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Elementos de história
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Um outro tipo importante de definição é a globalizante ou do tipo coletânea.
Essa definição abrange a personalidade por enumeração. O termo personalidade é usado
aqui para incluir tudo sobre o indivíduo. O teórico comumente lista os conceitos
considerados de maior importância para descrever o indivíduo e sugere que a
personalidade consiste nisso. Outras definições sugerem que a personalidade é a
organização ou o padrão dado às várias respostas distintas do indivíduo.
Alternativamente, elas sugerem que a organização resulta da personalidade que é uma
força ativa dentro do indivíduo. A personalidade é aquilo que dá ordem e congruência a
todos os comportamentos diferentes apresentados pelo indivíduo.
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teoria, em sua forma ideal, deve conter duas partes: uma série de suposições relevantes
sistematicamente relacionadas uma à outra e um conjunto de definições empíricas.
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uma teoria geral do comportamento. Nesses casos, a teoria de aprendizagem deixa de
ser meramente uma teoria da aprendizagem e torna-se uma teoria da personalidade ou
uma teoria geral do comportamento. É verdade que tais modelos generalizados possuem
certas características distintivas que lembram sua origem, mas, em intenção e
propriedades lógicas, elas não são diferentes de qualquer outra teoria da personalidade.
A instância em que estas pulsões estão localizadas é denominada por ele de ID.
Por meio do contato com o mundo ambiente se constitui outra instância, o EGO em
alemão, que faz a mediação entre os desejos do ID e as exigências do mundo
circundante. Ademais postula ele como instância moral o superego, o qual constitui a
assim chamada consciência ou certeza moral. O superego surge da internalização das
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normas e dos valores sociais e paternos. É uma instância de controle, que vigia e
supervisiona o EGO e, por conseguinte, também o ID. Exerce uma influência decisiva
sobre a repressão ou o recalque, no subconsciente, das pulsões e dos desejos do ID.
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Opera pelo principio do prazer, ou seja, na redução da tensão. Parcialmente
inconsciente uma vez que os conteúdos tendem a subir à consciência, ou seja,
podem tornar-se conscientes.
EGO – O Ego passa a existir porque as necessidades do organismo requerem
transações apropriadas com o mundo objetivo da realidade. Difere-se do id por
este só conhecer a realidade subjetiva da mente, ao passo que o ego distingue as
coisas na mente das coisas no mundo externo. Obedece ao principio da
realidade, tendo como objetivo evitar a descarga de tensão até ser descoberto um
objeto apropriado para a satisfação da necessidade, suspendendo,
temporariamente, o principio do prazer. O Ego é executivo da personalidade
porque ele controla o acesso à ação, seleciona as características do ambiente às
quais irá responder e decide que instintos serão satisfeitos e de que maneira.
Todo o seu poder deriva do id, quer atingir os objetivos do id, não os frustrar.
SUPEREGO – Representante interno dos valores tradicionais e das ideias da
sociedade conforme interpretadas para a criança pelos pais impostos por um
sistema de recompensas e de punções; é a força moral da personalidade.
Representa o ideal mais do que o real e procura a perfeição mais do que o
prazer. A sua principal função é decidir se alguma atitude é certa ou errada, para
poder agir de acordo com os padrões morais autorizados pela sociedade,
desenvolvendo-se em resposta às recompensas e punições impostas pelos pais.
Com a formação do superego, o autocontrolo substitui o controlo parental. As
principais funções são: (1) inibir os impulsos do id, (2) persuadir o ego a
substituir objetivos realistas por objetivos moralistas e (3) procurar a perfeição.
O superego não se contenta apenas em adiar a gratificação instintiva, ele tenta
bloqueá-la permanentemente.
2. A Psicanálise do Eu
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O Eu tem a função de síntese do aparelho psíquico, faz a intermediação entre o
Isso, o Super eu e as exigências do mundo externo. O Eu foi, desde sempre, uma
organização para Freud, inclusive o Eu pré–metapsicológico de “Um projeto para uma
psicologia científica. Este é um Eu neurológico, pertencente ao sistema de neurônios
psi. Embora não tenha acesso direto ao mundo externo, sem ele não é possível dar-se o
teste de realidade, ou seja, não há a passagem do processo psíquico primário para o
secundário. Para que isso aconteça, faz-se necessária uma função de inibição por parte
do Eu. Ele inibe a realização do desejo, impedindo a regressão até o surgimento da
alucinação, propiciando assim o desenvolvimento do pensamento. Então, é desde lá que
o Eu tem a função de inibir.
