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IFBA - Irecê
2022
Capítulo 1
1.1 Definição Polinômios
Os polinômios são expressões algébricas formadas por números (coeficientes) e letras (partes
literais). As letras de um polinômio representam os valores desconhecidos da expressão.
Exemplo:
Os polinômios são formado por termos, monômio, binômio e trinômio e a única operação entre
os elementos de um termo é a multiplicação.
Quando um polinômio possui apenas um termo, ele é chamado de monômio.
Exemplo:
Os chamados binômios são polinômios que possuem somente dois monômios (dois termos),
separados por uma operação de soma ou subtração.
Exemplo:
Já os trinômios são polinômios que possuem três monômios (três termos), separados por
operações de soma ou subtração.
Exemplo:
onde,
Cada função polinomial associa-se a um único polinômio, sendo assim chamamos as funções
polinomiais também de polinômios.
1.2.2 Polinômio nulo
Para os polinômios nulo não é definido o grau. Um polinômio é considerado nulo quando todos
os seus coeficientes forem iguais a zero.
Exemplo:
1.4.2 Subtração
O sinal de menos na frente dos parênteses inverte os sinais de dentro dos parênteses. Após
eliminar os parênteses, devemos juntar os termos semelhantes.
1.4.3 Multiplicação
Na multiplicação devemos multiplicar termo a termo. Na multiplicação de letras iguais, repete-
se e soma-se os expoentes.
1.4.4 Subtração
Obs: Quando temos R(x)=0 dizemos que a divisão é exata, ou seja, P(x) é divisível por D(x) ou
D(x) é divisor de P(x).
Exemplo:
Determinar o quociente de:
Verificamos que:
1.5 Divisão por binômio do 1º grau
1.5.1 Teorema do resto
O resto da divisão de um polinômio P(x) pelo binômio ax+b é igual a P(-b/a).
Note que –b/a é a raiz do divisor.
Como diz o Teorema de D’Alembert, o resto (R) dessa divisão será igual a:
Como P(1) é diferente de zero, o polinômio não será divisível pelo binômio x – 1.
1.5.3 Algoritmo de Briot-Ruffini
É uma forma de fazer a divisão entre um polinômio P(x) que possui grau n maior que 1 (n >1)
e um binômio do tipo (x – a).
Exemplo:
Passo 2 – Vamos multiplicar a raiz do divisor pelo primeiro coeficiente localizado abaixo da
linha horizontal e, em seguida, somar o resultado pelo próximo coeficiente localizado acima da
linha horizontal. Em seguida, vamos repetir o processo até o último coeficiente, nesse caso o
coeficiente 5. Veja:
Após realizar esses três passos, vamos analisar o que o algoritmo nos fornece. Na parte
superior da linha horizontal e à direita da linha vertical, temos os coeficientes do polinômio P(x),
assim:
O número –1 é a raiz do divisor e, portanto, o divisor é D(x) = x + 1. Por fim, o quociente pode
ser encontrado com os números localizados abaixo da linha horizontal, sendo o último número
o resto da divisão.
Lembre-se de que o grau do dividendo é 3 e o grau do divisor é 1, portanto o grau do quociente
é dado por 3 – 1 = 2. Assim, o quociente é:
Observe novamente que os coeficientes (assinalados em verde) são obtidos com os números
abaixo da linha horizontal e que o resto da divisão é: R(x) = 3.
Utilizando o algoritmo da divisão, temos que:
Dividendo = Divisor · Quociente + Resto
1.5.4 Divisão de um polinômio por um binômio da
forma (ax+b)
Vamos calcular o resto da divisão de:
Temos:
Exemplo:
Um polinômio P(x) dividido por x dá resto 6 e dividido por (x-1) dá resto 8. Qual o resto da
divisão de P(x) por x(x-1)?
Resolução:
0 é a raiz do divisor x, portanto P(0) = 6 (eq. 1)
1 é a raiz do divisor x-1, portanto P(1)=8 (eq. 2)
E para o divisor x(x-1) temos P(x) = x(x-1) Q(x) + R(x) (eq. 3)
O resto da divisão de P(x) por x(x-1) é no máximo do 1º grau, pois o divisor é do 2º grau; logo:
R(x) = ax+b
Da eq.3 vem:
P(x) = x(x-1) Q(x) + ax + b
Fazendo:
x = 0 → P(0) = a(0)+b → P(0) = b (eq. 4)
x = 1 → P(1) = a(1)+b → P(1) = a+b (eq. 5)
Das equações 1, 2, 4 e 5 temos:
Logo: b = 6 e a = 2.
Agora achamos o resto: R(x) = ax + b = 2x + 6
Resposta: R(x) = 2x + 6.
