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SFUNÇÃO
ERÉT
IL
ÍNDICE
DISFUNÇÃO ERÉTIL .................................................................................................................................. 3

O QUE É DISFUNÇÃO ERÉTIL ............................................................................................................. 4

POR QUE OS MENINOS NÃO VÃO AO MÉDICO? .................................................................... 8

CONSCIENTIZAÇÃO MASCULINA ................................................................................................... 9

QUESTÕES CULTURAIS ......................................................................................................................... 10

O QUE ACONTECE NAS CONSULTAS MÉDICAS? .................................................................. 11

CAUSAS DA DISFUNÇÃO ERÉTIL ..................................................................................................... 15

TRATAMENTO DE DISFUNÇÃO ERÉTIL ....................................................................................... 17

TERAPIAS EM EXPERIMENTAÇÃO .................................................................................................. 28

MAS COMO EVITAR O PROBLEMA? ............................................................................................... 29

DR. MARCO TULIO ..................................................................................................................................... 30


Disfunção
erétil
Um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS),
realizado em 2018, revelou que 30% da população
masculina do Brasil sofre de disfunção erétil.
Em dados divulgados pelo IBGE em 2019, esse
percentual representa mais de 30 milhões de homens
no país enfrentando o problema em algum nível.
Também conhecida como impotência sexual, essa
surge como umas das maiores preocupações
masculinas.

Segundo um estudo da Sociedade Brasileira


de Urologia (SBU), em parceria com a empresa
Bayer, entre os homens de 18 a 22 anos, 26% já se

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preocupam com a perda de libido e impotência. O
impacto negativo na qualidade de vida de um homem
que sofre de disfunção erétil pode ser devastador,
interferindo negativamente inclusive na vida
% profissional. A maioria deles, independente da causa,
sofrem de ansiedade, temores, tristeza, depressão,
baixa autoestima, angústia, atitudes pessimistas,
preocupação, chegando a casos extremos de idéias
suicidas.
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Isso nunca aconteceu antes:
A disfunção erétil é uma dificuldade persistente em
chegar ou manter a ereção para a realização do ato

O que é sexual. Tudo começa com o libido (desejo sexual) onde


o homem sente a vontade de iniciar uma relação com
a parceira (o), em seguida vem a excitação, quando

disfunção
os nervos liberam substâncias químicas que vão
aumentar o fluxo sanguíneo para preparar a ereção,
que será mantida pela retenção do sangue nos tecidos

erétil?
cavernosos do pênis.

Essa retenção vai tornar o órgão sexual firme e pronto


para a relação sexual. A excitação masculina depende
de diversos fatores, como atuação de hormônios
(principalmente a testosterona), nervos, tecido
cavernoso e esponjoso (estrutura interna do pênis),
vasos sanguíneos, comandos cerebrais e reações
emocionais, por isso, há causas físicas e psicológicas
para um homem sofrer com impotência sexual.

A SBU revela que 50% dos homens acima de 40 anos


vão apresentar algum tipo de disfunção erétil. Isso
nos mostra que apesar de não ser normal ter
disfunção erétil, é um problema muito comum.
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FATORES DE RISCO

• Idade: Há um desgaste dos tecidos de todo


nosso corpo com a idade, inclusive do tecido
erétil do pênis. Esse desgaste pode variar muito
a depender de fatores genéticos e estilo de
vida. Ex.: Tem pacientes com 40 anos que já
iniciam esse processo e outros com 70 anos
ainda mantém uma função erétil perfeitamente
satisfatória.

• Diabetes: Com certeza um dos maiores


inimigos da Função erétil. A glicemia alta
deteriora a microcirculação e os nervos
que iriam disparam estímulos para ereção,
prejudicando assim tanto a vascularização
quanto a inervação dov pênis. Dependendo da
severidade e duração a Diabetes pode levar a
impotência em 20 a 80% dos casos. A gravidade
da impotência tende a ser maior nos pacientes
diabéticos.

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• Hipertensão Arterial: Deteriora e obstrui a
circulação dos corpos cavernosos do pênis. Está
presente em 38 a 42 % dos pacientes com
disfunção erétil.

