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IMPLEMENTAÇÃO BIM EM ESCRITÓRIO DE ENGENHARIA1


BIM IMPLEMENTATION IN ENGINEERING OFFICE
Frederico Deambrozi Magris2
Daniel Pereira Silva3

RESUMO: Aborda-se o plano de implementação do Building Information Modeling (BIM) em


escritório de engenharia, bem como índices do cenário no âmbito público nas macrorregiões
do Espirito Santo. Após Decretos Federais, serviços de engenharia e execução de obras
realizados através de órgãos públicos terão que adotar esta metodologia, iniciando assim a
estratégia nacional de disseminação. Consequentemente, questionamentos pertinentes de
“Por onde começar?”, “Quais procedimentos adotar?”, vêm sendo feitos por profissionais da
AEC. Assim, o objetivo é apresentar o plano de implementação, os benefícios e quais
prefeituras adotam o BIM no ES. Para isso, coletaram-se dados através de pesquisa
eletrônica e na literatura, além da aplicação de questionário. Os resultados indicam a
carência de informação e atuação. Conclui-se que a adoção de políticas para a
implementação é primordial para fomentar a atuação do BIM. Entretanto, a implementação
independe desse cenário, o que estimula a competitividade entre escritórios para iniciarem o
processo BIM.

Palavras-chave: Modelagem da Informação da Construção (BIM); BIM no Espírito Santo;


implementação BIM; escritório de engenharia; Arquitetura, Engenharia e Construção (AEC).

ABSTRACT:

This article addresses the implementation plan of Building Information Modeling (BIM) in
engineering offices, as well as indices of the current scenario within the public sector in the
macro-regions of Espirito Santo. After Federal Decrees, engineering services and execution
of works carried out through public agencies will have to adopt this methodology, thus
initiating the national dissemination strategy. Consequently, pertinent questions of “Where to
start?”, “Which procedures to adopt?” have been asked by AEC professionals. Thus, the
objective is to present the implementation plan, the benefits and which municipalities adopt
BIM in ES. For this, data were collected through electronic and literature research, in addition
to the application of a questionnaire. The results indicate the lack of information and action. It
is concluded that the adoption of policies for implementation is essential to promote the
performance of BIM. However, the implementation does not depend on this scenario, which
stimulates competition between offices to start the BIM process.

Keywords: Building Information Modeling (BIM); BIM in Espírito Santo; BIM implementation;
engineering office; Architecture, Engineering and Construction (AEC).

1 Trabalho Final de Curso da Pós-Graduação lato sensu em Engenharia de Infraestrutura Urbana do


Ifes Campus Vitória.
2 Engenheiro Civil, FAACZ - Faculdades Integradas de Aracruz, fred.deambrozi@hotmail.com.
3 Prof. Me. Daniel Pereira Silva; Engenheiro Civil, mestre em Infraestrutura Aeroportuária, Instituto

Tecnológico de Aeronáutica, daniel@ifes.edu.br.


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1 INTRODUÇÃO

O estudo do artigo se insere na área da indústria da AEC (Arquitetura, Engenharia e


Construção) acerca da implementação da metodologia da Modelagem da
Informação da Construção ou Building Information Modeling (BIM). O interesse pelo
tema surge a partir da necessidade de contribuir para com a literatura acadêmica e
fornecer informações direcionadas à escritórios de engenharia que tem o interesse e
o desafio de implementar esta metodologia. Também é abordado o atual cenário do
uso dessa tecnologia no setor público em alguns municípios do estado do Espírito
Santo, a fim de constatar o uso do BIM após a criação dos decretos federais
nº9.377/2018, nº9.983/2019 e nº10.306/2020, onde estabelecem a estratégia
nacional na disseminação e obrigatoriedade da utilização do BIM na execução de
obras e serviços de engenharia, realizados pelos órgãos e pelas entidades da
administração pública federal.

Quando introduzimos o assunto BIM atualmente, é comum atrelar-se e imaginar que


isso resume-se a softwares 3D. Embora a representação 3D seja importante, o BIM
é mais do que isso, é uma metodologia. No passado o BIM tinha como sigla
BDS (Building Description System ou Sistema de Descrição da Construção). Na
visão de Eastman et al. (1974): “o sistema BDS foi iniciado para mostrar que uma
descrição baseada em computador de um edifício poderia replicar ou melhorar todos
os pontos fortes de desenhos como um meio para a elaboração de projeto,
construção e operação, bem como eliminar a maioria de suas fraquezas”.

Também Eastman et al. (2011, p.13), reforça que BIM significa “uma tecnologia de
modelagem e um grupo associado de processos para produção, comunicação e
análise do modelo de construção”.