Note que:
Então
Portanto, P(x) é divisível por (x - a)(x - b).
Exemplo 1
Resolução:
Assim, P(x) é divisível por (x – 1) e o quociente dessa divisão é divisível por (x – 2); logo P(x) é
divisível pelo produto (x – 1)(x – 2).
Exemplo 2:
Resolução
Note que .
Vamos fazer, num só dispositivo, as divisões de P(x) por (x - 1), do quociente obtido nessa
divisão por (x + 1) e do novo quociente por (x – 2) (as divisões sucessivas não precisam ser
feitas obrigatoriamente nessa ordem):
an xn + an-1 xn-1 + … + a2 x2 + a1 x1 + a0 = 0
Exemplos:
• 2x² + 5x – 2 = 0
• -x³ + 2x² – 8x + 2 = 0
• 4y³ + 2y – 2 = 0
equação polinomial da seguinte forma possui pelo menos uma raiz complexa.
P(x) = 0
A raiz de uma equação polinomial é sua solução, ou seja, o valor da incógnita é que torna a
igualdade verdadeira. Por exemplo, uma equação do primeiro grau possui uma raiz já
determinada, assim como a equação do segundo grau, que possui pelo menos duas raízes, e a
grau n ≥ 1 possui pelo menos uma raiz complexa”. A demonstração desse teorema foi feita pelo
decomposição de um polinômio, o qual garante que qualquer polinômio pode ser decomposto
menos uma raiz complexa u1, tal que p(u1) = 0. O teorema de D’Alembert para a divisão de
polinômios afirma que, se p(u1) = 0, então p(x) é divisível por (x – u1), resultando em um
quociente q1(x), que é um polinômio de grau (n – 1), o que nos leva a afirmar:
Se u = 1 e q1(x) é um polinômio de grau (n – 1), então q1(x) possui grau 0. Como o coeficiente
dominante de p(x) é an, q1(x) é um polinômio constante do tipo q1(x) = an. Portanto, temos:
(x) = (x – u1) . an
p(x) = an . (x – u1)
álgebra. Podemos afirmar que o polinômio q1 possui pelo menos uma raiz n2, o que nos leva a
Dessa forma, podemos concluir que todo polinômio ou equação polinomial p(x) = 0 de grau n
≥ 1 possui exatamente n raízes complexas.
Exemplo: Seja p(x) um polinômio de grau 5, tal que suas raízes sejam – 1, 2, 3, – 2 e 4.
Se – 1, 2, 3, – 2 e 4 são raízes do polinômio, então o produto das diferenças de x por cada uma
x2 – 6x + 9 = 0 = (x – 3)(x – 3) = (x – 3)2
De maneira geral, dizemos que r é uma raiz de multiplicidade n, com n ≥ 1, da equação p(x) =
0, se:
Observe que p(x) é divisível por (x – r)m e que a condição q(r) ≠ 0 significa que r não é raiz de
Após a realização da divisão, vemos que os coeficientes do polinômio q(x) são 1, -3 e -4.
x2 – 3x – 4 = 0
Δ = (-3)2 - 4*1*(-4)
Δ = 25
x = -1 ou x = 4
Portanto, S = {-1, 3, 4}
Exemplo 2. Escreva uma equação algébrica de grau mínimo tal que 2 seja raiz dupla e – 1, raiz
simples.
polinomiais.
Essas relações podem ser utilizadas para determinar as raízes do polinômio de 3º grau a partir
Antes de vermos alguns exemplos de raízes complexas, vamos relembrar alguns conceitos dos
números complexos. Um número complexo z é escrito na forma z = a + b.i e seu conjugado z é
representado na forma z = a – b.i. Devemos ter cuidado ao realizar operações com os números
complexos, veja alguns exemplos:
Adição e Subtração:
Nas operações de adição e subtração, devemos operar a parte real de um complexo com a parte
real de outro, enquanto a parte imaginária de um só é operada com a parte imaginária do outro.
Considere os números complexos z1 = a + bi e z2 = c + di:
z1 + z2 = (a + c) + (b + d).i
z1 – z2 = (a – c) + (b – d).i
Multiplicação:
z1 . z2 = ac – bd + (ad + bc).i
(x – z).(x – z) = [x – (1 + 2i )] [x – (1 – 2i)]
(x – z).(x – z) = x² – 2x + 5
Δ = b² – 4.a.c
Δ = 2² – 4.1.(– 3)
Δ = 4 + 12
Δ = 16
x = – b ± √Δ
2.a
x = – 2 ± √16
2.1
x=–2±4
2
x1 = – 2 + 4
2
x1 = 2
2
x1 = 1
x2 = – 2 – 4
2
x2 = – 6
2
x2 = – 3