Para Freud o Eu não é apenas essa consciência segura, firme que nos permite
discernir nossa interioridade, nossos sentimentos e pensamentos da realidade que nos
cerca, o mundo exterior. Há algo de profundo, subterrâneo e irracional na noção de
Eu. Este sempre foi contra a ideia de um eu lógico, fixo e estável. O Eu não é algo
unitário, firme, seguro e autônomo, diferente de tudo mais.
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desenvolvimento e formação da personalidade pode-se incluir a capacidade e a
necessidade da criança perder o vínculo com a mãe, ou seja, o seu objeto primário,
objetivando desta forma, obter uma compreensão de si própria e articular vínculos com
outros objetos, que são as outras pessoas (SCHULTZ, 2009, p. 390).
Afirmam que o termo “teoria das relações objetais”, em seu sentido amplo,
refere-se a tentativas de responder a situação onde as pessoas interagem e reagem com
objetos externos e internos, e em que medida suas relações influenciam o
funcionamento psíquico. Importante relatar que os objetos internos são entendidos como
representações psíquicas de outras pessoas que influenciam as reações, perceções, os
estados afetivos do indivíduo (aspetos internos), bem como suas reações
comportamentais externas.
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dos seres humanos como uma espécie separada, mas também os seus ancestrais pré-
humanos ou animais. Herdamos a possibilidade de reviver experiências de gerações
passadas. É, portanto, um material inato da psique. É formado pelos arquétipos, núcleos
instintivos, passados de geração a geração (psíquica e biologicamente). São formas de
universais de pensamento (ideias) que contêm um grande elemento de emoção; cria
imagens ou visões que correspondem na vida normal, algum aspeto da situação
consciente. Funcionam como centros de energia autónomos que tendem a produzir, em
cada geração, a repetição e a elaboração dessas mesmas experiências.
O arquétipo da persona é uma máscara adotada pela pessoa em resposta às
demandas das convenções e das tradições sociais e às suas próprias necessidades
arquetípicas internas. É o papel atribuído a alguém pela sociedade, papel esse que a
sociedade espera ser cumprido. O propósito é causar uma impressão definida aos outros
e muitas vezes, embora não necessariamente, oculta a natureza dessa pessoa.
Quanto ao arquétipo anima e animus, o arquétipo feminino no homem é
chamado de anima e o arquétipo masculino na mulher é chamado de animus. Sendo que
o homem apreende a natureza da mulher por meio de sua anima, e a mulher apreende a
natureza do homem por meio do seu animus. Por outras palavras, ao viver com a
mulher, o homem feminilizou-se; ao viver com o homem, a mulher masculinizou-se.
A sombra, outro arquétipo, consiste nos instintos animais que os humanos
herdaram com a sua evolução a partir de formas inferiores de vida. Representa o lado
animal da natureza humana. É responsável pelo aparecimento, na consciência, de
pensamentos, sentimentos e ações desagradáveis e, socialmente, repreensíveis. A
sombra é o anti-persona.
O arquétipo self representava o anseio humano de unidade. Jung considerava-o
como equivalente à psique ou à personalidade total. O self é o ponto central da
personalidade do qual todos os outros sistemas estão constelados, permitindo uma
síntese entre consciente e inconsciente. O Self é a meta da vida que as pessoas
procuram, mas que muitas vezes não a encontram. Como todos os arquétipos, motiva o
comportamento humano e provoca uma procura pela integralidade.
O arquétipo de Deus mostra que todas as religiões são fundamentais para o
desenvolvimento psíquico do ser humano. Jung põe Deus dentro dos arquétipos para
mostrar que faz parte da experiência humana, pondo Deus na mesma linha que o resto
dos outros. Por fim, o arquétipo da relação. Esta engloba 3 agentes, o Eu, o Tu e o Nós.
