Você está na página 1de 22

Eletricidade

Resistências e Leis de Ohm

Responsável pelo Conteúdo:


Prof. Me. Leonardo Macarrão Junior

Revisão Textual:
Caique Oliveira dos Santos
Resistências e Leis de Ohm

• Circuito Elétrico;
• Resistência Elétrica;
• Primeira Lei de Ohm;
• Segunda Lei de Ohm;
• Relação Entre Resistência e Temperatura;
• Multímetros.


OBJETIVOS DE APRENDIZADO
• Apresentar os conceitos fundamentais das Leis de Ohm e suas importantes características;
• Abordar sobre as resistências e suas funções no campo da elétrica e da eletrônica, abordan-
do, ainda, o uso de um essencial instrumento de medição: o multímetro.
UNIDADE Resistências e Leis de Ohm

Contextualização
O bom entendimento dos princípios físicos que ocorrem nos sistemas elétricos e ele-
trônicos é fundamental não apenas para evitar danos a equipamentos ou à segurança
e à integridade mas também para haver sempre um funcionamento adequado dos siste-
mas, sem sobrecargas elétricas ou outras intercorrências.

Nesse contexto, é igualmente fundamental saber que a resistência elétrica à passa-


gem da corrente elétrica é diferente para cada material ou dimensão da instalação elé-
trica. O conhecimento e o domínio da Primeira Lei de Ohm permitem o cálculo preciso
da tensão, resistência ou corrente elétrica, necessário para o projeto e o dimensiona-
mento de qualquer instalação elétrica. Isso permite, ainda, entender a geração de calor
em circuitos elétricos pelo Efeito Joule e usar esse fenômeno a favor para atingir certos
objetivos. Em algumas situações, a geração de calor pelo Efeito Joule é indesejada. Com
o conhecimento adequado, o engenheiro poderá atuar nas alterações de projeto, para
que a instalação seja preservada e tenha longa duração e uso.

Já a Segunda Lei de Ohm possibilita o entendimento e o cálculo da resistência inclu-


sive com variações da temperatura onde o circuito estiver instalado.

Em instalações que já estejam em operação, especialmente as mais antigas, é sempre


mais trabalhoso descobrir as especificações técnicas. Há até mesmo casos em que as
especificações técnicas não estão disponíveis. Nesses casos, será necessária a avaliação
e medição das grandezas físicas da eletricidade, utilizando o equipamento de medição
apropriado. Sem esse conhecimento prévio, a atuação profissional poderá comprometer
o prazo requerido. Assim, tal conhecimento em eletricidade é muito útil para a atuação
do profissional, não apenas na indústria, mas em qualquer outro ramo corporativo.

Bons estudos!

8
Circuito Elétrico
De forma geral, um circuito elétrico é composto de uma fonte de energia, fios con-
dutores e carga, que pode ser um ou mais resistores. Em geral, os circuitos elétricos
também possuem uma chave para ligar ou desligar o circuito. Quando a chave estiver
ligada, o circuito estará fechado e a energia passará por todos os componentes, colo-
cando o circuito em operação. Se a chave estiver desligada, o circuito estará aberto e,
portanto, não estará em funcionamento. Além disso, podem ser utilizados disjuntores,
relés ou outro dispositivo com a função de ligar ou desligar o circuito. O desligamento
pode ser automático ou manual.
A fonte de energia pode ser a obtida pela rede pública de alimentação ou uma bateria
ou pilha. Os fios condutores, por seu turno, servem para transportar a energia elétrica
e oferecem baixa resistência a essa passagem. Já o resistor ou a carga é um dispositivo
que utiliza a energia elétrica para funcionar, como uma lâmpada, um liquidificador, um
motor elétrico, entre outros. Em um circuito elétrico, pode haver um ou mais resistor ou
carga. A Figura 1 mostra a representação gráfica de um circuito com apenas um resistor.

+
Fonte de energia Resistor ou carga
ou bateria -

Fio condutor Fio condutor

Chave de controle liga-desliga


Figura 1 – Exemplo de esquema de um circuito elétrico

Resistência Elétrica
A corrente elétrica sempre encontra alguma dificuldade para se movimentar através
da estrutura atômica dos materiais. Essa oposição à passagem da corrente elétrica que os
materiais oferecem é chamada de resistência elétrica. Ela é representada pela letra R, e
a sua unidade de medida é o ohm (Ω). Os fios condutores são fabricados em material de
alta condução elétrica, em geral, o cobre. Apresentam baixa resistência elétrica, despre-
zível para os nossos cálculos.