Ao se comparar as citações é possível perceber a defasagem da nomenclatura


primitiva, entretanto o conceito tomou mais forma e o nível de maturidade sobre o
assunto aumentou ao longo do tempo. Talvez a diferença entre as décadas em que
cada conceito foi produzido esteja na origem de tal defasagem conceitual.
3

Eastman, Teicholz, Sacks e Liston, (2011, p.13) descrevem:

Com a tecnologia BIM (Building Information Modeling – Modelagem de


Informações da Construção), é possível criar digitalmente um ou mais
modelos virtuais precisos de uma construção. Eles oferecem suporte ao
projeto ao longo de suas fases, permitindo melhor análise e controle do que
os processos manuais. Quando concluídos, esses modelos gerados por
computador contêm geometria e dados precisos necessários para o apoio
às atividades de construção, fabricação e aquisição por meio das quais
a construção é realizada.

Tal cenário de evolução conceitual é percebido e, portanto, surge a preocupação no


entendimento das diretrizes para não somente implantar, mas sim implementar o
BIM. Dessa forma, tem-se como objetivo principal abordar a metodologia BIM,
apresentando assim o plano de implementação em escritório de engenharia, os
benefícios da adoção da implementação, bem como, apontar quais prefeituras
municipais atuam atualmente com a tecnologia BIM no estado do Espírito Santo.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1. ESTRUTURAÇÃO

Busca-se estruturar o referencial teórico após consultas na literatura acadêmica e


nos anais eletrônicos acerca do tema, onde diversos autores discorrem o assunto
tomando o cuidado de apresentar definições sobre o BIM e posteriormente,
abordagem do plano de implementação BIM, mais especificamente voltados para os
processos realizados em escritórios de engenharia e arquitetura.

É importante destacar que o processo de implementação em uma empresa é


singular, onde cada uma empresa possui sua particularidade, sua necessidade,
tempo, equipe disponível, nível de maturidade BIM, além de outros pontos
importantes que definem o progresso e o sucesso no processo da implementação.

2.2 REVISÕES SOBRE O BIM

A definição de BIM do National BIM Standards Committee (NBIMS, 2007) se baseia


em uma “representação digital das características físicas e funcionais de uma
edificação”. Nesse sentido e buscando exemplificar conceitos de BIM, segundo
4

Eastman et al. (2011, p.15), desenvolvedores de softwares utilizam do termo BIM


para descrever a capacidade que seus produtos oferecem com finalidade comercial.
Entretanto, nem todos eles podem ser enquadrados nessa definição. O resultado
disso, é a confusão sujeita aos consumidores que acabam adquirindo o produto sem
terem a informação verídica. Dessa forma, para descrever as definições dos
softwares que não utilizam a tecnologia BIM, Eastman et al. (2011, p.15) pontuam
aspectos acerca das definições dos softwares que dispõem de ferramentas para
gerar os modelos dos produtos que o mercado dispõe.

Esses conceitos, são resultados de pesquisas e aprimoramento que foram


realizados ao longo do tempo. E, atrelado a isso, houve também o desenvolvimento
tecnológico das ferramentas que podem ser consideradas BIM.

Com a finalidade de aclarar a autenticidade das ferramentas disponíveis no


mercado, a Figura 1 a seguir aponta os softwares que se enquadram como
softwares BIM:

Figura 1: Softwares BIM (CBIC, 2016)


5

Fonte: CBIC, Volume 3. (p.96, 2016). Adaptado pelo autor.


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2.3 NÍVEIS DE MATURIDADE E FLUXO DE TRABALHO BIM

KHOSROWSHAHI & ARAYICI (2012), apontam que é importante definir os termos


de nível de maturidade BIM acerca das pessoas envolvidas, uma vez que o
entendimento em volta dos conceitos não estão equivalentes, ou seja, a percepção
pessoal varia conforme experiência e contato com a informação a respeito do BIM.

Através dessa identificação, BEW & RICHARDS (2008), desenvolveu um diagrama,


apontado na Figura 2, a fim de visualizar os níveis de maturidades, podendo o BIM
ser mensurado do nível zero ao nível três:

Figura 2: Diagrama do nível de maturidade.

Fonte: BEW E RICHARDS, 2008. Adaptado por Marcelo Holsback.

No nível 0, têm-se como caraterística a colaboração limitada, ou seja, o CAD é


usado para criar desenhos e papéis são impressos para compartilhar com a equipe.
Pestana (2019, p.23) discorre que:

O primeiro nível, nível zero, corresponde a utilização de ficheiros CAD,


tipicamente partilhados em papel, ou sem normalização técnica que regule
essa partilha. ”
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A partir do nível 1, percebe-se que o fluxo de trabalho é representado pela sigla CDE
(Commom Data Enviroment), ou seja, Ambiente Comum de Dados. Esse ambiente
garante aos projetistas envolvidos o acesso ao único modelo virtual do
empreendimento.

Na medida que o nível de maturidade vai aumentando, percebe-se que o CDE fica
mais elaborado de forma que o modelo virtual se torne mais íntegro. Reiterando o
conceito e as vantagens de se adotar um CDE FARIAS & LIMA (2020), pontuam
que o CDE:

É um repositório digital onde as informações de um projeto como modelos,


relatórios, planilhas e cronogramas, são concentradas e gerenciadas,
permitindo que todos que compõem o projeto possam acessá-las. Dessa
forma, ao concentrar os dados, os membros da equipe acessam todas as
informações necessárias em uma mesma fonte, fazendo com que a
comunicação e colaboração entre todas as partes interessadas no projeto
seja melhorada e erros/duplicações sejam reduzidos.