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O Tu faz parte da identificação e na construção do Eu, mesmo que haja ausência dos
mesmos.
Duas grandes atitudes, a extroversão (orienta a pessoa para o mundo externo,
objetivo) e a introversão (orienta a pessoa para o mundo interior, subjetivo), traços da
atitude – hábito (repetir uma dada experiência e consolidá-la, podendo ser adaptativos
ou não).
Existem 4 funções psicológicas fundamentais: pensamento (ideacional e
intelectual; ao pensar, os seres humanos tentam compreender a natureza do mundo e de
si mesmos), sentimento (avaliar as coisas; dá ao humano as experiências subjetivas, do
prazer, da dor, de medo, raiva, etc.), sensação (função percetual ou da realidade,
transmitindo os fatos ou as representações concretas do mundo) e intuição (perceção por
meio de processos inconscientes e de conteúdos sbliminares).
Conceitua a libido como energia psíquica (energia vital) que inclui não apenas a
sexualidade, mas, também, outros elementos: instintos de sobrevivência (sede, fome,
agressividade, necessidade de proteção física, etc.), a busca de relações afetivas e
sociais, do desenvolvimento pessoal, do conhecimento de si mesmo e da experiência
numinosa. Jung aponta que para muitas pessoas a vivência da sexualidade e a busca
espiritual são consideradas como algo antagônico (contraditório) uma vez que tais
pessoas associam a sexualidade ao pecado (algo, então, contrário à espiritualidade).
Nesse ponto, Jung indica que uma vida saudável (não neurótica) permite a integração
entre a sexualidade e a espiritualidade. Tanto a vivência de uma sexualidade satisfatória
como da experiência espiritual é necessária ao equilíbrio (homeostase) psicofisiológico.
A psicoterapia de Jung sustenta-se no processo de interiorização, em que o
processo de individuação é um processo para toda a vida.
Jung considera os sonhos como sendo prospetivos assim como retrospetivos em
conteúdo e compensatórios para aspetos da personalidade do sonhador negligenciados
pela vida.
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Ao propor o seu conceito de fenomenologia, Edmund Husserl apresenta-o como
um contraponto à crise das ciências modernas, a saber, o naturalismo e o psicologismo
puramente empirista emergente na época, que desejava ser a base de todas as ciências
humanas.
A Fenomenologia centra-se na pessoa, na experiência e na autoexpressão. Possui
uma perspetiva de compreender os fenómenos observados. A fenomenologia engloba
quatro componentes: 1. Fenómenos assim como acontecem evitando qualquer tipo de
reducionismo; 2. Consciência; 3. Intersubjetividade (possibilidade de conhecimento e
compreensão de nós mesmos; possibilidade de relacionamento) e 4. Intencionalidade do
comportamento.
A Psicologia Humanista apareceu nos EUA no final dos anos 50 e início dos
anos 60, com as primeiras publicações de Abraham Maslow sobre a motivação no
estudo da personalidade e a consequente formulação do conceito de autorrealização.
Reunidos por uma Associação e com uma publicação própria, o movimento
humanista em psicologia “concede prioridade à validez da experiência humana, aos
valores, intenções e significados da vida”.
Do ponto de vista histórico, todavia, concorda-se que Maslow foi, com toda
propriedade, o principal nome de referência na fundação da Psicologia Humanista.
Assim, a Psicologia Humanista, dentro do momento dos EUA nas décadas de 60
e 70, nada mais foi do que uma das respostas aos apelos daqueles anos turbulentos. Ela
tinha como fios condutores básicos uma crítica ao modelo científico que vigorava até
então em psicologia (de inspiração positivista e tendo as ciências naturais como
modelos de como se fazer ciência) e uma perspetiva acerca do humano como livre e
responsável.
7. A psiquiatria fenomenológica: Binswanger
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Freud e toda a estima pela importância gigantesca da psicanálise no plano da
psicoterapia, a nossa formação filosófica não nos permitiu reconhecer as suas hipóteses
filosóficas, particularmente no que concerne à relação entre corpo e alma, entre o
instinto e o espírito.
