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Apoio às atividades laboratoriais 11F

Física e Química A (Ensino Secundário (Portugal))

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Apoio às Atividades Laboratoriais

Sugestões de resposta às questões das Atividades Laboratoriais


e Questões Complementares
No decurso das atividades laboratoriais exploradas no Manual, são colocadas questões pré-
-laboratoriais, questões para a execução laboratorial, assim como questões pós-laboratoriais, às
quais procuramos aqui dar resposta e sugerir abordagens. Também se apresentam, para cada
atividade, resultados experimentais e o seu tratamento, os quais resultaram da execução das
atividades no laboratório. Preferimos não facultar as respostas no Manual, dado que essas questões
deverão promover um esforço de reflexão sobre as atividades propostas, que poderia ficar
comprometido se os alunos consultassem imediatamente as soluções.
O objetivo geral, as sugestões do Programa e as Metas Curriculares para cada atividade
laboratorial foram organizados em tabelas, procurando, assim, proporcionar maior facilidade de
leitura e ir ao encontro da sua utilização na prática letiva.
Sendo relevantes as sugestões do Programa para cada atividade laboratorial, acrescentam-se
ainda algumas que consideramos úteis e que podem potenciar uma melhor abordagem das
atividades.
Neste caderno, na sequência das sugestões e das propostas do manual para implementação das
atividades laboratoriais, apresentam-se mais algumas questões no âmbito das atividades
laboratoriais. Estas questões complementares podem ser usadas de acordo com o projeto
pedagógico de cada escola. Por exemplo, podem ser incluídas parcial ou totalmente para
questionários de avaliação de cada atividade laboratorial ou ser alvo de seleção para a elaboração de
testes específicos que avaliem Metas Curriculares dessas atividades.
São também propostas grelhas para a avaliação das atividades, baseadas nas propostas do
Manual para cada atividade, as quais poderão ser adaptadas em cada escola.

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Atividade Laboratorial 1.1


Queda livre: força gravítica e aceleração da gravidade
Um grupo de amigos salta para uma piscina. Terão a mesma aceleração no movimento de queda?

Objetivo geral: Determinar a aceleração da gravidade num movimento de queda livre e verificar se
depende da massa dos corpos.
Sugestões Metas Curriculares
1. Medir tempos e determinar
Fazer uma montagem de forma a calcular a aceleração da
velocidades num movimento
queda de um corpo, usando o conceito de aceleração média,
de queda.
admitindo que a aceleração é constante.
2. Fundamentar o procedimento
Para simplificar a execução laboratorial, pode considerar-se o
da determinação de uma velocidade
intervalo de tempo entre o instante em que o corpo é largado
com uma célula fotoelétrica.
e o instante em que atinge uma posição mais baixa da
trajetória, de modo a medir apenas uma velocidade (a 3. Determinar a aceleração num
velocidade final). movimento de queda (medição
indireta), a partir da definição
Repetir o movimento de queda, medindo três valores para o
de aceleração média, e compará-la
tempo de queda, e determinar o valor mais provável deste
com o valor tabelado para a
tempo para efetuar o cálculo da velocidade.
aceleração da gravidade.
Os alunos devem distinguir o intervalo de tempo que decorre
4. Avaliar a exatidão do resultado
quando o corpo passa pela fotocélula, cujo valor é necessário
e calcular o erro percentual,
para a determinação da velocidade, e o intervalo de tempo
supondo uma queda livre.
que decorre entre duas posições na trajetória.
5. Concluir que, na queda livre,
Grupos diferentes podem usar corpos de massas diferentes
corpos com massas diferentes
para compararem resultados.
experimentam a mesma aceleração.

Na primeira atividade laboratorial do 10.o ano determinaram-se velocidades a partir do conceito


de velocidade média, não se exigindo na altura a explicitação da distinção entre velocidade e
velocidade média. Nesta atividade pretende-se medir a aceleração da gravidade usando o conceito
de aceleração média. Carecendo este processo da determinação de duas velocidades, os alunos,
também por isso, devem estar conscientes da diferença entre velocidade média e velocidade.
Note-se que são medidas as velocidades médias, que
serão tanto mais próximas das velocidades, que se
fazem corresponder a um dado instante, quanto menor
for o intervalo de tempo.
O gráfico ao lado ilustra a situação relativa a esta
atividade. As velocidades médias, e , que
correspondem respetivamente às velocidades para os
instantes e , são tão mais próximas das
velocidades e quanto menores forem os intervalos
de tempo.

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Do gráfico pode concluir-se que quanto menor for a distância entre o ponto de queda e a
fotocélula, mais afastada ficará a velocidade medida do valor que deveria ter no instante
considerado. Igualmente se observa que quanto mais afastada ficar, menor será o intervalo de
tempo de passagem, o que exige maior sensibilidade do sistema de medida.
Note-se que não sugerimos que a análise gráfica que aqui fazemos seja, necessariamente,
abordada com os alunos.
O corpo a largar e o processo de largada estão relacionados. Por exemplo, se na largada do corpo
se usar um eletroíman, ligado a uma fonte de alimentação com interruptor, o corpo, esfera ou placa,
deverá ser ou ter uma parte de um material ferromagnético. Naturalmente que o corpo pode ser de
outro material e para a largada pode usar-se outro processo.
Ao utilizar-se uma esfera, é necessário ter o cuidado de que seja
o diâmetro da esfera a cortar o feixe de luz da célula fotoelétrica. Se
o diâmetro da esfera não estiver alinhado com o feixe de luz, o feixe
é interrompido por um tempo menor do que o que seria se
tivéssemos o diâmetro alinhado. Como não se sabe exatamente
a) alinhado b) não alinhado
qual a espessura do corpo que corta o feixe, e se continua a admitir
que é o diâmetro, vão calcular-se velocidades maiores e, como
resultado disso, a aceleração determinada será maior do que se
houvesse alinhamento.
Embora seja mais fácil alinhar uma placa retangular com
o feixe de luz da célula fotoelétrica, o seu uso também não
está isento de erros semelhantes aos referidos para a
esfera. De facto, se no movimento de queda a placa tiver
um ligeiro movimento de rotação, o comprimento da parte
da placa que vai interromper o feixe será maior do que a
sua largura. Neste caso, a tendência será a inversa da
verificada com o referido para a esfera. a) queda sem rotação b) queda com rotação

A simplificação sugerida no Programa implica que na medida do tempo de queda se considere


que a esfera, imediatamente antes de cortar o feixe, que inicia a contagem do tempo de queda, se
encontre em repouso. No entanto, na prática, não é muito fácil que essa situação se concretize, e é
necessário um ajuste cuidado das posições de partida do corpo e da posição do feixe para encontrar
a melhor configuração. Se quando o corpo interrompe o feixe já tiver alguma velocidade, a
aceleração que se vai determinar será maior do que se mediria se isso não se verificasse. Na figura
seguinte ilustra-se a situação.

À esquerda, a situação pretendida e no gráfico da esquerda, da velocidade em função do tempo, a


área A1, a sombreado, corresponde ao comprimento de queda. No entanto, se o corpo já tiver
velocidade quando interrompe o feixe, a distância será percorrida em menos tempo. Situação da
direita e gráfico da direita.
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Se a velocidade inicial não for nula, mas se isso for admitido, no gráfico da esquerda, a tracejado,
mostra-se as conclusões que se podem obter. Como o intervalo de tempo é menor, e a distância é a
mesma – área no gráfico v(t) –, o declive da reta assim obtida deverá ser maior do que o que se
obteria se o corpo fosse largado imediatamente antes de cortar o feixe. Assim, será de esperar que a
aceleração medida seja maior do que a real.
Apesar do Programa sugerir uma simplificação da execução laboratorial, a atividade laboratorial
pode ser implementada com um processo alternativo, desde que com ele as Metas Curriculares
definidas sejam alcançadas. Naturalmente que as opções a tomar estarão também condicionadas
pelos equipamentos disponíveis. Por exemplo, se a escola possuir sistemas de aquisição de dados
com memórias, estarão disponíveis recursos que não deverão deixar de ser explorados
pedagogicamente. Todos os recursos e processos usados terão algumas vantagens e limitações.
Numa possível alternativa ao sugerido no Programa, com um sistema de aquisição de dados com
memória, os intervalos de tempo são guardados e o processo de aquisição simplifica-se. A seguir
indicamos uma possível alternativa com o sistema de aquisição da Texas Instruments.
Ligando apenas uma fotocélula (photogate) ao LabCradle com a máquina
TI-Nspire acoplada, há que configurar a aquisição.
Como se usa apenas uma fotocélula, o corpo que se deixa cair é uma placa de
policarbonato (pintada de preto) com a forma indicada na figura. À parte superior
adaptou-se um pedaço de ferro, para que se possa usar um eletroíman para a
largada, e as tiras A e B têm exatamente a mesma espessura.
São as tiras A e B que vão sucessivamente interromper o feixe de luz. Em vez
de duas fotocélulas usa-se apenas uma que é interrompida duas vezes por igual
espessura de duas partes do mesmo corpo em queda livre.
Nas partes laterais da placa, e de forma que fique equilibrada, podem colocar-se
pequenas massas para variar a massa total.
O sistema configura-se para recolher os instantes em que o feixe é interrompido, reposto, e os
intervalos de tempo de interrupção. Faz ainda cálculos de velocidades. A figura ao lado ilustra uma
montagem de um dispositivo experimental usado.
Dão-se, a seguir, algumas indicações de execução.
Com a máquina TI-Nspire acoplada ao LabCradle, ligar a fotocélula (photogate) e acionar a
aplicação DataQuest. Normalmente, o sistema deteta o sensor acoplado.

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Para a configuração de recolha de dados:


Pressione a tecla menu e em 1: Experiência selecione o modo de recolha 8: Configuração de
recolha e o modo porta. Introduza depois a espessura da tira opaca, e, para terminar a recolha, usa-
se a opção «Após eventos Num», colocando-se 4 no número de eventos.

A configuração de recolha fica concluída.


Após acionar o sistema para a recolha de dados, larga-se a placa e o sistema retribui com o ecrã
da figura seguinte.
Na coluna do «Tempo» estão registados os instantes em que o feixe é cortado e reposto. Na
coluna «B2U», os intervalos de tempo de bloqueio do feixe. A coluna «V» mostra o cálculo das
velocidades de passagem das duas tiras.
Para um tratamento estatístico pode largar-se a placa sempre da mesma posição, por exemplo,
três vezes, e registar os tempos e os intervalos de cada queda. As velocidade são calculadas pelo
quociente da espessura das tiras pelas médias dos intervalos de tempo, ̅̅̅̅ e ̅̅̅̅̅. A aceleração
calcula-se pelo quociente da variação de velocidade pelo intervalo de tempo médio entre dois
bloqueios.
Exemplificando com os valores indicados nas figuras, tira de espessura 1,05 cm, de apenas uma
queda:

; ;

; ;

Tempo entre dois bloqueios = 1,26 – 1,16 = 0,10 s

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Na tabela seguinte foram registados os valores correspondentes à queda da placa em três ensaios
realizados sempre nas mesmas condições.

/s ̅̅̅ / s /s ̅̅̅̅̅ / s /s ̅̅̅̅̅ / s

0,11 0,00811 0,00435


0,11 0,11 0,00833 0,00817 0,00444 0,00440
0,10 0,00806 0,00441

; ;

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Questões Pré-Laboratoriais (respostas)


1. a) A expressão «queda livre» significa que a única força que atua sobre um corpo é a força
gravítica.
b) À aceleração do corpo em «queda livre», chama-se aceleração da gravidade (ou aceleração
gravítica).
c) Rigorosamente, sobre a Terra atuam as forças resultantes da interação com todos os outros
astros, por exemplo, a Lua ou os outros planetas do sistema solar. No entanto, a força que o
Sol exerce sobre a Terra é muito superior às restantes forças. Assim, ao analisar-se o
movimento da Terra em relação ao Sol, pode considerar-se apenas a força gravítica que o Sol
lhe exerce. À semelhança do que ocorre com um corpo que cai para a Terra, pode afirmar-se
que a Terra está em queda livre para o Sol.
d) Um paraquedista não está em queda livre se tiver o paraquedas aberto, mas imediatamente
após sair do avião e antes de abrir o paraquedas pode considerar-se, aproximadamente, em
queda livre.

2. a)

b) A maçã em queda livre tem um movimento retilíneo uniformemente acelerado. A aceleração


tem sempre a mesma direção e o mesmo sentido da resultante das forças. Logo, como a
resultante das forças, o peso da maçã, tem a direção da velocidade, a aceleração também terá,
o que significa que o movimento é retilíneo (a velocidade apenas varia em módulo). O sentido
da resultante das forças, e da aceleração, é também o da velocidade, o que implica que o
movimento seja acelerado. Como a altura de queda é pequena, comparada com o raio da
Terra, a força gravítica sobre a maçã é constante e, em consequência, também a aceleração,
daí tratar-se de um movimento uniformemente acelerado.
c) A aceleração de queda livre é a aceleração gravítica, e esta é igual para todos os corpos,
independentemente da sua massa.

3. Uma célula fotoelétrica pode acionar o cronómetro digital quando o feixe de luz entre as suas
hastes é interrompido ou resposto. Se um corpo atravessar o feixe de luz da célula fotoelétrica, o
cronómetro mede o intervalo de tempo que a espessura do corpo demora a passar sobre esse
feixe. Por isso, pode calcular-se a velocidade média do corpo pelo quociente entre a espessura do
corpo e esse intervalo de tempo. Esta velocidade média aproxima-se tanto mais da velocidade
num instante, quanto menor for intervalo de tempo que o corpo demora a atravessar o feixe de
luz.

4. Mede-se o intervalo de tempo que a esfera demora a percorrer a distância entre as duas
fotocélulas e determinam-se as velocidades com que a esfera atravessa as fotocélulas 1 e 2,
medindo os tempos de passagem e o diâmetro da esfera. Pode calcular-se a aceleração da esfera,
que é a aceleração da gravidade, pelo quociente entre a variação de velocidade e o intervalo de
tempo que a esfera demora a ter essa variação de velocidade (intervalo de tempo que levou a
percorrer a distância entre as duas fotocélulas).

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Trabalho Laboratorial
1. Medida do diâmetro com uma craveira:
ℓ1 = (0,02050 ± 0,00005) m
ℓ2 = (0,01530 ± 0,00005) m

2. Se a esfera tiver uma velocidade nula na posição inicial, a vantagem é a de apenas ter de se
determinar a velocidade final, em vez de se determinarem duas velocidades.