• Dislipidemia (Aumento do Colesterol LDL e


Triglicérides): Taxas altas desse tipo de gordura no
sangue também contribuem para obstrução da
circulação peniana. Está presente em 42 % dos pacientes
com disfunção erétil.

• Tabagismo: Predispõe a formação de placas de


aterosclerose e piora circulação peniana.

• Obesidade e vida sedentária

• Depressão

• Ejaculação Precoce

• Sintomas Urinários/ Aumento da próstata

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CAUSAS PSICOLÓGICAS
• Estresse de diversos tipos ou outras razões
emocionais, como preocupações com
questões financeiras;
• Problemas no relacionamento;
• Depressão, ansiedades (ansiedade de
performance principalmente).

Há diversos tipos de medicamentos que também


podem levar à disfunção erétil, como:
• Diuréticos;
• Para o coração;
• Para controlar pressão alta;
• Que atuam no sistema nervoso central;
• Ansiolíticos;
• Antidepressivos;
• Medicamentos de combate ao câncer;
• Analgésicos opióides, etc.

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Por que os meninos
não vão ao médico
Muitas dessas doenças que levam à disfunção erétil também
poderiam ser evitadas ou melhor tratadas se os homens fossem
mais conscientes da importância do cuidado com a própria saúde.
Diferententemente das mulheres, que costumam frequentar
mais os consultórios médicos fazendo visitas periódicas à
?
ginecologista, por exemplo, os homens não revelam o mesmo
comportamento. Pelos dados de 2018 do Ministério da Saúde, os
homens estiveram em 80 milhões de consultas a menos que as
mulheres. As mulheres vivem 7 anos a mais do que os homens e

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um dos motivos é este hábito de realizar consultas rotineiras. Um
dado da Sociedade Brasileira de Urologia revelou que mais de
50% dos homens nunca foram ao urologista.
Um estudo do Centro de Referência em Saúde do Homem, revela
que 70% dos homens só vão ao médico acompanhados das %
mulheres ou dos filhos.
No mesmo estudo, também foi apontado que mais de 50% dos
homens só vão ao médico quando algum sintoma aparece e
atrapalha muito a rotina deles.

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Conscientização
masculina
Ações como a campanha conhecida como “Novembro Azul”,, reúnem esforços de
diversas entidades para reforçar a importância da frequência periódica do homem ao
urologista, para tratar problemas não só como o câncer de próstata ou tumor nos testículos,
mas também as disfunções sexuais, como a impotência.

Essa falta de hábito dos homens de frequentar o médico também pode levar ao desconhecimento de
que certas doenças podem provocar a disfunção erétil, como a obesidade. Essa doença, que vem sendo
tratada como um um problema de saúde pública mundial pela Organização Mundial da Saúde, é uma
das responsáveis pela queda de testosterona no organismo masculino, hormônio que influencia a libido.

Só para se ter ideia de como a falta de testosterona afeta os homens, podem ser citados sintomas como
alterações de humor, sensação de perda de energia, diminuição das massas musculares e ósseas,
cansaço e, consequentemente, perda de libido e disfunção erétil. A disfunção erétil é fator de risco
independente para Infarto Agudo do Miocárdio, pois se a circulação do pênis está prejudicada causando
impotência, a circulação do coração também pode estar causando Infarto.

Visto isso, o papel do urologista/andrologista é muito maior podendo avaliar este paciente como
um todo e encaminhá-lo para outras especialidades que forem necessárias para um cuidado
multidisciplinar da saúde.

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Questões
culturais
A questão cultural também é um fator impeditivo
para que os homens sintam-se à vontade para
discutir assuntos como a própria ereção, mesmo
com seus médicos.

De acordo com os dados da pesquisadora Mary


Himmelstein, da Universidade de Connecticut, os
homens evitam idas frequentes ao médico por medo de serem classificados como fracos. Isso ocorre
tanto aqui no Brasil, mas também lá nos Estados Unidos, onde os homens também vão menos ao
médico do que as mulheres. Segundo a pesquisadora isso ocorre porque eles identificam bravura e
autossuficiência como valores ligados à masculinidade, por isso, tendem a minimizar os cuidados com
a saúde. Além disso, por associarem coragem, resistência e autossuficiência como valores masculinos,
os homens não costumam relatar seus sintomas aos médicos de forma adequada.