Ao contrário da psicanálise, que havia sido criada por Freud a partir de uma
preocupação terapêutica, a análise existencial de Binswanger teria sido inicialmente um
novo método de pesquisa, que pretendia contrapor-se ao da psiquiatria tradicional: “A
direção de pesquisa analítico existencial em psiquiatria surgiu da insatisfação quanto
aos projetos de compreensão científica da psiquiatria da época” . Isto explica o caráter
mais completo e elaborado da psicopatologia decorrente da análise existencial
binswangeriana do que suas teorizações sobre a psicoterapia propriamente dita, tendo
em vista que só secundariamente ela se teria organizado como proposta de tratamento.
A Daseinsanalyse de Binswanger instituiu um corte na tradição médica e psiquiátrica da
psicopatologia. A Psicopatologia como um campo diferenciado do saber na perspetiva
de sua Daseinanalyse e de sua antropologia fenomenológica Binswanger defendeu a
ideia – já defendida anteriormente por Jaspers, embora sobre outras bases – de se
especificar a psicopatologia em um campo diferente do das ciências naturais, que
entendiam o homem como um sistema de funções de ordem orgânica ligadas a
processos naturais no tempo. A sua proposta da antropologia fenomenológica deveria
ser a disciplina para fundar a psicopatologia e a psiquiatria tendo em vista que “vê nele
[o homem] um ser pessoal que vive sua vida e cuja continuidade – não somente vivida,
mas se vivendo, ela mesma – se desdobra em história”. No seu famoso texto Fonction
vitale et histoire inté- rieure, publicado em Introduction a l’Analyse Existentiele,
Binswanger reconhece a contribuição metodológica de Jaspers em relação à distinção
entre relações de causalidade e de compreensão no campo do acontecer psíquico.
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pensamento binswangeriano, na medida em que se apoia na Daseinsalytik de Heidegger
para construir suas próprias bases teóricas e metodológicas de abordagem da
psicopatologia. Dessa forma, o projeto de Binswanger consistia, antes de tudo, em
prover a psiquiatra e a psicopatologia de um fundamento epistemológico e
metodológico que pudesse dar conta da dimensão propriamente existencial do homem, o
que o levou a uma singular aproximação de Freud com Heidegger, da psicanálise com a
fenomenologia. Surgiria, assim, a proposta de uma análise existencial e sua conceção da
clínica e da psicoterapia iria, aos poucos, portando as marcas dessa exigência ético-
intelectual.
A teoria de Carl Rogers clarifica que a ênfase deve estar no organismo e não no
self. Rogers identificou-se com a orientação humanista da psicologia contemporânea. A
psicologia humanista é mais esperançosa e otimista em relação ao ser humano.
O organismo é o foco de toda a experiência. A experiência inclui tudo o que está a
acontecer dentro do organismo em qualquer momento dado e que está potencialmente
disponível para a consciência. Esta totalidade constitui o campo fenomenal, que só pode
ser conhecido pelo próprio individuo.
Segundo Rogers aquilo que uma pessoa experiencia ou pensa, na verdade, não é
realidade para a pessoa: é meramente uma hipótese provisória sobre a realidade, uma
hipótese que pode ou não ser verdade. A pessoa suspende o julgamento até testar a
hipótese. O teste consiste em verificar informações menos certas com conhecimentos
mais diretos. “A pessoa total” para Rogers “é aquela que está completamente aberta aos
dados da experiência interna e aos dados da experiência do mundo externo”.
Para Rogers, o conceito de empatia diz respeito à capacidade relacional do ser
humano e só é possível quando há uma possibilidade concreta de poder fazer uma
distinção entre as nossas experiências e as experiências profundas do outro, o que
implica um nível de autoconhecimento avançado.
Quanto a Rollo May, este era defensor da valorização do humano como detentor
de potencialidades de crescimento e como uma totalidade existencial responsável por si
mesma. May possuía um modo diferente de perceber o humano nas suas dimensões
trágicas, além de vê-lo como, simultaneamente, padecendo de um dilema, ao mesmo
tempo, entre ser sujeito e ser objeto. Dilema em que não se escolhe apenas um dos
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termos da questão, mas vivenciando-os enquanto polos numa situação irresolvível de
perene tensão.
May alerta-nos que se nos livrarmos da hipótese do inconsciente “ficaremos
mais empobrecidos, ao perdermos grande parte e significação da experiência humana”.
