Objetivo geral: Determinar a aceleração da gravidade num movimento de queda livre e verificar se
depende da massa dos corpos.
Sugestões Metas Curriculares
1. Medir tempos e determinar
Fazer uma montagem de forma a calcular a aceleração da
velocidades num movimento
queda de um corpo, usando o conceito de aceleração média,
de queda.
admitindo que a aceleração é constante.
2. Fundamentar o procedimento
Para simplificar a execução laboratorial, pode considerar-se o
da determinação de uma velocidade
intervalo de tempo entre o instante em que o corpo é largado
com uma célula fotoelétrica.
e o instante em que atinge uma posição mais baixa da
trajetória, de modo a medir apenas uma velocidade (a 3. Determinar a aceleração num
velocidade final). movimento de queda (medição
indireta), a partir da definição
Repetir o movimento de queda, medindo três valores para o
de aceleração média, e compará-la
tempo de queda, e determinar o valor mais provável deste
com o valor tabelado para a
tempo para efetuar o cálculo da velocidade.
aceleração da gravidade.
Os alunos devem distinguir o intervalo de tempo que decorre
4. Avaliar a exatidão do resultado
quando o corpo passa pela fotocélula, cujo valor é necessário
e calcular o erro percentual,
para a determinação da velocidade, e o intervalo de tempo
supondo uma queda livre.
que decorre entre duas posições na trajetória.
5. Concluir que, na queda livre,
Grupos diferentes podem usar corpos de massas diferentes
corpos com massas diferentes
para compararem resultados.
experimentam a mesma aceleração.
Do gráfico pode concluir-se que quanto menor for a distância entre o ponto de queda e a
fotocélula, mais afastada ficará a velocidade medida do valor que deveria ter no instante
considerado. Igualmente se observa que quanto mais afastada ficar, menor será o intervalo de
tempo de passagem, o que exige maior sensibilidade do sistema de medida.
Note-se que não sugerimos que a análise gráfica que aqui fazemos seja, necessariamente,
abordada com os alunos.
O corpo a largar e o processo de largada estão relacionados. Por exemplo, se na largada do corpo
se usar um eletroíman, ligado a uma fonte de alimentação com interruptor, o corpo, esfera ou placa,
deverá ser ou ter uma parte de um material ferromagnético. Naturalmente que o corpo pode ser de
outro material e para a largada pode usar-se outro processo.
Ao utilizar-se uma esfera, é necessário ter o cuidado de que seja
o diâmetro da esfera a cortar o feixe de luz da célula fotoelétrica. Se
o diâmetro da esfera não estiver alinhado com o feixe de luz, o feixe
é interrompido por um tempo menor do que o que seria se
tivéssemos o diâmetro alinhado. Como não se sabe exatamente
a) alinhado b) não alinhado
qual a espessura do corpo que corta o feixe, e se continua a admitir
que é o diâmetro, vão calcular-se velocidades maiores e, como
resultado disso, a aceleração determinada será maior do que se
houvesse alinhamento.
Embora seja mais fácil alinhar uma placa retangular com
o feixe de luz da célula fotoelétrica, o seu uso também não
está isento de erros semelhantes aos referidos para a
esfera. De facto, se no movimento de queda a placa tiver
um ligeiro movimento de rotação, o comprimento da parte
da placa que vai interromper o feixe será maior do que a
sua largura. Neste caso, a tendência será a inversa da
verificada com o referido para a esfera. a) queda sem rotação b) queda com rotação
Se a velocidade inicial não for nula, mas se isso for admitido, no gráfico da esquerda, a tracejado,
mostra-se as conclusões que se podem obter. Como o intervalo de tempo é menor, e a distância é a
mesma – área no gráfico v(t) –, o declive da reta assim obtida deverá ser maior do que o que se
obteria se o corpo fosse largado imediatamente antes de cortar o feixe. Assim, será de esperar que a
aceleração medida seja maior do que a real.
Apesar do Programa sugerir uma simplificação da execução laboratorial, a atividade laboratorial
pode ser implementada com um processo alternativo, desde que com ele as Metas Curriculares
definidas sejam alcançadas. Naturalmente que as opções a tomar estarão também condicionadas
pelos equipamentos disponíveis. Por exemplo, se a escola possuir sistemas de aquisição de dados
com memórias, estarão disponíveis recursos que não deverão deixar de ser explorados
pedagogicamente. Todos os recursos e processos usados terão algumas vantagens e limitações.
Numa possível alternativa ao sugerido no Programa, com um sistema de aquisição de dados com
memória, os intervalos de tempo são guardados e o processo de aquisição simplifica-se. A seguir
indicamos uma possível alternativa com o sistema de aquisição da Texas Instruments.
Ligando apenas uma fotocélula (photogate) ao LabCradle com a máquina
TI-Nspire acoplada, há que configurar a aquisição.
Como se usa apenas uma fotocélula, o corpo que se deixa cair é uma placa de
policarbonato (pintada de preto) com a forma indicada na figura. À parte superior
adaptou-se um pedaço de ferro, para que se possa usar um eletroíman para a
largada, e as tiras A e B têm exatamente a mesma espessura.
São as tiras A e B que vão sucessivamente interromper o feixe de luz. Em vez
de duas fotocélulas usa-se apenas uma que é interrompida duas vezes por igual
espessura de duas partes do mesmo corpo em queda livre.
Nas partes laterais da placa, e de forma que fique equilibrada, podem colocar-se
pequenas massas para variar a massa total.
O sistema configura-se para recolher os instantes em que o feixe é interrompido, reposto, e os
intervalos de tempo de interrupção. Faz ainda cálculos de velocidades. A figura ao lado ilustra uma
montagem de um dispositivo experimental usado.
Dão-se, a seguir, algumas indicações de execução.
Com a máquina TI-Nspire acoplada ao LabCradle, ligar a fotocélula (photogate) e acionar a
aplicação DataQuest. Normalmente, o sistema deteta o sensor acoplado.
; ;
; ;
Na tabela seguinte foram registados os valores correspondentes à queda da placa em três ensaios
realizados sempre nas mesmas condições.
; ;
2. a)
3. Uma célula fotoelétrica pode acionar o cronómetro digital quando o feixe de luz entre as suas
hastes é interrompido ou resposto. Se um corpo atravessar o feixe de luz da célula fotoelétrica, o
cronómetro mede o intervalo de tempo que a espessura do corpo demora a passar sobre esse
feixe. Por isso, pode calcular-se a velocidade média do corpo pelo quociente entre a espessura do
corpo e esse intervalo de tempo. Esta velocidade média aproxima-se tanto mais da velocidade
num instante, quanto menor for intervalo de tempo que o corpo demora a atravessar o feixe de
luz.
4. Mede-se o intervalo de tempo que a esfera demora a percorrer a distância entre as duas
fotocélulas e determinam-se as velocidades com que a esfera atravessa as fotocélulas 1 e 2,
medindo os tempos de passagem e o diâmetro da esfera. Pode calcular-se a aceleração da esfera,
que é a aceleração da gravidade, pelo quociente entre a variação de velocidade e o intervalo de
tempo que a esfera demora a ter essa variação de velocidade (intervalo de tempo que levou a
percorrer a distância entre as duas fotocélulas).
Trabalho Laboratorial
1. Medida do diâmetro com uma craveira:
ℓ1 = (0,02050 ± 0,00005) m
ℓ2 = (0,01530 ± 0,00005) m
2. Se a esfera tiver uma velocidade nula na posição inicial, a vantagem é a de apenas ter de se
determinar a velocidade final, em vez de se determinarem duas velocidades.
