O hipotireoidismo PRIMÁRIO representa > 90% dos casos, sendo bastante comum.
Tem
prevalência de 2-4% em indivíduos > 65 anos, e algo em torno de 0,5-1% da população
geral! O
hipotireoidismo congênito (quase sempre primário, por “disgenesia” da glândula) é
diagnosticado
em 1 a cada 2-4 mil recém-natos... Seu screening deve ser feito de rotina através do
“teste do
pezinho” (realizado entre o 3º e 7º dia de vida), e o início precoce de seu tratamento
consegue
prevenir grande parte das sequelas neurológicas (ex.: retardo mental ou cretinismo
Hipoteroidismo 1
A principal etiologia do Hipotireoidismo é tireoidite de Hashimoto (PRINCIPAL EM
ÁREAS SUFICIENTES DE IODO COMO O BRASIL).
Hipopituitarismo (hipotireoidismo secundário): tumores, cirurgia, irradiação,
síndrome de Sheehan (infarto da hipófise no pós-parto), trauma, congênit
Hipoteroidismo 2
Outras tireoidopatias autoimunes – como a doença de Graves (causa clássica de
HIPERtireoidismo) – também podem gerar HIPOtireoidismo! Muitos pacientes
desenvolvem
anti-TPO durante o curso da doença, sofrendo, ao longo dos anos subsequentes, um
processo de destruição progressiva da glândula... O contrário também já foi relatado:
pacientes com Hashimoto podem vir a desenvolver o TRAb (anticorpo antirreceptor de
TSH),
invertendo o padrão clínico para um quadro de HIPERtireoidismo!!!
Achados clinicos:
TSH elevado e T4l baixo, hipercolosterolemia elevada
Sonolencia, ASTENIA, alopecia, pele seca fria e gorssa, ganho de peso , derpessão,
constipação, rouqidão, dispenia, intolerancia ao frio, edema facial, madarose lateral,
Hipoteroidismo 3
bradicardia, edema de mão e pé, amenorreia, parestesias,…
Diagnostico laboratorial
TSH elevado e T4 livre baixo.
Tratamento:
LEVOTIROXINA(LT4)
o Dose terapêutica:
oLT4 1,6 a 1,8 micro g/Kg/dia
o Idosos e coronariopatas iniciar com baixas doses
oLT4 1-1,5 g/Kg/dia
o Cuidados:
o Dieta rica em fibras, colestiramina, sais de Fe e
Hipoteroidismo 4
IBPs: absorção do hormônio
oFenitoína e carbamazepina: clearence
Na gravidez:
Hipoteroidismo 5
descompensação cardiovascular e respiratória. O reconhecimento desta condição pelo
clínico e
intensivista é prejudicado pelo início insidioso e por sua relativa baixa incidência...
PATOGÊNESE
O hormônio tireoidiano, através da ativação da Na+ K+ ATPase, aumenta o consumo
de oxigênio
nos tecidos, sendo um dos responsáveis pela elevação da taxa metabólica basal. Na
diminuição
importante de seus níveis, existe uma tendência comprovada à hipotermia
2. Hipoventilação;
3. Hipotermia;
4. Bradicardia;
5. Hiponatremia;
6. Hipoglicemia;
7. Infecção associada;
8. Lactato elevado.
Tratamento:
Hipoteroidismo 6
12h, em
combinação com levotiroxina, é recomendado por muitos autores, uma vez que
existe
geralmente um prejuízo na conversão periférica de T4 em T3. A dose de ataque de
LT4 serve
para repor o pool periférico hormonal, podendo ser benéfica dentro de horas. Tão
logo o
paciente possa ingerir, as medicações devem ser passadas para a forma oral.
++++
Hipoteroidismo 7