3. Incerteza de leitura do cronómetro: 0,001 ms


t1 = 7,172 ms; t2 = 7,109 ms; t3 = 7,385 ms

4. Exemplo de dados obtidos.

t1(±0,001) / ms 7,171 7,109 7,385

5. Exemplo de dados obtidos.

t1(±0,001) / ms 7,171 7,109 7,385

t2(±0,01) / ms 261,48 261,69 261,06

6. A tabela resume as medidas dos tempos com a segunda esfera.

t1(±0,001) / ms 5,807 5,868 5,782

t2(±0,01) / ms 263,13 262,87 263,01

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Questões Pós-Laboratoriais (respostas)


1. Tabela:
a)
Esfera A Esfera A
Intervalo de tempo de interrupção Intervalo de tempo
Velocidade Velocidade
do feixe de interrupção do feixe

t1(±0,001) / ms ̅̅̅̅(±0,001) / ms /ms


-1
t1(±0,001) / ms ̅̅̅̅(±0,001) / ms /ms
-1

7,171 5,807
7,109 7,222 2,839 5,868 5,792 2,641
7,385 5,782

b)
Esfera A Esfera A
Tempo de queda Tempo de queda
Aceleração Aceleração
até à fotocélula até à fotocélula

t(±0,01) / ms ̅̅̅(±0, 01) / ms /ms


-2
t(±0,01) / ms ̅̅̅(±0,01) / ms /ms
-2

261,48 263,13
261,69 261,41 10,86 262,87 263,00 10,04
261,06 263,01

2. As medidas diretas são as obtidas com a craveira (diâmetro da esfera) e com o cronómetro digital
(tempo de passagem da esfera em frente à fotocélula 2, e tempo que a esfera demorou a
percorrer a distância da fotocélula 1 à 2). As medidas indiretas são a velocidade e a aceleração.

3. Erros experimentais que poderão ter sido cometidos:


– as esferas poderão não ter velocidade nula na posição da primeira fotocélula, pois há alguma
dificuldade em colocá-la tão perto sem que o cronómetro inicie a contagem do tempo;
– as esferas poderão também não interromper o feixe exatamente com o seu diâmetro.

4. Os valores obtidos para a aceleração gravítica com as duas esferas são muito próximos. Com
ambas as esferas obteve-se um valor maior do que o da aceleração da gravidade. As diferenças
poderão resultar de erros experimentais.

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5. Erro percentual na medida da aceleração da gravidade:


Esfera de maior raio:

Esfera de menor raio:

O resultado mais exato é o que apresentar menor erro percentual. Logo, o valor medido para a
esfera de menor raio foi mais exato.

6. a) ̅̅̅

Os desvios de cada medida em relação ao valor mais provável são:


;
;
.
Tomando o módulo do máximo desvio com incerteza de medida, calculemos o desvio
percentual:
̅̅̅

b)
Diâmetro
de passagem na célula 2 entre as duas
da esfera / m s-1 / m s-2
(±0,1) / ms células (±0,1) / ms
(±0,05) / mm
8,4 223,7
19,27 8,9 8,6 225,2 223,1 2,2 10
8,5 220,5

As precisões de cada um dos aparelhos de medida utilizados foram diferentes. Por isso, as
medidas efetuadas não têm o mesmo número de algarismos significativos.
O arredondamento da medida com mais algarismos significativos, ficando ambas com o
mesmo número de algarismos significativos, conduz a valores de medidas iguais. Logo, têm
igual exatidão.

7. A esfera de maior raio tinha uma massa mais de duas vezes maior do que a mais pequena. Porém,
os valores encontrados para as acelerações das duas esferas são muito próximos, sendo que as
diferenças verificadas resultarão de erros e de incertezas nas medidas efetuadas. Então, pode
concluir-se que a aceleração de queda livre não depende da massa. Logo, os amigos teriam a
mesma aceleração de queda.

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Questões Complementares
1. Para investigar se o valor da aceleração da gravidade depende da massa dos corpos em queda
livre, um grupo de alunos usou duas células fotoelétricas, X e Y, separadas entre si por uma
distância, , constante, e ligadas a um cronómetro digital e três esferas maciças de um mesmo
material mas com diâmetros diferentes. A figura em baixo representa um esquema da montagem
utilizada.

Os alunos começaram por medir, com uma craveira, o diâmetro, , de cada uma das esferas.
Realizaram, seguidamente, diversos ensaios para determinar:
– o tempo que cada esfera demora a percorrer a distância, D, entre as fotocélulas X e Y,
;
– o tempo que cada esfera demora a passar em frente à célula Y, .
Tiveram o cuidado de largar cada esfera sempre da mesma posição inicial, situada imediatamente
acima da célula X, usando um eletroíman, de modo a poderem considerar nula a velocidade da
esfera nessa célula ( ).
a) Selecione a expressão que permite calcular um valor aproximado do módulo da velocidade, ,
com que cada esfera passa na célula Y.

(A) (B) (C) (D)

b) O tempo que uma esfera demora a passar em frente à célula Y, ,


(A) diminui se a distância aumentar.
(B) não depende da distância .
(C) diminui se o diâmetro da esfera, , aumentar.
(B) não depende do diâmetro da esfera, .

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c) Para cada uma das três esferas, A, B e


Esfera d / cm / ms / m s-1
C, os alunos mediram os valores do
diâmetro, d, do tempo de passagem A 1,105 4,903 2,254
das esferas pela célula Y, , e da
B 1,345 6,029 2,231
velocidade, , com que cada esfera
passa na célula Y, apresentados na C 1,920 8,487 2,262
tabela à direita.
i. Com base nos valores das velocidades na tabela, preveja, sem efetuar cálculos, se a
aceleração gravítica depende da massa das esferas em queda livre.
ii. Os alunos obtiveram, em três ensaios consecutivos, os valores de
tempo, , que a esfera B demora a percorrer a distância, D, Ensaio / ms
entre as células X e Y, apresentados na tabela à direita. 1.o 222,6
Calcule o valor experimental da aceleração da gravidade obtido 2.
o
219,1
pelos alunos a partir dos dados recolhidos do movimento dessa o
3. 218,8
esfera.
Apresente todas as etapas de resolução.
iii. Calcule o valor da aceleração da gravidade obtido a partir dos dados recolhidos do
movimento da esfera C, sabendo que o erro percentual dessa medida é de 7,2%, por
excesso.
Considere que o valor exato da aceleração gravítica é .
d) Selecione o esquema onde estão corretamente representadas a aceleração, ⃗ , e a velocidade,
⃗, de cada uma das esferas A e B quando passam no ponto médio entre a célula X e a célula Y.

(A) (B) (C) (D)

e) A velocidade média no deslocamento entre as células X e Y é metade da velocidade da esfera


em frente da célula Y, .
Conclua, justificando, qual é a relação entre a velocidade da esfera no ponto médio e a sua
velocidade média nesse deslocamento, se maior, menor ou igual.
f) Selecione a opção que completa corretamente a frase: A aceleração de uma esfera em queda
livr n m c rto loc l T rr …
(A) … é ir t m nt proporcion l à forç gr vític nela atua.
(B) … é inv rs m nt proporcion l à m ss sf r .
(C) … não p n istânci , , entre as células X e Y.
(D) … p n o iâm tro da esfera, .

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Respostas às Questões Complementares


1. a) (A)
O intervalo de tempo que a esfera demora a passar pela célula Y, , é muito pequeno, pelo
que se pode afirmar que nesse intervalo de tempo a velocidade da esfera é praticamente
constante.
Assim, pode calcular-se um valor aproximado da velocidade em Y através da velocidade média
correspondente a um deslocamento da esfera igual ao seu diâmetro (no intervalo de tempo,
, de interrupção do feixe de luz na célula fotoelétrica, o módulo do deslocamento da esfera
é igual ao seu diâmetro d): .

b) (A)
Se a distância, , aumentar, a esfera deverá demorar mais tempo para a percorrer, o que
implica que adquira maior velocidade, visto que se move com aceleração constante. Se passar
em frente à célula Y com maior velocidade, irá percorrer uma distância igual ao seu diâmetro
em menos tempo. Ora, este é o intervalo de tempo, .
c) i) Após terem percorrido a mesma distância, partindo do repouso, as velocidades com que as
três esferas, de massas diferentes, passam na célula Y são aproximadamente iguais.
Como, partindo do repouso, as variações de velocidade das três esferas são
aproximadamente iguais para a mesma distância percorrida, prevê-se que o tempo
necessário para percorrer essa distância seja também o mesmo. Logo, as suas acelerações
são aproximadamente iguais.
Portanto, prevê-se que a aceleração de um corpo em queda livre, aceleração gravítica, não
dependa da massa do corpo.
ii) O valor mais provável do tempo que a esfera demora a percorrer a distância entre as
células X e Y é:
.

O valor experimental da aceleração da gravidade obtido pelos alunos é:


( )
̅ .

iii) O erro absoluto, , desvio do valor experimental em relação ao valor exato


( to ), pode ser determinado a partir do erro relativo:
( ) m s . Como, neste caso, o valor
v lor to
experimental desvia-se do valor exato por excesso, concluiu-se que o erro é positivo.
O valor experimental é p to ( )ms ms .
d) (B)
A aceleração não depende da massa das esferas, sendo, portanto, a mesma para ambas. Na
mesma posição, ambas as esferas percorreram o mesmo deslocamento a partir do repouso,
logo, demoraram o mesmo tempo e, sendo a aceleração constante, apresentam velocidades
iguais.

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e) Como o movimento da esfera é uniformemente acelerado, o aumento de velocidade é


diretamente proporcional ao intervalo de tempo decorrido. Assim, a velocidade média é
alcançada a metade do tempo de percurso.
A primeira metade do percurso é feita a velocidades menores, logo, é percorrida em mais tempo
do que a segunda metade. Portanto, o ponto médio entre as células é alcançado depois de ter
decorrido mais de metade do tempo total de percurso. Então, conclui-se que num instante
posterior a metade do tempo de percurso – quando alcança o ponto médio –, a esfera tenha
uma velocidade maior do que a sua velocidade média em todo o deslocamento.
f) (C)
Estando a esfera em queda livre significa que sobre ela apenas atua a força gravítica. Verifica-
se que a aceleração, devido a esta força, aceleração gravítica, é uma constante, ou seja, não
depende da massa da esfera nem, num certo local, da força gravítica.
Sendo a aceleração gravítica uma constante característica da queda livre num determinado
local, esta não depende nem da distância, , entre as células X e Y nem do diâmetro, , da
esfera.

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Grelha de Avaliação da Atividade Laboratorial 1.1

AL 1.1 Queda livre: força gravítica e aceleração da gravidade


Aprendizagens e Pré-laboratoriais Laboratoriais Pós-laboratoriais Global
Questões 1. 1. 1. 1. 2. 2. 2. 3. 4. 1. 2. 3. 4. 5. 6. AP 1. 1. 2. 3. 4. 5. 6. 6. 7.
N.o
Nome a b c d a b c a b a b
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AP - Aprendizagens do tipo processual, a decidir avaliar entre as indicadas no Programa.


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Atividade Laboratorial 1.2


Forças nos movimentos retilíneos acelerado e uniforme
Um trenó, transportando uma pessoa, é empurrado numa superfície horizontal gelada, adquirindo
movimento. Será necessário continuar a empurrá-lo para o manter em movimento nessa
superfície?

Objetivo geral: Identificar forças que atuam sobre um corpo, que se move em linha reta num
plano horizontal, e investigar o seu movimento quando sujeito a uma resultante de forças não
nula e nula.
Sugestões Metas Curriculares
Fazer uma montagem com um carrinho, que se mova 1. Identificar as forças que atuam sobre um
sobre um plano horizontal, ligado por um fio (que carrinho que se move num plano horizontal.
passa na gola de uma roldana) a um corpo que cai na 2. Medir intervalos de tempo e velocidades.
vertical. O fio deve ter um comprimento que permita a 3. Construir um gráfico da velocidade
análise do movimento quer quando o fio está em em função do tempo, identificando tipos
tensão, quer quando deixa de estar em tensão. de movimento.
Determinar a velocidade do carrinho, em diferentes 4. Concluir qual é o tipo de movimento
pontos do percurso, quer quando o fio o está a puxar, do carrinho quando a resultante das forças
quer quando o fio deixa de estar em tensão. Construir que atuam sobre ele passa a ser nula.
o gráfico da velocidade do carrinho em função do 5. Explicar, com base no gráfico
tempo, para análise do movimento. velocidade-tempo, se os efeitos do atrito
A execução tornar-se-á mais simples e a análise do são ou não desprezáveis.
gráfico mais rica se for usado um sistema de aquisição 6. Confrontar os resultados experimentais
automático de dados que disponibilize a velocidade do com os pontos de vista históricos
carrinho em função do tempo. de Aristóteles, de Galileu e de Newton.

Com esta atividade pretende-se explorar experimentalmente a relação entre força, velocidade e
aceleração, contextualizando a perspetiva histórica das teorias de Aristóteles até Newton.
Investiga-se o movimento identificando-o quanto ao tipo e relacionando-o com a resultante das
forças. Esta investigação pressupõe a obtenção de um gráfico velocidade-tempo, o qual necessita de
um número elevado de pontos para permitir uma análise mais significativa. Recolher ponto a ponto
seria repetitivo e moroso. Por isso, o uso de tecnologias de aquisição automática de dados ou de
análise de vídeo será uma boa opção.
Normalmente, os sistemas de aquisição automática de dados usam um sensor de ultrassons e
fazem o tratamento dos dados elaborando gráficos. Como em certas escolas pode haver um sistema
e noutras outro, salientamos apenas a relevância de estabelecer a configuração de recolha dos
dados. Um intervalo de tempo de dois segundos (2 s) e uma taxa de vinte e cinco amostras por
segundo (25 amostras/ s) são normalmente suficientes. A origem do referencial poderá definir-se,
mas é vulgar os sistemas, na configuração inicial, assumirem que coincide com o emissor/recetor de
ultrassons.
Como as câmaras de vídeo, em diferentes suportes, são já vulgares, a elaboração de um vídeo e a
sua análise pode constituir mais uma fonte de motivação e um desafio para os alunos. Neste caso, a
câmara terá de ficar fixa e colocada perpendicularmente ao plano do movimento.

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Existe algum software de análise de vídeo, mas um recurso de utilização livre e com muitas
potencialidades de exploração é o Tracker – video analysis and modeling tool (descarrega-se em
http://physlets.org/tracker/). No sítio onde se pode descarregar, existe bastante informação sobre
versões para diferentes sistemas operativos, sobre a sua utilização e um espaço para partilha de
experiências em sala de aula realizadas por professores de física.
Como exemplo, a figura seguinte mostra um ecrã de uma análise de vídeo para esta atividade.
Observa-se um fotograma, os gráficos ( ) e ( ) e a tabela de dados.

Os vários sistemas de aquisição e de tratamento de dados de movimentos efetuam cálculos com


as posições e os respetivos instantes, podendo assim encontrar as velocidades ou as acelerações de
acordo com os algoritmos predefinidos. Por exemplo, no Tracker, os alunos podem verificar que os
cálculos das velocidades são realizados a partir das velocidades médias para intervalos de tempo
pequenos, podendo, desta forma, também consolidar conceitos relevantes.
O carrinho deverá ter rodas de baixo atrito e a roldana pequena massa e rolamento também de
baixo atrito. Será ainda conveniente colocar algum material no chão para o amortecimento da queda
do corpo que se suspende e que vai embater no chão.