7,171 5,807
7,109 7,222 2,839 5,868 5,792 2,641
7,385 5,782
b)
Esfera A Esfera A
Tempo de queda Tempo de queda
Aceleração Aceleração
até à fotocélula até à fotocélula
261,48 263,13
261,69 261,41 10,86 262,87 263,00 10,04
261,06 263,01
2. As medidas diretas são as obtidas com a craveira (diâmetro da esfera) e com o cronómetro digital
(tempo de passagem da esfera em frente à fotocélula 2, e tempo que a esfera demorou a
percorrer a distância da fotocélula 1 à 2). As medidas indiretas são a velocidade e a aceleração.
4. Os valores obtidos para a aceleração gravítica com as duas esferas são muito próximos. Com
ambas as esferas obteve-se um valor maior do que o da aceleração da gravidade. As diferenças
poderão resultar de erros experimentais.
O resultado mais exato é o que apresentar menor erro percentual. Logo, o valor medido para a
esfera de menor raio foi mais exato.
6. a) ̅̅̅
b)
Diâmetro
de passagem na célula 2 entre as duas
da esfera / m s-1 / m s-2
(±0,1) / ms células (±0,1) / ms
(±0,05) / mm
8,4 223,7
19,27 8,9 8,6 225,2 223,1 2,2 10
8,5 220,5
As precisões de cada um dos aparelhos de medida utilizados foram diferentes. Por isso, as
medidas efetuadas não têm o mesmo número de algarismos significativos.
O arredondamento da medida com mais algarismos significativos, ficando ambas com o
mesmo número de algarismos significativos, conduz a valores de medidas iguais. Logo, têm
igual exatidão.
7. A esfera de maior raio tinha uma massa mais de duas vezes maior do que a mais pequena. Porém,
os valores encontrados para as acelerações das duas esferas são muito próximos, sendo que as
diferenças verificadas resultarão de erros e de incertezas nas medidas efetuadas. Então, pode
concluir-se que a aceleração de queda livre não depende da massa. Logo, os amigos teriam a
mesma aceleração de queda.
Questões Complementares
1. Para investigar se o valor da aceleração da gravidade depende da massa dos corpos em queda
livre, um grupo de alunos usou duas células fotoelétricas, X e Y, separadas entre si por uma
distância, , constante, e ligadas a um cronómetro digital e três esferas maciças de um mesmo
material mas com diâmetros diferentes. A figura em baixo representa um esquema da montagem
utilizada.
Os alunos começaram por medir, com uma craveira, o diâmetro, , de cada uma das esferas.
Realizaram, seguidamente, diversos ensaios para determinar:
– o tempo que cada esfera demora a percorrer a distância, D, entre as fotocélulas X e Y,
;
– o tempo que cada esfera demora a passar em frente à célula Y, .
Tiveram o cuidado de largar cada esfera sempre da mesma posição inicial, situada imediatamente
acima da célula X, usando um eletroíman, de modo a poderem considerar nula a velocidade da
esfera nessa célula ( ).
a) Selecione a expressão que permite calcular um valor aproximado do módulo da velocidade, ,
com que cada esfera passa na célula Y.
b) (A)
Se a distância, , aumentar, a esfera deverá demorar mais tempo para a percorrer, o que
implica que adquira maior velocidade, visto que se move com aceleração constante. Se passar
em frente à célula Y com maior velocidade, irá percorrer uma distância igual ao seu diâmetro
em menos tempo. Ora, este é o intervalo de tempo, .
c) i) Após terem percorrido a mesma distância, partindo do repouso, as velocidades com que as
três esferas, de massas diferentes, passam na célula Y são aproximadamente iguais.
Como, partindo do repouso, as variações de velocidade das três esferas são
aproximadamente iguais para a mesma distância percorrida, prevê-se que o tempo
necessário para percorrer essa distância seja também o mesmo. Logo, as suas acelerações
são aproximadamente iguais.
Portanto, prevê-se que a aceleração de um corpo em queda livre, aceleração gravítica, não
dependa da massa do corpo.
ii) O valor mais provável do tempo que a esfera demora a percorrer a distância entre as
células X e Y é:
.
Objetivo geral: Identificar forças que atuam sobre um corpo, que se move em linha reta num
plano horizontal, e investigar o seu movimento quando sujeito a uma resultante de forças não
nula e nula.
Sugestões Metas Curriculares
Fazer uma montagem com um carrinho, que se mova 1. Identificar as forças que atuam sobre um
sobre um plano horizontal, ligado por um fio (que carrinho que se move num plano horizontal.
passa na gola de uma roldana) a um corpo que cai na 2. Medir intervalos de tempo e velocidades.
vertical. O fio deve ter um comprimento que permita a 3. Construir um gráfico da velocidade
análise do movimento quer quando o fio está em em função do tempo, identificando tipos
tensão, quer quando deixa de estar em tensão. de movimento.
Determinar a velocidade do carrinho, em diferentes 4. Concluir qual é o tipo de movimento
pontos do percurso, quer quando o fio o está a puxar, do carrinho quando a resultante das forças
quer quando o fio deixa de estar em tensão. Construir que atuam sobre ele passa a ser nula.
o gráfico da velocidade do carrinho em função do 5. Explicar, com base no gráfico
tempo, para análise do movimento. velocidade-tempo, se os efeitos do atrito
A execução tornar-se-á mais simples e a análise do são ou não desprezáveis.
gráfico mais rica se for usado um sistema de aquisição 6. Confrontar os resultados experimentais
automático de dados que disponibilize a velocidade do com os pontos de vista históricos
carrinho em função do tempo. de Aristóteles, de Galileu e de Newton.
Com esta atividade pretende-se explorar experimentalmente a relação entre força, velocidade e
aceleração, contextualizando a perspetiva histórica das teorias de Aristóteles até Newton.
Investiga-se o movimento identificando-o quanto ao tipo e relacionando-o com a resultante das
forças. Esta investigação pressupõe a obtenção de um gráfico velocidade-tempo, o qual necessita de
um número elevado de pontos para permitir uma análise mais significativa. Recolher ponto a ponto
seria repetitivo e moroso. Por isso, o uso de tecnologias de aquisição automática de dados ou de
análise de vídeo será uma boa opção.
Normalmente, os sistemas de aquisição automática de dados usam um sensor de ultrassons e
fazem o tratamento dos dados elaborando gráficos. Como em certas escolas pode haver um sistema
e noutras outro, salientamos apenas a relevância de estabelecer a configuração de recolha dos
dados. Um intervalo de tempo de dois segundos (2 s) e uma taxa de vinte e cinco amostras por
segundo (25 amostras/ s) são normalmente suficientes. A origem do referencial poderá definir-se,
mas é vulgar os sistemas, na configuração inicial, assumirem que coincide com o emissor/recetor de
ultrassons.
Como as câmaras de vídeo, em diferentes suportes, são já vulgares, a elaboração de um vídeo e a
sua análise pode constituir mais uma fonte de motivação e um desafio para os alunos. Neste caso, a
câmara terá de ficar fixa e colocada perpendicularmente ao plano do movimento.
Existe algum software de análise de vídeo, mas um recurso de utilização livre e com muitas
potencialidades de exploração é o Tracker – video analysis and modeling tool (descarrega-se em
http://physlets.org/tracker/). No sítio onde se pode descarregar, existe bastante informação sobre
versões para diferentes sistemas operativos, sobre a sua utilização e um espaço para partilha de
experiências em sala de aula realizadas por professores de física.
