Grazielle Tigre
Tucuruí - 2022 1
• Manual de Dosagem e Controle do
Concreto (Paulo Helene e Paulo Terzian
São Paulo, 1992, Ed. Pini).
• Método IPT/EPUSP
• Este método estabelece como resultado final de sua aplicação, um diagrama de dosagem onde são
representadas as leis de comportamento: Abrams, Lyse e Molinari.
• Este método preconiza a formulação de curvas de dosagem para traços padrões (1:m) chamados de
traço de referência, traço rico e traço pobre. Para atingir as características básicas do concreto, varia-se
o fator água/cimento e o teor de argamassa com a finalidade de se obter um concreto com
resistência, textura e consistência adequada à aplicação desejada.
• Uma das fases mais importantes do estudo é a determinação do teor ideal de argamassa para o
traço inicial, pois a adequabilidade do concreto quando lançado na fôrma depende desse fator.
• A partir das misturas realizadas determinam-se as curvas de dosagens para os materiais empregados.
Lei de Abrams
• Para um certo conjunto particular de materiais, a resistência do concreto é
função da relação a/c.
Lei de Inge Lyse
Para um certo conjunto particular de materiais e uma mesma consistência dos
concretos a quantidade de água necessária para qualquer traço é a mesma.
Lei de Inge Lyse
Como consequência tem-se que para um certo conjunto particular de materiais,
mantida a consistência do concreto medida pelo ensaio do abatimento do tronco de
cone, o traço "m" é diretamente proporcional à relação a/c segundo a equação:
Lei de Molinari
• O consumo de cimento de um concreto correlaciona-se com o valor do traço seco
“m” através de uma curva do tipo:
Curvas de dosagem
Apresentam os parâmetros:
• Resistência à compressão,
• Fator a/c
• Relação agregado seco/cimento
• Consumo de cimento por m³
1: a : p: x
m = a+p
Resistência à compressão
Relação a/c
Traço
Consumo de materiais
O início do estudo experimental parte da avaliação preliminar com
mistura em betoneira => traço 1:5
Baseados na informação obtidas nessa mistura, produz-se mais dois
traços =>( 1:3,5 e 1:6,5)
TRAÇO NORMAL:
1:5
TRAÇOS AUXILIARES:
1:3,5 ( traço rico)
1:6,5 ( traço pobre)
Teor de Argamassa (α) - É a relação entre a massa de cimento + areia e
todo o material seco do concreto (cimento+areia+agregado graúdo)
1 a 1 a m = material seco do concreto
(%) 100 (%) 100 a= areia
1 a p 1 m p = agregado graúdo
Essa é uma das fases mais importante do estudo de dosagem, pois é a
que determina a adequabilidade do concreto quando lançado na
fôrma;
Portanto, o objetivo é determinar o teor ideal de argamassa na mistura, que é
feito variando-se o teor de argamassa seca para uma determinada quantidade
de água inicial (com o traço inicial 1:5).
Lançar os materiais na betoneira , realizando acréscimos sucessivos
de argamassa seca na mistura através do lançamento de cimento e
areia. A quantidade de agregado graúdo é fixa!
Abatimento final :
______±______ mm
Procedimentos práticos para definição do teor de argamassa
1) Imprimação da betoneira deixando o material excedente cair livremente,
quando a betoneira estiver com a abertura para baixo e em movimento;
2) Após pesar e lançar os primeiros materiais na betoneira, deve-se misturá-lo
durante 5 minutos. Ao final verificar se é possível efetuar o abatimento de
tronco de cone, ou seja, se há coesão e plasticidade adequada;
Observar a ordem de lançamento
3) Após este procedimento são realizados os acréscimos sucessivos de argamassa
na mistura, através do lançamento de cimento e areia. (Obs:a
quantidade de agregado graúdo na mistura não é alterada).
4) Para a definição do teor ideal de argamassa deve-se realizar o procedimento
baseado em observações práticas (para cada teor de argamassa):
a) com a betoneira desligada, retirar todo o material aderido nas pás e superfície
interna. Com a colher de pedreiro trazer todo o material para a região inferior da cuba
da betoneira,
b) passar a colher de pedreiro sobre a superfície do concreto, introduzir dentro
da massa e levantar no sentido vertical. Verificar se a superfície exposta está com
vazios, indicando falta de argamassa.
c) Introduzir novamente a colher no concreto e retirar uma
parte do mesmo, levantando-o até a região superior da cuba da
betoneira. Verificar, então, se há desprendimento de agregado
graúdo na massa, o que indica falta de argamassa na mistura.
Após esta observação, soltar o concreto que está sobre a colher
e verificar se a mesma cai de modo compacto e homogêneo,
o que indica teor de argamassa adequado.
d) para as misturas que apresentarem adequabilidade nos
procedimentos descritos: sem vazios na superfície e sem
desprendimento de agregados, queda de modo homogêneo e
compacto, deve-se determinar o abatimento. Caso o mesmo não
atinja a faixa estabelecida, deve-se acrescentar a quantidade de
água suficiente.
e) Após o ensaio de abatimento, deve-se bater suavemente na lateral inferior do mesmo,
com a haste de socamento para verificar sua queda. Se a mesma se realizar de modo
homogêneo, sem desprendimento de porções, indica que o concreto está com teor de
argamassa considerado bom.
f) Observar também, se ao redor da base de concreto com formato de tronco de cone aparece
uma camada de água oriunda da mistura . Esta ocorrência evidencia que há
tendência de exsudação de água nessa mistura por falta de finos, que pode ser
corrigida com a mudança da granulometria da areia ou aumentando o α.
Traço 1:a:p
Relação a/c
Consumo do cimento por m3 de concreto
Consumo de água por m3 de concreto
Massa específica do concreto fresco
Abatimento do tronco de cone (mm)
7) Molda-se os CP’s para ruptura, nas idades: 3 dias , 7 dias, 28 dias, 63 dias e 91 dias.
Obtenção dos traços auxiliares
A nova etapa do estudo de dosagem é produzir mais dois traços auxiliares
para a possibilidade da montagem do diagrama de dosagem.
OBS: Observar que os dois novos traços devem manter fixo o teor de argamassa (α) e o
abatimento do tronco de cone , determinados para o traço 1:5 (usar α = 35% como
exemplo)
Logo, para α = 35% temos:
C.a / c
É determinado pelo consumo do cimento x f a/c = a +p
• Diagrama de Dosagem