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O que acontece nas
consultas médicas?

Para diagnosticar a disfunção erétil é fundamental a


consulta ao médico, o especialista que cuida disso é um
urologista e em especial os que atuam na andrologia
(uma subespecialidade dentro da urologia que cuida
especificamente de disfunção erétil, reposição hormonal
masculina e doença de peyronie) para expor sintomas e
responder diversas questões relacionadas a estilo de vida e
saúde.

A consulta divide-se em 3 partes:

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1- Anamnese:
Esta é a parte onde escutamos cuidadosamente a história do paciente. É com certeza a parte mais
importante e o paciente deve ter tempo suficiente para contar todo seu problema, queixas e anseios.
Após isto podemos fazer alguns questionamentos que ajudam a guiar a conversa.

• Há quanto tempo percebe que está sofrendo de disfunção sexual?

• Como está o libido (vontade de ter relação sexual)

• As perdas de ereção estão progressivamente piores, ou variam de períodos de normalidade e períodos


de baixa potência?

• Tem ereções no meio da noite ou acorda com ereções?

• Qual a firmeza da ereção e grau de dificuldade para penetração?

• As ereções são diferentes de acordo com a situação, como tipo


de relação sexual (sexo oral, vaginal ou masturbação)?

• Perde ereções em posições específicas?

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• Tem dores na ereção?

• Apresenta caroços, inchaços ou curvatura no pênis?

• Houve diminuição ou afilamento do pênis?

• Qual a frequência sexual atual e qual seria a ideal para o casal ?

• Quais tratamentos já realizou para tentar solucionar este problema e


quais foram os resultados?

2- Exame físico:
Nesta parte da consulta devemos avaliar o paciente como um todo.

Peso, cintura, pressão arterial, distribuição de pêlos, presença de ginecomastia, tamanho e


consistência dos testículos, palpação do pênis com avaliação de nodulações ou deformidades.

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3- Ultrassom Doppler peniano com ereção
farmaco induzida.
Este exame pode ser feito no próprio consultório no momento da consulta. É importante para avaliação
principalmente de pacientes que já tomaram medicações para ereção como viagra (sildenafila), cialis
(tadalafila) e não tiveram resposta satisfatória.

O USG doppler peniano com fármaco ereção avalia disfunção erétil mais
grave que pode ser refratária até medicações injetadas dentro dos
corpos cavernosos do pênis. Serve também para excluir causas orgânicas
vasculares como insuficiência arterial (baixa pressão de enchimento) ou
escape venoso (aumento da pressão de esvaziamento).

4- Solicitação de exames
laboratoriais específicos.
A solicitação de um perfil metabólico e hormonal é fundamental para
excluirmos causas orgânicas tratáveis e até reversíveis de disfunção
erétil. Esses exames são colhidos no sangue mesmo e são
agendados em laboratórios ou pode-se agendar uma
coleta domiciliar.

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Causas da
disfunção erétil
1- Psicogênicas (isoladas);

2- Disfunção erétil não orgânica - adrenalina mediada;

3- Hormonal (ex.: diminuição de testosterona);

4- Vascular (ex.: insuficiência arterial / escape venoso);

5- Neurogênica (ex.: AVC - derrame, mielomeningocele).

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6- Iatrogênica (ex.: pós cirurgia de retirada da próstata);

7- Por uso de medicações ou drogas (antidepressivos, cocaína);

8- Traumas (sequela de fraturas de pênis, trauma raquimedular com paraplegia);

9- Doença de Peyronie ( deforma o pênis e prejudica mecanismo de venooclusão).

Todas estas causas devem ser pesquisadas e sempre buscar fechar um diagnóstico especificando
a causa para o paciente.

As perguntas também poderão ser sobre a saúde emocional do paciente, como a incidência
de estresses de diversos tipos ou até mesmo sobre o relacionamento com a parceira.
O urologista realiza exame físico, solicita testes laboratoriais e se necessário exames de
imagem para descobrir motivações do problema e investigar causas secundárias para a
disfunção erétil.
O ultrassom doppler de pênis com fármaco ereção, é um exame que pode avaliar se há
distúrbios vasculares penianos e o grau da disfunção do paciente.
Tudo será checado desde idade, como fatores de riscos, probabilidades de doenças no
coração, predisposição à hipertensão, diabetes, etc.

