas. Assim, contribui-se para a construção, e para o cultivo pelo aluno, de
uma competência não só no uso de línguas estrangeiras, mas também na
compreensão de outras culturas. (BRASIL, 1998, p.38).

Torno a dizer que o ensino da gramática é importante, mas uma língua é bem
mais do que isso, é a marca de um povo. Ela traz consigo os saberes, a
vivencia, a história, ou seja, a cultura de uma nação. É “abrir” a mente do aluno
para novos horizontes tornando o ensino mais prazeroso.
De acordo com os PCN’s (1998, p. 65 – 66), ao longo dos quatro anos do
ensino fundamental, espera-se com o ensino de Língua Estrangeira que o
aluno seja capaz de:

Identificar no universo que o cerca as línguas estrangeiras que cooperam nos


sistemas de comunicação, percebendo-se como parte integrante de um mundo
plurilíngue e compreendendo o papel hegemônico que algumas línguas
desempenham em determinado momento histórico;

Vivenciar uma experiência de comunicação humana, pelo uso de uma língua


estrangeira, no que se refere a novas maneiras de se expressar e de ver o
mundo, refletindo sobre os costumes ou maneiras de agir e interagir e as
visões de seu próprio mundo, possibilitando maior entendimento de um mundo
plural e de seu próprio papel como cidadão de seu país e do mundo;
reconhecer que o aprendizado de uma ou mais línguas lhe possibilita o acesso
a bens culturais da humanidade construídos em outras partes do mundo;

Construir conhecimento sistêmico, sobre a organização textual e sobre como e


quando utilizar a linguagem nas situações de comunicação, tendo como base
os conhecimentos da língua materna;

Construir consciência linguística e consciência crítica dos usos que se fazem


da língua estrangeira que está aprendendo;

Ler e valorizar a leitura como fonte de informação e prazer, utilizando-a como


meio de acesso ao mundo do trabalho e dos estudos avançados;

Utilizar outras habilidades comunicativas de modo a poder atuar em situações


diversas.

Além disso, temos em fase final em nosso país a Base Nacional Comum
Curricular – BNCC, que vem com a proposta de melhorar o ensino nas escolas
públicas de todo Brasil. Porem para outros educadores, o BNCC precisa de
ajustes, a exemplo, da criação de uma uniformização do ensino num país que
se caracteriza por sua diversidade (linguística, cultural, econômica e social).
Essa uniformização do ensino, ainda que ideologicamente justificada, para
parecer que vivemos numa sociedade sem desigualdade social e regional, de
fato atende a necessidades do projeto neoliberal de educação que orienta
todos os seus horizontes pelas avaliações de larga escala.

Vejamos abaixo as principais competências especificas de Língua Inglesa para


o ensino fundamental, numerados pelo BNCC:

1. Identificar o lugar de si e o do outro em um mundo plurilíngue e multicultural,


refletindo, criticamente, sobre como a aprendizagem da língua inglesa contribui
para a inserção dos sujeitos no mundo globalizado, inclusive no que concerne
ao mundo do trabalho.
2. Comunicar-se na língua inglesa, por meio do uso variado de linguagens em
mídias impressas ou digitais, reconhecendo-a como ferramenta de acesso ao
conhecimento, de ampliação das perspectivas e de possibilidades para a
compreensão dos valores e interesses de outras culturas e para o exercício do
protagonismo social.

3. Identificar similaridades e diferenças entre a língua inglesa e a língua


materna/outras línguas, articulando-as a aspectos sociais, culturais e
identitários, em uma relação intrínseca entre língua, cultura e identidade.

4. Elaborar repertórios linguístico-discursivos da língua inglesa, usados em


diferentes países e por grupos sociais distintos dentro de um mesmo país, de
modo a reconhecer a diversidade linguística como direito e valorizar os usos
heterogêneos, híbridos e multimodais emergentes nas sociedades
contemporâneas.

5. Utilizar novas tecnologias, com novas linguagens e modos de interação, para


pesquisar, selecionar, compartilhar, posicionar-se e produzir sentidos em
práticas de letramento na língua inglesa, de forma ética, crítica e responsável.

6. Conhecer diferentes patrimônios culturais, materiais e imateriais, difundidos


na língua inglesa, com vistas ao exercício da fruição e da ampliação de
perspectivas no contato com diferentes manifestações artístico-culturais

Com isso podemos ver que o BNCC, é um aprimoramento do PCN, valorizando


o aprendizado dos estudantes de forma ampla, sem barreiras culturais, étnicas
e sociais, porém num pais, como o Brasil, que não foi constituído e nem age
dessa forma.