Como exemplo, a figura seguinte mostra um ecrã de uma análise de vídeo para esta atividade.
Observa-se um fotograma, os gráficos ( ) e ( ) e a tabela de dados.
2. a) Usando um carrinho pode conseguir-se, devido às rodas, um baixo atrito (força de atrito
desprezável), o que não aconteceria com um bloco que desliza na superfície. Durante uma
parte do movimento do carrinho, as forças que sobre ele atuam na direção horizontal podem
considerar-se desprezáveis. Assim, com o carrinho é possível avaliar a existência de
movimento retilíneo e uniforme quando a resultante das forças é nula.
b) Usando o modelo da partícula material, e sendo A o carrinho e B o corpo suspenso, para a
parte inicial do movimento, com o corpo suspenso, e para a outra parte, com o corpo apoiado
no chão, mostra-se o diagrama das forças que sobre eles atuam:
c) Sobre o carrinho, as forças na vertical anulam-se, e o mesmo acontece ao corpo após ficar no
chão. A força que faz mover o conjunto carrinho + bloco suspenso é o peso do carrinho.
d) Sendo A o módulo da aceleração:
‒ as tensões sobre o carrinho e sobre o corpo têm aproximadamente o mesmo módulo:
;
– para o carrinho, de massa mA: ;
– para o corpo, de massa mB: ;
– somando as expressões anteriores, membro a membro:
( )
( ) ( )
Trabalho Laboratorial
1. Apresenta-se um gráfico obtido para a velocidade em função do tempo, obtido com um sensor de
posição de ultrassons:
2. O corpo suspenso colidiu com o solo quando mudou o tipo de movimento do carrinho. O intervalo
de tempo que inclui o instante de colisão foi [0,78; 0,82] s.
3. A partir da regressão linear, para o intervalo de tempo em que ocorreu aumento de velocidade, a
relação obtida para a velocidade em função do tempo foi . A aceleração é igual
a .
Para o intervalo de tempo posterior à colisão do corpo suspenso com o solo, tem-se
. Esta equação também revela uma aceleração de módulo .
4. A resultante das forças é a resultante das forças de atrito (o peso e a força normal anulam-se).
Verifica-se que, após o embate do corpo suspenso no chão, a aceleração não é nula, pois regista-
se uma ligeira diminuição da velocidade, revelando que o atrito se manifestou. Contudo, a
aceleração registada é muito pequena, mas não nula, e o seu efeito para intervalos de tempo
maiores conduziria a uma diminuição apreciável na velocidade, pelo que, apesar de pequena, não
se poderia desprezar a força de atrito.
5. Como o carrinho teve sempre alguma aceleração, a resultante das forças sobre o carrinho nunca
foi nula.
6. Se o corpo estiver em movimento quando a resultante das forças que nele atuam se anula, ele
manter-se-á em movimento sempre à mesma velocidade, isto é, apresentará movimento retilíneo
com rapidez constante.
Em muitas situações do dia a dia temos de exercer uma força sobre os corpos para que estes
mantenham uma velocidade constante, mas isso só acontece porque, quando esses corpos
entram em movimento, surgem outras forças a atuar sobre eles, sendo as mais comuns as forças
de atrito. Se o corpo se mover com velocidade constante, a força que exercemos sobre ele anula-
se com as restantes forças nele aplicadas.
Questões Complementares
1. Numa atividade experimental, colocou-se um carrinho, E, sobre uma superfície horizontal e ligou-
-se esse mesmo carrinho a um corpo suspenso, S, por um fio de massa desprezável. Fez-se passar
o fio por uma roldana com atrito desprezável, deixou-se o corpo suspenso a uma altura h do solo,
e durante uns instantes segurou-se o carrinho. A figura mostra o esquema da montagem
experimental.
Massa do carrinho,
E: 500,8 g
Massa do corpo
suspenso, S: 145,2 g
Quando o carrinho foi largado, com uma câmara de vídeo registou-se o filme do seu movimento.
Posteriormente, analisou-se o filme no computador e trataram-se os dados, obtendo-se o gráfico
seguinte para a velocidade do carrinho em função do tempo.
b) No intervalo de tempo em que o movimento do carrinho é acelerado, a força que o fio faz
sobr …
(A) o corpo suspenso tem o mesmo módulo que o seu peso.
(B) o corpo suspenso é maior do que o seu peso.
(C) o carrinho é menor do que o peso do bloco em queda.
(D) o carrinho tem módulo igual ao do peso do bloco em queda.
c) Qual dos gráficos de aceleração em função do tempo representa corretamente as acelerações
do carrinho, E, e do corpo suspenso, S.
Sobre o carrinho:
Sobre o corpo suspenso:
f) Ao analisar a variação da velocidade do carrinho após o bloco ter ficado no chão, pode
concluir-se sobre a existência ou não de atrito. No intervalo de tempo [1,04; 1,52] s verifica-se
que o módulo da velocidade tem o valor aproximadamente constante de 1,65 m s-1. As
variações que se observam estão dentro da incerteza de medida. Nesse intervalo de tempo,
como a velocidade é constante, a aceleração é nula, e, como a resultante das forças seria a
força de atrito, podemos considerar que esta força é desprezável.
g) (D)
O carrinho move-se com velocidade constante e a resultante das forças sobre ele é nula.
h)
Deve ter-se, também, muito cuidado no modo como se larga o bloco no plano inclinado,
procurando fazê-lo de forma a garantir que a posição e a largada em diferentes ensaios sejam o mais
igual possível.
Também devido a esta situação, a fotocélula deve ser colocada a uma distância da base da rampa
inclinada, de modo que, quando a tira opaca interrompe o feixe, todo o bloco se encontre já no
plano horizontal.
A rampa deve ter uma inclinação adequada que permita que o bloco acelere, mas não muito
inclinada, o que provocaria um saltitar mais do que o desejado. Um ajuste que diminua este efeito
pode fazer-se ao colocar o bloco inicialmente numa posição mais acima da rampa.
Para se encontrar uma melhor relação da velocidade com a distância de travagem, e para se fazer
melhor a interpretação dos resultados, assim como o tratamento estatístico e gráfico, com uma
regressão linear, é indispensável, no mínimo, fazerem-se largadas de cinco marcas na rampa a
diferentes distâncias mas igualmente espaçadas.
O atrito entre a superfície do bloco e o plano horizontal não deve ser muito grande, de modo a
evitar que apareçam distâncias de travagem iguais, ou muito próximas, para largadas de diferentes
pontos, devido a erros cometidos na largada, ou em resultado de trajetórias ligeiramente diferentes
do que o pretendido.
2. Uma célula fotoelétrica pode acionar o cronómetro digital quando o feixe de luz entre as suas
hastes é interrompido, parando-o quando o feixe é reposto. Se um corpo atravessar o feixe de luz
da célula fotoelétrica, o cronómetro mede o intervalo de tempo que a espessura do corpo
demora a passar sobre esse feixe. Por isso, pode calcular-se a velocidade média do corpo pelo
quociente entre a espessura do corpo que atravessa o feixe e esse intervalo de tempo. Esta
velocidade média aproxima-se tanto mais da velocidade no instante em que o corpo passa pela
posição B, quanto menor for o intervalo de tempo que o corpo demora a atravessar o feixe de luz.
Assim, deve-se utilizar um corpo estreito para que o tempo de passagem seja pequeno, por
exemplo, uma tira de cartolina com cerca de 1,0 cm de largura que se cola sobre o bloco.