No entender de May, o humano, ainda que pese a possibilidade de possuir dimensões
“mais profundas”, ele pode ascender a uma “conscientização”, isto é, à perceção clara
de que existe uma distância (não uma cisão) entre nós e o mundo que nos rodeia.
Capitulo 4. Teorias Psicológicas Sociais
Alfred Adler (1870-1937) foi o grande impulsionador do Self Criativo. É algo
que intervém entre os estímulos que agem sobre a pessoa e as respostas dadas pela
pessoa a esses estímulos. A doutrina de um self criativo afirma que os humanos fazem a
sua própria personalidade, construindo a partir do material bruto da hereditariedade e da
experiência. O self criativo dá significado à vida, cria metas, assim como meios para as
metas; é o principio ativo da vida humana.
O tema essencial de toda a obra de Erich Fromm (1900-1980) é que a pessoa
sente-se solitária e isolada porque se separou da natureza e das outras pessoas. A
condição de isolamento não é encontrada em outras espécies animais, é distintiva da
situação humana.
Segundo Karen Horney (1885-1952), as crianças experienciam naturalmente
ansiedade, desamparo e vulnerabilidade – Adler, de maneira muito semelhante,
descreveu a inferioridade como uma experiência infantil. Horney afirma existir 10
necessidades neuróticas: (1) necessidade neurótica de afeição e aprovação; (2) de um
“parceiro” que assuma a vida da pessoa; (3) de restringir a vida a limites estreitos; (4)
do poder; (5) de explorar os outros; (6) de prestígio; (7) de admiração pessoal; (8)
realização pessoal; (9) de autossuficiência e de independência; (10) de perfeição e não
vulnerabilidade. Enfatizou, também, uma estratégia alternativa de manejo por parte do
neurótico: ele pode, defensivamente, afastar-se do self real e procurar alguma
alternativa idealizada; a alineação como a consequência da tentativa da criança lidar
com a ansiedade básica.
Harry Stack Sullivan (1892-1949) insistia que a personalidade é uma entidade
puramente hipotética, “uma ilusão”, que não pode ser observada ou estudada à parte de
situações interpessoais. A unidade de estudo é a situação interpessoal, e não a pessoa; é
o centro dinâmico de vários processos que ocorrem numa série de campos interpessoais.
Um dinamismo é a menor unidade que pode ser empregada no estudo do individuo. É
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definido como “o padrão relativamente duradouro de transformações de energia, que
recorrentemente caracteriza o organismo na sua duração como um organismo vivo”
(Sullivan, 1953); pode ser manifesto em publico (falar) ou oculto e privado
(pensamentos, fantasias). O auto sistema, como guardião da segurança, tende a isolar-se
do resto da personalidade; exclui informações que são incongruentes com a sua presente
organização e deixa, portanto, de beneficiar-se da experiência. Uma personificação é a
imagem que o individuo tem de si mesmo ou de outra pessoa. É um complexo de
sentimentos, atitudes e conceções que decorrem de experiencias de satisfação de
necessidades e de ansiedade. Sullivan proponha também processos cognitivos. Concebia
a personalidade como um sistema de energia cujo principal trabalho consiste em
atividades que irão reduzir a tensão. Considerava a personalidade de uma perspetiva de
estágios de desenvolvimento, antes do estágio final da maturidade: (1) infância, (2)
meninice, (3) idade juvenil, (4) pré-adolescência, (5) adolescência inicial e (6)
adolescência final.
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mundo e o seu corpo e o meio deve estimular a criança a fazer as coisas de forma
autônoma, não sendo alvo de extrema rigidez, que deixará a criança com sentimentos de
vergonha.