Dessa forma, buscando aprimorar e diversificar o ensino no intuito de facilitar


ao máximo o aprendizado em Língua Inglesa pelos alunos, foi que elaboramos
o Projeto Didático* cujo tema consistiu na utilização da música inglesa como
instrumento lúdico, facilitador, motivador e eficaz no entendimento dos alunos
em relação aos temas como o Bullying.

Segundo Jolibert (1994), “um projeto se constitui em um trabalho no sentido de


resolver um problema, explorar uma ideia ou construir um produto que se tenha
planejado ou imaginado. O produto de um projeto deverá ter necessariamente
significado para quem o executa. ”

Ou seja, o Projeto Didático é a organização e planejamentos de conteúdo, que


venham achar soluções para situações problemas, fazendo com que os alunos
sejam mais participativos no processo de construção do aprendizado, alunos
atuantes/pesquisadores e não alunos passivos, o professor passa a atuar como
um mediador no processo de aprendizagem do aluno. O produto final do
trabalho deve ser exposto para que seja apreciado pela escola, dando mais
sentido as práticas escolares.
Segundo Paulo Freire a verdadeira aprendizagem é aquela que transforma o
sujeito, ou seja, os conhecimentos e saberes que são ensinados são
entendidos pelos alunos e pelos professores e são montados com base no seu
entendimento, tornando-se independente, questionadores, críticos, não mais
passivo só sentado colhendo as informações, mas adotando uma nova postura
como agente construtor ou como parte integrante do processo de ensino e
aprendizagem. “Nas condições de verdadeira aprendizagem, os educandos
vão se transformando em reais sujeitos da construção e da reconstrução do
saber ensinado, ao lado do educador igualmente sujeito do processo”.
(FREIRE, 1996, p. 26).

É no estágio supervisionado II - Regência, que nos proporciona de enxergar na


pratica, de como está sendo proposto o ensino da Língua Inglesa, no que tange
ao exercício da oralidade, do ouvir, da leitura e do escrever texto coesos,
ficando claro que nós professores se queremos um ensino de excelência,
temos que estar na sintonia, por exemplo, os PCN’s, BNCC e não insistindo em
um modelo de aula fracassado, tornando suas aulas monótonas e maçantes
para os alunos, mas criando estratégias, que venham cada vez mais, motivar
os alunos para os estudos, a leitura e a escrita, na Língua Inglesa.

Uma forma bem interessante que o professor pode adotar numa sala de aula
são os estilos de aprendizagem, isso vai contribuir bastante para o
desenvolvimento do aluno no idioma, porque o aluno vai descobrir através de
um questionário a forma pelo qual ele consegue absorver os assuntos de forma
mais eficaz e eficiente. O aluno vai descobrir se ele é Visual (visual learners),
Auditivo (auditory learners) ou Cenestésico (kinesthetic learners). Abaixo uma
breve descrição dos estilos de aprendizagem.

Aprendedores visuais - você aprende melhor por meios visuais, por exemplo,
lendo, olhando imagens ou filmes. Você lembra melhor as instruções se as vê,
por exemplo no quadro.

Aprendentes auditivos - você aprende melhor ouvindo coisas, por exemplo


palestras ou fitas. Você gosta de professor para dar instruções orais e você
gosta de fazer gravações de fita do que está aprendendo e ter discussões.

Aprendentes kinestésicos - você aprende melhor quando tem experiência


prática, quando está envolvido fisicamente ou pode participar ativamente. Você
gosta de se mudar quando você aprende e diversifica as atividades da sala de
aula.

Essa descoberta é fascinante, pois, através dela, o aluno, irá priorizar o estilo
de aprendizagem que lhe melhor favorece, contribuindo para diminuição da
falta de interesse dos alunos quanto ao estudo da Língua Inglesa e também de
outras matérias
8. OBJETIVOS

8.1 OBJETIVO GERAL

Proporcionar ao aluno estudante de Língua Inglesa oriundo da escola pública


estadual uma melhor condição de ensino através da pesquisa de textos,
práticas de escritas e através de desenvolvimento de atividades lúdicas com a
utilização da música inglesa, listening, transformando este aluno num
conhecedor de outras culturas diferente da sua, abrindo o seu entendimento
para novas possibilidades de aprendizagem.

8.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

· Conscientizar os alunos da importância do aprendizado da Língua


Inglesa;

· Promover atividades e práticas de leitura e pesquisa

· Identificar a abordagem nas músicas trabalhadas no projeto didático, no


combate ao Bullying; Trabalhar as quatro habilidades como a leitura, audição,
escrita e fala, através de textos e a música escolhida para trabalhar na aula.