3. As forças que atuam são a força gravítica, a reação normal e a força de atrito. A resultante das
forças é a força de atrito. A reação normal é perpendicular à superfície, e, neste caso, o peso
também, dado que a superfície é horizontal. Sendo o movimento retilíneo, a resultante das forças
tem a direção do movimento, ou seja, horizontal. Assim, as forças que atuam perpendicularmente
ao movimento, a força normal e a força gravítica, anulam-se. Portanto, a resultante das forças é a
força de atrito.
4. Movimento uniformemente retardado. A resultante das forças, a força de atrito, tem sentido
oposto ao movimento e, pela Segunda Lei de Newton, a aceleração e a resultante das forças têm
sempre a mesma direção e o mesmo sentido. Sendo o sentido da aceleração oposto ao da
velocidade, tal significa que o módulo da velocidade diminui, isto é, o movimento é retardado.
Prevê-se que a resultante das forças, a força de atrito, se mantenha constante ao longo da
superfície horizontal. Assim, a aceleração também será constante, as variações de velocidade
serão diretamente proporcionais aos intervalos de tempo correspondentes, ou seja, o movimento
será uniformemente retardado.
5. { { {
6. IV. const nt
7. É também necessário medir a massa do bloco. A intensidade da resultante das forças de atrito
é a resultante das forças e, de acordo com a Segunda Lei de Newton, é igual ao produto da massa
pelo módulo da aceleração: .
Trabalho Laboratorial
1. Massa do bloco = 129,15 g Largura da tira opaca = 1,0 cm
2. e 3. Distância de travagem =
Posição
/m / ms /m
inicial
15,369 0,269
A 0,200 15,439 0,253
15,540 0,242
13,869 0,297
B 0,300 13,662 0,284
13,785 0,301
12,291 0,352
C 0,400 12,366 0,358
12,416 0,371
11,681 0,428
D 0,500 11,812 0,406
11,877 0,402
10,956 0,493
E 0,600 10,771 0,519
10,753 0,501
2.
4. A tira opaca pode não ter passado pela célula fotoelétrica paralelamente ao deslocamento do
bloco, o que conduz à medição de um intervalo de tempo correspondente a um deslocamento
inferior ao da largura da fita. Este erro por defeito na medição do tempo conduz a um erro por
excesso na medição da velocidade do bloco no início da travagem e, portanto, também no
módulo da aceleração. O modo de largada pode ter sofrido pequenas variações, assim como as
trajetórias do bloco após cada largada podem também ser ligeiramente diferentes. Estas
ocorrências introduzem pequenas variações nas velocidades e nas forças de atrito.
5. Para um certo bloco, a distância de travagem aumenta com a velocidade no início da travagem,
verificando-se que é diretamente proporcional ao quadrado da velocidade: quando a velocidade
no início da travagem aumenta vezes, a distância de travagem aumenta vezes.
Da comparação dos gráficos verifica-se que um maior declive, ou seja, uma maior aceleração,
significa para a mesma velocidade no início da travagem uma menor distância de travagem.
Comparando diferentes blocos e diferentes superfícies, pode verificar-se que:
– blocos que deslizam com superfícies do mesmo tipo mas com massas diferentes, quando
deslizam na mesma superfície, apresentam acelerações de travagem semelhantes, ainda
que sujeitos a forças de atrito diferentes.
– blocos que deslizam com superfícies diferentes na mesma superfície, ou o mesmo bloco a
deslizar em superfícies de diferentes materiais, apresentam acelerações de travagem
diferentes.
Questões Complementares
1. Para estudar experimentalmente o movimento uniformemente retardado, um grupo de alunos
realizou a montagem esquematizada na figura em baixo.
O bloco de massa 120,68 g é largado na rampa, percorrendo nesta uma distância e, depois,
desliza num plano horizontal até parar.
Colocaram na superfície superior do bloco uma tira opaca estreita, de 1,0 cm de largura,
registando o tempo de passagem, , da tira opaca numa fotocélula, numa posição em que o
bloco se já encontrava no plano horizontal. Mediram, também, a distância percorrida, , entre
essa posição e a de paragem do bloco, tendo como referência a tira opaca (distância de
travagem).
Repetiram o procedimento largando o bloco de cinco marcas diferentes da rampa. Para cada uma
dessas cinco marcas, repetiram três vezes a largada do bloco, determinando para cada marca os
valores mais prováveis do tempo de passagem da tira opaca pela fotocélula e da distância de
travagem .
Os resultados obtidos pelo grupo de alunos foram registados na tabela seguinte.
a) Qual é a condição a que as forças de atrito exercidas sobre o bloco no plano horizontal devem
obedecer para que o movimento do bloco seja uniformemente retardado?
b) Explique como se determina, para cada uma das marcas de que é largado o bloco, o valor mais
provável da sua velocidade quando a tira opaca passa pela fotocélula.
c) O cronómetro que regista o tempo de passagem, , da tira opaca na fotocélula é digital.
Apresente a incerteza de leitura na medição dos tempos, expressa em unidades SI.
d) Selecione a opção que pode corresponder ao esboço do gráfico da distância da tira opaca à
fotocélula em função do tempo .
Tendo em conta o modelo da relação entre grandezas, vem , segue-se que o módulo
da aceleração é metade do declive da reta: .
OU
A equação da reta de ajuste ao gráfico da distância de travagem em função do quadrado da
velocidade inicial no plano horizontal é (SI).
Tendo em conta o modelo da relação entre grandezas, vem , segue-se que o módulo
da aceleração é o inverso do dobro do declive da reta: .
g) (A)
⃗ ⃗ |⃗ | |⃗ |
Segue-se que |⃗ |
h) (C)
Distâncias de travagem diferentes para a mesma velocidade inicial implicam diferentes
acelerações: .
Tendo a mesma velocidade inicial e parando no final, as velocidades finais são nulas, daí
decorrendo a mesma variação de velocidade durante a travagem e a mesma velocidade média.
Um dos requisitos para uma boa realização desta atividade, para além do osciloscópio, de
altifalantes e microfones, é a existência de cabos em número suficiente e com os contactos em bom
estado.
O uso de auscultadores é útil por limitar eventual ruído e interferência no trabalho de cada grupo,
mas também para a identificação de capacidades auditivas e limites de audição. Note-se que para
realizar um teste auditivo se requerem outras condições, mas, com a atividade, poderá até detetar-
se algum problema de audição.
A indicação que fornece o manual Novo 11F em princípio será suficiente para uma boa realização
da atividade. No entanto, por vezes acontece que os osciloscópios aparentemente deixam de
funcionar ou então os sinais desaparecem do ecrã. Neste caso, será sempre conveniente verificar
todas as ligações e acionamento de comandos. Normalmente alguém terá acionado um comando
inadvertidamente. Não estando disponíveis manuais de utilização e requerendo a situação resposta
rápida, recomenda-se que, sem qualquer receio, se verifiquem os diferentes comandos até que se
detete a origem do problema.
Os osciloscópios analógicos são um ótimo recurso, mas têm algumas limitações que os digitais
podem ultrapassar. Por exemplo, com um osciloscópio digital pode parar-se uma imagem no ecrã,
registar-se e gravar-se os dados ou imagens em formato digital.
e .
Para o sinal de maior amplitude, entre o máximo e o mínimo observam-se quatro divisões, por
isso, a amplitude corresponde a duas divisões:
Trabalho Laboratorial
1. Sinal observado com a base de tempo em 0,2 ms/div e o comutador de tensão em 2 V/div.
Frequência
b)
Amplitude do sinal Frequências
Adulto Jovem A Jovem B
enviado / V audíveis
2,0 Máxima/Hz 13 000 18 500 19 000
2,0 Mínima/Hz 40 25 28
3.
a) O diapasão indicava 440 HZ; no osciloscópio: Base de tempo 0,5 ms/div e menor divisão na
escala de tempo 0,1 ms.
