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IESC – HIV

HIV vs AIDS
HIV é o vírus da imunodeficiência humana.
AIDS é a Síndrome da Imunodeficiência
Adquirida, é uma síndrome, porque apresenta um
conjunto de sinais e sintomas que não dizem respeito
apenas a uma doença.
É uma síndrome da imunodeficiência, porque o
vírus prejudica o sistema imunológico, tornando-o
deficiente.
Ou seja, o HIV é o vírus da imunodeficiência
humana e a aids surge quando a pessoa se encontra
doente, com manifestações decorrentes da presença
do vírus no organismo. COMO O VÍRUS ATUA?
Assim, a pessoa pode estar infectada pelo HIV Entra no organismo  alcança corrente
e não estar doente com aids. sanguínea  linfócitos CD4, matando-os devido a sua
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS multiplicação  queda do CD4.
As manifestações do HIV podem ser divididas A quantidade de vírus circulante no sangue da
em 3 fases: pessoa é verificada pela carga viral. Assim, o sucesso do
Infecção na fase aguda (de 0 a 4 semanas): tratamento é sinônimo de carga viral indetectável.
É o tempo entre a infecção e o surgimento dos Com a presença do HIV no corpo, o organismo tenta se
primeiros sinais e sintomas da doença. defender e começa a produzir anticorpos contra o
Nesse período, a pessoa pode apresentar vírus. Estes, são detectados em alguns exames.
hipertermia, sudorese, cefaleia, fadiga, faringite, TRANSMISSÃO
exantemas, gânglios linfáticos aumentados e um leve
prurido.
Fase assintomática ou de latência clínica:
Geralmente não apresenta sinais e sintomas,
embora o HIV esteja se multiplicando no organismo.
A duração dessa fase é em média de 8 a 10
anos, podendo variar de pessoa para pessoa.
Síndrome da imunodeficiência adquirida (aids):
É a fase sintomática da infecção.
A pessoa começa a ter sinais e sintomas de
doenças que são secundárias ao enfraquecimento do
sistema imunológico.
Variam de acordo com o agente causador da
infecção oportunista e podem incluir fadiga não
habitual, perda de peso, suor noturno, inapetência,
diarreia, alopecia, xerodermia.
A transmissão vertical do HIV acontece pela
passagem do vírus da mãe para a criança durante a
gestação, o parto ou a amamentação. Por isso,
testagem é recomendada no 1º e no 3º trimestre da
gestação durante o pré-natal e no momento do parto.
O tratamento oportuno é fundamental para se evitar a
progressão da infecção pelo HIV para aids.
O preservativo é o método de barreira mais eficaz para a
prevenção do HIV.

