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TABOÃO DA SERRA

CURSO DE SERVIÇO SOCIAL

Adriana Pereira de Gouveia RA: 8573701034


Galdina Oliveira Pereira RA: 2418670002
Ghellem Cristine de Souza Pires RA: 0111001843
Mayra Almeida Silva RA: 7886595595
Raul dos Santos Rocha RA: 0111005848
Vanessa Biagioni de Assis RA: 0111001847

OS 30 ANOS DO ESTATUTO DA CRANÇA E DO ADOLESCENTE – AVANÇOS E


DESAFIOS.

DISCIPLINAS NORTEADORAS: GESTÃO SOCIAL E ANÁLISE DE POLÍTICAS


SOCIAIS; INSTRUMENTALIDADE EM SERVIÇO SOCIAL; PESQUISA SOCIAL E
OFICINA DE FORMAÇÃO E POLÍTICAS SETORIAIS E POLÍTICAS SETORIAIS
CONTEMPORÂNEOS.

TABOÃO DA SERRA
NOVEMBRO / 2020
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.................................................................................. 01

2. DESENVOLVIMENTO...................................................................... 02

3. CONCLUSÃO................................................................................... 06

4. REFERÊNCIAS................................................................................ 07

TABOÃO DA SERRA
NOVEMBRO / 2020
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1. INTRODUÇÃO
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2. DESENVOLVIMENTO
No Brasil, em meados dos anos 90, uma criança ou adolescente era
punida da mesma forma que um adulto que cometeu um crime, simplesmente
por sua condição social ou por não ter um responsável legal, isso acontecia em
nosso país quando ainda vigorava o chamado Código de Menores.
Crianças e adolescentes, considerados “pessoas de alto risco”, seja em
função da pobreza, abandono ou maus tratos, eram recolhidos e entregues a
instituições que recebiam, além destas crianças e adolescentes, menores de
idade que cometiam furto, roubo ou mesmo tentativa de homicídio. Neste
momento da história, a preocupação era manter a ordem social e corrigir quem
se encontrava em “situação irregular” e/ou incomodava a vida em sociedade.
Com o Estatuto da Criança e do Adolescente que entrara em vigor no ano
de 1.990, crianças e adolescentes passaram a ser visto sob uma nova
percepção, como pessoas que possuem seus direitos estabelecidos em lei,
passou-se a ser obrigatório a garantia integral de todas as pessoas com idade de
0 (zero) à 18 (dezoito) anos. Entretanto, a criação do ECA (Estatuto da Criança e
do Adolescente) não garantiu que tudo o que estava previsto fosse alcançado,
ocorreram avanços porém, parte do ECA ainda não é aplicado.
O Estatuto da Criança e do Adolescente completou 30 (trinta) anos de
existência no mês de julho deste ano e para entender melhor a legislação em
relação ao ECA, é possível traçar uma linha do tempo com datas históricas que
marcaram a evolução do tema.
1 º de janeiro de 1726 – Crianças são abandonadas para caridade nas
“Rodas dos Expostos”.
11 de outubro de 1890 – Código Criminal da República determina
penalização de crianças entre 9 (nove) e 14 (quatorze) anos.
5 de janeiro de 1921 – Idade mínima para responder criminalmente passa
a ser de 14 (quatorze) anos.
20 de fevereiro de 1926 – Caso Bernadino: menino é violentado na prisão.
10 de dezembro de 1927 - 1 º Código de Menores estabelece
imputabilidade antes dos 18 anos.
14 de dezembro de 1932 – Com reforma penal, Vargas consolida
mudanças na idade penal para 14 (quatorze) anos.
5 de novembro de 1941 – Serviço de Assistência a Menores (SAM) é
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criado para atender todo o Brasil.


1 º de dezembro de 1964 – Militares criam FUNABEM (Fundação Nacional
do Bem Estar do Menor) e FEBEM (Fundação Estadual do Bem Estar do Menor).
19 de junho de 1975 – CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Menor
investiga situação da criação desassistida.
10 de outubro de 1979 – 2 º Código de Menores adiciona doutrina de
proteção integral.
5 de outubro de 1985 – Ciranda da Constituinte marca aprovação da
emenda na Constituição.
1 º de março de 1988 – Entidades da sociedade civil criam Fórum de
Defesa das Crianças e Adolescentes.
5 de outubro de 1988 – Artigo 227, torna-se base para criação do ECA.
13 de julho de 1990 – Nasce o Estatuto da Criança e do Adolescente
(ECA).
2 de setembro de 1990 – Brasil assina Convenção Internacional sobre os
Direitos da Criança.
1 º de janeiro de 1993 – Criada Frente Parlamentar em Defesa dos
Direitos da Criança e do Adolescente.
1 º de janeiro de 2003 – Governo Federal assume o Disque 100 para
receber denúncias.
1 º de maio de 2003 – Crimes bárbaros pautam discussão sobre
maioridade penal.
1 º de novembro de 2003 – Brasil entrega primeiro relatório da Convenção
da ONU (Organização das Nações Unidas).
26 de junho de 2014 – Lei condena violência moral e física na educação.
1 º de abril de 2015 – Eleições para Conselhos Tutelares acontecem em
todo Brasil.
2 de julho de 2015 – Lei aprova emenda que reduz a maioridade penal
para 16 (dezesseis) anos.