Sinal observado:
( )
Quando se percutia com mais força o diapasão, a amplitude do sinal observado aumentava,
assim como a intensidade do som ouvido.
b) Mostram-se a seguir sinais dos ecrãs obtidos quando uma pessoa proferiu diferentes vogais
(a, e, i, o e u). Para outras pessoas haverá padrões algo diferentes.
a e i
o u
4. Mostram-se a seguir para um sinal sinusoidal de 1 kHz enviado para um altifalante, e para os
recebidos em dois microfones quando juntos e depois de um se ter deslocado de 34,5 cm.
3.
| |
Sinais 1 e 2: módulo do erro relativo na frequência medida:
| |
Sinais 3 e 4: módulo do erro relativo na frequência medida:
| |
Sinais 5 e 6: módulo do erro relativo na frequência medida:
Os erros relativos nas medidas de todas as frequências são muito pequenos. Pode-se concluir-se
que estas medidas têm elevada exatidão.
4. Os limites de audição registados eram próximos para os dois jovens, e também próximos dos que
indica a bibliografia como limites para os seres humanos saudáveis. Para a pessoa mais idosa
registou-se um afastamento significativo daqueles valores, mostrando que, sobretudo nas
frequências mais altas, aquele adulto já perdeu capacidades. Normalmente com a idade a
capacidade auditiva diminui, sendo que a perda de sensibilidade com a idade para as frequências
mais altas é uma tendência normal
5. ( )
6. O sinal recebido pelo microfone quando o diapasão foi percutido foi um som puro. Os sons das
vogais são sons complexos.
8. Os sinais elétricos correspondentes a cada voz, quando produziram a mesma vogal, apresentam
pequenas diferenças. O atributo que distingue os sons das diferentes vozes é o timbre.
9. A tecnologia de reconhecimento de voz está associada ao reconhecimento de breves sons
(palavras ou trecho de fala), ao reconhecimento de fala contínua com elaboração de textos
(exemplo um ditado), ou à autenticação de voz de pessoas.
O seu funcionamento requer computadores e baseia-se na digitalização de sons, na filtração
desses sons, procurando-se eliminar o ruído, e na posterior pesquisa em bases de dados de
registos previamente efetuados e na comparação dos padrões com esses registos.
A esta tecnologia apresentam-se algumas dificuldades e limitações:
‒ é mais fácil reconhecer cada palavra se for pronunciada separada e pausadamente do que
numa frase;
‒ é difícil separar falas simultâneas de várias pessoas;
‒ as pessoas não costumam utilizar o mesmo tom e nem sempre falam com a mesma rapidez
e alguns fonemas têm padrões muito próximos ou podem ser pronunciados de forma
semelhante (exemplo em algumas regiões com o b e o v);
‒ existem diferentes pronúncias, regionalismos, sotaques e dialetos;
‒ existem palavras homófonas (exemplo «conserto» e «concerto»).
Questões Complementares
1. Ligaram-se dois microfones idênticos, 1 e 2, a um osciloscópio, com ambos os canais regulados
para 5 mV/div. De seguida, dois diapasões foram percutidos. Um deles indicava 384 Hz e o outro
512 Hz. Os microfones foram colocados de forma que cada um apenas captava o som emitido por
um dos diapasões. A figura seguinte representa o ecrã do osciloscópio.
a) Qual dos microfones captou o som emitido pelo diapasão de 512 Hz?
b) O som captado pelo microfone 1 é…
(A) mais agudo e menos intenso do que o captado pelo microfone 2.
(B) mais agudo e mais intenso do que o captado pelo microfone 2.
(C) mais grave e menos intenso do que o captado pelo microfone 2.
(D) mais grave e mais intenso do que o captado pelo microfone 2.
c) Os sons emitidos pelos diapasões propagam-se no ar.
Selecione a opção que indica corretamente o que se pode concluir, relativamente aos
comprimentos de onda e velocidades de cada um dos sons.
(A) e . (B) e .
(C) e . (D) e .
d) Da figura do ecrã apresentada em cima pode concluir-se que a base de tempo estava regulada
para…
(A) 0,5 ms/div. (B) 1,0 ms/div. (C) 2,0 ms/div. (D) 5,0 ms/div.
e) Determine a amplitude do sinal do canal 1 afetada da respetiva incerteza absoluta.
f) Determine, com base na figura, a relação quantitativa entre a frequência do sinal 2 e a do sinal 1,
comparando o resultado obtido com a proporção expectável.
2. Um gerador de sinais regulado para uma determinada frequência foi ligado a um osciloscópio.
Na figura seguinte reproduz-se o ecrã do osciloscópio quando a base de tempo era de 1 ms/div e
o comutador da escala vertical estava na posição de 2 mV/div.
(C) (D)
( ) .
( ) .
b) (C)
Sendo o sinal sinusoidal, a tensão varia com o tempo de acordo com uma expressão do
tipo ( ) em que é o valor máximo da tensão e é a frequência angular.
A tensão máxima corresponde a 2,8 divisões no eixo das ordenadas:
.
( ) (SI).
Usando o procedimento I do manual 11F, com um osciloscópio analógico é conveniente que seja
repetido o som impulsivo em intervalos de tempo regulares. Deverá ainda ser observado o ecrã antes
e depois de se ter o microfone nas extremidades da mangueira, para assim se tornar evidente a
origem do segundo sinal. Com um osciloscópio digital o sinal ficará registado no ecrã e podem mais
facilmente fazer-se as leituras do tempo.
Embora por vezes se apresente uma relação linear entre a velocidade do som e a temperatura,
em graus Celsius, mostra a teoria das ondas mecânicas longitudinais que a sua velocidade de
propagação depende da raiz quadrada da temperatura absoluta. A relação linear citada é um modelo
com alguma validade para um intervalo de temperaturas não muito largo.
O modelo teórico para o som considera-o como o resultado de compressões e descompressões
do meio em processos adiabáticos. Esse modelo mostra que a velocidade depende do módulo de
elasticidade volumétrico, B, e da massa volúmica fora da zona em que há perturbação, 0, pela
expressão √ .
Mostra-se ainda que, no caso de um gás ideal, aquela expressão se transforma em:
√ √
com o quociente entre a capacidade térmica mássica a pressão constante, cp, e a capacidade
térmica mássica a volume constante, cv, M a massa molar, R a constante dos gases ideais e T a
temperatura absoluta.
Nas condições de temperatura e pressão normalmente utilizadas a maior parte dos gases
comporta-se como tal como gás ideal.
Para o ar ambiente , e em condições PTN tem-se .
3. a)
b)
Trabalho Laboratorial
Procedimento I
1. Produzindo um sinal impulsivo, utilizando uma tampa metálica de uma garrafa de sumo,
obtiveram-se no ecrã do osciloscópio digital os seguintes sinais:
( ) ( )
Procedimento II
1. São visualizados dois sinais no osciloscópio porque ao canal 1 está ligado um microfone e ao canal
2 está ligado o cabo que envia diretamente o sinal do gerador de sinais. O osciloscópio está
configurado para apresentar os sinais dos dois canais no ecrã.
2. Como o osciloscópio está sincronizado pelo sinal do gerador de sinais (e com o sinal que chega ao
altifalante), o sinal que chega do microfone fica desfasado com ele, sendo o intervalo de tempo
do desfasamento igual ao tempo que o som demora a percorrer a distância entre o altifalante e o
microfone.