No caso dos resistores, tais como lâmpadas, chuveiro elétrico, entre outros, apresen-
tam alta resistência à passagem da corrente elétrica, entrando em funcionamento para
o qual foram projetados. Essa resistência é ocasionada pela fricção dos elétrons livres
e gera calor. As resistências elétricas podem ser representadas graficamente de duas
maneiras, conforme a Figura 2.

R R

Figura 2 – Representação gráfica da resistência elétrica

9
9
UNIDADE Resistências e Leis de Ohm

Como exemplo, ao ligar um chuveiro elétrico, a corrente elétrica passa por um resis-
tor (que chamamos popularmente de resistência) que é fabricado em cromo ou níquel.
Esse resistor se aquece ao oferecer resistência à passagem da corrente elétrica. A água
é aquecida ao passar por ele. O mesmo princípio vale para um aquecedor de ar ou um
fogão elétrico. Na Figura 3, podemos observar o resistor aquecido.

Figura 3 – Elemento aquecedor


Fonte: Getty Images

O aumento da temperatura do material devido à passagem da corrente elétrica é


denominado Efeito Joule.

Primeira Lei de Ohm


A Primeira Lei de Ohm trata das relações entre tensão, resistência e correntes elétri-
cas em um circuito. A intensidade da corrente elétrica que passa por uma resistência R
depende da própria resistência R e do valor da tensão V aplicada.

Existem três fórmulas para aplicar a Primeira Lei de Ohm:

V V
=I =ou R = ou V R× I
R I

Onde:
• I = corrente elétrica (A);
• V = tensão (V);
• R = resistência (Ω).

10
Exemplo 1
Calcular a corrente elétrica I que uma lâmpada elétrica de resistência igual a 100 Ω
consome quando alimentada por uma tensão de 110 V.

Solução
V 110
I= →I = → I = 1,1 A
R 100

Exemplo 2
Calcular a resistência R para uma tensão de 220 V e corrente elétrica de 22 A.

Solução
V 220
R= →R= → R = 10 Ω
I 22

Exemplo 3
Calcular a tensão V quando uma corrente elétrica I de 5,5 A passa por uma resistên-
cia R de 22 Ω.

Solução
V =I × R → V =5,5 × 22 → V =121V

Segunda Lei de Ohm


A Segunda Lei de Ohm estabelece que a resistência elétrica de um condutor homo-
gêneo é diretamente proporcional ao seu comprimento e inversamente proporcional à
área transversal desse condutor.

Cada material oferece uma resistividade ρ (letra grega rô), cuja unidade de medida é
(Ω × m) – ohm × metro. As dimensões do material são o seu comprimento L, em m, e
a área da seção transversal A, em m2, conforme mostrado na Figura 4.

L(m) Fio condutor


Área A
(m2)
Material (ρ)
Figura 4 – Grandezas físicas que afetam a resistividade de um fio condutor

11
11
UNIDADE Resistências e Leis de Ohm

A fórmula de aplicação da Segunda Lei de Ohm é:

L
R=ρ
A

Onde:
• R = resistência (Ω);
• ρ = resistividade do material (Ω × m);
• L = comprimento do condutor (m);
• A = área da seção transversal do condutor (m2).

Cada metal condutor usado na fabricação dos resistores possui uma classificação e
apresenta valores diferentes para sua resistividade. A Tabela 1 mostra os valores de re-
sistividade para alguns materiais à temperatura de 20°C, que é muito próxima da nossa
temperatura ambiente. Para outras temperaturas, será necessário o cálculo diferenciado,
que será visto adiante.

Tabela 1 – Resistividade média dos materiais


Classificação Material: (T = 20°C) Resistividade: ρ (Ω x m)
Prata 1,6·10–8
Cobre 1,7·10–8
Metal
Alumínio 2,8·10–8
Tungstênio 5,0·10–8
Latão 8,6·10–8
Liga Constantan 50·10–8
Níquel-cromo 110·10–8
Carbono Grafite 4.000 a 8.000·10–8
Água pura 2,5·103
Vidro 1010 a 1013
Porcelana 3,0·1012
Isolante Mica 1013 a 1015
Baquelite 2,0·1014
Borracha 1015 a 1016
Âmbar 1016 a 1017
Fonte: Adaptada de CRUZ, 2013, p. 83

Observa-se, pela tabela, que o cobre é um bom condutor de eletricidade, pois apre-
senta o menor valor de resistividade. A prata é até melhor, porém é um material bem
mais caro. Vale lembrar que, em grandes distâncias, a resistência ficaria com um valor
suficientemente grande para atenuar o sinal sendo transmitido.