VOUGUINHA, (2018, p.16) exemplifica na Figura 3 claramente a diferença


entre o processo de trabalho tradicional e o processo BIM, evidenciando o fluxo de
trabalho centralizando o modelo virtual, que está inserido no CDE:

Figura 3: Fluxo de trabalho: tradicional x BIM.

Fonte: Modelagem da Informação da Construção – Uma Experiência Brasileira em BIM (2013, p.6).
Figura adaptada por (Vouguinha).
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No nível 2, existe a interoperabilidade parcial e colaboração total nos modelos


armazenados em um servidor. Diferente do Nível 3, que possui integração total em
um ambiente na nuvem. PESTANA (2019, p.23) cita que:

É considerado que o nível dois é atingido quando os modelos BIM


substituem os tradicionais ficheiros CAD, havendo partilha de informação de
acordo com processos já definidos para o nível anterior, sendo este o
objetivo traçado no Reino Unido para atingir até 2016. O último nível
definido é o nível três, no qual toda a informação é criada e gerida por
modelos BIM, havendo normalização dedicada a esta nova forma de
trabalho, otimizando processos colaborativos, sendo que toda a informação
gerada é integrada e interoperável entre os intervenientes e disponibilizada
através de plataformas web.

Embora o autor determine o último nível como 3, destaca-se que o processo de


evolução do BIM é expansivo, tendo uma possibilidade de expansão na projeção
nos níveis de maturidade.

2.4 MODELAGEM PARAMÉTRICA E MODELOS BIM: 3D, 4D, 5D, 6D E 7D

A modelagem paramétrica (MP) refere-se às relações entre todos os elementos do


modelo que permitem a coordenação e o gerenciamento de alterações que um
software BIM pode oferecer. Estas relações são criadas tanto automaticamente pelo
software quanto pelo projetista enquanto trabalha. (AUTODESK, 2014). Na MP não
há um conjunto de formas básicas, tudo é construído a partir de um conjunto de
pontos (GOLDBERG, 2006).

De acordo com EASTMAN et al. (2011):

▪ Modelagem 3D: Segundo FOUQUET et al. (2011), “os avanços na


modelagem 3D permitiram que se colocassem informações referenciadas
nos modelos geométricos, permitindo maior compreensão durante o seu
desenvolvimento e das intenções de projeto”.
▪ Modelagem 4D: “O BIM 4D introduz atributos de tempo ao modelo,
permitindo o uso da tecnologia para modelagem e planejamento, simulando
as etapas de construção antes do início da mesma e estabelecendo
melhores estratégias de planejamento” (MOTTER; CAMPELO, 2014).
▪ Modelagem 5D: Segundo SMITH (2014), “a modelagem 5D permite a
geração de imediato dos orçamentos de custos financeiros e
representações gráficas do modelo, com cronogramas associado ao
tempo”.
▪ Modelagem 6D: “O sistema 6D permite estender o BIM para a gestão de
instalações. Isso porque o núcleo do modelo BIM é uma rica descrição dos
elementos de construção e serviços de engenharia que fornece uma
descrição integrada para um edifício” (SMITH, 2014).
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▪ Modelagem 7D: “A incorporação de componentes de sustentabilidade ao


conceito de BIM gera modelos 7D, que permitem aos projetistas atender
elementos específicos do projeto, comparar conformidade e validar as
diferentes opções de estimativas de energia e demais sistemas” (SMITH,
2014).

2.5 PLANO DE EXECUÇÃO BIM (PEB) OU BIM EXECUTION PLAN (BEP)

O PEB (Plano de Execução BIM) do inglês BEP (BIM Execution Plan), é um


documento formal cuja finalidade é promover uma estrutura de trabalho e estratégias
que conduzirão o projeto de forma eficiente; determinam-se, então, diretrizes,
critérios e usos do modelo e terminologias para todas as fases de projeto. Além de
premissas para os protocolos de troca de dados, padrões de modelagens. Como
exemplificação, têm-se a Figura 4, onde são apontados os Níveis de Detalhamentos
(ND) ou Level Of Development (LOD).
Em alguns casos, um BEP é considerado parte da Relação Contratual entre os
participantes do empreendimento. (BIM Dictionary, 2019).

2.6 REVISÃO DO PLANO DE IMPLEMENTAÇÃO BIM

De acordo com a definição da palavra, implantar remete ao ato ou efeito de


implantar (-se). Inserir uma coisa em outra. Já a palavra implementar se refere ao
ato de executar, colocar em execução ou em prática (DICIO, 2009). Portanto, traçar
um plano de implementação BIM requer ação que consequentemente trarão um
legado para cada tipo de perfil de cliente: público, privado ou instituições de ensino
que visam introduzir o BIM no meio acadêmico.