São observados sinais como os indicados a seguir.
Procedimento II
0,165 6,0
0,250 12,0
0,525 18,2
0,750 31,4
0,925 40,5
1,465 49,0
No procedimento I
| |
Módulo do erro percentual =
No procedimento II
| |
Módulo do erro percentual =
Como os erros percentuais são muito pequenos, pode afirmar-se que em ambos os
procedimentos houve elevada exatidão.
Questões Complementares
1. Com o objetivo de determinar experimentalmente a velocidade de propagação do som no ar, um
grupo de alunos fez uma montagem semelhante à representada na figura seguinte. Utilizaram um
osciloscópio, um gerador de sinais, um microfone, um altifalante com suporte e cabos de ligação.
Os alunos começaram por ligar o gerador de sinais ao osciloscópio para produzir um sinal elétrico
que registaram no canal 2 do osciloscópio. Ligaram depois o altifalante ao gerador de sinais e o
microfone ao canal 1 do osciloscópio. Tiveram o cuidado de alinhar sempre o altifalante e o
microfone, no decorrer das experiências que realizaram.
Os sinais produzidos durante a experiência foram todos sinusoidais.
a) Indique a razão pela qual os alunos ligaram o altifalante ao gerador de sinais e a razão pela
qual ligaram o microfone ao osciloscópio.
b) No ecrã do osciloscópio surgem dois sinais, 1 e 2, correspondendo respetivamente aos canais 1
e 2. Os comutadores das escalas verticais foram regulados para a mesma escala.
Nas condições da figura, e com regulação do osciloscópio indicada, uma imagem do ecrã do
osciloscópio possível de obter durante a experiência é
(A) (B)
(C) (D)
A base de tempo tinha sido regulada para 0,2 ms/div e o comutador da escala vertical para
10 mV/div.
i) Apresente a medição do período afetada da respetiva incerteza relativa expressa em
percentagem.
ii) O valor exato da frequência é 920 Hz. Determine o erro absoluto na medição da
frequência.
iii) Deduza a expressão matemática que traduz a variação da tensão elétrica com o tempo.
Utilize as unidades SI. Apresente todas as etapas de resolução.
d) Depois de alinhar os sinais do microfone e do altifalante, os alunos
/ cm / ms
afastaram gradualmente o microfone do altifalante e mediram,
para o aumento da distância entre estes, o tempo que o 20,0 0,60
sinal sonoro, de frequência 512 Hz, demorava a percorrer essa 30,0 0,85
distância. Os valores obtidos estão registados na tabela à direita.
40,0 1,15
i) Determine o valor experimental da velocidade de propagação 50,0 1,45
do som no ar, a partir do declive da reta que melhor se ajusta
60,0 1,80
ao conjunto de valores apresentados na tabela.
Apresente todas as etapas de resolução.
ii) Estando os sinais alinhados, determine a distância mínima de que devem ser afastados o
microfone e o altifalante para que os sinais voltem a ficar alinhados.
e) Determine o erro relativo, em percentagem, do valor experimental da velocidade de
propagação do som no ar.
O valor tabelado para a velocidade de propagação do som no ar, nas condições em que foi
realizada a experiência, é .
ii) A distância mínima para um novo alinhamento corresponde à periodicidade da onda no espaço,
isto é, ao comprimento de onda .
| |
e) O erro relativo, expresso em percentagem, é , por defeito,
dado que o valor experimental é inferior ao tabelado.
Com se refere no Programa, poderá utilizar-se outro tipo de luz que não a visível, por exemplo
micro-ondas, ou a luz visível de sistemas óticos tradicionais. Contudo, a vulgarização e a
disponibilidade de ponteiros laser, conjugada com o seu preço acessível, e ainda a sua elevada
direcionalidade tornam estes dispositivos cómodos para esta atividade.
Procurando garantir a estabilidade e a manutenção da direcionalidade, um suporte para os
ponteiros laser é conveniente. Transferidores para a medição dos ângulos são também
indispensáveis. Poderão existir sistemas disponíveis na escola, e se não o houver dever-se-á investir
na sua aquisição. Com algum jeito, poder-se-á também construir um sistema para estudo da reflexão
e refração usando ponteiros laser. Certamente se poderão encontrar sugestões desse tipo, como, por
exemplo a depositada na Casa das Ciências por um dos autores desta obra (http://goo.gl/7hk9CE).
Nas respostas à proposta de execução laboratorial do manual Novo 11F, a seguir apresentada,
procurámos também colocar fotografias que ilustram o que se poderá observar mas que também
poderão sugerir ideias de concretização da atividade.
c) Não há desvio quando o ângulo de incidência é de 0°, situação que acontece à luz ao incidir na
superfície de separação acrílico-ar.
3. a) Não há desvio quando o ângulo de incidência é de 0°, situação que acontece à luz ao na
superfície de separação ar-acrílico.
b) Os ângulos de incidência e de reflexão total são ambos de 50°.
Trabalho Laboratorial
1. a) Mostra-se uma fotografia da reflexão observada e os registos dos ângulos.
b) Fez-se incidir o feixe de laser vermelho em diferentes materiais. Nas imagens seguintes
mostra-se o que se observou.
Feixe laser incidindo em superfícies opacas: metalizada, cartolinas branca, verde e vermelha.
Constata-se que materiais com diferentes superfícies e cores têm comportamentos diferentes
à luz do laser usado.
Em alguns também se verificou que a luz é refletida em diferentes direções, ocorrendo o
fenómeno de difusão. Observando a intensidade do laser no alvo, constata-se que é diferente
a intensidade do feixe que atravessa os diferentes materiais.
b)
Meio 1 – acrílico Meio 2 – ar
Ângulo de incidência Ângulo de refração
10 15
20 31
30 50
35 60
40 75
b) Numa extremidade de uma mesma fibra ótica incidiram, sucessivamente, feixes de luz laser
verde e vermelha. Observa-se apenas luz à saída da outra extremidade, como se verifica nas
imagens.
2. A 2.a Lei da Reflexão indica que as amplitudes dos ângulos de incidência e de reflexão são iguais.
Na execução experimental verificou-se o que aquela lei indica.
4.
Ângulo Ângulo Seno do ângulo Seno do ângulo
de incidência de refração de incidência de refração
15° 10° 0,259 0,174
31° 20° 0,515 0,342
50° 30° 0,766 0,500
60° 35° 0,866 0,574
75° 40° 0,966 0,643
5. Para ângulos de incidência superiores a 42° verifica-se que ocorre reflexão total.
6. No interior da mangueira com água ocorre difusão da luz laser, por isso se observa a luz através
das paredes laterais, e a luz apenas ilumina uma zona de cerca de duas dezenas de centímetros, o
que mostra que a absorção de luz é considerável.
Na zona da entrada da luz na fibra ótica observa-se alguma difusão da luz na superfície de apoio
da fibra, mas na fibra ótica não se observa a luz com origem nas paredes laterais e a intensidade
da luz que entra numa extremidade parece ser a mesma que sai na outra extremidade. Não se
deteta qualquer difusão e a eventual absorção de luz é desprezável na fibra usada.
Questões Complementares
1. Numa atividade laboratorial, colocou-se uma placa semicircular de acrílico numa plataforma
circular com uma escala angular de a , como se mostra na figura: a placa foi colocada sobre
a plataforma coincidindo o centro da sua face plana com o centro da plataforma circular. A
plataforma pode rodar em torno do seu centro.