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Tratamento da
disfunção erétil
A disfunção erétil pode ser tratada, o que
é altamente recomendável pelos médicos,
especialmente para evitar ansiedades,
baixa autoestima, desconfortos por ter
uma vida sexual insatisfatória e problemas
de relacionamento. Para isso, a medicina
utiliza diversas abordagens, que vão ser
determinadas pelo médico com total parceria
e aceitação do paciente. A começar, cuidados
com a saúde cardiovascular e comorbidades
são imprescindíveis. Terapia comportamental
e psicológica também exercem um
importante papel no combate à disfunção
sexual.

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TRATAMENTOS SUGERIDOS:

1 - NATURAIS MEDICAMENTOS

Essa é uma das citações mais feitas pelos pacientes em consultas médicas para tratamento de
impotência: “Doutor, gostaria de um tratamento apenas com coisas naturais, não quero tomar remédios
para não ficar dependente”. Esse é um medo dos pacientes que poderemos abordar em outro ebook
específico.
Os tratamentos naturais para disfunção erétil são
na verdade pilares para uma vida saudável:

1- Alimentação saudável e balanceada;

2- Exercícios físicos regulares e com cargas


moderadas (não extenuantes);

3- Sono com duração e qualidade adequadas;

4 - Controle do estresse;
5- Não fumar, não beber em excesso e nem usar
drogas;

6- Tratar comorbidades e fatores de risco, ou


seja, controlar hipertensão, diabetes, colesterol,
triglicérides, depressão, obesidade.

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Essas orientações que consistem no tratamento natural devemos realizar para todos os pacientes.
Porém infelizmente muitos pacientes não conseguem cumprir todas elas ou mesmo realizando
tudo de acordo com as orientações acima, ainda mantém queixas de disfunção erétil.

A questão do uso de fitoterápicos neste item é controversa e podemos discutir em outro ebook
específico.

2 - INIBIDORES DA 5 FOSFODIESTERASE TIPO 5

O urologista poderá indicar o uso dos inibidores da fosfodiesterase tipo


5 para aumentar fluxo sanguíneo no pênis (Viagra, Cialis, Levitra, etc).
Dependendo da frequência sexual e da rotina do paciente, existem
diversas estratégias para realizar este tipo de tratamento:

- Tomar medicamento sob demanda, ou seja, é preciso tomar


o medicamento alguns minutos ou horas antes do ato sexual
a depender da droga escolhida.

- Tomar medicação em doses baixas diariamente.

- Associar uso diário ao uso sob demanda com mesma molécula ou


uso de moléculas diferentes associadas.

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Importante você realizar esse tratamento sendo orientado por um especialista,
podendo otimizar resultados, usar doses mínimas necessárias para uma
boa performance e ter um planejamento de desmame quando possível
e indicado. Neste caso assim como em tantos outras situações na
medicina a dose e os esquemas devem
ser individualizados para uma boa resposta.

Ao ser ingerida, essa classe de medicação promove uma


vasodilatação das artérias penianas gerando maior aporte
sanguíneo, e consequentemente, condições adequadas para uma
ereção plena. Esse tratamento costuma produzir bons resultados
na maioria dos homens, porém, infelizmente não em todos.

Sabe-se que 35% dos homens NÃO tem boa ereção mesmo tomando
estas medicações.

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As contraindicações são raras. A principal delas é no caso do paciente usuário de outras medicações que
dilatam os vasos sanguíneos, especialmente utilizados em casos de angina do coração (ex: dinitrato de
isossorbida). Os principais efeitos colaterais são dores de cabeça, congestão nasal, dores musculares,
turvamento temporário da visão ou até indigestão.

Um outro temor dos homens é a questão da dependência e a necessidade do uso contínuo da


medicação. Este ponto deve ser abordado detalhadamente em consulta e a resposta depende de cada
caso.