O potenciômetro rotativo, bastante utilizado em circuitos eletrônicos, é um exemplo


dessa aplicação. Ele tem sua resistência variável medida por intermédio do terminal
central e de uma de suas extremidades. Isso é possível devido ao deslocamento da haste
ao longo do material resistivo que está contido internamente no dispositivo. A Figura 5

12
mostra o esquema de funcionamento de um potenciômetro e a representação gráfica
utilizada em diagramas.

Figura 5 – Esquema de funcionamento e símbolo de um potenciômetro


Fonte: Adaptada de Wikimedia Commons

No cálculo de resistências, a Segunda Lei de Ohm é muito importante para calcular


linhas de transmissão de energia e calor, utilizadas em redes telefônicas e para comuni-
cações de dados, como os cabos de rede usados para conectar computadores.

Exemplo 4
Um engenheiro eletricista encarregado pelo setor de implantação de redes em uma
grande operadora de telecomunicações precisa saber qual a resistência de um cabo
telefônico de cobre de 4 mm de diâmetro e comprimento de 5 km, para verificar se
está dentro dos limites de resistência para não afetar o sinal transmitido, à temperatura
ambiente de 20°C.

Solução
Antes de aplicarmos a fórmula, devemos observar que o comprimento L precisa estar
em m e a área da seção transversal do condutor precisa estar em m2. Portanto, vamos
fazer as conversões necessárias.
• Comprimento do condutor: L = 5 km = 5.000 m = 5 × 103 m.
• Diâmetro do condutor: d = 4 mm = 0,004 m = 4 × 10–3 m.

Com o diâmetro convertido em m, podemos calcular a área da seção transversal:

( )
2
d2 4 ×10−3
A =π → A =π × → A =π × 4 ×10−6 → A =1, 257 ×10−5 m 2
4 4

Da Tabela 1, obtemos o valor da resistividade do cobre: ρ = 1,7 × 10–8 Ωm.

Substituindo os valores na fórmula da Segunda Lei de Ohm:

L 5 ×103
R= ρ → R = 1, 7 ×10−8 → R = 6, 76 Ω
A 1, 257 ×10−5

13
13
UNIDADE Resistências e Leis de Ohm

Exemplo 5
Calcular a resistência de um fio de alumínio de 8 mm de diâmetro e comprimento de
1 km, à temperatura ambiente de 20°C.

Obs.: os condutores de alumínio são menos comuns do que os condutores de cobre,


porém eles também têm aplicações nas instalações elétricas.

Solução
Antes de aplicarmos a fórmula, devemos observar que o comprimento L precisa estar
em m e a área da seção transversal do condutor precisa estar em m2. Portanto, vamos
fazer as conversões necessárias.
• Comprimento do condutor: L = 1 km = 1.000 m = 103 m.
• Diâmetro do condutor: d = 8 mm = 0,008 m = 8 × 10–3 m.

Com o diâmetro convertido em m, podemos calcular a área da seção transversal:

( )
2
d2 8 ×10−3
A =π → A =π × → A =π ×1, 6 ×10−5 → A = 5, 03 ×10−5 m 2
4 4

Da Tabela 1, obtemos o valor da resistividade do alumínio: ρ = 2,8 × 10–8 Ωm.

Substituindo os valores na fórmula da Segunda Lei de Ohm:

L 103
R= ρ → R = 2,8 ×10−8 → R = 0,557 Ω
A 5, 03 ×10−5

Exemplo 6
Determinar a resistência elétrica de um fio condutor de cobre de 3.500 m de compri-
mento, com área transversal de 6 mm².

Solução
Neste caso, o comprimento já está em metros. Já foi dada a área (e não o diâmetro)
da seção transversal do fio e, portanto, não será necessário calcular. Porém, será neces-
sário converter essa área de mm2 para m2, para depois aplicar a fórmula.
• Área da seção transversal do fio: A = 6 mm2 = 0,000006 = 6 × 10–6 m2.