Um feixe de luz laser, de comprimento de onda no ar igual a 650 nm, incide na face plana da
lente, exatamente no centro dessa face. Na figura surge desenhado o trajeto do feixe no ar, no
acrílico e depois novamente no ar.
Os alunos mediram o ângulo de incidência, da luz na superfície de separação ar-acrílico e o
ângulo, , entre o feixe de luz que sai do acrílico para o ar, na face semicircular, e a normal à
face plana da placa.
Ao rodarem a plataforma, mantendo o laser na mesma posição, obtiveram vários valores para os
ângulos e que se reproduzem na tabela. Nessa tabela também se apresentam os valores
calculados para os respetivos senos.
a) Na face plana da placa, o feixe de luz refrata-se aproximando-se da normal, portanto o índice
de refração do acrílico é…
(A) maior do que o do ar e a velocidade da luz no acrílico é maior do que no ar.
(B) maior do que o do ar e a velocidade da luz no acrílico é menor do que no ar.
(C) menor do que o do ar e a velocidade da luz no acrílico é maior do que no ar.
(D) menor do que o do ar e a velocidade da luz no acrílico é menor do que no ar.
b) Quando o feixe de luz incide na face plana da placa com um ângulo de incidência
de , parte da luz é refletida nessa superfície.
A amplitude do ângulo entre o feixe de luz refletida e a superfície plana da placa é…
(A) . (B) . (C) . (D) .
c) Por que razão o feixe de luz incidente na superfície de separação acrílico-ar e o feixe de luz
transmitido para o ar têm a mesma direção?
d) O feixe de luz que incide na superfície de separação ar-acrílico…
(A) sofre reflexão total se o ângulo de incidência for de .
(B) sofre reflexão total se o ângulo de incidência for de .
(C) nunca sofre reflexão total pois o ar é mais refringente do que o acrílico.
(D) nunca sofre reflexão total pois o ar é menos refringente do que o acrílico.
e) Designando por , e , as energias dos feixes de luz incidente na superfície de separação
ar-acrílico, incidente na superfície de separação acrílico-ar e refratado nesta superfície,
respetivamente, pode afirmar-se que…
(A)
(B)
(C)
(D)
f) A partir dos dados obtidos na refração da luz na superfície de separação ar-acrílico, determine
o valor mais provável do índice de refração do acrílico em relação ao ar.
Utilize as potencialidades da máquina de calcular gráfica para construir o gráfico que
considerar mais adequado e proceder à análise estatística pertinente.
g) Consultando o valor tabelado do índice de refração do acrílico para a frequência da luz
utilizada nesta experiência, concluiu-se que o erro relativo, expresso em percentagem, do
valor experimental deste índice de refração é 1,4% por defeito.
Determine qual deverá ser o valor tabelado do índice de refração do acrílico para a frequência
da luz utilizada.
Considere que o índice de refração do ar para a frequência utilizada é 1,000.
f) Como em que
representa o índice de refração do acrílico em relação ao ar (característica constante do meio
para a frequência considerada), prevê-se que seja diretamente proporcional a .
A reta de ajuste ao gráfico de dispersão de
em função de é
. O índice de refração
do acrílico em relação ao ar corresponde ao
declive deste gráfico: .
g) Como o índice de refração do ar é 1,000, o valor
experimental do índice de refração do acrílico é
1,46.
Como o valor experimental tem um erro de 1,4%,
por defeito, segue-se que o valor experimental é
98,6% do valor tabelado:
Nesta atividade pretende-se que os alunos identifiquem padrões de difração de forma qualitativa,
e que relacionem a difração com o tamanho do objetos e com o comprimento de onda. Apenas se
utiliza uma relação quantitativa para as redes de difração (dispositivo com múltiplas fendas ou
ranhuras paralelas, equidistantes e com a mesma largura) com a finalidade se determinar o
comprimento de onda de uma luz monocromática.
Recorda-se a seguir alguns conceitos relevantes sobre difração.
Chama-se difração ao desvio na direção de propagação de uma onda quando um obstáculo surge
na frente de onda. Assim, há difração quando a fase ou a amplitude de parte da frente de onda se
altera, após a interação com obstáculos e fendas. O obstáculo é um objeto que bloqueia uma fração
da frente de onda, e uma fenda só permite a passagem de uma fração da frente de onda.
Usualmente os efeitos da difração são diminutos, todavia, em qualquer dos casos, o fenómeno é
observável quando o obstáculo tiver dimensões que se aproximem do comprimento de onda.
Os fenómenos da difração e da interferência são exclusivos das ondas e têm uma base conceptual
comum, pois abordam diferentes aspetos do mesmo processo. Geralmente, considera-se difração
quando há sobreposição de um número elevado de ondas num certo ponto do espaço e
interferências para um número reduzido de ondas num certo ponto do espaço. O seu estudo permite
uma maior e melhor conceptualização do conceito de onda, e permite compreender um conjunto
vasto de fenómenos do dia a dia, pois para uma onda haverá sempre parte da frente de onda que
poderá ser alterada. Assim, considerando o princípio de Huygens-Fresnel (de que cada ponto da
frente de onda não obstruída constitui, em qualquer instante, uma fonte de ondas esféricas
secundárias -com igual frequência- e que a amplitude em qualquer ponto do espaço é dada pela
sobreposição de todas essas ondas) a difração pode ser entendida como resultado da interferência
das ondas que passam o obstáculo.
No estudo da difração, de acordo com as condições geométricas, é costume dividir-se em difração
em dois regimes, o geral de difração de Fresnel e o de difração de Fraunhofer.
A difração de Fraunhofer, conhecida como de campo longínquo, ocorre em condições
particulares, tais que se podem supor paralelos os raios de onda incidentes nos objetos, e que a
observação dos padrões de difração se faz a uma distância suficientemente grande que permita
considerar os raios de onda, na superfície onde são observados, também paralelos. Em condições
mais gerais, quando os raios de onda incidentes no objeto ou na superfície de observação não são
paralelos, tem-se difração de Fresnel, conhecida como de campo próximo e de tratamento
matemático mais complexo.
O regime da difração de Fraunhofer é satisfeito quando se
verificar a relação , com o comprimento de onda, o raio
da maior dimensão da abertura (ou do obstáculo) e a menor das
distâncias da fonte de ondas ao obstáculo e do obstáculo ao
ponto de observação.
Um feixe de luz que incide numa rede é difratado e os raios
provenientes das diversas fendas da rede de difração interferem
formando uma figura que apresenta máximos de intensidade em
diversas posições sempre que a diferença de caminho ótico
( , em que é o ângulo entre a direção do feixe incidente
na rede e a do feixe difratado) entre os raios provenientes de duas
fendas adjacentes, distantes entre si, for igual a um número
inteiro de comprimentos de onda .
Assim, ocorrem máximos de intensidade quando , onde é o ângulo de difração
para o máximo de ordem n (n = 0, 1, 2,...). Esta equação é válida apenas quando os raios incidem
perpendicularmente à rede e desde que os raios difratados possam ser considerados paralelos
(difração de Fraunhofer).
A posição dos máximos de intensidade depende do comprimento de onda, assim a utilização da
rede de difração com luz policromática (luz branca) permite evidenciar o uso do fenómeno da
difração em espetroscopia.
O laser emite com elevada direcionalidade e nesta atividade não há preocupação de o ter muito
afastado das fendas para que o regime seja o longínquo. No entanto, para os leds convém colocá-los
a alguns centímetros da rede de difração e que a sua luz seja conduzida por um túnel, feito, por
exemplo com cartolina preta. A luz dos leds deve também passar por uma fenda estreita para se
aumentar a resolução. Note-se que se aumenta a resolução se a fenda for mais estreita, mas, ao
estreitar-se a fenda é menor a intensidade da luz que se pode observar. Este é motivo principal para
que os leds usados sejam de alto brilho.