Este artigo remete ao plano de implementação BIM em escritório de engenharia, ou


seja, um perfil privado. Nesse sentido CONDINHOTO et al. (2011), cita que a
aplicabilidade do plano de implementação BIM, deve-se:

identificar e entender quais são os atuais problemas que a organização


possui, quanto eles custam (em termos de tempo, pessoal e recursos), o
quanto estes problemas poderiam ser melhorados com BIM, qual o valor do
investimento para implementar o BIM (treinamento do pessoal, aquisição de
software, mudança nos processos necessários), além de, avaliar os níveis
de capacidade e de maturidade da empresa em relação ao BIM.
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Esse passo inicial é primordial para aferir o retorno quanto a implementação e


também para entender a estruturação da empresa, de modo que se documente: a
análise organizacional (apresentação da empresa, segmento de mercado, análise
das forças, fraquezas, oportunidades e ameaças que se relacionam com a
competitividade de mercado), os objetivos com a implementação BIM, os recursos
humanos (organograma identificando os colaboradores internos e os possíveis
colaboradores externos), a infraestrutura disponível da empresa (no que se refere
ao espaço físico, rede, software e hardware) para portanto se traçar a metodologia
de implementação BIM.

3 PROCESSOS METODOLÓGICOS: MATERIAIS E MÉTODOS

Na pesquisa intitulada “Implementação BIM em escritório de engenharia”, onde


estratégias de implementação são estudadas, se desenvolve um estudo de caso em
um escritório de engenharia de médio porte, de equipe composta por 10
engenheiros. Ou seja, essa parte da pesquisa tem foco na implementação BIM no
âmbito privado e direcionará o processo de implementação nesse setor. É
importante ressaltar que existem outros tipos de implementação BIM além deste, tais
como: implementação no setor público e implementação no meio acadêmico.

Adicionalmente e simultaneamente, serão apontados também índices do atual


cenário no âmbito do setor público nas prefeituras nas 4 macrorregiões
administrativas do estado do Espirito Santo que atuam atualmente, em algum nível,
com o BIM, sendo elas: a região metropolitana (Serra, Vila Velha, Cariacica, Vitória e
Guarapari), região norte (São Mateus), região central (Linhares, Colatina e Aracruz)
e região sul (Cachoeiro de Itapemirim).

A primeira etapa da pesquisa é a elaboração de questionário on-line, com perguntas


de caráter técnico e político sobre o uso do BIM, onde posteriormente foi repassado
para as prefeituras municipais do Espirito Santo através de e-mail ou outro meio
mais adequado perante as prefeituras, para se ter mais celeridade no processo.
Esse contato inicial foi feito através da pesquisa pelo meio eletrônico para coletar as
informações para iniciar o contato.
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Em seguida foram analisados os resultados com o intuito de se ter uma noção de


como o BIM está disseminado regionalmente, identificando infraestrutura da
estruturação (espaço físico, redes e quais softwares se utilizam), quais profissionais
possuem conhecimento acerca do BIM, verificação da presença ou não de
interesses e forças políticas sobre o processo de implementação BIM, etc.

As respostas para o questionário foram direcionadas primordialmente aos


secretários municipais das secretarias de obras e infraestrutura municipais ou, na
inexistência destas secretarias no município pesquisado, a uma similar: secretaria
de serviços urbanos ou transportes, como por exemplo. Fica a critério de cada
secretário municipal, caso não haja disponibilidade ou conhecimento com relação ao
tema, delegar a responsabilidade de resposta a um profissional do setor que ele
julga competência para tal.

A segunda etapa da pesquisa, teve foco no estudo de caso em uma empresa de


engenharia privada, de médio porte onde se apresenta uma proposta para a
implementação da metodologia BIM através de fluxograma.

Essa proposta tem a metodologia de implementação na seguinte estrutura:

a. Diagnóstico da situação atual da empresa através da análise organizacional,


traçando características, principais dificuldades e riscos que podem ser encontrados,
além dos objetivos da empresa;
b. Apresentação do plano de processo de implementação BIM através de
fluxograma, apontando as etapas para se chegar no objetivo.

4 RESULTADOS ESPERADOS

Com os objetivos propostos, pretende-se elaborar e apresentar um plano de


implementação da metodologia BIM em escritório de engenharia através de
fluxograma, além de diagnosticar quais prefeituras municipais atuam atualmente
com a tecnologia BIM no estado do Espírito Santo, seja ela abrangendo o BIM para
a construção civil ou o uso do BIM na infraestrutura urbana.
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Quanto a estratégia de implementação, pretende-se que o resultado do objetivo da


pesquisa, a ser alcançado, se mostre eficaz, de modo que se tenha um
entendimento global da estruturação de uma implementação BIM para escritórios de
engenharia.