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Questões Pré-Laboratoriais (respostas)


1. a) Segunda a teoria aristotélica, sobre um corpo em movimento existe sempre uma força que o
impele no seu movimento e quando ela cessa o corpo fica em repouso. De acordo com a
teoria aristotélica, o trenó pararia se deixasse de ser empurrado.
b) Galileu afirmou que um corpo em movimento retilíneo manteria uma velocidade constante até
que uma força alterasse a sua velocidade. De acordo com a teoria de Galileu, o trenó acabaria
por parar quando se desloca numa superfície horizontal gelada, mas o motivo é que existe
uma força que altera a sua velocidade. Contrariamente ao defendido pela teoria aristotélica,
Galileu afirma que é a existência de uma força contrária ao movimento que diminui a
velocidade, e apenas seria necessário uma força para manter o trenó em movimento num
plano horizontal na superfície gelada para contrariar o efeito da força de atrito.

2. a) Usando um carrinho pode conseguir-se, devido às rodas, um baixo atrito (força de atrito
desprezável), o que não aconteceria com um bloco que desliza na superfície. Durante uma
parte do movimento do carrinho, as forças que sobre ele atuam na direção horizontal podem
considerar-se desprezáveis. Assim, com o carrinho é possível avaliar a existência de
movimento retilíneo e uniforme quando a resultante das forças é nula.
b) Usando o modelo da partícula material, e sendo A o carrinho e B o corpo suspenso, para a
parte inicial do movimento, com o corpo suspenso, e para a outra parte, com o corpo apoiado
no chão, mostra-se o diagrama das forças que sobre eles atuam:

c) Sobre o carrinho, as forças na vertical anulam-se, e o mesmo acontece ao corpo após ficar no
chão. A força que faz mover o conjunto carrinho + bloco suspenso é o peso do carrinho.
d) Sendo A o módulo da aceleração:
‒ as tensões sobre o carrinho e sobre o corpo têm aproximadamente o mesmo módulo:
;
– para o carrinho, de massa mA: ;
– para o corpo, de massa mB: ;
– somando as expressões anteriores, membro a membro:
( )

( ) ( )

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e) O movimento é uniformemente acelerado porque a aceleração de cada um dos corpos tem o


sentido do seu movimento e é constante. A aceleração é constante, porque a resultante das
forças em cada um dos corpos também é constante.
f) i) Como se viu em b), sobre o carrinho apenas passarão a atuar a força gravítica (o seu peso)
e a força normal da superfície. Sobre o corpo no chão atuam o seu peso e a força normal
da superfície.
ii) Em ambos os casos, a resultante das forças é nula.
iii) O carrinho deverá ter um movimento retilíneo e uniforme, porque a resultante das forças
sobre ele é nula, não variando a sua velocidade.
iv)

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Trabalho Laboratorial
1. Apresenta-se um gráfico obtido para a velocidade em função do tempo, obtido com um sensor de
posição de ultrassons:

2. O corpo suspenso colidiu com o solo quando mudou o tipo de movimento do carrinho. O intervalo
de tempo que inclui o instante de colisão foi [0,78; 0,82] s.

3. No gráfico, observa-se que o movimento se iniciou no instante 0,25 s e que a tendência de


aumento de velocidade se manteve até que o corpo suspenso colidiu com o chão. Após o instante
em que a colisão ocorreu (cerca de 0,80 s), a velocidade parece ter permanecido
aproximadamente constante.
Considerando as duas zonas de pontos, o gráfico com as duas regressões (uma por zona)
apresenta-se a seguir.

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Questões Pós-Laboratoriais (respostas)


1. No gráfico, observa-se uma zona em que a velocidade aumenta proporcionalmente com o tempo,
um movimento uniformemente acelerado, e outra em que, apesar de se registarem variações, o
valor da velocidade oscila em torno de um valor, movimento uniforme.

2. O gráfico obtido é semelhante ao previsto na resposta às questões pré-laboratoriais.

3. A partir da regressão linear, para o intervalo de tempo em que ocorreu aumento de velocidade, a
relação obtida para a velocidade em função do tempo foi . A aceleração é igual
a .
Para o intervalo de tempo posterior à colisão do corpo suspenso com o solo, tem-se
. Esta equação também revela uma aceleração de módulo .

4. A resultante das forças é a resultante das forças de atrito (o peso e a força normal anulam-se).
Verifica-se que, após o embate do corpo suspenso no chão, a aceleração não é nula, pois regista-
se uma ligeira diminuição da velocidade, revelando que o atrito se manifestou. Contudo, a
aceleração registada é muito pequena, mas não nula, e o seu efeito para intervalos de tempo
maiores conduziria a uma diminuição apreciável na velocidade, pelo que, apesar de pequena, não
se poderia desprezar a força de atrito.

5. Como o carrinho teve sempre alguma aceleração, a resultante das forças sobre o carrinho nunca
foi nula.

6. Se o corpo estiver em movimento quando a resultante das forças que nele atuam se anula, ele
manter-se-á em movimento sempre à mesma velocidade, isto é, apresentará movimento retilíneo
com rapidez constante.
Em muitas situações do dia a dia temos de exercer uma força sobre os corpos para que estes
mantenham uma velocidade constante, mas isso só acontece porque, quando esses corpos
entram em movimento, surgem outras forças a atuar sobre eles, sendo as mais comuns as forças
de atrito. Se o corpo se mover com velocidade constante, a força que exercemos sobre ele anula-
se com as restantes forças nele aplicadas.

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Questões Complementares
1. Numa atividade experimental, colocou-se um carrinho, E, sobre uma superfície horizontal e ligou-
-se esse mesmo carrinho a um corpo suspenso, S, por um fio de massa desprezável. Fez-se passar
o fio por uma roldana com atrito desprezável, deixou-se o corpo suspenso a uma altura h do solo,
e durante uns instantes segurou-se o carrinho. A figura mostra o esquema da montagem
experimental.

Massa do carrinho,
E: 500,8 g

Massa do corpo
suspenso, S: 145,2 g

Quando o carrinho foi largado, com uma câmara de vídeo registou-se o filme do seu movimento.
Posteriormente, analisou-se o filme no computador e trataram-se os dados, obtendo-se o gráfico
seguinte para a velocidade do carrinho em função do tempo.

a) Qual das seguintes afirmações se baseia na teoria aristotélica do movimento?


(A) O carrinho apenas inicia o movimento se o seu peso for inferior ao peso do bloco.
(B) O carrinho é impelido por uma força e tem movimento enquanto essa situação se
mantiver.
(C) Sendo nula a resultante das forças a atuar sobre o carrinho, o seu movimento é uniforme.
(D) Numa mesa muito comprida, o carrinho acabaria por parar devido à força de atrito,
contrária ao movimento.

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b) No intervalo de tempo em que o movimento do carrinho é acelerado, a força que o fio faz
sobr …
(A) o corpo suspenso tem o mesmo módulo que o seu peso.
(B) o corpo suspenso é maior do que o seu peso.
(C) o carrinho é menor do que o peso do bloco em queda.
(D) o carrinho tem módulo igual ao do peso do bloco em queda.
c) Qual dos gráficos de aceleração em função do tempo representa corretamente as acelerações
do carrinho, E, e do corpo suspenso, S.

(A) (B) (C) (D)

d) Na atividade experimental deixou-se o corpo suspenso a uma altura, h, menor do que a


distância que o carrinho poderia percorrer sobre a superfície horizontal. Explique qual foi o
motivo da montagem com essa opção.
e) Calcule a resultante das forças sobre o carrinho e sobre o corpo suspenso antes de ele tocar no
solo.
Apresente todas as etapas de resolução.
f) Analisando o gráfico da velocidade em função do tempo, justifique se no movimento do
carrinho se pode considerar desprezável o atrito.
g) Após o corpo suspenso ter alcançado o chão…
(A) o carrinho vai parar, pois deixa de ser puxado.
(B) a dependência da velocidade do carrinho no tempo confirma a lei da ação-reação.
(C) o carrinho move-se com velocidade constante porque é puxado por uma força constante.
(D) o movimento do carrinho é uma evidência da lei da inércia.
h) Marque as forças que atuam sobre o carrinho e sobre o corpo após ter atingido o solo.

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Respostas às Questões Complementares


1. a) (B)
A teoria aristotélica afirmava que um corpo apenas poderia ter movimento se fosse
impelido por uma força. Galileu e Newton defenderam e mostraram que um corpo altera a
sua velocidade se uma força atuar sobre o corpo, e que o mesmo pode manter-se em
movimento na ausência de forças ou quando a sua resultante é nula.
b) (C)
Inicialmente, o movimento é uniformemente acelerado e a resultante das forças sobre
cada corpo tem a direção e o sentido do movimento. Sobre o corpo suspenso atuam o seu
peso e a tensão do fio. Como a resultante é para baixo, o fio exerce uma força de
intensidade menor do que o peso do corpo suspenso. Sendo desprezável o atrito, a
resultante das forças sobre o carrinho é a força que o fio exerce, logo, menor do que o
peso do corpo suspenso.
c) (D)
Como os corpos estão ligados por um fio inextensível, a aceleração do carrinho e do bloco
têm o mesmo módulo, enquanto o movimento é acelerado. Após o corpo tocar no solo,
este fica parado, logo, tem aceleração nula. A partir desse instante, o fio deixa de exercer
força sobre o carrinho, e o peso e a força normal anulam-se. Portanto, a resultante das
forças é nula, tal como a aceleração.
d) Deixou-se o corpo suspenso a uma altura menor do que a distância que o carrinho irá
percorrer sobre a superfície horizontal para que, a partir de um certo instante, o fio deixe de
exercer força sobre o carrinho. Assim, pode-se analisar as duas partes do movimento do
carrinho quando existe uma resultante não nula e quando a resultante é nula, após o corpo
suspenso ter tocado no chão.
e) A resultante das forças calcula-se usando a segunda lei de Newton.
Pode calcular-se o módulo da aceleração (igual para o carrinho e para o corpo suspenso) a
partir da aceleração média (porque a aceleração é constante): para o intervalo de tempo [0,44;
( )
0,96] s, ( )
.

Sobre o carrinho:
Sobre o corpo suspenso:
f) Ao analisar a variação da velocidade do carrinho após o bloco ter ficado no chão, pode
concluir-se sobre a existência ou não de atrito. No intervalo de tempo [1,04; 1,52] s verifica-se
que o módulo da velocidade tem o valor aproximadamente constante de 1,65 m s-1. As
variações que se observam estão dentro da incerteza de medida. Nesse intervalo de tempo,
como a velocidade é constante, a aceleração é nula, e, como a resultante das forças seria a
força de atrito, podemos considerar que esta força é desprezável.
g) (D)
O carrinho move-se com velocidade constante e a resultante das forças sobre ele é nula.

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h)

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Grelha de Avaliação da Atividade Laboratorial 1.2


60

AL 1.2 Forças nos movimentos retilíneos acelerado e uniforme


Aprendizagens e Pré-laboratoriais Laboratoriais Pós-laboratoriais Global
Questões 1. 1. 2. 2. 2. 2. 2. 2. 2. 2. 2. 1. 2. 3. AP 1. 2. 3. 4. 5. 6.
N.o Nome a b a b c d e fi fii fiii fiv
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AP - Aprendizagens do tipo processual, a decidir avaliar entre as indicadas no Programa.

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Atividade Laboratorial 1.3


Movimento uniformemente retardado: velocidade e deslocamento
Como medir a intensidade da resultante das forças de atrito numa travagem?

Objetivo geral: Relacionar a velocidade e o deslocamento num movimento uniformemente


retardado e determinar a aceleração e a resultante das forças de atrito.
Sugestões Metas Curriculares
Colocar na superfície superior de um bloco uma 1. Justificar que o movimento do bloco que desliza
tira opaca estreita. Largar o bloco de uma marca sobre um plano horizontal, acabando por parar,
numa rampa, deixando que ele se mova e passe a é uniformemente retardado.
deslizar depois num plano horizontal, até parar. 2. Obter a expressão que relaciona o quadrado
Registar o tempo de passagem da tira opaca numa da velocidade e o deslocamento de um corpo
fotocélula, numa posição em que o bloco se com movimento uniformemente variado a partir
encontra já no plano horizontal, e medir a das equações da posição e da velocidade
distância percorrida entre essa posição e a de em função do tempo.
paragem do bloco, tendo como referência a tira 3. Concluir que num movimento uniformemente
opaca (distância de travagem). Repetir três vezes retardado, em que o corpo acaba por parar,
e fazer a média dos tempos e das distâncias. A o quadrado da velocidade é diretamente
velocidade será calculada a partir do quociente da proporcional ao deslocamento, e interpretar
largura da tira de cartão opaca pelo valor mais o significado da constante de proporcionalidade.
provável do intervalo de tempo da sua passagem 4. Medir massas, comprimentos, tempos, distâncias
pela fotocélula. e velocidades.
Repetir o procedimento, largando o bloco de 5. Construir o gráfico do quadrado da velocidade
diferentes marcas da rampa, de modo a obterem- em função do deslocamento, determinar
se diferentes distâncias de travagem. Construir o a equação da reta de regressão e calcular
gráfico do quadrado da velocidade em função da a aceleração do movimento.
distância de travagem, traçar a reta de regressão e
6. Determinar a resultante das forças de atrito
determinar a respetiva equação, relacionando o
que atuam sobre o bloco a partir da Segunda
declive da reta com a aceleração do movimento.
Lei de Newton.
Determinar a resultante das forças de atrito com
base na Segunda Lei de Newton.

Pretendendo-se estudar experimentalmente o movimento uniformemente retardado de um


bloco num plano horizontal, após ele ter descido um plano inclinado, há que ter em atenção a
montagem utilizada e as características físicas e geométricas do bloco e o tipo de superfície sobre o
qual desliza.
Como o bloco tem um certo
comprimento (por exemplo, cerca de
10 cm), quando chegar à superfície
horizontal, tocará primeiro com uma
extremidade nessa superfície. Após
esse instante, e na transição da rampa para o plano horizontal, o bloco tocará com as duas
extremidades em cada plano e terá o resto da superfície sem apoio. Se a face dianteira do bloco não
chegar à superfície paralelamente à linha que separa os dois planos, esta poderá também oscilar,
sendo, por isso, importante um bom alinhamento. Um menor comprimento do bloco diminuirá este
efeito, mas esta é uma limitação que resulta das dimensões das rampas que se podem ter num
laboratório.

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Deve ter-se, também, muito cuidado no modo como se larga o bloco no plano inclinado,
procurando fazê-lo de forma a garantir que a posição e a largada em diferentes ensaios sejam o mais
igual possível.
Também devido a esta situação, a fotocélula deve ser colocada a uma distância da base da rampa
inclinada, de modo que, quando a tira opaca interrompe o feixe, todo o bloco se encontre já no
plano horizontal.
A rampa deve ter uma inclinação adequada que permita que o bloco acelere, mas não muito
inclinada, o que provocaria um saltitar mais do que o desejado. Um ajuste que diminua este efeito
pode fazer-se ao colocar o bloco inicialmente numa posição mais acima da rampa.
Para se encontrar uma melhor relação da velocidade com a distância de travagem, e para se fazer
melhor a interpretação dos resultados, assim como o tratamento estatístico e gráfico, com uma
regressão linear, é indispensável, no mínimo, fazerem-se largadas de cinco marcas na rampa a
diferentes distâncias mas igualmente espaçadas.
O atrito entre a superfície do bloco e o plano horizontal não deve ser muito grande, de modo a
evitar que apareçam distâncias de travagem iguais, ou muito próximas, para largadas de diferentes
pontos, devido a erros cometidos na largada, ou em resultado de trajetórias ligeiramente diferentes
do que o pretendido.