9. RELATÓRIOS CONCERNENTES AO ESTÁGIO II - REGÊNCIA

Ao dia 30 de agosto de 2022, cheguei a escola as 7h para iniciar o meu


primeiro dia de Estágio - Escola Estadual de Gurinhata de 1 e 2 Grau – .
Neste dia conforme cronograma do estágio, disponibilizado pela professora
Silvia Araujo, estava previsto para conhecimento da realidade escolar.

De início, me dirigir a vice direção para falar com a vice-diretora Lucia Brito,
pedindo autorização para conhecimento da escola. Como eu já tinha feito meu
estágio de observação nesta mesma escola, já conhecia alguns
departamentos, mas mesmo assim, fui dar uma olhada nas dependências da
escola e tive a triste constatação de que nada mudou do período entre a
realização do estágio supervisionado que se inicia.Após, fui até a sala dos
professores para poder conversar com a professora Silvia Araújo, a minha
professora regente, sobre a turma que eu iria assumir, e de cara ela me
informou que eu ficaria com o 7º ano - Turma 2, dia de segunda e quinta-feira
sempre no 3º horário. Informando-me que é uma turma boa, mas que eu teria
que ter pulso firme, pois, eles não gostavam de fazer as atividades e brincavam
muito nas aulas.Aproveitei e entreguei os documentos do estágio para ela,
como TCE (Termo de Compromisso de Estágio Obrigatório) devidamente
assinado e carimbado UNIfaveni, bem como a milha ficha de frequência, que
deveria ser assinada por ela em cada dia de aula ministrada.*

A professora SILVIA Araújo, me mostrou os assuntos que ela já tinha dado na


turma e o Plano de Curso que ela vem trabalhando, já alguns anos, ficamos
conversando a respeito disso, quando o sinal tocou para o terceiro horário, e a
professora me perguntou se eu gostaria de conhecê-los, eu prontamente disse
que sim.Fomos até a sala do 7º ano 2, era aula dela, a professora SILVIA pediu
para eu sentar no lado dela e começou a me apresentar e falar a respeito do
trabalho que eu iria desenvolver com eles, os alunos, logo as perguntas e os
olhares curiosos começaram a surgir “A Senhora vai embora pró?”, “ Ele só vai
dar aula para nossa turma?”

Depois da sabatina, eu me apresentei e disse que estaria ali para dar o melhor
de mim para turma, falei um pouco sobre a minha formação acadêmica a
minha caminhada profissional e quanto o estudo de Língua Inglesa me ajudou,
aproveitei também, para incentivá-los a tomarem um curso de inglês no turno
oposto ao da escola, para poder ajudar no aprendizado do idioma e finalizei
tranquilizando-os informando que não precisava temer nada e que as minha
intenções era apenas em ajuda-los a aprender um pouquinho de inglês, pois, a
vida é um eterno aprendizado, sempre vamos está estudando, mas que
esperava que eles retribuíssem, através dos estudos. Em seguida me despedir
da turma e a professora Sandra prosseguiu com a sua aula, informando a mim
e aos alunos que eu começaria a partir do dia 10/04, pois dia 06/04 era
paralisação dos professores.