Quanto a pesquisa da disseminação do BIM em prefeituras do estado do Espírito


Santo, pretende-se medir o quão essa metodologia está difundida. E espera-se um
resultado insatisfatório, ou seja, a baixa na exploração do uso de ferramentas e da
metodologia BIM.

Esses resultados, após a aplicação dos processos metodológicos, pretendem-se


alcançar um raciocínio e um senso crítico da parte do leitor para que se comece um
movimento de melhorias e reivindicações, sejam elas políticas, sociais e técnicas, da
atuação do profissional da AEC e em áreas que se comunicam com esses
profissionais no mercado de trabalho quanto ao uso do BIM.

5 PLANO DE IMPLEMENTAÇÃO BIM BÁSICA EM ESCRITÓRIO DE


ENGENHARIA

5.1 ANÁLISE ORGANIZACIONAL E DIAGNÓSTICO DA EMPRESA

Realizar a análise organizacional da empresa ou onde ocorre o processo de


implementação BIM é primordial para conhecer o perfil da implementação. Sendo
assim é importante compilar as competências, atribuições e a finalidade dos serviços
prestados pela empresa ou órgão, cabendo o implementador realizar consultas
sejam elas no ambiente a ser implementado ou através de consultas nos meios
públicos disponíveis digitalmente, no caso de empresas públicas.

5.2 PERFIL DA EMPRESA

A empresa de estudo tem um perfil genérico, sendo as características: Porte médio;


Dispõe de equipe com 10 engenheiros; sendo: 01 diretor engenheiro sênior, 01
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engenheiro coordenador pleno, 01 engenheiro gerente, 05 engenheiros projetistas e


02 engenheiros orçamentistas; Presta serviços trabalhando com projetos de
engenharia de infraestrutura urbana e orçamentos; Possui nível de maturidade BIM
nível zero e tem disponibilidade para treinamento da equipe 1 vez por semana.

5.3 PRINCIPAIS DIFICULDADES E RISCOS QUE PODEM SER ENCONTRADOS


DURANTE O PROCESSO DE IMPLEMENTAÇÃO:

a. Tempo disponível para a implementação;


b. Quantidade de disciplinas de projetos necessárias para abordar;
c. Maturidade BIM desejada;
d. Risco de alteração na equipe durante o processo de implementação.

5.4 OBJETIVOS DA EMPRESA:

e. Aumentar o nível de maturidade BIM (sair do BIM nível zero);


f. Implementar BIM em 06 meses.

5.5 FLUXOGRAMA DE IMPLEMENTAÇÃO E PROJETO PILOTO

A Figura 4 apresenta o plano de implementação BIM em escritório de


engenharia através de fluxograma. A Figura 5 apresenta o fluxograma de um projeto
piloto tipo com relação infraestrutura urbana.
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Figura 4: Fluxograma de implementação

Fonte: Autor (2021).


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Figura 5: Fluxograma de projeto piloto

Fonte: Autor (2021).


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5.5.1 Considerações do fluxograma de implementação BIM

Prontidão BIM: O fluxograma apresentado na Figura 5, sugere uma implementação


BIM em seis meses, sendo o 1º mês caracterizado pela estratégia de
implementação, onde haverá a conscientização da equipe com relação as definições
do mundo BIM, bem como o diagnóstico da empresa, a definição dos objetivos e o
retorno de investimento. Nesta etapa é importante que todo o componente da
empresa tenha acesso.

Capacitação BIM: Durante o 2º e o 3º mês, o processo tem como principal


característica o investimento em hardware e software. É nesta etapa também que
ocorre a divisão de grupos de trabalho para o treinamento com o software BIM e a
confecção do template. É importante ressaltar que o implementador não desmobilize
toda equipe de trabalho nesta etapa, uma vez que a empresa está em pleno
funcionamento atendendo demandas do mercado. O processo de implementação,
portanto, se dá de forma contínua.

Projeto Piloto: Durante o 4º e 5º mês define-se o Projeto Piloto, que é abordado no


item 5.5.2, bem como o BEP BIM Execution Plan, ou PEB, Plano de Execução BIM.
Nesta etapa o processo se torna cíclico e somente avançam se os indicadores de
performance forem atingidos para a entrega do produto final, que é o projeto piloto.

Validação dos resultados: O 6º mês tem como característica principal a análise


crítica do que fora desenvolvido nos meses anteriores, principalmente o resultado do
projeto piloto. Nessa fase, também cabe ao implementador validar os objetivos, ter o
feedback da equipe para validar o avanço de nível acerca da maturidade BIM.

Maturidade BIM: Nesta etapa, identifica se o nível de maturidade BIM desejado foi
atingido; A equipe então é orientada pelo implementador para que seja ampliado o
conhecimento adquirido durante o processo de implementação e cabe a própria
equipe a mudança de boas práticas interpessoais (trabalho colaborativo), processos
(mudança de mindset), e projetuais (migração para o ambiente digital) acerca do
mundo BIM para o restante da equipe/empresa.
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5.5.2 Considerações do fluxograma do projeto piloto

O projeto piloto consiste na apresentação de um projeto tipo de engenharia para


infraestrutura urbana, conforme pode ser analisado no Quadro 1 – Projeto tipo de
engenharia de infraestrutura urbana.