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Questões Pré-Laboratoriais (respostas)


1. Variando a posição inicial A do bloco no plano inclinado: se se largar o bloco de diferentes
distâncias da base do plano, a altura inicial do bloco irá variar e, consequentemente, também a
velocidade com que o bloco chega à posição B.

2. Uma célula fotoelétrica pode acionar o cronómetro digital quando o feixe de luz entre as suas
hastes é interrompido, parando-o quando o feixe é reposto. Se um corpo atravessar o feixe de luz
da célula fotoelétrica, o cronómetro mede o intervalo de tempo que a espessura do corpo
demora a passar sobre esse feixe. Por isso, pode calcular-se a velocidade média do corpo pelo
quociente entre a espessura do corpo que atravessa o feixe e esse intervalo de tempo. Esta
velocidade média aproxima-se tanto mais da velocidade no instante em que o corpo passa pela
posição B, quanto menor for o intervalo de tempo que o corpo demora a atravessar o feixe de luz.
Assim, deve-se utilizar um corpo estreito para que o tempo de passagem seja pequeno, por
exemplo, uma tira de cartolina com cerca de 1,0 cm de largura que se cola sobre o bloco.

3. As forças que atuam são a força gravítica, a reação normal e a força de atrito. A resultante das
forças é a força de atrito. A reação normal é perpendicular à superfície, e, neste caso, o peso
também, dado que a superfície é horizontal. Sendo o movimento retilíneo, a resultante das forças
tem a direção do movimento, ou seja, horizontal. Assim, as forças que atuam perpendicularmente
ao movimento, a força normal e a força gravítica, anulam-se. Portanto, a resultante das forças é a
força de atrito.

4. Movimento uniformemente retardado. A resultante das forças, a força de atrito, tem sentido
oposto ao movimento e, pela Segunda Lei de Newton, a aceleração e a resultante das forças têm
sempre a mesma direção e o mesmo sentido. Sendo o sentido da aceleração oposto ao da
velocidade, tal significa que o módulo da velocidade diminui, isto é, o movimento é retardado.
Prevê-se que a resultante das forças, a força de atrito, se mantenha constante ao longo da
superfície horizontal. Assim, a aceleração também será constante, as variações de velocidade
serão diretamente proporcionais aos intervalos de tempo correspondentes, ou seja, o movimento
será uniformemente retardado.

5. { { {

6. IV. const nt

A distância de travagem, , é diretamente proporcional ao quadrado do módulo da


velocidade em B, Assim, o gráfico é uma linha reta que passa na origem.
O declive da reta, quociente entre as ordenadas e as abcissas, corresponde ao dobro do
módulo da aceleração. Portanto, o módulo da aceleração é metade do declive da reta.

7. É também necessário medir a massa do bloco. A intensidade da resultante das forças de atrito
é a resultante das forças e, de acordo com a Segunda Lei de Newton, é igual ao produto da massa
pelo módulo da aceleração: .

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Trabalho Laboratorial
1. Massa do bloco = 129,15 g Largura da tira opaca = 1,0 cm

2. e 3. Distância de travagem =

Posição
/m / ms /m
inicial
15,369 0,269
A 0,200 15,439 0,253
15,540 0,242
13,869 0,297
B 0,300 13,662 0,284
13,785 0,301
12,291 0,352
C 0,400 12,366 0,358
12,416 0,371
11,681 0,428
D 0,500 11,812 0,406
11,877 0,402
10,956 0,493
E 0,600 10,771 0,519
10,753 0,501

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Questões Pós-Laboratoriais (respostas)


1. a) e b)
Posição inicial ̅ / ms ̅̅̅̅ / m / m s-1 /m s
2 -2

A 15,449 0,255 0,647 0,419


B 13,772 0,294 0,726 0,527
C 12,358 0,360 0,809 0,655
D 11,790 0,412 0,848 0,719
E 10,827 0,504 0,924 0,853

O módulo da velocidade do bloco, quando começa a percorrer a distância de travagem, ,


obtém-se a partir do quociente entre o deslocamento do bloco correspondente ao intervalo de
tempo medido pelo cronómetro, a largura da tira opaca, e esse intervalo de tempo. Tempo mais
provável de passagem da tira pela célula: ̅
.

2.

A equação da reta de ajuste ao gráfico do quadrado do módulo da velocidade, , em função da


distância de travagem, , em unidades SI, é (SI). A ordenada na origem
que aparece na equação resulta de incertezas e erros experimentais, e tem um valor próximo de
zero. Tendo em conta o modelo da relação entre grandezas, vem , segue-se que o
módulo da aceleração é metade do declive da reta: .

3. A intensidade da resultante das forças de atrito é a resultante das forças:

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4. A tira opaca pode não ter passado pela célula fotoelétrica paralelamente ao deslocamento do
bloco, o que conduz à medição de um intervalo de tempo correspondente a um deslocamento
inferior ao da largura da fita. Este erro por defeito na medição do tempo conduz a um erro por
excesso na medição da velocidade do bloco no início da travagem e, portanto, também no
módulo da aceleração. O modo de largada pode ter sofrido pequenas variações, assim como as
trajetórias do bloco após cada largada podem também ser ligeiramente diferentes. Estas
ocorrências introduzem pequenas variações nas velocidades e nas forças de atrito.

5. Para um certo bloco, a distância de travagem aumenta com a velocidade no início da travagem,
verificando-se que é diretamente proporcional ao quadrado da velocidade: quando a velocidade
no início da travagem aumenta vezes, a distância de travagem aumenta vezes.
Da comparação dos gráficos verifica-se que um maior declive, ou seja, uma maior aceleração,
significa para a mesma velocidade no início da travagem uma menor distância de travagem.
Comparando diferentes blocos e diferentes superfícies, pode verificar-se que:
– blocos que deslizam com superfícies do mesmo tipo mas com massas diferentes, quando
deslizam na mesma superfície, apresentam acelerações de travagem semelhantes, ainda
que sujeitos a forças de atrito diferentes.
– blocos que deslizam com superfícies diferentes na mesma superfície, ou o mesmo bloco a
deslizar em superfícies de diferentes materiais, apresentam acelerações de travagem
diferentes.

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Questões Complementares
1. Para estudar experimentalmente o movimento uniformemente retardado, um grupo de alunos
realizou a montagem esquematizada na figura em baixo.

O bloco de massa 120,68 g é largado na rampa, percorrendo nesta uma distância e, depois,
desliza num plano horizontal até parar.
Colocaram na superfície superior do bloco uma tira opaca estreita, de 1,0 cm de largura,
registando o tempo de passagem, , da tira opaca numa fotocélula, numa posição em que o
bloco se já encontrava no plano horizontal. Mediram, também, a distância percorrida, , entre
essa posição e a de paragem do bloco, tendo como referência a tira opaca (distância de
travagem).
Repetiram o procedimento largando o bloco de cinco marcas diferentes da rampa. Para cada uma
dessas cinco marcas, repetiram três vezes a largada do bloco, determinando para cada marca os
valores mais prováveis do tempo de passagem da tira opaca pela fotocélula e da distância de
travagem .
Os resultados obtidos pelo grupo de alunos foram registados na tabela seguinte.

d1 / cm d2 / cm ̅̅̅̅/ m t / ms ̅̅̅/ ms v / m s-1 v2 / m2 s-2


7,9 28,91
15,0 7,3 0,078 30,97 29,26 0,342 0,1168
8,2 27,89
17,6 21,11
30,0 17,5 0,173 19,43 20,55 0,487 0,2367
16,8 21,11
27,7 17,05
40,0 28,4 0,280 16,90 17,05 0,587 0,3440
28,0 17,21
32,1 15,07
50,0 30,9 0,311 16,59 15,92 0,628 0,3944
30,2 16,12
55,7 12,71
60,0 53,6 0,545 13,13 12,77 0,783 0,6135
54,3 12,46

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a) Qual é a condição a que as forças de atrito exercidas sobre o bloco no plano horizontal devem
obedecer para que o movimento do bloco seja uniformemente retardado?
b) Explique como se determina, para cada uma das marcas de que é largado o bloco, o valor mais
provável da sua velocidade quando a tira opaca passa pela fotocélula.
c) O cronómetro que regista o tempo de passagem, , da tira opaca na fotocélula é digital.
Apresente a incerteza de leitura na medição dos tempos, expressa em unidades SI.
d) Selecione a opção que pode corresponder ao esboço do gráfico da distância da tira opaca à
fotocélula em função do tempo .

(A) (B) (C) (D)

e) Se a velocidade do bloco ao passar na fotocélula no início do plano horizontal duplicar, a


distância de travagem …
(A) aumenta √ vezes. (B) aumenta vezes.
(C) diminui √ vezes. (D) diminui vezes.
f) Determine o módulo da aceleração do bloco no plano horizontal a partir das medidas
registadas na tabela. Apresente todas as etapas de resolução, assim como a equação da reta
de ajuste ao gráfico de dispersão das grandezas físicas relevantes.
g) A energia dissipada por unidade de deslocamento do bloco no plano horizontal é igual…
(A) à intensidade da soma das forças de atrito que atuam no bloco.
(B) ao simétrico do trabalho das forças de atrito que atuam no bloco até parar.
(C) à intensidade da soma das forças conservativas que atuam no bloco.
(D) ao simétrico do trabalho das forças conservativas que atuam no bloco até parar.
h) Dois blocos A e B com diferentes massas, e diferentes materiais da superfície inferior do bloco
em contacto com o plano, apresentam para a mesma velocidade inicial (velocidade do bloco
ao passar na fotocélula no início do plano horizontal) distâncias de travagem diferentes.
Pode concluir-se que serão necessariamente diferentes…
(A) as velocidades médias com que percorrem a distância de travagem.
(B) as velocidade finais dos blocos.
(C) as acelerações dos blocos durante a travagem.
(D) as variações de velocidade dos blocos durante a travagem.

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Respostas às Questões Complementares


1. a) A soma das forças de atrito deve ser constante durante o seu movimento no plano horizontal.
Um movimento retardado uniformemente é um movimento com aceleração constante. Para
que a aceleração do bloco seja constante é necessário que a resultante das forças que nele
atuam seja constante. Portanto, como o plano é horizontal, a resultante das forças é a soma
das forças de atrito (o peso e a reação normal, ambos perpendiculares ao deslocamento do
bloco, anulam-se).
b) O módulo da velocidade é calculado a partir do quociente da largura da tira de cartão opaca
pelo valor mais provável do intervalo de tempo da sua passagem pela fotocélula (média dos
tempos de passagem dos três ensaios em que se larga o bloco da mesma marca do plano
inclinado).
Toma-se para a velocidade no instante em que a tira opaca atinge a fotocélula, a velocidade
média no intervalo de tempo que se segue a esse instante, e em que o deslocamento do bloco
é igual à largura da tira opaca, pois considera-se que a velocidade se mantém praticamente
constante nesse intervalo de tempo.
c)
A incerteza de leitura num instrumento digital é igual a 1 unidade do dígito mais à direita,
neste caso, .
d) (B)
O bloco depois de passar pela fotocélula afasta-se desta. Logo, a distância, , da tira opaca à
fotocélula aumenta com o tempo.
O declive da tangente ao gráfico distância-tempo é a componente escalar da velocidade, sendo
que o seu módulo diminui, visto que o movimento é retardado. Portanto, o módulo do declive
da tangente diminui ao longo do tempo.
No final, o bloco para: sendo a velocidade nula, a tangente ao gráfico no instante final é
horizontal (declive nulo).
e) (B)
Designando por o módulo da velocidade do bloco ao passar na fotocélula no início do plano
horizontal, e por o módulo da sua aceleração, obtém-se .

A expressão anterior mostra que a distância de travagem, , é diretamente proporcional ao


quadrado da velocidade inicial, . Assim, se aumentar vezes, aumenta vezes, logo,
também aumenta vezes.
f) A equação da reta de ajuste ao gráfico do quadrado da velocidade inicial no plano horizontal
em função da distância de travagem é (SI).

Tendo em conta o modelo da relação entre grandezas, vem , segue-se que o módulo
da aceleração é metade do declive da reta: .

OU
A equação da reta de ajuste ao gráfico da distância de travagem em função do quadrado da
velocidade inicial no plano horizontal é (SI).

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Tendo em conta o modelo da relação entre grandezas, vem , segue-se que o módulo
da aceleração é o inverso do dobro do declive da reta: .

g) (A)

⃗ ⃗ |⃗ | |⃗ |

Segue-se que |⃗ |

h) (C)
Distâncias de travagem diferentes para a mesma velocidade inicial implicam diferentes
acelerações: .

Tendo a mesma velocidade inicial e parando no final, as velocidades finais são nulas, daí
decorrendo a mesma variação de velocidade durante a travagem e a mesma velocidade média.

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Grelha de Avaliação da Atividade Laboratorial 1.3

AL 1.3 Movimento uniformemente retardado: velocidade e deslocamento


Aprendizagens e Pré-laboratoriais Laboratoriais Pós-laboratoriais Global
AP
N.o Questões 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 1. 2. 3. 1. 2. 3. 4. 5.
Nome
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AP - Aprendizagens do tipo processual, a decidir avaliar entre as indicadas no Programa.


71

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Atividade Laboratorial 2.1


Características do som
Qual é a base das tecnologias de reconhecimento de voz usadas, por exemplo, em telemóveis ou
tablets?

Objetivo geral: Investigar características de um som (frequência, intensidade, comprimento de


onda, timbre) a partir da observação de sinais elétricos resultantes da conversão de sinais
sonoros.
Sugestões Metas Curriculares
Ligar um microfone à entrada de um osciloscópio com a função AT (auto
1. Identificar sons puros
trigger ou disparo automático) ativada.
e sons complexos.
Produzindo sons com um gerador de sinais e um altifalante, ou com
2. Comparar amplitudes
diapasões, analisar as variações do sinal obtido no osciloscópio,
e períodos de sinais
explorando e investigando os efeitos de variar a intensidade, a frequência
sinusoidais.
e o timbre do som.
3. Comparar intensidades
Medir períodos e calcular frequências dos sinais obtidos comparando-os
e frequências de sinais
com os valores indicados nos aparelhos que os originam. sonoros a partir
Procurar limites de audibilidade ligando auscultadores ao gerador de sinais da análise de sinais
e aumentando ou diminuindo a frequência dos sinais. elétricos.
Ligar dois microfones ao osciloscópio e colocá-los bem alinhados em frente 4. Medir períodos e calcular
ao altifalante, de modo a que os dois sinais obtidos fiquem sobrepostos no frequências dos sinais
ecrã. Marcar a sua posição sobre a mesa de trabalho e afastar sonoros, compará-los
progressivamente um deles. Medir as distâncias a que se deslocou o com valores de referência
microfone até se observarem de novo os sinais com os seus máximos e avaliar a sua exatidão.
alinhados no ecrã; esta distância será o comprimento de onda. Se o
5. Identificar limites
número de osciloscópios existentes na escola não permitir o trabalho
de audição no espetro
laboratorial em grupos de dimensão razoável (três a quatro alunos) podem
sonoro.
ser usados computadores com software de edição de som, ou outros
sistemas de aquisição automático de dados aos quais se liga um 6. Medir comprimentos de
microfone. onda de sons.