12. AVALIAÇÃO/SUGESTÃO DO ESTÁGIO

Realmente não poderia concluir o curso de Letras, sem ter que passar por essa
experiência incrível que foi o Estágio Supervisionado II – Regência em Língua
Inglesa (LI), no Centro Educacional Carneiro Riberio – Classe IV. Incrível
porque ensinar não é nada fácil, ainda mais um idioma que não é o idioma
materno/oficial dos meus alunos. Os estudantes criam barreiras no
aprendizado da LI, por entenderem que o inglês não vai ter serventia nenhuma
para eles, ou que falar inglês é para quem vai viajar e por esta razão, irá
precisar se comunicar, ou seja, eles entendem que o inglês está fora da
realidade deles.Sabendo disso, pois, conversei com alguns alunos antes do
início desse estágio de regência, elaborei para meu primeiro dia de aula, uma
aula que procurasse desmistificar isso. Então pensei em começar a aula de
uma forma diferente contando como a Língua Inglesa (L.I) surgiu, os países
que tem a L.I como a língua oficial etc, no intuito de despertar neles um
interesse pela língua, mostrando a importância de saber o inglês para uma
futura seleção no mercado de trabalho, para conversar com pessoas de todo
mundo e também pelo enriquecimento cultural.Com o estágio em andamento,
foram feitas observações importantes que me deram subsídios para compor
este relatório. Informações essas, que me permitiram fazer reflexões críticas
quanto à evolução e desenvolvimento intelectual dos alunos. Pude verificar que
à medida que as aulas iam passando, eles iam participando mais, iam fazendo
as atividades, ao ponto de apresentarem um mini seminário como parte do
projeto didático proposto para turma desde o início em abril deste
estágio.Avalio o projeto didático por mim arquitetado um sucesso, pois, desde a
sua construção até a sua finalização houve um entrosamento, pela maioria da
turma, muito grande fazendo com que eles conseguissem executar entre eles
as tarefas que lhes foram imputadas. Tanto a parte oral, escrita e também o
escutar, que foi carinhosamente pensando nesse projeto, devido à falta de
estrutura nas salas de aula da escola para se treinar o listening pelo menos
uma vez a cada duas aulas, foram trabalhadas.Isso me deixou extremamente
contente, porque foi à quebra de um discurso enraizado pelos professores da
Escola Classe IV, de que os alunos não fazem nada, não são capazes de
desenvolver um projeto desde seu início com a pesquisa até a conclusão que
foi a apresentação. A realização desse projeto foi à prova de que eles, os
professores estão enganados.Mas nem tudo são “flores”, tive alguns casos de
alunos indisciplinas, bagunceiros, que não queriam estudar, problemas
estruturais da escola, muita zuada nos corredores, falta de ventilação
apropriada, enfim, problemas não faltaram, mas os acertos e as partes boas
superaram e muito os problemas, só em olhar para o rosto de seu aluno e
enxergar que ele entendeu o assunto mediante a sua explicação, que eles
conseguiram realizar um desafio, isso não tem preço .Ratifico que o meu
estágio foi um sucesso, valorizando-o como uma ferramenta de aprendizagem
muito significativa na vida de um estudante de licenciatura. A minha
experiência foi bem enriquecedora e vou leva-la para toda a minha vida
acadêmica. Isso só me fez confirmar que estou no caminho certo em relação à
minha profissão, procurando ajudar aos alunos pensarem de maneira crítica,
como estudantes e cidadãos brasileiros, contribuindo para construção de uma
educação melhor.Por fim, abro um espaço para sugerir primeiramente a
UNIFAVENI, que crie na grade de LETRAS E INGLES, matérias mais voltadas
para o ensino nas escolas, para preparar mais seus estudantes para o
enfrentamento das salas de aula, uma vez, que as matérias que existem hoje,
ao meu ver são poucas mas sugiro palestras e cursos para seus professores
de como realizar aulas motivadas ou como motivar seus alunos para o
estudo/aprendizagem, isso é um déficit muito grande que eu identifiquei, eles,
os professores, precisam ser motivados a dar aula, bem como motivar seus
alunos a aprenderem, no mais como eu falei as questões financeiras pesam
muito.

13. CONSIDERAÇÕES FINAIS


Vou iniciar essas considerações finais, falando sobre a Escola Classe IV, que
situado em um bairro da periferia da cidade do Salvador, procura dentro de
suas possibilidades promover uma educação de boa qualidade para seus
alunos.A escola precisa de uma reforma urgente principalmente nas suas salas
de aula, pois, as salas não possuem portas, os ventilares estão com defeito e
são insuficientes, quadros danificados etc. O corpo de professores é
qualificado, mas muitos estão desmotivados pelo sistema de educação em
vigor.Entendo que o papel do professor é estar se reinventando a cada dia,
procurar trazer coisas novas para os alunos, é entender que o tipo de aula
ministrada de forma tradicional, sendo, nós professores apenas transmissores
de informação não é mais aceito pelos alunos. Eu digo isso, por experiência
própria neste estágio, os tempos são outros e essa geração é imediatista, ela
necessita de estar vivenciando coisas novas, para não cair na mesmice e
terminarem desmotivadas para os estudos e isso é crucia no aprendizado das
matérias em especial na Língua Inglesa, que mais sofre com isso uma vez que,
não corresponde ao idioma oficial do estudante.Obviamente que não
poderemos dar aulas lúdicas diariamente, mas devemos procurar passar o
assunto de forma diferenciada, fazendo com que eles entendam e reflitam
naquilo que eles estão estudando, tornando-se um aluno pensante, critico
proativo e isso, nós professores conseguiremos através de estudos,
aprimoramentos, troca de experiências com colegas professores que utilizaram
métodos de sucesso ou não e do principal da nossa força de vontade em
querer mudar.Por fim, concluo o estágio com a sensação de dever cumprido,
em saber que procurei fazer o meu melhor, aplicando os meus conhecimentos
aprendidos na academia através da ministração das aulas da professora Gina
Teixeira, bem como as dicas do corpo de professores da Classe IV em especial
a professora Sandra Araújo. Concluo com a frase de um grande pensador da
educação brasileira Mario Sérgio Cortella:Tem que ter esperança ativa. Aquela
que é do verbo esperançar, não do verbo esperar. O verbo esperar é aquele
que aguarda enquanto o verbo esperançar é aquele que busca, que procura,
que vai atrás.

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