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Venóclise

Profº. Enfº. Fábio Augusto


• Definição:
• É a introdução de grande quantidade de líquido, por via endovenosa.

• Locais de aplicação:
• De preferência veias que estejam distantes de articulações, para
evitar que, com o movimento a agulha transfixe a veia.
Injeção Endovenosa (EV)

• Definição:
É a introdução de medicamento diretamente na veia.

• Finalidades:
• Obter efeito imediato do medicamento.
• Administração de drogas, contraindicadas pela VO, SC, IM, ou por sofrerem
a ação dos sucos digestivos ou por serem irritantes para os tecidos.
• Administração de grandes volumes de soluções em casos de desidratação,
choque, hemorragias, cirurgias.
• Efetuar nutrição parenteral.
• Instalar terapêutica com sangue e hemoderivados.
Locais de Aplicação:
• Veias superficiais:
• Veias superficiais de grande calibre da dobra do cotovelo: cefálica,
basílica e mediana.
• Veias do dorso da mão e antebraço.
• Veias profundas: por meio de cateteres introduzidos por punção ou
flebotomia (médicos).
Observações:
• Não administrar drogas que contenham precipitados ou flóculos em suspensão (deve ser
cristalina).
• Para administrar dois medicamentos ao mesmo tempo, puncionar a veia uma vez,
usando uma seringa para cada droga. Só misturar drogas na mesma seringa se não existir
contraindicação.
• Fazer rodízio dos locais de punção.
• A presença de hematoma ou dor indica que a veia foi transfixada ou a agulha está fora
dela: retirar a agulha e pressionar o local com algodão. A nova punção deverá ser feita
em outro local, porque a recolocação do garrote aumenta o hematoma.
• Para facilitar o aparecimento da veia pode-se empregar os seguintes meios:
• Aquecer o local com auxílio de compressas ou bolsas de água quente.
• Fazer massagem local com suavidade, sem bater.
• Pedir ao paciente que, com o braço voltado para baixo, movimente a mão (abrir e fechar)
e o braço (fletir e estender) diversas vezes.
Acidentes que podem ocorrer:
• Choque: vasodilatação geral com congestão da face, seguida de palidez,
vertigem, agitação, ansiedade, tremores, hiperemia, cianose, podendo
levar à morte. O choque pode ser:
• Pirogênico: atribuído à presença de “pirogênio” no medicamento
(substância produzida por bactérias existentes no diluente)
• Anafilático: devido à susceptibilidade do indivíduo à solução empregada.
• Periférico: etiologia variada (emocional, traumática, superdosagem,
aplicação rápida).

• Embolia: devido à injeção de ar, coágulo sanguíneo ou medicamento


oleoso.
Acidentes locais:

• Esclerose: endurecimento da veia por injeções repetidas no mesmo local.


• Necrose tecidual: devido a administração de substâncias irritantes fora da
veia.
• Hematoma: por rompimento da veia e extravasamento de sangue nos
tecidos próximos.
• Inflamação local e abscessos: por substâncias irritantes injetadas fora da
veia ou falta de assepsia.
• Flebite: injeções repetidas na mesma veia ou aplicação de substâncias
irritantes, tornando a área dolorosa e hiperemiada.
• Infiltração: extravasamento do medicamento para fora da veia.
Aplicação de injeção endovenosa em pacientes
com soro:
Devido ao risco de contaminação e acidentes, a aplicação de
medicamentos deve ser feita usando o infusor lateral, as dânulas
(“torneirinhas”) ou conectores em Y (Polifix).
OU
B B
A

A
Tipos de catéteres
Escalpes Intravenosos Periféricos de curta permanência
(Scalps): possui asas que podem ser dobradas para cima, para
facilitar a introdução na veia e a fixação. A numeração é ímpar:
19, 21, 23, 25, 27. Sendo que o mais usado para adulto é o n.º
21 e para crianças o n.º 25. Quanto maior a numeração menor é
o calibre da agulha.
• Cateteres Intravenosos Periféricos de longa permanência (Abocath ou
Jelco): são mais dolorosos na punção, mas podem permanecer por
mais tempo na veia, pois a agulha é retirada, ficando o dispositivo de
polietileno. A numeração é par: 14, 16, 18, 20, 22, 24.
Cateter Venoso Central de curta permanência (Intracath). Utilizado para
puncionar veias profundas, principalmente a veia subclávia. É um
procedimento feito pelo médico.
• Port.a.cath: cateter de longa permanência implantado totalmente e
utilizado principalmente para pacientes que recebem quimioterapia.
Exige procedimento cirúrgico para a implantação.
• Hickman – Broviac: são cateteres de longa permanência semi-
implantados. Principalmente usado em pacientes que necessitam de
grandes quantidades de infusão. Muito utilizado em pacientes
submetidos ao transplante de medula óssea (TMO) que necessitam
de um acesso venoso seguro para a infusão da medula óssea.
• Cateter Venoso Central de Inserção Periférica (PICC): Trata-se de um
cateter especial (silicone ou poliuretano) de longa permanência para
infusão intravenosa, colocado em uma das veias perto da dobra do
cotovelo. Pode ser passado pelo Enfermeiro ou Médico.
• Flebotomia: abertura cirúrgica feita em uma veia profunda,
principalmente a do antebraço, para colocação de um cateter longo
(pode ser até uma sonda fina), o curativo no local deve ser diário.
MATERIAL PARA PUNÇÃO
• Scalp ou cateter com guia (Jelco,Abocath)
• Cuba rim
• Equipo para o frasco de soro
• Dânula (“torneirinha”) ou conector em Y (Polifix)
• Seringa de 10 ml com AD (para o Polifix)
• Frasco com a solução prescrita
• Esparadrapo ou micropore
• Suporte para o soro
• Tesoura e caneta
• Luvas de procedimento
• Rótulo de Soro
• Garrote
• Algodão com álcool 70%
• Tala e atadura para imobilização (SN)
Procedimento de punção