Quadro 1 - Projeto tipo de engenharia de infraestrutura urbana

ITEM ATIVIDADE
1 ESTUDOS TOPOGRÁFICOS
1.1 Levantamento cadastral topográfico - Equipe de Topografia
1.2 Processamento dos dados georreferenciados em plataforma digital
2 ESTUDOS GEOTÉCNICOS
2.1 Estudos geológicos e geotécnicos

3 ESTUDOS HIDROLÓGICOS
3.1 Mapeamento da bacia hidrológica por áreas de contribuição
3.2 Cálculo das descargas de projeto
3.3 Relatório do estudo hidrológico
4 PROJETO EXECUTIVO
4.1 Projeto Geométrico
4.2 Projeto de Terraplanagem
4.3 Projeto de Drenagem
4.4 Projeto de Pavimentação
4.5 Projeto de Sinalização
4.6 Projeto de Obras Complementares
4.7 Elaboração do Orçamento
4.8 Elaboração do Volume de projeto

Fonte: Autor (2021)

O início do projeto piloto tem como característica principal a parte prática do


processo BIM, entretanto é nela que se têm as definições do Plano de Execução
BIM, que serão definidas após reunião com a equipe de coordenação da empresa.
Assim, o processo da modelagem 3D do projeto será realizado através da
construção do modelo digital, através de software BIM, onde todos os componentes
do projeto têm acesso. Esta etapa, portanto, se torna cíclica, de modo que o
processo se finaliza quando não há alterações no projeto a serem realizadas. Dessa
forma, o modelo digital concluído fica disponível para a realização da orçamentação
para então ser enviado para a coordenação. Não havendo mais atualizações,
conclui-se assim o projeto piloto.
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6 DIAGNÓSTICO NO SETOR PÚBLICO

O diagnóstico realizado se dá acerca do conhecimento sobre a utilização do Building


Information Modelling (BIM) para infraestrutura urbana nas secretarias de obras e
infraestrutura dos órgãos públicos em alguns municípios do estado do Espírito
Santo.

Por questões de características e intervenções urbanas mais consolidadas,


escolheu-se os 10 municípios mais populosos do estado, de acordo com dados
extraídos da estimativa do IBGE, censo 2020, conforme apresentado no Quadro 2,
no item 6.2 e Figura 4, macrorregiões do Espírito Santo, com adaptação indicando
através da simbologia nos municípios de estudo.

Quanto aos questionários destinados e aplicados nas secretarias de obras


municipais, estes podem ser conferidos na íntegra nos Anexos e sua análise
discutida no item 6.1 resultados.

Figura 4: Macrorregiões do Espírito Santo

Fonte: Instituto Jones Santos Neves - IJSN, 2012. Adaptado pelo


Autor (2021).
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6.1 RESULTADOS

O Quadro 2 a seguir apresenta os municípios pesquisados, bem como


população e o nível de maturidade BIM.

Quadro 2 - Nível de maturidade BIM nas secretarias de obras


municipais

População (Estimativa
MUNICÍPIO SIMBOLO IBGE 2020) Nível de Maturidade

Serra 527.240 Nível de Maturidade 1


Vila Velha 501.325 Nível de Maturidade 1
Cariacica 383.917 Sem dados
Vitória 365.855 Nível de Maturidade 1
Cachoeiro de Itapemirim 210.589 Sem dados
Linhares 176.688 Sem dados
São Mateus 132.642 Sem dados
Guarapari 126.701 Sem dados
Colatina 123.400 Nível de Maturidade 1
Aracruz 103.101 Nível de Maturidade 1

População total 2.651.458

Fonte: Autor (2021).

Em resumo, têm-se:

 Secretarias de obras dos municípios que houve resposta: Aracruz, Colatina, Serra,
Vila Velha e Vitória;
 Secretarias de obras dos municípios que não houve respostas: Cariacica, Cachoeiro
de Itapemirim, Linhares, São Mateus e Guarapari.
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Porte das secretarias: Quanto ao porte das secretarias, todas possuem


características de médio-grande porte após análise do número de servidores, em
ordem crescente: Serra (11), Colatina (40), Aracruz (55), Vitória (82), Vila Velha
(151).

É importante ressaltar que para o dado informado pela Secretaria de Obras da Serra
é referente ao setor da gerência de obras públicas, e não da secretaria de obras
como um todo.

Domínio ou conhecimento de sofwares BIM: Todos as secretarias dos municípios


avaliados têm baixo conhecimento sobre o BIM, com exceção de Vitória e Vila
Velha, que vem capacitando os servidores técnicos municipais que trabalham com
projetos e orçamento de obras. Entretanto ambas não souberam dizer a quantidade
de servidores que dominam softwares BIM.