Como se indica no Programa, o equipamento de base para a concretização desta atividade é o


osciloscópio. No entanto, quando eles não estão em número suficiente podem e devem usar-se
outros dispositivos e tecnologias. Mas mesmo que eles existam em número suficiente é
enriquecedor o uso dessas outras tecnologias.
Um recurso sempre disponível são os osciloscópios virtuais (http://www.sciences-
edu.net/physique/oscillo/oscillo.html; http://www.virtual-oscilloscope.com/ ou https://academo.org/
demos/virtual-oscilloscope/) e os geradores de sinais virtuais (http://onlinetonegenerator.com/ …).
Com computadores em número suficiente, estes recursos podem mesmo servir para realizar parte da
atividade laboratorial.
Aqui daremos algumas indicações que consideramos relevantes para uma melhor concretização
do que se pretende. As referências a software útil para o estudo do som far-se-ão num anexo.
Em primeiro lugar, lembra-se que a energia de uma onda depende da amplitude e da frequência.
Em geral, a intensidade também depende da amplitude e da frequência. Entende-se aqui por
amplitude, para ondas mecânicas, a amplitude de deslocamento dos pontos do meio. Contudo, para
as ondas sonoras o que se mede e se considera normalmente é amplitude de pressão. Pode mostrar-
-se que a amplitude de pressão contém quer a amplitude de deslocamento (devida a oscilação das
camadas de ar) quer a frequência. Assim, para as ondas sonoras, a intensidade depende apenas da
amplitude de pressão.
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Um dos requisitos para uma boa realização desta atividade, para além do osciloscópio, de
altifalantes e microfones, é a existência de cabos em número suficiente e com os contactos em bom
estado.
O uso de auscultadores é útil por limitar eventual ruído e interferência no trabalho de cada grupo,
mas também para a identificação de capacidades auditivas e limites de audição. Note-se que para
realizar um teste auditivo se requerem outras condições, mas, com a atividade, poderá até detetar-
se algum problema de audição.
A indicação que fornece o manual Novo 11F em princípio será suficiente para uma boa realização
da atividade. No entanto, por vezes acontece que os osciloscópios aparentemente deixam de
funcionar ou então os sinais desaparecem do ecrã. Neste caso, será sempre conveniente verificar
todas as ligações e acionamento de comandos. Normalmente alguém terá acionado um comando
inadvertidamente. Não estando disponíveis manuais de utilização e requerendo a situação resposta
rápida, recomenda-se que, sem qualquer receio, se verifiquem os diferentes comandos até que se
detete a origem do problema.
Os osciloscópios analógicos são um ótimo recurso, mas têm algumas limitações que os digitais
podem ultrapassar. Por exemplo, com um osciloscópio digital pode parar-se uma imagem no ecrã,
registar-se e gravar-se os dados ou imagens em formato digital.

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Questões Pré-Laboratoriais (respostas)


a) Para ambos os sinais apresentados observam-se dois máximos e dois mínimos, e em toda a
escala do ecrã cabem dois períodos. Assim, pode concluir-se que os períodos, logo as
frequências, dos dois sinais são iguais. Eles diferem na amplitude e quando para um se tem um
máximo para o outro tem-se um mínimo, estão em oposição de fase.
b) A 5 divisões da escala horizontal, a do tempo, corresponde um período, logo:

e .

Para o sinal de maior amplitude, entre o máximo e o mínimo observam-se quatro divisões, por
isso, a amplitude corresponde a duas divisões:

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Trabalho Laboratorial
1. Sinal observado com a base de tempo em 0,2 ms/div e o comutador de tensão em 2 V/div.

2. Audição e limites de audição.


a) Os sons eram mais intensos quanto se aumentava a amplitude no gerador de sinais. A seguir
apresentam-se os registos e as imagens dos ecrãs para três frequências selecionadas no
gerador de sinais.

Som grave Som intermédio Som agudo


Frequência
99,3 Hz 600,0 Hz 3,07 kHz
no gerador
Base de tempo 2 ms/div 0,5 ms/div 0,1 ms/div
Menor divisão
na escala 2 ms/5= 0,4 ms 0,5 ms/5= 0,1 ms 0,1 ms/5= 0,02 ms
de tempo
Comutador
de tensão
(vertical)

2 V/div 0,5 V/div 0,2 V/div


Comutador
de tensão
(vertical)

1 V/div 0,2 V/div 0,2 V/div


Período ( )
( ) ( )
( ) ( ) ( )

Frequência

As frequências medidas são muito próximas das indicadas no gerador de sinais.

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b)
Amplitude do sinal Frequências
Adulto Jovem A Jovem B
enviado / V audíveis
2,0 Máxima/Hz 13 000 18 500 19 000
2,0 Mínima/Hz 40 25 28

3.
a) O diapasão indicava 440 HZ; no osciloscópio: Base de tempo 0,5 ms/div e menor divisão na
escala de tempo 0,1 ms.
Sinal observado:

( )

Quando se percutia com mais força o diapasão, a amplitude do sinal observado aumentava,
assim como a intensidade do som ouvido.
b) Mostram-se a seguir sinais dos ecrãs obtidos quando uma pessoa proferiu diferentes vogais
(a, e, i, o e u). Para outras pessoas haverá padrões algo diferentes.

a e i

o u

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4. Mostram-se a seguir para um sinal sinusoidal de 1 kHz enviado para um altifalante, e para os
recebidos em dois microfones quando juntos e depois de um se ter deslocado de 34,5 cm.

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Questões Pós-Laboratoriais (respostas)


1. A 5 divisões corresponde um período. Estando a base de tempo em 0,2 ms/div, o período do sinal
é

2. Quando no gerador de sinais se aumenta a amplitude do sinal produzido o altifalante emite um


som de maior intensidade. No gerador de sinais é produzido um sinal elétrico e, como o
altifalante converte um sinal elétrico num sinal sonoro, o aumento da amplitude do sinal
produzido no gerador de sinais traduz-se num aumento da amplitude da onda sonora e, em
consequência, da intensidade do som do altifalante. O altifalante terá maior fidelidade quanto
maior for a correspondência entre as características do sinal que lhe é enviado e o som que ele
produz.

3.

Sinal 1 Sinal 2 Sinal 3 Sinal 4 Sinal 5 Sinal 6


Amplitude/ V ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
Período/ms ( ) ( ) ( )
Frequência
calculada/Hz
Frequência no
99,3 Hz 606 Hz 3,07 kHz
gerador/Hz

| |
Sinais 1 e 2: módulo do erro relativo na frequência medida:
| |
Sinais 3 e 4: módulo do erro relativo na frequência medida:
| |
Sinais 5 e 6: módulo do erro relativo na frequência medida:

Os erros relativos nas medidas de todas as frequências são muito pequenos. Pode-se concluir-se
que estas medidas têm elevada exatidão.

4. Os limites de audição registados eram próximos para os dois jovens, e também próximos dos que
indica a bibliografia como limites para os seres humanos saudáveis. Para a pessoa mais idosa
registou-se um afastamento significativo daqueles valores, mostrando que, sobretudo nas
frequências mais altas, aquele adulto já perdeu capacidades. Normalmente com a idade a
capacidade auditiva diminui, sendo que a perda de sensibilidade com a idade para as frequências
mais altas é uma tendência normal
5. ( )

6. O sinal recebido pelo microfone quando o diapasão foi percutido foi um som puro. Os sons das
vogais são sons complexos.

7. O comprimento de onda medido foi 34,5 cm.


Velocidade do som

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8. Os sinais elétricos correspondentes a cada voz, quando produziram a mesma vogal, apresentam
pequenas diferenças. O atributo que distingue os sons das diferentes vozes é o timbre.
9. A tecnologia de reconhecimento de voz está associada ao reconhecimento de breves sons
(palavras ou trecho de fala), ao reconhecimento de fala contínua com elaboração de textos
(exemplo um ditado), ou à autenticação de voz de pessoas.
O seu funcionamento requer computadores e baseia-se na digitalização de sons, na filtração
desses sons, procurando-se eliminar o ruído, e na posterior pesquisa em bases de dados de
registos previamente efetuados e na comparação dos padrões com esses registos.
A esta tecnologia apresentam-se algumas dificuldades e limitações:
‒ é mais fácil reconhecer cada palavra se for pronunciada separada e pausadamente do que
numa frase;
‒ é difícil separar falas simultâneas de várias pessoas;
‒ as pessoas não costumam utilizar o mesmo tom e nem sempre falam com a mesma rapidez
e alguns fonemas têm padrões muito próximos ou podem ser pronunciados de forma
semelhante (exemplo em algumas regiões com o b e o v);
‒ existem diferentes pronúncias, regionalismos, sotaques e dialetos;
‒ existem palavras homófonas (exemplo «conserto» e «concerto»).

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Questões Complementares
1. Ligaram-se dois microfones idênticos, 1 e 2, a um osciloscópio, com ambos os canais regulados
para 5 mV/div. De seguida, dois diapasões foram percutidos. Um deles indicava 384 Hz e o outro
512 Hz. Os microfones foram colocados de forma que cada um apenas captava o som emitido por
um dos diapasões. A figura seguinte representa o ecrã do osciloscópio.

a) Qual dos microfones captou o som emitido pelo diapasão de 512 Hz?
b) O som captado pelo microfone 1 é…
(A) mais agudo e menos intenso do que o captado pelo microfone 2.
(B) mais agudo e mais intenso do que o captado pelo microfone 2.
(C) mais grave e menos intenso do que o captado pelo microfone 2.
(D) mais grave e mais intenso do que o captado pelo microfone 2.
c) Os sons emitidos pelos diapasões propagam-se no ar.
Selecione a opção que indica corretamente o que se pode concluir, relativamente aos
comprimentos de onda e velocidades de cada um dos sons.
(A) e . (B) e .
(C) e . (D) e .
d) Da figura do ecrã apresentada em cima pode concluir-se que a base de tempo estava regulada
para…
(A) 0,5 ms/div. (B) 1,0 ms/div. (C) 2,0 ms/div. (D) 5,0 ms/div.
e) Determine a amplitude do sinal do canal 1 afetada da respetiva incerteza absoluta.
f) Determine, com base na figura, a relação quantitativa entre a frequência do sinal 2 e a do sinal 1,
comparando o resultado obtido com a proporção expectável.

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2. Um gerador de sinais regulado para uma determinada frequência foi ligado a um osciloscópio.
Na figura seguinte reproduz-se o ecrã do osciloscópio quando a base de tempo era de 1 ms/div e
o comutador da escala vertical estava na posição de 2 mV/div.

a) Determine o período do sinal afetado da respetiva incerteza absoluta.


b) A função matemática que traduz a tensão, , em função do tempo, , correspondente ao sinal
visualizado no ecrã, expressa em unidades SI, é…
(A) ( ) (B) ( )
(C) ( ) (D) ( )
c) Determine o erro relativo, expresso em percentagem, da frequência medida no osciloscópio,
tomando como referência o valor fornecido pelo gerador de sinais, 500 Hz.
d) Considere que se altera a base de tempo para 0,5 ms/div e o comutador da escala vertical para
1 mV/div.
O mesmo sinal no ecrã no osciloscópio é
(A) (B)

(C) (D)

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Respostas às Questões Complementares


1. a) O microfone 2.
No ecrã do osciloscópio identifica-se o período do sinal. O que tiver menor período, o 2,
corresponde ao sinal de maior frequência.
b) (D)
O sinal 1 tem maior amplitude, o que significa que o som que origina esse sinal é mais intenso,
e maior período, logo, o som correspondente tem menor frequência; é, portanto, mais grave.
c) (B)
O período, ou tempo de uma oscilação completa, do sinal 1 é maior do que o do sinal 2
( ). Para um determinado meio de propagação, neste caso o ar, e para a mesma
temperatura, a velocidade de propagação do som é a mesma ( ), sendo o
comprimento de onda tanto maior quanto maior for o período ( ).
A velocidade do som no ar, na região dos sons e dos infrassons, pode considerar-se
praticamente independente da frequência.
d) (A)
O sinal de maior período, o sinal 1, é o de menor frequência, portanto, o que corresponde ao
som de 384 Hz. O período correspondente é .

O período do sinal 1 corresponde a 5,2 div, logo cada divisão corresponderá a .

e) A amplitude do sinal 1, , corresponde a 3,3 div,


logo, .

Tomando como incerteza metade da menor divisão, , conclui-se que

( ) .

f) Com base na figura obtém-se .

O valor expectável desta proporção é , o que está de acordo com o obtido


experimentalmente.

2. a) Quatro oscilações completas, quatro períodos correspondem a ( ) ,


e, dado que cada divisão corresponde a , segue-se que
.

Tomando como incerteza metade da menor divisão, , conclui-se que

( ) .

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b) (C)
Sendo o sinal sinusoidal, a tensão varia com o tempo de acordo com uma expressão do
tipo ( ) em que é o valor máximo da tensão e é a frequência angular.
A tensão máxima corresponde a 2,8 divisões no eixo das ordenadas:
.

A frequência angular é , assim a expressão ( ) é

( ) (SI).

c) Com base no período, determina-se a frequência do sinal: .


| |
O erro relativo, expresso em percentagem, é , por defeito, dado
que o valor experimental é menor do que o valor de referência.
d) (B)
No eixo das abcissas, o tempo por divisão passou para metade, logo, o número de divisões
correspondente ao mesmo período duplica: apenas as opções A e B estariam corretas quanto
ao tempo de uma oscilação completa.
No eixo das ordenadas, a tensão por divisão também passou para metade, logo o número de
divisões correspondente à mesma amplitude duplica: apenas as opções B e D estariam
corretas quanto à amplitude do sinal.

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Grelha de Avaliação da Atividade Laboratorial 2.1


84

AL 2.1 Características do som


Pré-
Aprendizagens e Laboratoriais Pós-laboratoriais Global
laboratoriais AP
N.o Questões
a. b. 1. 2a 2b 3a 3b 4. 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9.
Nome
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AP - Aprendizagens do tipo processual, a decidir avaliar entre as indicadas no Programa.

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Atividade Laboratorial 2.2


Velocidade de propagação do som
Como determinar a velocidade de propagação do som no ar?

Objetivo geral: Determinar a velocidade de propagação de um sinal sonoro.


Sugestões Metas Curriculares
Ligar um microfone à entrada de um osciloscópio com a função de disparo 1. Medir a velocidade
controlado por um nível de tensão ativada (NORM). Produzir um sinal do som no ar (medição
impulsivo forte perto do microfone (que deve ter um amplificador indireta).
incorporado ou estar ligado a um amplificador) e observar o sinal originado. 2. Comparar o valor
Se necessário, para observar o aparecimento do sinal, controlar o nível de obtido para a
disparo (LEVEL). velocidade do som
Colocar depois o microfone junto das extremidades de uma mangueira, cujo com o tabelado, avaliar
comprimento foi medido, e, produzindo repetidamente sinais impulsivos, a exatidão do resultado
observar a localização do novo sinal Registar o seu espaçamento temporal à e calcular o erro
origem (tempo que o impulso demorou a percorrer a mangueira), repetir e percentual.
encontrar o valor mais provável. Usando este tempo e o comprimento da
mangueira, calcular a velocidade do som. Registar a temperatura, comparar
o valor obtido experimentalmente com valores tabelados e avaliar o erro
percentual.
Grupos diferentes podem usar mangueiras de diferentes comprimentos e
compararem resultados.
Em alternativa pode ser usado um computador com software de edição de
som, ou um outro sistema de aquisição automático de dados.