• Conversar com o paciente sobre o cuidado a ser executado


• Verificar as condições de iluminação e ventilação
• Deixar todo o material próximo para fácil manejo
• Lavar as mãos
• Abrir o frasco com a solução e adaptar no equipo
• Retirar o ar, pinçar e proteger a extremidade do equipo
• Se conector em Y (Polifix) deixar sem ar
• Rotular o frasco (identificação) e colocar no suporte
• Separar as tiras de fixação
Procedimento de punção

• Selecionar a veia a ser puncionada


• Calçar as luvas
• Prender o garrote aproximadamente 4 dedos acima do local da
punção
• Fazer antissepsia ampla da área , sentido retorno venoso
• Após punção , soltar o garrote e adaptar na dânula (“torneirinha”) ou
conector em Y (Polifix) ao equipo
• Abrir o equipo do frasco observando o local da punção
• Fixar o dispositivo da punção com as tiras de fixação e identificar
Procedimento de punção

• Controlar o gotejamento do soro, conforme prescrição médica


• Deixar o paciente confortável e o ambiente em ordem
• Providenciar a limpeza e a ordem do material
• Retirar as luvas e lavar as mãos
• Anotar o horário da instalação no prontuário
FIXADOR DE CATETER TEGADERM PERIFÉRICO
IDENTIFICAÇÃO DO FRASCO
Método para manter cateter pérvio:

• Definição:
• É a administração de solução fisiológica (SF 0,9%) para evitar a coagulação
do sangue no escalpe, mantendo-o pérvio.
• Controlar o gotejamento do soro de 2/2h

• Observações:

• O scalpe deverá ser trocado quando surgirem sinais de flebite ou infiltração


como: edema, dor e vermelhidão no local.
• Jamais poderá empurrar com o êmbolo injetando o conteúdo para dentro
do vaso na tentativa de desobstruí-lo. Sempre aspirar o coágulo com uma
seringa.
COLETA
Tubos de coleta de sangue, seus aditivos e usos
laboratoriais
• O sistema de tubo de coleta a vácuo é o mais utilizado no mundo todo, devido a sua facilidade e também
segurança. Os tubos são projetados para realizar a coleta, transporte e processamento da amostra.
• A maioria dos tubos de coleta de sangue contém um aditivo que acelera a coagulação do sangue (ativador
de coágulos) ou evita a coagulação (anticoagulante). Isso preserva a amostra garantindo o processamento
adequado para cada exame. Um tubo que contém um ativador de coágulo produzirá uma amostra de soro
quando o sangue for separado por centrifugação, já um tubo que contenha um anticoagulante irá produzir
uma amostra de plasma após centrifugação.
• Alguns testes exigem o uso de soro, alguns requerem plasma e outros testes requerem sangue total.
• Como cada tubo tem uma função pré-determinada, a padronização com a codificação por cores indica o seu
conteúdo (aditivo) e tem aplicação universal.
• O tubo de coleta a vácuo permite também coletar a quantidade exata de sangue necessária para aquela
análise, assim quando o sangue para de fluir para dentro do tubo o volume correto para a quantidade de
aditivo presente foi colhido.
Causa de variação em exame laboratorial

Hemólise
• Amostras hemolizadas ocorrem devido à lise (ruptura) das hemácias (glóbulos
vermelhos) com a liberação de hemoglobina e os componentes intracelulares no
plasma. A liberação de hemoglobina faz com que o soro ou plasma apareça
vermelho pálido até a cor vermelha cereja. Isso acontece por motivo de uma coleta
inadequada, mistura excessiva da amostra de sangue, transporte e
armazenamento incorretos.
• A hemólise afeta substancialmente a dosagem de alguns elementos. Uma das
recomendações para evitar que isso ocorra é deixar que os tubos permaneçam na
posição vertical até a completa coagulação do sangue, quando poderá ser
centrifugado.

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