A corrente elétrica nos leds tem de ser limitada, para isso pode, por exemplo, usar-se uma
resistência de 470 em série com uma pilha de 9 V. É também conveniente arranjar um suporte
para os leds. Por exemplo com placas rígidas em que façam furos com o diâmetro dos leds.
As figuras ao lado mostram
uma possível solução prática.
O laser deve estar num suporte ou, por exemplo, utilizando um ponteiro
laser pode arranjar-se um suporte como o da figura em baixo.
Nas imagens inseridas nas respostas à execução laboratorial pode observar-se um dispositivo com
os requisitos indicados.
√
.
c)
√ √
| |
O erro percentual é (por excesso).
d) √ √
√
( )
e) Com a diminuição do espaçamento entre fendas os pontos luminosos (máximos de ordem n)
ficam mais afastados, então será de prever que a diminuição do número de fendas por
milímetro aproxime os pontos luminosos que se observam. A difração fica menos acentuada.
Trabalho Laboratorial
1. a) Apresenta-se a seguir uma sequência de imagens obtidas quando se foi estreitando uma
fenda. Da esquerda para a direita as imagens foram obtidas com fendas cada vez mais
estreitas.
Observa-se inicialmente um ponto que depois vai alargando na horizontal; também começam
a aparecer zonas escuras intercaladas com zonas iluminadas e aumenta o espaçamento estre
elas.
b) Apresenta-se a seguir uma sequência de imagens obtidas quando se foi aumentando o número
de fendas, mantendo a distância do alvo à fenda.
Observa-se que a parte iluminada vai alargando na horizontal e aumenta o espaçamento entre
zonas escuras e iluminadas.
c) Quando se coloca um cabelo em frente ao feixe laser observa-se um padrão semelhante ao
obtido com uma fenda.
2. a) Rede de difração com 300 linhas por milímetro. O espaçamento entre duas fendas
consecutivas é .
b) As figuras seguintes mostram o que obteve quando o laser incidiu na rede de difração
colocada, respetivamente, a 14,0 cm e a 6,0 cm do alvo.
Quando a rede se afasta do alvo os pontos luminosos ficam mais afastados, e também se
verifica que quanto mais próximos do centro mais intensos eles se mostram. Para os das
extremidades a luminosidade fica mais ténue.
c) Quando a rede de difração estava a 14,0 cm do alvo, a distância entre os máximos de primeira
ordem era (12,8 -7,2) cm = 5,6 cm.
d) Para a rede de difração de 600 linhas por milímetro, quando colocada 14,0 cm do alvo, a
distância entre os máximos de primeira ordem era (18,8 -6,8) cm = 6,0 cm.
108 Editável e fotocopiável © Texto | Novo 11F
3. Com o led branco observa-se uma zona central branca e em torna dessa zona, de cada um dos
lados, o espetro da luz branca. A figura seguinte mostra o registado.
2. Como referido, quando se foi se foi fechando a abertura, o ponto luminoso foi ficando
progressivamente alargado na horizontal e também apareceram intercaladas zonas iluminadas e
zonas escuras.
Com as fendas múltiplas observou-se que as zonas iluminadas e escuras ficavam mais afastadas
quando se aumentou o número de fendas.
3. Mediu-se a distância entre dois máximos de primeira ordem e não a distância entre o máximo
central e um máximo de primeira ordem para minimizar erros. Ao medir-se uma distância maior
diminui-se a incerteza relativa na medida.
Em alguns casos, por descuido na montagem, o alvo ou a rede não ficam bem perpendiculares ao
feixe e, quando isso acontece, um dos máximos da mesma ordem fica mais afastado do máximo
central. Assim, ao medir-se apenas a distância de um deles ao máximo central aumentaria os
erros.
√
| |
o erro percentual é (por excesso).
√
| |
o erro percentual é = (por excesso).
Ambas as medidas apresentam uma elevada exatidão em relação ao valor indicado pelo
fabricante, sendo a primeira, obtida com a rede de 300 linhas por milímetro, um pouco mais
exata.
Acrescenta-se que no valor indicado pelo fabricante deveria existir a indicação de uma incerteza
no valor.
√
A indicação do fabricante para o led azul é 470 nm.
6. Com o led azul observavam-se duas zonas azuis de cada lado da zona central iluminada também
com azul. Com o led branco observavam-se três zonas coloridas, uma azul, uma mais verde e
amarelada e outra mais avermelhada. O led branco emite num intervalo de frequências muito
maior do que o do led azul.
7. Quando excitados, os elementos químicos podem emitir luz com fotões de diferentes energias, a
que correspondem diferentes comprimentos de onda.
Como os ângulos de difração dependem dos comprimentos de onda, ao fazer-se incidir a luz
emitida pelos elementos químicos na rede de difração os fotões de frequências diferentes serão
enviados para diferentes ângulos. Ao observar-se essa luz observa-se a discriminação que ocorre
para as diferentes frequências, as quais se podem medir e assim calcular a energia dos diferentes
fotões emitidos pelos átomos.
8. Num cristal os átomos estão dispostos regularmente e esse cristal pode funcionar como rede de
difração. No cristal os átomos dispõem-se segundo camadas, numa rede cristalina, e a ordem de
grandeza do espaçamento entre átomos é , ora um comprimento de onda desta ordem
de grandeza situa-se na região dos raios X do espectro eletromagnético ( do raios X situa-se de
a ).
Questões Complementares
1. Um feixe laser incide sobre um conjunto de aberturas de reduzida dimensão, e num alvo a uma
certa distância é observado um padrão de luz resultante da sobreposição das múltiplas ondas
provenientes das aberturas.
A lei que relaciona o conjunto de aberturas (rede) com a localização, no alvo, das manchas de luz
correspondentes à soma construtiva das ondas é dada por:
√
onde corresponde ao espaçamento entre as fendas, é o comprimento de onda da luz laser,
identifica a mancha de luz observada no alvo relativamente ao ponto central, é a
distância da mancha de luz no alvo relativamente ao ponto central ( ), é o ângulo de desvio
correspondente à posição da mancha de luz em relação à direção inicial do feixe, e a distância
entre a rede e o alvo.
Pretende medir-se o comprimento de onda emitido pelo apontador laser, utilizando para tal uma
rede de difração 400 linhas por milímetro. Montou-se o sistema de acordo com o esquema da
figura:
√ √ .
b) Com uma só medição é provável que o resultado obtido venha afetado de um maio erro.
Quanto maior for o número de medições maior a probabilidade de os erros aleatórios se
cancelarem, aproximando-se o resultado obtido do valor verdadeiro.
c)
i) (B)
O erro absoluto é o desvio do valor experimental em relação ao valor verdadeiro, logo o
erro absoluto é ( ) m.
ii) A posição angular dos máximos de 1.ae de 2.a ordem pode calcular-se a partir da relação
, para e , respetivamente.
b) Prevê-se que ocorra dispersão da luz, observando-se, assim, o espetro da luz branca.
Os ângulos de difração dependem do comprimento de onda da luz. Portanto, os máximos
correspondentes à difração da luz de diferentes cores apresentarão desvios diferentes, o que
origina a separação da luz branca nas diferentes cores.
c) (A)
Aumentando o número de linhas por milímetro, diminui a distância entre as fendas, daí
aumentar as distâncias entre máximos consecutivos: .