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3- MEDICAÇÃO INTRAURETRAL

Para esse tipo de tratamento, uma dose do medicamento


Alprostadil é colocado dentro da uretra. Mas nem sempre
funciona, portanto, é preciso testar antes de fazer uso
efetivo na hora da relação sexual. Costuma ter efeito
maior de intumescimento da glande e graus de rigidez
variáveis. Um efeito colateral é a sensação de queimação
no pênis.

4 - TERAPIA HORMONAL COM TESTOSTERONA

Em paciente com sintomas de testosterona baixa (cansaço,


fadiga, desânimo, irritabilidade, fogachos, dentre outros) associado a
exame laboratorial mostrando níveis baixos do hormônio indicam a terapia com
testosterona que pode ser prescrita isolada ou em combinação com inibidores
da fosfodiesterase tipo 5 (sildenafila, tadalafila...).
Falaremos mais profundamente sobre o assunto em outro ebook específico.

5 - REABILITAÇÃO PENIANA

A reabilitação peniana é um conjunto de medidas que visam melhorar de forma


não medicamentosa a ereção ou fazer com que pacientes que não respondam
de forma eficaz as medicações voltem a responder. Podemos fazer:

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- TERAPIA COM ONDAS DE CHOQUE DE BAIXA INTENSIDADE:

É o tratamento mais recente para disfunção erétil. A pesquisa de base mostra o seguinte
mecanismo de ação

Em 2019 já temos 5 meta análises com um total de 2529 pacientes.

- 4 dos 5 estudos mostraram melhora da função erétil significativa avaliado pelos parâmetros do
IIEF score - International Index of Erectile Function score (um questionário validado mais usado
para avaliação da função erétil)

- Das 3 meta análises que avaliaram o EHS - Erectile Hardness Score (outro questionário validado
para disfunção erétil) as 3 tiveram melhora da função erétil com significância estatística.

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Trata-se de um tratamento indolor, sem contra
indicação ou efeitos colaterais e promove
a formação de novos vasos sanguíneos
melhorando o fluxo de sangue no pênis. Temos
assim uma boa e promissora alternativa para
oferecermos para os pacientes.

- VACUOTERAPIA: Exercícios bem orientados


com bombas penianas melhoram a circulação
intracavernosa e podem deixar as ereções com
melhor rigidez.

Evitar atrofia peniana em pacientes com longos


períodos de desuso ou em pós operatório de
cirurgias prostáticas.

Cuidado com falsas expectativas oferecidas em sites pornográficos com promessa de aumento do
pênis em até 7 cm.

- FISIOTERAPIA: A fisioterapia do assoalho pélvico também pode ser orientada para restauração da
potência, principalmente em pacientes que sofreram sequelas de cirurgias prostáticas.

O pênis como qualquer parte do nosso corpo deve sempre manter-se em atividade para um
funcionamento adequado.

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6 - ANEL PENIANO

É um anel plástico colocado na base do pênis para


manter a ereção, que pode ser mantida por até 30
minutos. Quando os pacientes são bem treinados no
procedimento, também é um método que costuma
produzir resultados razoáveis.

7 - INJEÇÕES PENIANAS

As injeções penianas para disfunção erétil têm bons


resultados quando em monoterapia ou combinadas. A
medicação exclusiva mais utilizada é o vasodilatador de ação local
chamado Prostaglandina e (Alprostadil). Sua combinação com
a Fentolamina e Papaverina produz um resultado satisfatório (TRIMIX). As injeções intracavernosas,
são aplicadas diretamente pelo paciente com uma agulha muito fina, na base lateral do órgão. O
objetivo é alcançar o corpo cavernoso peniano. O método é simples e fácil de ser aprendido.
O urologista aplica no consultório e explica como fazer para que o próprio paciente se familiarize
com a técnica. A dose a ser utilizada também é avaliada pelo especialista e titulada para ter um
resultado satisfatório. A ereção costuma iniciar 5 a 15 minutos após a aplicação, podendo durar
minutos ou horas. Se durar mais que 4 horas, é preciso buscar ajuda médica de emergência para
realizar a reversão do quadro (priapismo).