Na sequência da atividade 2.1, o osciloscópio pode ser utilizado para a determinação da


velocidade do som. Contudo, esta velocidade pode medir-se usando diferentes procedimentos e
diferentes tecnologias. Em princípio poder-se-á considerar aceitável a utilização de um ou mais
métodos, desde que a tecnologia e o método utilizados permitam erros inferiores a 3%, e ainda que
os alunos compreendam bem os princípios que o fundamentam.
Escolas que possuam equipamentos de ultrassons podem também aproveitá-los para a execução
desta atividade, no fundo são ondas mecânicas da mesma natureza, e será mais um motivo para
outras explorações e enriquecimento conceptual.
Relativamente a procedimentos, aquele que se revela conceptualmente mais simples é o que
remete para a definição de velocidade (velocidade média), e que resulta da medida da distância e do
intervalo de tempo que um pulso sonoro demora a percorrer essa distância. Igualmente correto, mas
conceptualmente mais exigente, é o de medir diferenças de fase e distâncias ou períodos e
comprimentos de onda. Outros envolvem ainda um assunto abordado com maior detalhe mais
adiante no Programa, a reflexão do som, ou ainda as ondas estacionárias. Este de exigência
conceptual ainda maior está fora do contexto do 11.o ano.
A determinação da velocidade do som a partir das medidas do comprimento de onda e do
período poderá surgir, naturalmente, como sendo um caso particular para um sinal sinusoidal.
No caso de se medir a velocidade do som usando um sinal impulsivo e uma mangueira (guia de
ondas), para minimizar erros e ponderando as escalas de tempo dos osciloscópios, podem usar-se
mangueiras com comprimentos a partir de 5 m. A escala de tempo usada no osciloscópio pode ser de
5 ms/div e o som impulsivo pode ser produzido com uma tampa de sumo concentrado.

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Usando o procedimento I do manual 11F, com um osciloscópio analógico é conveniente que seja
repetido o som impulsivo em intervalos de tempo regulares. Deverá ainda ser observado o ecrã antes
e depois de se ter o microfone nas extremidades da mangueira, para assim se tornar evidente a
origem do segundo sinal. Com um osciloscópio digital o sinal ficará registado no ecrã e podem mais
facilmente fazer-se as leituras do tempo.
Embora por vezes se apresente uma relação linear entre a velocidade do som e a temperatura,
em graus Celsius, mostra a teoria das ondas mecânicas longitudinais que a sua velocidade de
propagação depende da raiz quadrada da temperatura absoluta. A relação linear citada é um modelo
com alguma validade para um intervalo de temperaturas não muito largo.
O modelo teórico para o som considera-o como o resultado de compressões e descompressões
do meio em processos adiabáticos. Esse modelo mostra que a velocidade depende do módulo de
elasticidade volumétrico, B, e da massa volúmica fora da zona em que há perturbação, 0, pela
expressão √ .

Mostra-se ainda que, no caso de um gás ideal, aquela expressão se transforma em:

√ √

com o quociente entre a capacidade térmica mássica a pressão constante, cp, e a capacidade
térmica mássica a volume constante, cv, M a massa molar, R a constante dos gases ideais e T a
temperatura absoluta.
Nas condições de temperatura e pressão normalmente utilizadas a maior parte dos gases
comporta-se como tal como gás ideal.
Para o ar ambiente , e em condições PTN tem-se .

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Questões Pré-Laboratoriais (respostas)


1. a) Sendo originados no mesmo instante, o clarão e o barulho, e como tanto a velocidade da luz
como a do som são finitas, decorrem dois intervalos de tempo desde que são produzidos até
serem detetados pelo observador a grande distância.
Ao ser medido o tempo que demora o barulho a partir do instante que se vê o clarão, o tempo
medido será igual ao intervalo de tempo que o barulho demora de facto a percorrer a distância
subtraído do intervalo de tempo que a luz, do clarão, demorou a percorrer essa distância.
Assim, o intervalo de tempo que foi medido é menor do que o intervalo que efetivamente o
barulho demora a percorrer a distância entre o canhão e o observador. No entanto, como a
velocidade da luz tem um valor muito grande, a diferença introduzida pelo tempo que a luz
demora e percorrer a distância considerada é desprezável quando comparada com o tempo
que o som demora a percorrer a mesma distância.
Podem também existir diferenças sistemáticas no tempo de reação do observador consoante
reage a um estímulo visual (clarão) ou auditivo (som) que afetem a medição da velocidade.
b) Para a velocidade da luz e para a velocidade do som medida por Gassendi tem-se,
respetivamente, 3×108 m s-1 e 4,78×102 m s-1= 5×102 m s-1. A velocidade da luz tem uma ordem
de grandeza seis vezes maior.

2. Para uma temperatura de 18 °C, .

3. a)

b)

A velocidade da luz é Mach .

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Trabalho Laboratorial
Procedimento I
1. Produzindo um sinal impulsivo, utilizando uma tampa metálica de uma garrafa de sumo,
obtiveram-se no ecrã do osciloscópio digital os seguintes sinais:

Mangueira com 5,0 m; Mangueira com 10,0 m;


Base de tempo 2,50 ms / div Base de tempo 5,00 ms / div
Intervalo de tempo que demora a aparecer Intervalo de tempo que demora a aparecer
o segundo sinal: o segundo sinal:

( ) ( )

2. Temperatura ambiente registada: 18,3 °C.

Procedimento II
1. São visualizados dois sinais no osciloscópio porque ao canal 1 está ligado um microfone e ao canal
2 está ligado o cabo que envia diretamente o sinal do gerador de sinais. O osciloscópio está
configurado para apresentar os sinais dos dois canais no ecrã.
2. Como o osciloscópio está sincronizado pelo sinal do gerador de sinais (e com o sinal que chega ao
altifalante), o sinal que chega do microfone fica desfasado com ele, sendo o intervalo de tempo
do desfasamento igual ao tempo que o som demora a percorrer a distância entre o altifalante e o
microfone.
São observados sinais como os indicados a seguir.

Base de tempo 2,50 / ms

0,165 0,250 0,525 0,750 0,925 1,465


6,0 12,0 18,2 31,4 40,5 49,0

3. Temperatura ambiente registada: 18,3 °C.

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Questões Pós-Laboratoriais (respostas)


Procedimento I
1. Para a mangueira de 5 m Para a mangueira de 10 m

Procedimento II

0,165 6,0
0,250 12,0
0,525 18,2
0,750 31,4
0,925 40,5
1,465 49,0

O declive da reta encontrada é igual à velocidade do som 343 m/s.

1. O valor teórico para a velocidade do som a 18,3 °C é 342 m/s.

No procedimento I
| |
Módulo do erro percentual =

No procedimento II
| |
Módulo do erro percentual =

Como os erros percentuais são muito pequenos, pode afirmar-se que em ambos os
procedimentos houve elevada exatidão.

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Questões Complementares
1. Com o objetivo de determinar experimentalmente a velocidade de propagação do som no ar, um
grupo de alunos fez uma montagem semelhante à representada na figura seguinte. Utilizaram um
osciloscópio, um gerador de sinais, um microfone, um altifalante com suporte e cabos de ligação.

Os alunos começaram por ligar o gerador de sinais ao osciloscópio para produzir um sinal elétrico
que registaram no canal 2 do osciloscópio. Ligaram depois o altifalante ao gerador de sinais e o
microfone ao canal 1 do osciloscópio. Tiveram o cuidado de alinhar sempre o altifalante e o
microfone, no decorrer das experiências que realizaram.
Os sinais produzidos durante a experiência foram todos sinusoidais.
a) Indique a razão pela qual os alunos ligaram o altifalante ao gerador de sinais e a razão pela
qual ligaram o microfone ao osciloscópio.
b) No ecrã do osciloscópio surgem dois sinais, 1 e 2, correspondendo respetivamente aos canais 1
e 2. Os comutadores das escalas verticais foram regulados para a mesma escala.
Nas condições da figura, e com regulação do osciloscópio indicada, uma imagem do ecrã do
osciloscópio possível de obter durante a experiência é

(A) (B)

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(C) (D)

c) No osciloscópio selecionou-se apenas o canal 1, o ligado ao microfone, tendo-se obtido no


ecrã o sinal representado na figura seguinte.

A base de tempo tinha sido regulada para 0,2 ms/div e o comutador da escala vertical para
10 mV/div.
i) Apresente a medição do período afetada da respetiva incerteza relativa expressa em
percentagem.
ii) O valor exato da frequência é 920 Hz. Determine o erro absoluto na medição da
frequência.
iii) Deduza a expressão matemática que traduz a variação da tensão elétrica com o tempo.
Utilize as unidades SI. Apresente todas as etapas de resolução.
d) Depois de alinhar os sinais do microfone e do altifalante, os alunos
/ cm / ms
afastaram gradualmente o microfone do altifalante e mediram,
para o aumento da distância entre estes, o tempo que o 20,0 0,60
sinal sonoro, de frequência 512 Hz, demorava a percorrer essa 30,0 0,85
distância. Os valores obtidos estão registados na tabela à direita.
40,0 1,15
i) Determine o valor experimental da velocidade de propagação 50,0 1,45
do som no ar, a partir do declive da reta que melhor se ajusta
60,0 1,80
ao conjunto de valores apresentados na tabela.
Apresente todas as etapas de resolução.
ii) Estando os sinais alinhados, determine a distância mínima de que devem ser afastados o
microfone e o altifalante para que os sinais voltem a ficar alinhados.
e) Determine o erro relativo, em percentagem, do valor experimental da velocidade de
propagação do som no ar.
O valor tabelado para a velocidade de propagação do som no ar, nas condições em que foi
realizada a experiência, é .

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Respostas às Questões Complementares


1. a) O altifalante converte um sinal elétrico num sinal sonoro e, por isso, tem de ser ligado a um
aparelho que produza um sinal elétrico, ora é essa a função do gerador de sinais.
O microfone converte um sinal sonoro num sinal elétrico e, por sua vez, o osciloscópio permite
visualizar sinais elétricos em função do tempo. Assim, o microfone é ligado ao osciloscópio
para que o sinal elétrico produzido pelo microscópio possa ser registado.
b) (B)
O som produzido pelo altifalante tem a mesma frequência do sinal elétrico que o originou,
sinal 2, produzido pelo gerador de sinais. Por sua vez, o som captado pelo microfone é o
produzido pelo altifalante e, portanto, tem a mesma frequência deste. Assim, o sinal elétrico
produzido pelo microfone, sinal 1, terá frequência igual.
O som ao propagar-se no ar diminui de intensidade. Assim é expectável que a tensão máxima
do sinal elétrico produzido pelo microfone, sinal 1, seja menor do que a do gerador de
funções, sinal 2.
c) i)
Um período corresponde a 5,4 divisões: . Tomando
como incerteza absoluta metade da menor divisão obtém-se
,

a que corresponde uma incerteza relativa de .

ii) A frequência é o inverso do período: .

O erro é o desvio do valor experimental em relação ao valor exato: ( ) .


iii) Sendo o sinal sinusoidal, a tensão, varia com o tempo, de acordo com uma expressão
do tipo ( ) em que é o valor máximo da tensão e é a frequência
angular.
A tensão máxima corresponde a 3,3 divisões no eixo das ordenadas:
.
A frequência angular é , assim, a
expressão ( ) é ( ) (SI).

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d) i) A equação da reta de ajuste do gráfico do aumento da distância, entre o microfone e o


altifalante, em metros, em função do tempo, que o sinal sonoro demora a percorrer
esse acréscimo de distância, em segundos, é (SI).

O declive da reta é a velocidade de propagação do som no ar: .

ii) A distância mínima para um novo alinhamento corresponde à periodicidade da onda no espaço,
isto é, ao comprimento de onda .
| |
e) O erro relativo, expresso em percentagem, é , por defeito,
dado que o valor experimental é inferior ao tabelado.

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Grelha de Avaliação da Atividade Laboratorial 2.2


94

AL 2.2 Velocidade de propagação do som


Aprendizagens e Pré-laboratoriais Laboratoriais Pós-laboratoriais Global
AP
N.o Questões 1a. 1b. 2. 3a. 3b. 1. 2. 3. 1. 2.
Nome
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AP - Aprendizagens do tipo processual, a decidir avaliar entre as indicadas no Programa.

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Atividade Laboratorial 3.1


Ondas: absorção, reflexão, refração e reflexão total
Que materiais refletem melhor a luz? E que materiais refratam mais a luz?
Como determinar as grandezas que caracterizam esses fenómenos?

Objetivo geral: Investigar os fenómenos de absorção, reflexão, refração e reflexão total,


determinar o índice de refração de um meio em relação ao ar e prever o ângulo crítico.
Sugestões Metas Curriculares
A atividade pode fazer-se com luz visível ou outra, mas, 1. Avaliar a capacidade refletora
em qualquer caso, os alunos devem compreender que os e a transparência de diversos materiais
fenómenos são comuns a qualquer tipo de ondas. quando neles se faz incidir luz
Estudar o comportamento da luz na presença de e a diminuição da intensidade do feixe ou
diversos materiais (água, vidro, glicerina, plástico, metal a mudança da direção do feixe de luz.
ou acrílico) no que respeita aos fenómenos de absorção, 2. Medir ângulos de incidência e de reflexão,
reflexão, refração e reflexão total. relacionando-os.
Fazer incidir luz em diversos materiais e avaliar a sua 3. Medir ângulos de incidência e de refração.
capacidade refletora, a transparência e a diminuição da 4. Construir o gráfico do seno do ângulo
intensidade do feixe, ou a mudança da direção do feixe de refração em função do seno do ângulo
no novo meio. de incidência, determinar a equação
Medir os ângulos de incidência e de reflexão numa placa da reta de ajuste e, a partir do seu declive,
refletora, relacionando-os. calcular o índice de refração do meio
Medir ângulos de refração para diferentes ângulos de em relação ao ar.
incidência (quatro ou cinco valores diferentes). 5. Prever qual é o ângulo crítico de reflexão
Construir o gráfico do seno do ângulo de refração em total entre o meio e o ar e verificar
função do seno do ângulo de incidência e determinar o o fenómeno da reflexão total para ângulos
índice de refração relativo dos dois meios a partir da de incidência superiores ao ângulo crítico,
equação da reta de regressão. Prever o ângulo crítico de observando o que acontece à luz enviada
reflexão total entre um meio e o ar e verificar o para o interior de uma fibra ótica.
fenómeno da reflexão total para ângulos de incidência 6. Identificar a transparência e o elevado valor
superiores ao ângulo crítico. do índice de refração como propriedades
Observar o que acontece à luz enviada para o interior de da fibra ótica que guiam a luz no seu
uma fibra ótica. interior.