Da Tabela 1, obtemos o valor da resistividade do cobre: ρ = 1,7 × 10–8 Ωm

Com a área da seção transversal do fio convertida em m2, podemos aplicar a Segun-
da Lei de Ohm, substituindo os valores na fórmula:

L 3500
R= ρ → R = 1, 7 ×10−8 → R = 9,917 Ω
A 6 ×10−6

14
Exemplo 7
Considerar os mesmos dados do exemplo 6, porém o comprimento do fio condutor
de cobre agora é de 5.000 metros.

Solução
Basta apenas aplicar a fórmula da Segunda Lei de Ohm.

L 5.000
R= ρ → R = 1, 7 ×10−8 → R = 14,167 Ω
A 6 ×10−6

Comparando o resultado com o do exemplo 6, observamos que, utilizando o mesmo


material do fio condutor, no caso, o cobre, e mantendo o mesmo diâmetro do fio, mas
aumentando o comprimento, a resistência aumenta.

Exemplo 8
Considerar novamente os mesmos dados do exemplo 6, porém a área da seção
transversal do fio condutor de cobre agora é de 9 mm2.

Solução
Convertendo a área da seção transversal do fio de mm2 para m2:
• Área da seção transversal do fio: A = 9 mm2 = 0,000009 = 9 × 10–6 m2.

Aplicando a fórmula da Segunda Lei de Ohm:

L 3.500
R= ρ → R = 1, 7 ×10−8 → R = 6, 611Ω
A 9 ×10−6

Comparando mais uma vez o resultado com o do exemplo 6, observamos que, uti-
lizando o mesmo material do fio condutor, no caso, o cobre, e aumentando o diâmetro
do fio e mantendo o comprimento, a resistência diminui.

Relação Entre Resistência e Temperatura


Nos exemplos anteriores, a resistividade dos materiais é adotada à temperatura de
20°C. Ao aplicar o mesmo condutor sob diferentes temperaturas, haverá alteração na
resistividade. Isso porque a resistividade dos materiais depende da temperatura. Outra
característica dos materiais é o coeficiente de temperatura, que mostra de que forma
a resistividade e, consequentemente, a resistência, variam com a temperatura. O coe-
ficiente de temperatura de um material é representado pela letra grega α (alfa), e sua
unidade de medida é °C–1.

15
15
UNIDADE Resistências e Leis de Ohm

A variação da resistividade e da resistência em função da variação da temperatura


pode ser calculada por meio das expressões:

ρ= ρ0 × (1 + α × ∆T ) e R= R0 × (1 + α × ∆T )

Onde:
• ρ = resistividade do material (Ωm) à temperatura T;
• ρ 0 = resistividade do material (Ωm) a uma temperatura de referência T0;
• R = resistência do material (Ω) à temperatura T;
• R0 = resistência do material (Ω) a uma temperatura de referência T;
• α = coeficiente de temperatura dos materiais condutores (°C–1);
• ∆T = T – T0 = (TFinal – TInicial) = variação da temperatura (°C).

A Tabela 2 apresenta valores do coeficiente de temperatura de alguns materiais:

Tabela 2 – Coeficiente de temperatura de materiais


Classificação Material Coeficiente: α (°C–1)
Prata 0,0038
Alumínio 0,0039
Metal
Cobre 0,0040
Tungstênio 0,0048
Constantan 0 (valor médio)
Liga Níquel-cromo 0,00017
Latão 0,0015
Carbono Grafite –0,0002 a –0,0008
Fonte: Adaptada de CRUZ, 2013, p. 84

Exemplo 9
Um aquecedor possui uma resistência de fio de níquel-cromo e vale R0 = 12 Ω à
temperatura de 20°C. Quando o aquecedor está ligado em 127 V, a sua temperatura
estabiliza em 700°C. Qual a resistência do aquecedor quando está em operação?

Solução
Conforme a Tabela 2, o coeficiente de temperatura do níquel-cromo é:

α = 0,00017 (°C–1)

Cálculo da variação de temperatura entre o aparelho desligado e em operação:

∆T = T − T0 → ∆T = 700 − 20 = 680°C

Substituindo os valores na fórmula:

R = R0 × (1 + α × ∆T ) → R = 12 × (1 + 0, 00017 × ( 680) ) → R = 13,39 Ω

16
Exemplo 10
Calcular a resistência de uma lâmpada com filamento de tungstênio cuja resistência
R0 é de 10 Ω à temperatura de 20°C, considerando que a lâmpada atinge a temperatura
de 1.000°C durante sua operação.