Softwares utilizados: Todas as secretarias utilizam Autodesk Autocad. Apenas a


secretaria de obras de Vitória enfatizou a utilização de softwares BIM, que são: Revit
e Civil 3D.

Conhecimento do BIM: Em sua totalidade, todos responderam “sim” quando


questionados se a gerência ou coordenação sabe o que é BIM. Entretanto, em sua
totalidade, todos responderam “não” para os questionamentos: “sabe caracterizar as
fases de BIM?”, “Sabem o que é IFC/LOD?”.

Dessa forma, conclui-se um baixo nível de maturidade sobre os conceitos da


metodologia BIM. Constata-se, portanto, que os profissionais da AEC ligam o
conceito de BIM exclusivamente à softwares com tecnologia tridimensional,
excluindo assim toda a metodologia do processo BIM.

Projeto de infraestrutura urbana: Em sua totalidade, as secretarias de obras


pesquisadas costumam terceirizar projetos de infraestrutura urbana. A secretaria de
obras de Vitória, além de terceirizar, também elabora projetos de infraestrutura
urbana. Quanto aos critérios de avalição de projetos de infraestrutura urbana, as
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únicas secretarias que não dispõem de critérios são as do município de Aracruz e


Serra.

Embora majoritariamente as secretarias dispõem de central de armazenamento para


dados, todas as secretarias utilizam o método tradicional no fluxo de processos
durante a confecção dos projetos.

Quanto ao termo de referência para contratação de projetos de infraestrutura urbana


em BIM, somente a secretaria municipal de obras de Vila Velha possui atualmente.
O município de Colatina se manifestou que após junho de 2021 tem a intenção de
criar termo de referência específico para projetos de infraestrutura BIM. Os demais
municípios não possuem termo.

BIM e políticas públicas para a implementação: Todas as secretarias conhecem o


Decreto de Lei do Governo Federal Nº10.306/2020, onde exige a obrigatoriedade do
uso da metodologia BIM, nos serviços de engenharia e execução de obras
realizados através de órgãos e entidades públicas a nível federal, entretanto tanto a
secretaria municipal de obras de Aracruz e a secretaria municipal de obras de Serra
desconhecem o plano estratégico BIM-BR, onde prevê a disseminação do BIM em
obras públicas a nível nacional até 2028.

Quanto ao comprometimento das contratações de projetos de infraestrutura urbana


serem preferencialmente realizadas incentivando o uso da metodologia BIM, bem
como as ferramentas tecnológicas serem priorizadas, para automatizar as
aprovações dos projetos, sejam eles de infraestrutura urbana ou não, com uso da
metodologia BIM e, principalmente, o comprometimento em adotar, no âmbito
municipal, o Decreto Nº 10.306, de 2 de abril de 2020, que estabelece a utilização do
BIM na execução direta ou indireta de obras e serviços de engenharia realizada
pelos órgãos e pelas entidades da administração pública a nível federal, as gestões
se comprometem, tem a intenção e pretendem aderir o BIM, implementando-o nas
secretarias de obras municipais.
22

7 CONCLUSÃO

Após análise dos dados, concluiu-se que posteriormente a exemplificação


apresentada através de fluxogramas para a implementação BIM em escritório de
engenharia, a visualização do processo torna-se mais fácil e discernida na equipe da
empresa, de modo que se tenha um parâmetro global do processo de
implementação BIM.

Ressalta-se também que, para que a metodologia BIM se dissemine com sucesso
na equipe e no restante da empresa, e de fato, se implemente no escritório de
engenharia, é necessário que o pilar central, ou seja, o foco do implementador, seja
investido em pessoas e também nos processos BIM. Em segundo plano, o foco de
investimento deve ser voltado para a infraestrutura do escritório, tanto a
infraestrutura física quanto a digital: hardware e software.

Em relação ao diagnóstico acerca da disseminação no atual cenário mercadológico


no estado do Espírito Santo, dentre as cinco secretarias municipais de obras e
infraestrutura pesquisadas (Aracruz, Colatina, Serra, Vila Velha e Vitória), têm-se
diagnostico quanto ao nível de maturidade BIM nível 1.

De forma abrangente, todas as secretarias estão caracterizadas principalmente pelo


fluxo de trabalho, onde há um ambiente comum de dados, mas a comunicação entre
os projetistas está mesclada entre o processo tradicional e o processo BIM,
tendenciado assim a mudança de comportamento na comunicação dos processos.
Também, constatou-se que existe a presença de softwares BIM em algumas
secretarias municipais de obras e todas têm a intenção de aderir o Decreto Federal
Nº10.306 de 2020, que exige a obrigatoriedade no cumprimento no âmbito federal
para o âmbito municipal.

Sendo assim, é possível concluir que todas as secretarias e o objeto de estudo


(escritório de engenharia de médio porte) têm grande potencial para iniciar o
processo de disseminação do BIM. Porém, para atender o Plano BIM BR, é
23

necessário o fomento em políticas públicas locais para que se tenha interesse tanto
da parte política, quanto do meio técnico disposto atualmente nas regiões avaliadas.