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8 - IMPLANTES PENIANOS

É um tratamento definitivo e eficaz para homens que não tiveram boa resposta com os tratamentos
acima, ou que não desejam fazer aplicação de medicação injetável, a colocação de um implante
peniano pode devolver a vida sexual ao paciente.
Os implantes são dispositivos inseridos dentro dos corpos
cavernosos do pênis, ficam inteiramente internos e
apresentam grande índice de sucesso para retomada da
ereção.
Trata-se de um procedimento cirúrgico, que é realizado sob
anestesia. O paciente costuma ir para casa no mesmo dia ou
passa apenas uma noite no hospital no caso das próteses
infláveis ou quando temos que realizar correção
de curvaturas penianas no mesmo tempo cirúrgico.

SÃO DOIS PRINCIPAIS TIPOS DE IMPLANTES:

SEMI RÍGIDO OU MALEÁVEL: é um tipo de prótese mais


simples, feito de duas hastes metálicas envolvidas com uma
camada de silicone, que dá firmeza para a penetração e podem ser dobradas para baixo ou para os
lados, para situações como urinar e guardar na calça.

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IMPLANTE INFLÁVEL: é o tratamento com o maior índice de satisfação, chegando a 95% dos pacientes
e parceiras. Dois cilindros são colocados longitudinalmente no pênis, uma tubulação une os cilindros
a uma bomba, que é colocada entre os testículos e um reservatório com líquido (soro fisiológico)
colocado abaixo do músculo reto abdominal ou na pelve. Neste tipo de implante, os homens podem
controlar a firmeza e o tamanho das ereções, permitindo uma sensação mais natural.

A ereção pode perdurar o tempo que for necessário para uma relação satisfatória e prazerosa, após o
final do ato o homem desativa o dispositivo interno e o pênis volta ao estado flácido.

Importante destacar que a sensibilidade, orgasmo,


ejaculação e prazer não são alterados em pacientes
que implantaram uma prótese de pênis.

Para completa recuperação, a atividade sexual só


deve ser iniciada em geral após 6 semanas pós
operatória. É interessante que os homens conversem
com os médicos sobre os riscos e expectativas.
Atualmente os implantes são muito confiáveis e as
taxas de complicações são em torno de 1 a 2 %. A
necessidade de troca do
dispositivo por falha mecânica é de 15%
em 10 anos.

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TERAPIAS EM EXPERIMENTAÇÃO

Outras terapias alternativas estão sendo testadas para


a disfunção erétil, que poderão ser utilizadas em um
futuro breve.

• Injeção de células-tronco para ajudar no


crescimento do tecido cavernoso, estão
apresentando resultados insatisfatórios nos
principais estudos.

• Injeção de plasma rica em plaquetas, também


teoricamente poderia ajudar no crescimento do
tecido cavernoso, porém estão apresentando resultados
insatisfatórios nos principais estudos.

• Terapia Gênica: Esta modalidade provavelmente será promissora, mas espera-se resultados
no médio e longo prazo.

Todos os tratamentos para disfunção erétil são prescritos por um período determinado. É
preciso visitas periódicas ao urologista para avaliar a ação da solução médica proposta.

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Mas como evitar o problema?

A primeira medida para evitar o problema é buscar ter uma vida com hábitos saudáveis. Uma das
primeiras indicações é evitar o tabagismo e o uso de drogas e álcool, além de começar a realizar
exercícios físicos, cuidados com qualidade do sono e alimentação. Mas além disso, também é
importante gerenciar doenças crônicas, como diabetes e problemas cardíacos. Outra medida
importante é tentar terapias ou atividades que reduzam o nível de estresse do paciente.

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Dr. Marco Túlio
CRM: 136.030

MÉDICO UROLOGISTA E ANDROLOGISTA,


ALTAMENTE QUALIFICADO PARA O
PLENO ATENDIMENTO.
Mini currículo:

• Graduado em Medicina pela Universidade Federal de Pernambuco;

• Residência Médica em Cirurgia Geral na Irmandade Santa Casa de


Misericórdia de São Paulo;

• Residência Médica em Urologia na Irmandade Santa Casa de Misericórdia


de São Paulo;

• Membro da Sociedade Brasileira de Urologia;

• Membro da Sociedade Internacional de Medicina Sexual.

• Membro da AUA ( American Urological Association).

/dr.mtcavalcanti Dr. Marco Tulio Cavalcanti

http://drmarcotuliourologista.com.br

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