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As técnicas de espectrometria de emissão óptica com plasma

indutivamente acoplado (ICP-OES) e espectrometria de massa com


plasma indutivamente acoplado (ICP-MS) possibilitam uma ampla
faixa de detecção e quantificação de diferentes elementos.

Estas técnicas têm em comum a utilização de uma fonte de plasma


indutivo no equipamento com a função de atomizar e ionizar os
elementos de uma amostra em estudo.

O plasma utilizado é formado pela ionização de um gás inerte, como


o argônio, que flui por uma tocha envolta por uma bobina de cobre
conectado a um gerador de radiofrequência. Quando o gás está
fluindo, é criada uma faísca (semente de elétrons) que gera o início
da ionização do argônio e, com isto, é aplicada uma frequência entre
27-40 megares na bobina de carga para acelerar os elétrons
fornecidos.

A transferência de energia para os elétrons através da bobina é


chamada acoplamento indutivo. Esses elétrons altamente
energizados induzem a ionização adicional do gás resultando em um
plasma com temperaturas variando entre 7000-10000 K, que são
suficientes para promover a atomização e ionização da maioria dos
elementos químicos.

A técnica ICP-OES baseia-se na medição da radiação


eletromagnética emitida por átomos ou íons excitados pelo plasma
nas regiões do espectro visível e ultravioleta (160–800 (nanometro)
nm). A amostra a ser analisada é utilizada na forma de solução e
passa por um processo de nebulização para ser enviada para
vaporização, atomização, ionização e excitação (transição de um
estado de menor energia para um de maior energia) na fonte de
plasma e assim fornecer os espectros de emissão.
Cada elemento emite radiação num comprimento de onda específico,
devido as transições eletrônicas entre níveis de energia diferenciados
para cada espécie química quando absorvem energia oriunda da
tocha de plasma. Isto permite determinar as identidades dos
elementos presentes na amostra e a intensidade da radiação emitida
é utilizada para sua quantificação, tornando, assim, a ICP-OES uma
técnica muito seletiva e ampla de análise.

Porém, há limitações para a determinação dos átomos C, H, O e N


devido ao uso de solventes que os contenham na estrutura e por
estarem presentes normalmente no ar, o que causa interferências
grandes.

Já a técnica ICP-MS baseia-se na medição do número de íons


gerados quando a amostra, que passa por nebulização prévia, é
aquecida pelo plasma e estes são separados por um campo
magnético de acordo com suas proporções massa/carga. A técnica
possibilita a análise com baixo limite de detecção, normalmente, na
ordem de (picograma por mililitros ) pg/mL de analito na amostra.

As informações quantitativas são obtidas pelas quantidades de íons


detectados pelo equipamento e as informações qualitativas estão
relacionadas a razão massa/carga. Algumas interferências relativas
à matriz da amostra podem surgir como a presença de íons
poliatômicos com mesma massa que o analito, sobreposição de
sinais e bloqueio do nebulizador.

Em relação a aplicabilidade das técnicas, o ICP-OES quanto ICP-MS


possuem a versatilidade de possibilitar a análise multielementar em
uma única medição e por utilizarem uma fonte de aquecimento, como
o plasma, podem ser aplicadas ao estudo de amostras das mais
diversas origens como solo, amostras metalúrgicas, agrícolas,
alimentos, produtos petrolíferos, materiais biológicos e fármacos.

Neste último, um dos grandes interesses é detectar a presença de


elementos catalíticos residuais nas matérias primas, intermediários e
nos produtos farmacêuticos finais para controle do processo e
controle de qualidade.

Qual é o trabalho de um analisador ICP-OES?

Ver de que são feitas as coisas, para saber, fundamentalmente, o


analisador transforma o liquido em luz e a luz em respostas.

Para descobrir exatamente quais elementos químicos estão em uma


amostra liquida. O analisador a executa através de um plasma
extremamente quente. Como o calor excita os átomos e íons dos
elementos da amostra, eles emitem luz.

O sistema óptico dos analisadores capta esta luz e a separa em


linhas espectrais a intensidade dessa luz geralmente está
relacionada a concentração de um determinado elemento na
amostra.

Portanto, esta é a chave. Ao medir com precisão essa intensidade de


luz você pode determinar quais elementos estão presentes na
amostra e em quais proporções.

Agora vamos pegar um analisador ICP-OES e ver como funciona


passo a passo:

A amostra liquida é aspirada para bomba peristáltica, no nebulizador,


ela é convertida em um aerossol fino, na câmara de pulverização, as
gotas maiores são drenadas, mas as gotas mais finas são
direcionadas para o plasma quente. No plasma, a amostra de
aerossol vaporiza e seus átomos e íons são excitados.

Como resultado, eles emitem seus comprimentos de onda


característicos.

A luz é direcionada para o sistema óptico de alta resolução. O


sistema óptico requer uma vedação hermética sem gás de purga
para analise de comprimento de onda UV. Se a luz desses
comprimentos de onda atingir os detectores, as intensidades de luz
são medidas para cada comprimento de onda.

Os softwares, calcula as concentrações a partir das intensidades de


luz, e é assim que uma amostra revela seus segredos e os elementos
contidos com precisão exata.

As operações são bastante complexas, mas os resultado são


precisos, e esses resultados ultra confiáveis tornam um analisador
de ultima geração, que é uma ferramenta fundamental para
laboratórios.

A técnica ICP OES é fundamentada na determinação multielementar


da composição da amostra pela emissão de átomos e íons excitados.
Grades de difração são os componentes responsáveis pela radiação
monocromática emitida. Trata-se de uma técnica analítica versátil e
atraente para cada vez mais aplicações

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