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<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/Decreto/D9983.htm>.
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DECRETO Nº 10.306, DE 2 DE ABRIL DE 2020. Disponível em:


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24

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aumentada em Facility Management. Lisboa: Instituto Superior de Engenharia de
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FERRAMENTAS-NA-FASE-DE-GEST%C3%83O-DE-PROJETOS-E-OS-
25

REFLEXOS-GERADOS-NO-CAMPO-DA-ARQUITETURAPriscila-Vouguinha.pdf>.
Acesso em: 04/07/2021.

ANEXO
ANEXO - Questionário Aplicado
RESPOSTA DOS MUNICÍPIOS
ITEM

PERGUNTA
ARACRUZ COLATINA SERRA VILA VELHA VITÓRIA

Engenheiros
A Secretaria de
projetistas
Obras possui 55
aproximadamente 15,
1 Quantos colaboradores o órgão possui? servidores, sendo 30
total da Secretaria de
11 151 82
efetivos e 25
Obras aprox. 40
comissionados
pessoas.

A Prefeitura em 2019,
fez um contrato de
compra do BIM pela
Autodesk e a mesma
vem capacitando os
Conhecimento da
nenhum domina, técnicos que
Quantos dominam ou tem conhecimento acerca de softwares BIM para ferramenta sim,
2 Nenhum
potencialidades,
1 alguns tem trabalham com
infraestrutura urbana? conhecimento projetos, orçamentos
caracteristicas, etc.
e obras de
engenharia. Nâo sei
informar se há
técnicos já
capacitados.

Pacote Suíte de Aplicativos


3 De modo geral, quais os softwares são utilizados atualmente pelo órgão? Office/BROffice e da Autodesk AutoCAD autocad Revit, civil 3D
AutoCad (Autocad e afins).

4 A gerência ou coordenação da instituição sabe o que é BIM? SIM SIM SIM SIM SIM

5 Conhecem o plano estratégico BIM-BR? NÃO SIM NÃO SIM SIM

6 Conhecem o Decreto BIM Nº10.306/2020? SIM SIM SIM SIM SIM

Tem algum projeto de infraestrutura urbana desenvolvido com a metodologia


7 NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO
BIM?
8 Tem local central para armazenamento de arquivos? SIM SIM SIM NÃO SIM

9 Sabe caracterizar as fases de BIM? NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO

10 Sabem o que é IFC? NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO

11 Sabem o que é LOD? NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO

SIM, INICIADOS A
Tem termo de referência para contratação de projetos de infraestrutrura urbana
12 NÃO PARTIR DE JUNHO NÃO SIM NÃO
em BIM? DE 2021

Alguns, pois
desenvolvemos
13 Costumam terceirizar projetos de infraestrutura urbana? SIM SIM SIM SIM
projeto internamente
também.
A dos contratados
não sei informar, a
NÃO tenho telefone, email,
14 Como é a comunicação dos projetistas? conhecimento
BOA Via e-mail, celular
reuniões
dos servidores da
Secretaria, muito
boa.

15 Tem critério de avaliação de projetos de infraestrutura urbana? NÃO SIM NÃO SIM SIM

A gestão ainda não


Na sua gestão, a equipe técnica da prefeitura será capacitada para receber Está sendo desde
16 se manifestou sobre PROVAVELMENTE É a pretensão SIM
2019.
projetos em BIM para infraestrutura urbana? esse assunto

A gestão ainda não


Na sua gestão, as contratações de projetos de infraestrutura urbana serão
17 se manifestou sobre SIM É a pretensão SIM SIM
preferencialmente realizadas incentivando o uso da metodologia BIM? esse assunto

Na sua gestão, as ferramentas tecnológicas serão priorizadas, para automatizar A gestão ainda não
18 as aprovações dos projetos, sejam eles de infraestrutura urbana ou não, com se manifestou sobre PROVAVELMENTE É a pretensão SIM SIM
uso da metodologia BIM? esse assunto

A Secretaria se compromete a adotar em âmbito municipal o Decreto Nº


A gestão ainda não
10.306, de 2 de abril de 2020, que estabelece a utilização do BIM na execução NO DECORRER DA
19 se manifestou sobre
GESTÃO SIM
SIM SIM SIM
direta ou indireta de obras e serviços de engenharia realizada pelos órgãos e esse assunto
pelas entidades da administração pública federal?

Fonte: Autor (2021)
FREDERICO DEAMBROZI MAGRIS

IMPLEMENTAÇÃO BIM EM ESCRITÓRIO DE ENGENHARIA

Projeto Multidisciplinar apresentado ao Curso de Pós-


Graduação Lato Sensu em Engenharia de Infraestrutura
Urbana, como requisito parcial para obtenção do título de
Especialista em Engenharia de Infraestrutura Urbana.

Aprovado em 20 de dezembro de 2021

AVALIADOR

Mestre Daniel Pereira Silva


Instituto Federal do Espírito Santo - Ifes
Orientador

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