Estes são os acontecimentos mais importantes em torno da criação do


Estatuto da Criança e do Adolescente.
Sabemos que o processo de construção da cidadania aparecem
gradativamente a medida que os padrões da civilização começam a se
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manifestar. Deste modo, as políticas sociais vão se materializando como


alternativa para as expressões da questão social em suas diferentes formas.
É deste modo que movimentos sociais que unem seguimentos distintos
logram êxito no reconhecimento de direitos que venham ao encontro de suas
necessidades.
O Estatuto da Criança e do Adolescente prevê o desenvolvimento de
potencialidades e o fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários, por
meio de ações de caráter preventivo, protetivo e proativo.
Possui caráter preventivo e proativo pautado na defesa de direitos e no
desenvolvimento das capacidades dos usuários, com vista para o enfrentamento
das vulnerabilidades sociais. Deve ser ofertado de modo a garantir a segurança
de acolhida e de convívio familiar e comunitário, além de estimular a autonomia e
o crescimento pessoal das crianças e adolescentes.
Considerando os princípios da gestão social, a participação da
intersetorialidade, enquanto estratégias para intervenção social frente a situação
das crianças e adolescentes do país, as ações e os compromissos da sociedade
civil e também do poder público, enquanto política pública, são instrumentos
necessário para o processo de descentralização.
A intersetorialidade está ligada à ideia de descentralização visando regular
as ações intersetoriais através dos gestores municipais, responsáveis pela
gestão e organização do SUAS (Sistema Único de Assistência Social), bem
como assegurar que entidades da rede socioassistencial observem normativas
necessárias para execução dos programas, projetos e ações dos serviços.
O desafio que apresentamos neste trabalho é o de mostrar uma reflexão
sobre a efetividade da participação social nos conselhos municipais e como a
intersetorialidade se estabelece enquanto processo para efetivação entre os
conselhos e toda rede de serviço.
O artigo 124 do ECA, esclarece que é direito do adolescente em privação
de sua liberdade ser alocado em instituição próxima ao domicilio de seus pais
ou responsáveis e tem direito a receber visitas semanais dos seus familiares,
este contato é de extrema importância para integração entre equipe técnica,
adolescente e família. Maior parte dos adolescentes são de classe baixa mas
também há muitos de classe média com famílias desestruturadas e com vínculos
rompidos, mas não se reduz somente a estes uma vez que, a lei é igual para
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todos independente de classe ou raça.


Atualmente, podemos identificar vários espaços de trabalho do Assistente
Social vinculados a área da infância e juventude. Alguns exemplos são:
Acolhimentos Institucionais, Programas de Família Acolhedora, Serviço de
Convivência e Fortalecimento de Vínculos, entre outros. Em todos eles o
profissional do Serviço Social usa de seu cotidiano e instrumentos para garantir
que os objetivos de uma intervenção venham a ser alcançados.
Sua atuação é muito ampla, ele está onde for necessário orientando,
planejando e promovendo melhorias na qualidade de vidas das pessoas
atendidas.
Realiza todo acompanhamento da família e da criança e/ou adolescente,
trabalhando os vínculos afetivos, convívio familiar e relacionamento destas
pessoas para retorno á sociedade. O assistente social acompanha a criança ou o
adolescente em todo o período de recolhimento, na intenção de criar ou
fortalecer os vínculos familiares.
Executam seu trabalho dentro das instituições de acordo com o Código de
Ética da Profissão e também de acordo com o que é permitido no regimento
interno, como: elaborar com uma equipe multidisciplinar, o adolescente e a
família o PIA (Plano Individual de Atendimento), realizar estudo de caso, avalição
psicossocial bem como, orientar, encaminhar e acompanhar o adolescente para
obtenção da documentação civil quando necessário.
Também fazem parte de suas funções elaborar relatório avaliativo com
parecer técnico, realizar visitas domiciliares, participar de reuniões, grupos de
estudos, planejamento e avaliação das ações da unidade, buscar e articular
recursos da comunidade para formação da rede de apoio, visando a inclusão
social e elaborar planos de intervenção para o desenvolvimento da ação
educativa.

3. CONCLUSÃO

O assistente social inserido no espaço de trabalho das instituições que


executam as sanções previstas na lei brasileira muitas vezes percebe-se isolado
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da categoria, como se sua prática estivesse contra os princípios históricos do


Serviço Social.
É preciso enxergar com nitidez que essas sanções (privação de liberdade,
por exemplo) estão previstas na legislação brasileira e podem constituir
possibilidades concretas de tomada de consciência por parte dos sujeitos que a
ela são submetidos.
Por outro lado, a presença do profissional de Serviço Social nesses
espaços pode constituir-se também em esforços na garantia de direitos dos
sujeitos atendidos. Assim, produzir conhecimento acerca desse espaço de
trabalho é também mostrar que a categoria tem condições de desenvolver um
trabalho profissional comprometido com os pressupostos do projeto ético-político
profissional, mesmo em instituições que trabalham com a execução de
"sanções".

4. REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Bernadete de Lourdes Figueiredo. Artigo: A PRODUÇÃO DO


CONHECIMENTO SOBRE A POBREZA E TEMAS AFINS NO BRASIL: uma
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análise teórica. 2006.

BELLUZZO, Luiz Gonzaga. Ensaios sobre o capitalismo no século XX. São


Paulo: Ed. Unesp; Campinas: Unicamp.IE, 2004.

CASTEL, Robert. As metamorfoses da questão social: uma crônica do


salário. Petrópolis: Vozes, 1998.

CUSTÓDIO, André Viana; VERONESE, Josiane Rose Petry. Crianças


Esquecidas: o trabalho infantil doméstico no Brasil. Curitiba: Multidéia, 2009.

MARCÍLIO, Maria Luiza. A roda dos expostos e a criança abandonada na


história do Brasil. 1726-1950. In: FREITAS, Marcos Cezar de. (Org). História
social da infância no Brasil. São Paulo: Ed. Cortez, 1999.

MARSHALL, Alfred. Princípios de economia. São Paulo: Nova Cultural, 1996


[1890]. (Os Economistas).

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