Com se refere no Programa, poderá utilizar-se outro tipo de luz que não a visível, por exemplo
micro-ondas, ou a luz visível de sistemas óticos tradicionais. Contudo, a vulgarização e a
disponibilidade de ponteiros laser, conjugada com o seu preço acessível, e ainda a sua elevada
direcionalidade tornam estes dispositivos cómodos para esta atividade.
Procurando garantir a estabilidade e a manutenção da direcionalidade, um suporte para os
ponteiros laser é conveniente. Transferidores para a medição dos ângulos são também
indispensáveis. Poderão existir sistemas disponíveis na escola, e se não o houver dever-se-á investir
na sua aquisição. Com algum jeito, poder-se-á também construir um sistema para estudo da reflexão
e refração usando ponteiros laser. Certamente se poderão encontrar sugestões desse tipo, como, por
exemplo a depositada na Casa das Ciências por um dos autores desta obra (http://goo.gl/7hk9CE).
Nas respostas à proposta de execução laboratorial do manual Novo 11F, a seguir apresentada,
procurámos também colocar fotografias que ilustram o que se poderá observar mas que também
poderão sugerir ideias de concretização da atividade.

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Questões Pré-Laboratoriais (respostas)


1. 14°. Na figura o feixe de luz que incide no espelho sobrepõe-se sobre o traço que medeia os 70° e
os 80°, nos 75°, mas o feixe do raio refletido parece sobrepor-se sobre os 103°. Os ângulos de
incidência e de reflexão têm a mesma amplitude, ( ) .

2. a) 60° para o ângulo de incidência e 35° para o ângulo de refração.


b) Segundo a Lei de Snell-Descartes

c) Não há desvio quando o ângulo de incidência é de 0°, situação que acontece à luz ao incidir na
superfície de separação acrílico-ar.

3. a) Não há desvio quando o ângulo de incidência é de 0°, situação que acontece à luz ao na
superfície de separação ar-acrílico.
b) Os ângulos de incidência e de reflexão total são ambos de 50°.

c) que é menor do que 50°, por isso para


aquele ângulo há reflexão total.

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Trabalho Laboratorial
1. a) Mostra-se uma fotografia da reflexão observada e os registos dos ângulos.

Ângulo de incidência 10° 20° 30° 40° 50° 60°


Ângulo de reflexão 10° 20° 30° 40° 50° 60°

Os ângulos de incidência são iguais aos ângulos de reflexão.

b) Fez-se incidir o feixe de laser vermelho em diferentes materiais. Nas imagens seguintes
mostra-se o que se observou.

Feixe laser incidindo em superfícies opacas: metalizada, cartolinas branca, verde e vermelha.

Feixe laser incidindo em superfícies de acrílico branca, transparente à luz branca, e


transparentes com tonalidades azul, verde e vermelha. Por trás das placas encontra-se um alvo
branco.

Constata-se que materiais com diferentes superfícies e cores têm comportamentos diferentes
à luz do laser usado.
Em alguns também se verificou que a luz é refletida em diferentes direções, ocorrendo o
fenómeno de difusão. Observando a intensidade do laser no alvo, constata-se que é diferente
a intensidade do feixe que atravessa os diferentes materiais.

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2. a) No que antes se observou, constatou-se que são diferentes as


intensidades da luz que os atravessam, por isso também o será a
luz que neles se refrata. Mostra-se na figura ao lado um feixe de
laser a incidir numa placa de acrílico e a reflexão de parte desse
feixe, assim como o refratado.

b)
Meio 1 – acrílico Meio 2 – ar
Ângulo de incidência Ângulo de refração
10 15
20 31
30 50
35 60
40 75

3. a) Ocorre reflexão total para ângulo maiores do que 42°.

b) Numa extremidade de uma mesma fibra ótica incidiram, sucessivamente, feixes de luz laser
verde e vermelha. Observa-se apenas luz à saída da outra extremidade, como se verifica nas
imagens.

Num pedaço de acrílico transparente, fazendo


de tampa quando colocado na extremidade de
uma mangueira com água, fez-se incidir um
feixe de luz verde, como se mostra na figura
ao lado.

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Questões Pós-Laboratoriais (respostas)


1. O material usado com maior pode refletor foi o que tinha uma superfície metalizada, ou um metal
com uma superfície polida.

2. A 2.a Lei da Reflexão indica que as amplitudes dos ângulos de incidência e de reflexão são iguais.
Na execução experimental verificou-se o que aquela lei indica.

3. Observando as imagens do feixe de luz no alvo, e comparando a luminosidade dos pontos


luminosos, observa-se que, dos materiais transparentes usados (os que transmitem luz) o acrílico
transparente foi o que transmitiu melhor a luz e o acrílico verde o que terá absorvido mais a luz.

4.
Ângulo Ângulo Seno do ângulo Seno do ângulo
de incidência de refração de incidência de refração
15° 10° 0,259 0,174
31° 20° 0,515 0,342
50° 30° 0,766 0,500
60° 35° 0,866 0,574
75° 40° 0,966 0,643

A equação de regressão corresponde a


Com e os ângulos de refração e de incidência, então, o declive da reta é igual ao inverso do
índice de refração do acrílico usado ( ).

5. Para ângulos de incidência superiores a 42° verifica-se que ocorre reflexão total.

6. No interior da mangueira com água ocorre difusão da luz laser, por isso se observa a luz através
das paredes laterais, e a luz apenas ilumina uma zona de cerca de duas dezenas de centímetros, o
que mostra que a absorção de luz é considerável.
Na zona da entrada da luz na fibra ótica observa-se alguma difusão da luz na superfície de apoio
da fibra, mas na fibra ótica não se observa a luz com origem nas paredes laterais e a intensidade
da luz que entra numa extremidade parece ser a mesma que sai na outra extremidade. Não se
deteta qualquer difusão e a eventual absorção de luz é desprezável na fibra usada.

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Questões Complementares
1. Numa atividade laboratorial, colocou-se uma placa semicircular de acrílico numa plataforma
circular com uma escala angular de a , como se mostra na figura: a placa foi colocada sobre
a plataforma coincidindo o centro da sua face plana com o centro da plataforma circular. A
plataforma pode rodar em torno do seu centro.
Um feixe de luz laser, de comprimento de onda no ar igual a 650 nm, incide na face plana da
lente, exatamente no centro dessa face. Na figura surge desenhado o trajeto do feixe no ar, no
acrílico e depois novamente no ar.
Os alunos mediram o ângulo de incidência, da luz na superfície de separação ar-acrílico e o
ângulo, , entre o feixe de luz que sai do acrílico para o ar, na face semicircular, e a normal à
face plana da placa.
Ao rodarem a plataforma, mantendo o laser na mesma posição, obtiveram vários valores para os
ângulos e que se reproduzem na tabela. Nessa tabela também se apresentam os valores
calculados para os respetivos senos.

10,0 7,0 0,1737 0,1219

20,0 13,5 0,3420 0,2335

30,0 18,5 0,5000 0,3173

40,0 26,0 0,6428 0,4384

50,0 31,0 0,7660 0,5150

60,0 36,5 0,8660 0,5948

a) Na face plana da placa, o feixe de luz refrata-se aproximando-se da normal, portanto o índice
de refração do acrílico é…
(A) maior do que o do ar e a velocidade da luz no acrílico é maior do que no ar.
(B) maior do que o do ar e a velocidade da luz no acrílico é menor do que no ar.
(C) menor do que o do ar e a velocidade da luz no acrílico é maior do que no ar.
(D) menor do que o do ar e a velocidade da luz no acrílico é menor do que no ar.
b) Quando o feixe de luz incide na face plana da placa com um ângulo de incidência
de , parte da luz é refletida nessa superfície.
A amplitude do ângulo entre o feixe de luz refletida e a superfície plana da placa é…
(A) . (B) . (C) . (D) .

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c) Por que razão o feixe de luz incidente na superfície de separação acrílico-ar e o feixe de luz
transmitido para o ar têm a mesma direção?
d) O feixe de luz que incide na superfície de separação ar-acrílico…
(A) sofre reflexão total se o ângulo de incidência for de .
(B) sofre reflexão total se o ângulo de incidência for de .
(C) nunca sofre reflexão total pois o ar é mais refringente do que o acrílico.
(D) nunca sofre reflexão total pois o ar é menos refringente do que o acrílico.
e) Designando por , e , as energias dos feixes de luz incidente na superfície de separação
ar-acrílico, incidente na superfície de separação acrílico-ar e refratado nesta superfície,
respetivamente, pode afirmar-se que…
(A)
(B)
(C)
(D)
f) A partir dos dados obtidos na refração da luz na superfície de separação ar-acrílico, determine
o valor mais provável do índice de refração do acrílico em relação ao ar.
Utilize as potencialidades da máquina de calcular gráfica para construir o gráfico que
considerar mais adequado e proceder à análise estatística pertinente.
g) Consultando o valor tabelado do índice de refração do acrílico para a frequência da luz
utilizada nesta experiência, concluiu-se que o erro relativo, expresso em percentagem, do
valor experimental deste índice de refração é 1,4% por defeito.
Determine qual deverá ser o valor tabelado do índice de refração do acrílico para a frequência
da luz utilizada.
Considere que o índice de refração do ar para a frequência utilizada é 1,000.

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Respostas às Questões Complementares


1. a) (B)
Na refração quando o ângulo entre o feixe de luz e a normal à superfície de separação entre os
meios diminui, o índice de refração do segundo meio, , aumenta. O índice de refração de um
meio, em que é a velocidade de propagação da luz no vácuo, é inversamente
proporcional à velocidade de propagação da luz nesse meio, , assim, se aumenta então
diminui.
b) (B)
Na reflexão o ângulo de incidência é igual ao de reflexão, ângulo entre o feixe de luz refletida e
a normal à face plana da placa, assim este ângulo será também de . Logo, o ângulo que o
feixe de luz refletida faz com a superfície plana da placa será o complementar, .
c) O feixe de luz incidente na superfície de separação acrílico-ar propaga-se segundo uma direção
radial da placa, fazendo, por isso, um ângulo de com a normal a esta superfície (ângulo de
incidência). Sendo o ângulo de incidência nessa superfície , o de refração também é :
, portanto, não há mudança de direção da
propagação da luz.
d) (D)
A reflexão total só pode ocorrer se o índice de refração do meio para o qual a luz se refrataria
for menor do que o índice de refração do meio onde se propaga o feixe de luz incidente.
Como o índice de refração do acrílico é maior do que o do ar não pode ocorrer reflexão total,
isto é, o ar é menos refringente (o índice de refração do ar é menor).
e) (A)
Durante a propagação da luz há sempre alguma absorção da luz pelo meio, o que faz diminuir
continuamente a energia do feixe de luz. Além disso, na fronteira de separação entre os meios
ocorre também reflexão, o que contribui, adicionalmente, para a diminuição da energia do
feixe de luz refratada em relação ao feixe de luz incidente.

f) Como em que
representa o índice de refração do acrílico em relação ao ar (característica constante do meio
para a frequência considerada), prevê-se que seja diretamente proporcional a .
A reta de ajuste ao gráfico de dispersão de
em função de é
. O índice de refração
do acrílico em relação ao ar corresponde ao
declive deste gráfico: .
g) Como o índice de refração do ar é 1,000, o valor
experimental do índice de refração do acrílico é
1,46.
Como o valor experimental tem um erro de 1,4%,
por defeito, segue-se que o valor experimental é
98,6% do valor tabelado:

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Grelha de Avaliação da Atividade Laboratorial 3.1

AL 3.1 Ondas: absorção, reflexão, refração e reflexão total


Pré-laboratoriais Laboratoriais Pós-laboratoriais Global
Aprendizagens e
1. 2. 2. 2. 3. 3. 3. 1. 2. 2. AP 1. 2. 3. 4. 5. 6.
N.o Questões
a b c a b c a b
Nome
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AP - Aprendizagens do tipo processual, a decidir avaliar entre as indicadas no Programa.


103

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Atividade Laboratorial 3.2


Comprimento de onda e difração
Como se poderá medir a distância entre dois átomos vizinhos num cristal?

Objetivo geral: Investigar o fenómeno da difração e determinar o comprimento de onda da luz de


um laser.
Sugestões Metas Curriculares
Ligar um laser e observar num alvo um ponto intensamente 1. Identificar o fenómeno da
iluminado. difração a partir da observação
Apontar o feixe perpendicularmente para uma fenda de abertura das variações de forma da zona
variável e, iniciando com a abertura máxima, investigar no alvo as iluminada de um alvo com luz de
variações na forma da zona iluminada quando se vai fechando a um laser, relacionando-as com a
fenda. dimensão da fenda por onde
Investigar também o efeito de intercalar fendas múltiplas entre o passa a luz.
feixe e o alvo, sucessivamente de número crescente. 2. Concluir que os pontos luminosos
Concluir que os pontos luminosos observados resultam da difração observados resultam da difração
e aparecem mais espaçados com o aumento do número de fendas. e aparecem mais espaçados
se se aumentar o número de
Usando uma rede de difração de característica conhecida (300 a
fendas por unidade de
600 linhas/mm), calcular a distância entre duas fendas
comprimento.
consecutivas, d, e determinar o comprimento de onda da luz laser
a partir da expressão (sendo n a ordem do máximo e 3. Determinar o comprimento
de onda da luz do laser.
o ângulo entre a direção perpendicular à rede e a direção da
linha que passa pelo ponto luminoso e pelo ponto de incidência do 4. Justificar o uso de redes
feixe na rede de difração). de difração em espetroscopia,
por exemplo na identificação de
Os alunos devem ser alertados para os cuidados a ter com a luz
elementos químicos, com base
laser.
na dispersão da luz policromática
Pode também usar-se a rede de difração com luz policromática (luz que elas originam.
branca) ou com luz LED (por exemplo, com LED vermelho, verde e
azul), evidenciando assim o fenómeno da difração e o seu uso em
espetroscopia.