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As ideias de Murray foram influenciadas pela teoria psicanalítica. Este
reconhecia que a personalidade, normalmente, está em um estado de fluxo. (estrutura da
personalidade) Os principais componentes desta definição podem ser resumidos assim:
a personalidade de un indivíduo é uma abstração formulada pelos teóricos e não
simplesmente uma descrição do comportamento do indivíduo; refere-se a uma série de
eventos que idealmente abrangem toda a sua vida "a história da personalidade é a
personalidade"; uma definição da personalidade deve refletir os elementos duradouros e
recorrentes do comportamento, bem como os elementos novos e únicos; a personalidade
é o agente organizador ou governador do indivíduo; As funções são integrar os conflitos
e as limitações aos quais o indivíduo está exposto; a personalidade está localizada no
cérebro "nenhum cérebro, nenhuma personalidade". Murray estava fortemente orientado
para uma visão que desse um peso adequado à história do organismo, à função
organizadora da personalidade, aos aspetos recorrentes e novos do comportamento do
indivíduo, à natureza abstrata ou conceitual da personalidade e aos processos
fisiológicos subjacentes aos psicológicos. (definição de personalidade)
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sejam elas mentais, verbais ou físicas. Relativamente à importância da análise
motivacional, ele insistia que uma compreensão adequada da motivação humana deveria
basear-se num sistema que empregasse um nº de variáveis suficientemente grande para
refletir, pelo menos parcialmente, a imensa complexidade dos motivos humanos em
estado natural. Resumindo, existe motivação consciente e inconsciente. A falta de
motivação leva a uma estagnação. (dinâmica da personalidade)
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Carácter tinha relação com um código de comportamento em termos do qual os
indivíduos ou os seus atos são avaliados. Allport sugeriu que carácter é um conceito
ético e que é preferivel definir o carácter como a personalidade avaliada, e a
personalidade como o carácter sem valorização. (carácter)
Uma atitude também é uma predisposição, ela também pode ser única, pode
iniciar ou orientar o comportamento, e é produto de fatores genéticos e de
aprendizagem. A atitude está ligada a um determinado objeto ou à classe de objetos,
enquanto o traço ou a disposição não. É mais semelhante de um traço; predisposição
para a resposta; fatores genéticos mais fatores adquirídos.
Allport propôs que todas as funções do self ou do ego que foram descritas
fossem chamadas de funções próprias da personalidade. Juntas pode-se dizer que
constituem "o proprium". Este não é inato, mas desenvolve-se ao longo do tempo.
Durante os primeiros 3 anos aparecem os 3 desses aspetos: um senso do self corporal,
senso de auto- identidade contínua, e auto- estima ou orgulho. Entre os 4 e 6 anos
aparecem 2: extensão do self e a auto- imagem. Entre os 6 e 12 a criança percebe que é
capaz de lidar com os problemas por meio da razão e do pensamento. Durante a
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adolescência surgem as intenções, os propósitos a longo prazo e as metas distantes, ou
seja, anseios próprios e constituem o proprium. A maturidade implica uma crescente
confiança em padrões pessoais ou em termos de comportamento. (o proprium)
Teoria de Eysenck:
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universais» de grande parte das teorias da personalidade conhecidas, podendo reduzir-se
às seguintes: tendências básicas, adaptações características, autoconceito, biografia
objectiva e influências externas. Estas tendências básicas são o equivalente ao que
Rogers entende por ‘organismo’ e muitos autores referem como o núcleo da
personalidade. As manifestações concretas das tendências básicas são as adaptações
características – as competências, hábitos e atitudes, que resultam da interação do
indivíduo com o seu ambiente e que explicam como as dimensões universais da
personalidade podem existir numa grande diversidade de culturas.
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Tendências Básicas: os autores enunciam postulado de que todos os adultos
podem ser caracterizados pela sua posição diferencial num conjunto de traços de
personalidade, que influenciam os seus pensamentos, sentimentos e comportamentos.
Apresentando um índice considerável de heritabilidade, os traços desenvolver-se-iam, a
partir da infância, para atingirem a maturidade, na idade adulta: depois dos trinta anos,
sensivelmente, manter-se-iam estáveis.
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afetivos e volitivos universais. Porém, esta dinâmica é diferencial, no sentido de que
alguns processos dinâmicos são afetados, diferentemente, pelas tendências básicas do
indivíduo, incluindo os traços de personalidade. Eis, descrita a traços largos, a teoria da
personalidade proposta por McCrae e Costa. Ela não se centra nos aspetos universais da
personalidade, ao nível das tendências básicas. Pelo contrário, são as diferenças
individuais na adaptação relacionadas com a personalidade o objeto do seu enfoque.
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