DIAGNÓSTICO
Testes laboratoriais ou testes rápidos.
Teste ELISA é o mais utilizado, procurando
anticorpos contra o HIV no sangue. Se positivo deve-se
fazer o teste confirmatório. É um teste de
imunoensaios/imunoenzimáticos.
São usados como testes confirmatórios o
Western Blot, o Teste de Imunofluorescência Indireta
para o HIV-1, o Imunoblot ou o próprio teste rápido. É necessário a realização de exames
O teste rápido é realizado com uma gota de periódicos, como:
sangue da ponta do dedo ou por meio do fluido oral e Taxa de CD4: verifica se os linfócitos CD4 estão
o resultado sai em até 30 minutos. São imunoensaios diminuindo, o que deixa a pessoa mais vulnerável a
simples, para detectar anticorpos anti-HIV. desenvolver outras doenças (infecções oportunistas);
TRATAMENTO Carga viral: detecta a quantidade de vírus no sangue a
Ainda não há cura. pessoa. Quando a quantidade de HIV no sangue é tão
Considerando que o HIV é um retrovírus, o baixa que o exame não consegue detectá-lo, dizemos
tratamento da PVHIV é feito com medicamentos que a pessoa está com carga viral indetectável. É feito
chamados antirretrovirais, que inibem a reprodução do pela técnica de PCR-RT quantitativa.
vírus e permitem retardar a progressão da doença.
Atualmente, o esquema preferencial de
primeira linha, que deve ser usado na grande maioria
das pessoas que iniciam tratamento, é feito com a
combinação de três medicamentos em um mesmo
comprimido (3 em 1), sendo necessário apenas um
comprimido por dia.
A TARV, uma vez iniciada, não deverá ser
interrompida.
4 grupos de medicamento:
Inibidores da enzima viral transcriptase
reversa.
Inibidores da enzima viral protease (inibidores
de protease).
Inibidores da enzima viral integrasse.
Inibidores de fusão antagonsitas do CCR 5
- interferem com o acesso do vírus.
A terapia inicial deve sempre incluir
combinações de três ARV, sendo dois ITRN/ ITRNt
associados a uma outra classe de antirretrovirais (IP/r PREVENÇÃO
ou INI). Profilaxia Pós Exposição (PEP):
No Brasil, para os casos em início de Medida de urgência, a fim de reduzir o risco de
tratamento, o esquema inicial preferencial deve ser a adquirir a infecção.
associação de dois ITRN/ ITRNt Lamivudina (3TC) e Utilizada em casos de violência sexual, relação
Tenofovir (TDF) associados ao inibidor de integrase desprotegida, acidente ocupacional.
(INI) - Dolutegravir (DTG). Iniciar nas primeiras duas horas após a
exposição e no máximo em até 72 horas. Com duração
28 dias.
Profilaxia Pré exposição (PrEP):
Consiste na tomada diária de um comprimido
que impede que o vírus causador da AIDS infecte o
organismo, antes de a pessoa ter contato com o vírus.
Efeito após 7 dias de uso para relação anal e 20
dias de uso para relação vaginal.
Indicado para pessoas que tenham maior VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
chance de entrar em contato com o HIV: gays, pessoas Permite caracterizar e monitorar tendências,
trans e trabalhadores(as) do sexo. perfil epidemiológico, riscos e vulnerabilidades na
Não protege de outras IST´s. população infectada.
Intervenções comportamentais: A vigilância epidemiológica do HIV e da aids
Ações que contribuem para o aumento da baseia se em dados fornecidos pelos:
informação e da percepção do risco de exposição ao Sistema de Informação de Agravos de Notificação
HIV e para sua consequente redução. (Sinan)
Exemplos: Incentivo ao uso de preservativos Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM;
masculinos e femininos; Aconselhamento sobre registros de óbitos)
HIV/aids e outras IST; Incentivo à testagem; Adesão às Sistema de Controle de Exames Laboratoriais (Siscel)
intervenções biomédicas; Vinculação e retenção nos Sistema de Controle Logístico de Medicamentos
serviços de saúde. (Siclom)
Sistema de Monitoramento Clínico das pessoas
vivendo com HIV (SIMC).
Notificação
Em junho de 2014, a lista incluiu a notificação
universal da “infecção pelo HIV”.
Antes, já existia a notificação dos casos de
“aids” (em adultos e crianças), “HIV em gestantes” e
“crianças expostas ao HIV”.
Estratégias de prevenção
Medidas a serem adotadas para prevenção da
transmissão do HIV prevenção combinada
(comportamental e estrutural).
Medidas específicas para profilaxia pré e pós
exposição ao HIV (PrEP e PEP).
Medidas específicas para prevenção da
transmissão vertical do HIV: testagem para HIV na
rotina do pré natal, que deve ser realizada na primeira
consulta.
Ações de educação em saúde orientar a partir
EFEITOS COLATERAIS DOS MEDICAMENTOS de avaliação das tendências e características da
Mais frequentes: diarreia, vômitos, náuseas, epidemia, em cada local, e das condições econômicas,
rash cutâneo, agitação, insônia e sonhos vívidos. sociais e culturais dos grupos mais afetados.
Os coquetéis antiaids podem causar danos aos
rins, fígado, ossos, estômago e intestino, Imprimir página 382 do guia de vigilância em saúde.
neuropsiquiátricas.
Além disso, podem modificar o metabolismo,
provocando lipodistrofia, diabetes, entre outras
doenças.
O tratamento da AIDS pode levar ao
aparecimento de algumas condições associadas, como
a dislipidemia, hipertensão arterial e intolerância à
glicose.
Tenofovir (TDF) - diminuição da densidade
mineral óssea.
Dolutegravir (DTG) - insônia e cefaleia.
Efavirenz (EFV) - tontura, alterações do sono,
sonhos vívidos e alucinações.
CRITÉRIO DE ALTA
O paciente nunca terá alta.
Carga viral indetectável não significa que o
vírus sumiu e que a pessoa está curada.

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