Nesta atividade pretende-se que os alunos identifiquem padrões de difração de forma qualitativa,
e que relacionem a difração com o tamanho do objetos e com o comprimento de onda. Apenas se
utiliza uma relação quantitativa para as redes de difração (dispositivo com múltiplas fendas ou
ranhuras paralelas, equidistantes e com a mesma largura) com a finalidade se determinar o
comprimento de onda de uma luz monocromática.
Recorda-se a seguir alguns conceitos relevantes sobre difração.
Chama-se difração ao desvio na direção de propagação de uma onda quando um obstáculo surge
na frente de onda. Assim, há difração quando a fase ou a amplitude de parte da frente de onda se
altera, após a interação com obstáculos e fendas. O obstáculo é um objeto que bloqueia uma fração
da frente de onda, e uma fenda só permite a passagem de uma fração da frente de onda.
Usualmente os efeitos da difração são diminutos, todavia, em qualquer dos casos, o fenómeno é
observável quando o obstáculo tiver dimensões que se aproximem do comprimento de onda.
Os fenómenos da difração e da interferência são exclusivos das ondas e têm uma base conceptual
comum, pois abordam diferentes aspetos do mesmo processo. Geralmente, considera-se difração
quando há sobreposição de um número elevado de ondas num certo ponto do espaço e
interferências para um número reduzido de ondas num certo ponto do espaço. O seu estudo permite
uma maior e melhor conceptualização do conceito de onda, e permite compreender um conjunto

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vasto de fenómenos do dia a dia, pois para uma onda haverá sempre parte da frente de onda que
poderá ser alterada. Assim, considerando o princípio de Huygens-Fresnel (de que cada ponto da
frente de onda não obstruída constitui, em qualquer instante, uma fonte de ondas esféricas
secundárias -com igual frequência- e que a amplitude em qualquer ponto do espaço é dada pela
sobreposição de todas essas ondas) a difração pode ser entendida como resultado da interferência
das ondas que passam o obstáculo.
No estudo da difração, de acordo com as condições geométricas, é costume dividir-se em difração
em dois regimes, o geral de difração de Fresnel e o de difração de Fraunhofer.
A difração de Fraunhofer, conhecida como de campo longínquo, ocorre em condições
particulares, tais que se podem supor paralelos os raios de onda incidentes nos objetos, e que a
observação dos padrões de difração se faz a uma distância suficientemente grande que permita
considerar os raios de onda, na superfície onde são observados, também paralelos. Em condições
mais gerais, quando os raios de onda incidentes no objeto ou na superfície de observação não são
paralelos, tem-se difração de Fresnel, conhecida como de campo próximo e de tratamento
matemático mais complexo.
O regime da difração de Fraunhofer é satisfeito quando se
verificar a relação , com o comprimento de onda, o raio
da maior dimensão da abertura (ou do obstáculo) e a menor das
distâncias da fonte de ondas ao obstáculo e do obstáculo ao
ponto de observação.
Um feixe de luz que incide numa rede é difratado e os raios
provenientes das diversas fendas da rede de difração interferem
formando uma figura que apresenta máximos de intensidade em
diversas posições sempre que a diferença de caminho ótico
( , em que é o ângulo entre a direção do feixe incidente
na rede e a do feixe difratado) entre os raios provenientes de duas
fendas adjacentes, distantes entre si, for igual a um número
inteiro de comprimentos de onda .
Assim, ocorrem máximos de intensidade quando , onde é o ângulo de difração
para o máximo de ordem n (n = 0, 1, 2,...). Esta equação é válida apenas quando os raios incidem
perpendicularmente à rede e desde que os raios difratados possam ser considerados paralelos
(difração de Fraunhofer).
A posição dos máximos de intensidade depende do comprimento de onda, assim a utilização da
rede de difração com luz policromática (luz branca) permite evidenciar o uso do fenómeno da
difração em espetroscopia.
O laser emite com elevada direcionalidade e nesta atividade não há preocupação de o ter muito
afastado das fendas para que o regime seja o longínquo. No entanto, para os leds convém colocá-los
a alguns centímetros da rede de difração e que a sua luz seja conduzida por um túnel, feito, por
exemplo com cartolina preta. A luz dos leds deve também passar por uma fenda estreita para se
aumentar a resolução. Note-se que se aumenta a resolução se a fenda for mais estreita, mas, ao
estreitar-se a fenda é menor a intensidade da luz que se pode observar. Este é motivo principal para
que os leds usados sejam de alto brilho.

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A corrente elétrica nos leds tem de ser limitada, para isso pode, por exemplo, usar-se uma
resistência de 470  em série com uma pilha de 9 V. É também conveniente arranjar um suporte
para os leds. Por exemplo com placas rígidas em que façam furos com o diâmetro dos leds.
As figuras ao lado mostram
uma possível solução prática.

Uma possível fenda de abertura variável é a que se mostra na figura ao


lado, apoiada num suporte. Embora para o efeito pretendido também se
possam construir com materiais simples.

O laser deve estar num suporte ou, por exemplo, utilizando um ponteiro
laser pode arranjar-se um suporte como o da figura em baixo.

Nas imagens inseridas nas respostas à execução laboratorial pode observar-se um dispositivo com
os requisitos indicados.

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Questões Pré-Laboratoriais (respostas)


1. Quando uma onda é obstruída, podendo apenas continuar a propagar-se por uma fenda com
dimensões próximas do seu comprimento de onda, ocorre difração. Na difração ocorre
espalhamento da onda, e a zona iluminada, inicialmente um ponto luminoso quando a fenda era
muito larga, alarga-se para cada um dos lados do ponto inicial na direção do estreitamento da
fenda. Poderão também aparecer zonas iluminadas intercaladas com zonas sem qualquer luz.

2. A relação permite calcular o comprimento de onda. Para o máximo de primeira


ordem n= 1, e como , então
.

3. a) O espaçamento entre fendas é .

b) A relação que permite calcular o comprimento de onda é . Para o máximo de


primeira ordem tem-se n= 1. Da geometria da figura retira-se que √
. Então,


.

c)
√ √
| |
O erro percentual é (por excesso).

d) √ √


( )
e) Com a diminuição do espaçamento entre fendas os pontos luminosos (máximos de ordem n)
ficam mais afastados, então será de prever que a diminuição do número de fendas por
milímetro aproxime os pontos luminosos que se observam. A difração fica menos acentuada.

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Trabalho Laboratorial
1. a) Apresenta-se a seguir uma sequência de imagens obtidas quando se foi estreitando uma
fenda. Da esquerda para a direita as imagens foram obtidas com fendas cada vez mais
estreitas.

Observa-se inicialmente um ponto que depois vai alargando na horizontal; também começam
a aparecer zonas escuras intercaladas com zonas iluminadas e aumenta o espaçamento estre
elas.
b) Apresenta-se a seguir uma sequência de imagens obtidas quando se foi aumentando o número
de fendas, mantendo a distância do alvo à fenda.

Observa-se que a parte iluminada vai alargando na horizontal e aumenta o espaçamento entre
zonas escuras e iluminadas.
c) Quando se coloca um cabelo em frente ao feixe laser observa-se um padrão semelhante ao
obtido com uma fenda.

2. a) Rede de difração com 300 linhas por milímetro. O espaçamento entre duas fendas
consecutivas é .

b) As figuras seguintes mostram o que obteve quando o laser incidiu na rede de difração
colocada, respetivamente, a 14,0 cm e a 6,0 cm do alvo.

Quando a rede se afasta do alvo os pontos luminosos ficam mais afastados, e também se
verifica que quanto mais próximos do centro mais intensos eles se mostram. Para os das
extremidades a luminosidade fica mais ténue.
c) Quando a rede de difração estava a 14,0 cm do alvo, a distância entre os máximos de primeira
ordem era (12,8 -7,2) cm = 5,6 cm.
d) Para a rede de difração de 600 linhas por milímetro, quando colocada 14,0 cm do alvo, a
distância entre os máximos de primeira ordem era (18,8 -6,8) cm = 6,0 cm.
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e) A seguir mostram-se fotografias de montagens e registos do padrão observado quando a rede


de difração de 600 linhas por milímetro se encontrava a 6,0 cm do alvo (figura menor) e a 8,0 cm
do alvo (figura mais escura).

3. Com o led branco observa-se uma zona central branca e em torna dessa zona, de cada um dos
lados, o espetro da luz branca. A figura seguinte mostra o registado.

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Questões Pós-Laboratoriais (respostas)


1. Quando o feixe de luz passou pela fenda de abertura variável e se foi fechando a abertura, o
ponto luminoso foi ficando progressivamente alargado na horizontal. Também apareceram
intercaladas zonas iluminadas e zonas escuras.
Com a interposição do cabelo em frente do feixe laser também se observou um padrão
semelhante ao de uma fenda pouco aberta.
O que se observou esteve de acordo com o indicado no manual para o fenómeno da difração.

2. Como referido, quando se foi se foi fechando a abertura, o ponto luminoso foi ficando
progressivamente alargado na horizontal e também apareceram intercaladas zonas iluminadas e
zonas escuras.
Com as fendas múltiplas observou-se que as zonas iluminadas e escuras ficavam mais afastadas
quando se aumentou o número de fendas.

3. Mediu-se a distância entre dois máximos de primeira ordem e não a distância entre o máximo
central e um máximo de primeira ordem para minimizar erros. Ao medir-se uma distância maior
diminui-se a incerteza relativa na medida.
Em alguns casos, por descuido na montagem, o alvo ou a rede não ficam bem perpendiculares ao
feixe e, quando isso acontece, um dos máximos da mesma ordem fica mais afastado do máximo
central. Assim, ao medir-se apenas a distância de um deles ao máximo central aumentaria os
erros.

4. Para a rede de 300 linhas por milímetro:


| |
o erro percentual é (por excesso).

Para a rede de 600 linhas por milímetro:


| |
o erro percentual é = (por excesso).

Ambas as medidas apresentam uma elevada exatidão em relação ao valor indicado pelo
fabricante, sendo a primeira, obtida com a rede de 300 linhas por milímetro, um pouco mais
exata.
Acrescenta-se que no valor indicado pelo fabricante deveria existir a indicação de uma incerteza
no valor.

110 Editável e fotocopiável © Texto | Novo 11F

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5. A distância entre os máximos de primeira ordem é:


Para a distância de 6,0 cm: (14,7 -11,0) cm = 3,7 cm .

Para a distância de 8,0 cm: (17,7 -13,0) cm = 4,7 cm .


A indicação do fabricante para o led azul é 470 nm.

6. Com o led azul observavam-se duas zonas azuis de cada lado da zona central iluminada também
com azul. Com o led branco observavam-se três zonas coloridas, uma azul, uma mais verde e
amarelada e outra mais avermelhada. O led branco emite num intervalo de frequências muito
maior do que o do led azul.

7. Quando excitados, os elementos químicos podem emitir luz com fotões de diferentes energias, a
que correspondem diferentes comprimentos de onda.
Como os ângulos de difração dependem dos comprimentos de onda, ao fazer-se incidir a luz
emitida pelos elementos químicos na rede de difração os fotões de frequências diferentes serão
enviados para diferentes ângulos. Ao observar-se essa luz observa-se a discriminação que ocorre
para as diferentes frequências, as quais se podem medir e assim calcular a energia dos diferentes
fotões emitidos pelos átomos.

8. Num cristal os átomos estão dispostos regularmente e esse cristal pode funcionar como rede de
difração. No cristal os átomos dispõem-se segundo camadas, numa rede cristalina, e a ordem de
grandeza do espaçamento entre átomos é , ora um comprimento de onda desta ordem
de grandeza situa-se na região dos raios X do espectro eletromagnético ( do raios X situa-se de
a ).

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Questões Complementares
1. Um feixe laser incide sobre um conjunto de aberturas de reduzida dimensão, e num alvo a uma
certa distância é observado um padrão de luz resultante da sobreposição das múltiplas ondas
provenientes das aberturas.
A lei que relaciona o conjunto de aberturas (rede) com a localização, no alvo, das manchas de luz
correspondentes à soma construtiva das ondas é dada por:


onde corresponde ao espaçamento entre as fendas, é o comprimento de onda da luz laser,
identifica a mancha de luz observada no alvo relativamente ao ponto central, é a
distância da mancha de luz no alvo relativamente ao ponto central ( ), é o ângulo de desvio
correspondente à posição da mancha de luz em relação à direção inicial do feixe, e a distância
entre a rede e o alvo.
Pretende medir-se o comprimento de onda emitido pelo apontador laser, utilizando para tal uma
rede de difração 400 linhas por milímetro. Montou-se o sistema de acordo com o esquema da
figura:

a) Para 5 distâncias, rede-alvo diferentes, determinou-se a distância entre os máximos de


adjacentes ao máximo central ( ).

Para estes máximos mostra-se que .

Os valores medidos de e de foram registados numa tabela, assim como os de e de .

1,00 1,50 2,00 2,50 3,00


0,56 0,85 1,16 1,38 1,70
1,00 2,25 4,00 6,25 9,00
0,0784 0,181 0,336 0,476 0,723

Determine o comprimento de onda do laser, , a partir do gráfico de ( ).


b) Qual é a vantagem de determinar a partir do gráfico, por comparação com o cálculo de
com uma única medida?

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c) O valor do comprimento de onda do laser indicado pelo fabricante é nm.


i) O valor experimental do comprimento de onda obtido por um outro grupo de alunos foi
m. O erro absoluto na determinação do comprimento de onda foi…
(A) 663 nm. (B) m. (C) 2,1%. (D) .
a a
ii) Determine o ângulo que se prevê existir entre a direção dos máximos de 1. e de 2. ordem
d) Os alunos observaram diretamente a luz transmitida pela rede de difração quando iluminada
por um led «branco» (disponível no apontador laser).
Preveja, justificando, o que se observa em diferentes ângulos.
e) Numa outra experiência os alunos utilizaram uma rede de difração com o dobro das linhas por
milímetro, mantendo o mesmo laser assim como a distância da rede ao alvo.
Verificaram que os máximos…
(A) de 1.a e de 2.a ordens ficaram mais distantes do máximo central.
(B) de 1.a e de 2.a ordens ficaram mais próximos do máximo central.
(C) de 1.a ordem se aproximaram do máximo central, mas os de 2.a ordem se afastaram.
(D) de 1.a ordem se afastaram do máximo central, mas os de 2.a ordem se aproximaram.

Adaptado de Olimpíadas de Física, 2012, Etapa Regional, Escalão B

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Respostas às Questões Complementares


1. a) A equação da reta de ajuste ao gráfico de dispersão de (quadrado da distância, medida no alvo,
entre o máximo de ordem 1 e o de ordem 0) em função de (quadrado da distância entre a rede
e o alvo) é (com as ordenadas e as abcissas em dm2).

O declive da reta é em que é o espaçamento entre as fendas e o comprimento


de onda; resolvendo esta equação em ordem a obtém-se

√ √ .

b) Com uma só medição é provável que o resultado obtido venha afetado de um maio erro.
Quanto maior for o número de medições maior a probabilidade de os erros aleatórios se
cancelarem, aproximando-se o resultado obtido do valor verdadeiro.
c)
i) (B)
O erro absoluto é o desvio do valor experimental em relação ao valor verdadeiro, logo o
erro absoluto é ( ) m.

O erro percentual seria .

ii) A posição angular dos máximos de 1.ae de 2.a ordem pode calcular-se a partir da relação

, para e , respetivamente.

Assim, para os máximos de 1.a ordem obtém-se


,
e para os de 2.a ordem .

Assim, o ângulo entre a direção dos máximos de 1.a e de 2.a ordem é


( ) .

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b) Prevê-se que ocorra dispersão da luz, observando-se, assim, o espetro da luz branca.
Os ângulos de difração dependem do comprimento de onda da luz. Portanto, os máximos
correspondentes à difração da luz de diferentes cores apresentarão desvios diferentes, o que
origina a separação da luz branca nas diferentes cores.
c) (A)
Aumentando o número de linhas por milímetro, diminui a distância entre as fendas, daí
aumentar as distâncias entre máximos consecutivos: .

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Grelha de Avaliação da Atividade Laboratorial 3.2


116

AL 3.2 Comprimento de onda e difração


Pré-laboratoriais Laboratoriais Pós-laboratoriais Global
Aprendizagens e
o Questões 3. 3. 3. 3. 3. 1. 1. 1. 2. 2. 2. 2. 2. AP
N. 1. 2.
a b c d e a b c a b c d e
3. 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8.
Nome
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AP - Aprendizagens do tipo processual, a decidir avaliar entre as indicadas no Programa.

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