Solução
Conforme a Tabela 2, o coeficiente de temperatura do tungstênio é:

α = 0,0048 (°C–1)
Cálculo da variação de temperatura entre o aparelho desligado e em operação:

∆T = T − T0 → ∆T = 1.000 − 20 = 980°C

Substituindo os valores na fórmula:

R = R0 × (1 + α × ∆T ) → R = 10 × (1 + 0, 0048 × ( 980) ) → R = 57, 04 Ω

Multímetros
Multímetros são instrumentos de medição utilizados para medir tensão, corrente e
resistência elétrica. Eles recebem esse nome justamente porque são capazes de medir
várias grandezas elétricas, bastando apenas ajustar o aparelho para o que se deseja
medir e efetuar a leitura. Basicamente, existem dois tipos de multímetros, ambos com a
mesma função, os analógicos, que possuem um ponteiro que se desloca sobre as escalas
a serem medidas, e os digitais. As Figuras 6 e 7 mostram os dois tipos de multímetro.

Figura 6 – Multímetro analógico Figura 7 – Multímetro digital


Fonte: Getty Images Fonte: Getty Images

Observa-se, pelas figuras, que dois cabos (em geral, um preto e outro vermelho) devem
ser conectados ao multímetro. Esses cabos são posicionados sobre o circuito elétrico a ser
medido, efetuando-se, assim, a leitura no aparelho, seja analógico, com o ponteiro, seja
digital. Esse procedimento deve ser adotado para efetuar a medição de qualquer uma das
grandezas que o multímetro puder medir.

17
17
UNIDADE Resistências e Leis de Ohm

Existem vários tipos de multímetro. Para a operação, além de ajustar o seletor do


equipamento para a grandeza física a ser medida, é necessário ter ideia da ordem de
grandeza do valor a ser medido, para, então, ajustar a escala de medida do equipamento,
a fim de evitar danos por sobrecarga.

Os danos ao equipamento mais frequentes acontecem quando há ajuste de grandeza


diferente do que se deseja medir, por exemplo, medir tensão (V) com o equipamento
ajustado para medir corrente (A) ou resistência (Ω).

Também haverá danos ao equipamento se houver mudança da chave seletora de


escalas com o instrumento conectado em um circuito ativo, por exemplo, passando da
escala de corrente para resistência. Geralmente, quando isso ocorre, o instrumento tem
seu circuito impresso e o circuito de proteção danificado. Sabendo a escala e o tipo de
grandeza que será medido, basta utilizar as pontas de prova sobre o componente que
será medido.

Para medir tensão em corrente contínua, o multímetro deve ser ajustado para a esca-
la DC e, em seguida, conectam-se as pontas de prova “em paralelo”.

Portanto, é necessário que se tenha cuidado e atenção ao manusear o dispositivo


de medição, a fim de evitar acidentes ou danos ao equipamento. Na dúvida, procure o
manual de instruções do equipamento ou um profissional capacitado e treinado.

18
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

Vídeos
Me Salva! CRC01 – Introdução ao curso e Lei de Ohm
https://youtu.be/JFUBx2QsEhg
2ª Lei de Ohm – Resistividade elétrica do condutor
https://youtu.be/jBErpjIx7n0
Como Utilizar o Multimetro – HD
https://youtu.be/7qntlsNa8iI
Como conectar e como funciona um potenciômetro
https://youtu.be/ZRAZAWDDxRk

19
19
UNIDADE Resistências e Leis de Ohm

Referências
ALBUQUERQUE, R. O. Análise de circuitos em corrente contínua. 21. ed. São
Paulo: Érica, 1997. 192 p.

BOYLESTAD, R. L. Introdução à análise de circuitos. 12. ed. São Paulo: Pearson,


2012. 959 p.

CAPUANO, F. G.; MARINO, M. A. M. Laboratório de eletricidade e eletrônica: teo-


ria e prática. 24. ed. São Paulo: Érica, 2010. 309 p.

CRUZ, E. C. A. Eletricidade básica: circuitos em corrente contínua. São Paulo: Érica,


2013. 136 p.

DUARTE, M. de A. Eletrônica analógica básica. Rio de Janeiro: LTC, 2017. 310 p.

GUSSOW, M. Eletricidade básica. 2. ed. São Paulo: Pearson, 2004. 639 p.

20

Você também pode gostar